quinta-feira, 31 de maio de 2018

Episódio 15- Sensibilidade de Viver:Gestação




Neste meio tempo, enquanto Momiji viajava, Lune, apesar de tudo, tentava estudar para se distrair das preocupações e espantar a tristeza, mas também para se preparar para o difícil exame admissional que teria de enfrentar.
Ela aproveitava que estava o dia todo em casa sozinha, já que Takeo já estava trabalhando, para suas tentativas de  se concentrar nos estudos.
Mas estava difícil ! O que poderia resultar desta viagem era imprevisível em suas consequências, e ela não sabia como iria ficar o relacionamento das famílias Tamasuky e Soryu,e nem como a família Soryu reagiria ‘as notícias.
O que Otaru fizera era extremamente grave, e certamente não seria perdoado por nenhuma das duas famílias, pensou Lune consigo mesma, mas...ela simplesmente, apesar de tudo, não conseguia odiar o próprio irmão. Para ela, ele ainda era o menininho do qual ela foi babá anos atrás, do qual cuidou com carinho e dedicação, e ela só queria ser respeitada por ele e que ele respeitasse os limites fraternais com ela.Ela, claro, reprovava muito a nova vida que ele  atraiu para si, uma vida de crimes bárbaros, mas ele estava completamente fora das possibilidades de controle dela sobre ele, jamais o convenceria a se entregar para a polícia e pagar por seus crimes.Ela sabia que tal poder não estava sob o alcance dela.
Foi então, no dia seguinte de manhã, após tentativas infrutíferas de estudar, após Takeo jpa ter saído para o trabalho, que o telefone tocou:
-Alô?
-Oi, filha, sou eu. Sua mãe já chegou da China, e precisa urgentemente de seu apoio...
-Estou a caminho, é para já !
Lune desligou o telefone, se trocou correndo, pegou seu carro e foi voando para a casa de seus pais.
Chegando lá, encontrou Momiji prostrada, desolada, chorando de modo convulsivo.
Lune a abraçou e acariciou seus cabelos com carinho, e depois de algum tempo, aos soluços, com voz embargada e depressiva, contou o que viu na China, e o que aconteceu.
-Nunca me doeu tanto bater em meu filho...mas o que vi me doeu mais, muito, muito mais...eu...eu não sei mais o que pensar, e seu pai já está desesperado em  suas tentativas de me consolar, ai...vida maldita !Por que tenho de continuar a viver?Por que tenho de viver, viver para quê?Para ver a tragédia...e se seu irmão for preso, ou morto...eu me sinto enganada, traída, mas eu...eu não consigo odiá-lo, ainda que ele seja um monstro, um monstro criminoso e insensível e...não foi esta a educação que dei a ele, eu...eu falhei como mãe, eu falhei, falhei, a culpa é minha, toda minha, eu mereço ser punida...
-Mãe, por favor, não pense assim, a senhora não teve culpa de nada, a senhora não falhou...sabe, as pessoas, os filhos, um dia pensam por si sós, não são cópias fiéis dos pais, tomam suas próprias atitudes e decisões nas vidas dele, depois de uma certa idade, não estão mais sob o controle dos pais, e muitas vezes trilham caminhos errados...
-Mas não é só isto, filha! Ele...ele..ele já tinha tendência para este caminho desde criança, como nunca percebi?Como pude ser tão cega?Filha, eu conversei com a Ruri sobre ele e ela me revelou segredos que ela guardava consigo há muito tempo...que ele abusava dela desde criança, que entrava escondido no quarto dela e fazia mão boba nela, a beijava na boca, e coisas piores, e depois que ela se desenvolveu, ele a perseguia secretamente e uma vez quase a estuprou, mas ela tinha tanta vergonha, que nunca contou a ninguém!Eu fiquei tão chocada...apesar de eu ter visto aquela cena horrível lá na China, ainda assim me choquei com estes fatos do passado...não sei...não sei o que pensar...pior...pior que eu tenho de dar satisfações aos Soryu, e o que direi?Eu não sei mentir, eu odeio mentiras, eu não sou falsa, não consigo enganar a ninguém, mas...ai...coitadinha da Megumi-chan...como vão reagir...
-Mãe, a senhora sempre me ensinou que não importa as consequências depois, sempre devemos contar a verdade. Acho que, apesar de tudo, nossas famílias não merecem romper relações por causa dele. Eles não tem culpa do Onii-chan ter feito o que fez e se evadido para a China. Mesmo que ele estivesse conosco, ele teria feito a mesma coisa. Acho que devemos agir civilizadamente e chegar em um acordo, pois nenhuma das duas famílias tem culpa.
-Mas minha vergonha é tanta, filha...como eu vou poder olhar nos olhos dos Soryu, depois de tudo isto acontecido?Eu...eu ...simpleesmente não conseguiria falar nada...
-Então deixe comigo, mãe. Eu vou viajar agora mesmo para Nagoya e falar com eles, depois marcaremos um encontro das duas famílias para resolvermos tudo isto, e decidirmos juntos o que fazer.
-Muito obrigada, filha, eu...eu realmente não estou em condições, filha...
-Mãezinha, olhe nos meus olhos...
Momiji olhou, levantando a cabeça com esforço.
-Eu a amo e confio na senhora !
E Lune deu um beijo no rosto dela.
As duas se abraçaram de novo, e novo pranto se sucedeu.
Depois que as duas se recuperaram, Lune foi dar um apoio moral ao pai dela e acalmá-lo e contou a ele seu plano.
Então telefonou para Motoko, a mãe de Takeo:
-Alô, quem é?
-É a Lune-san, Motoko-sempai !
-Oooi, Lune-san, e aí, tem notícias de seu irmão?
-Tenho sim, mas prefiro contar pessoalmente, poso ir aí agora?
-Claro, Lune-san, vai ser um prazer, vem sim, estaremos a esperando !
-Muito obrigada, Motoko-sempai, até já !
Depois então, pegou seu carro e rumou para Nagoya.
No meio do caminho parou em um posto de gasolina, encheu o tanque e almoçou no restaurante fast food ao lado.
Então retomou a viagem. Eram duas da tarde quando chegou em Nagoya, na mansão dos Soryu.

(Por Continuar)

Episódio 277-Admirer Voyages !



Enfim, após alguns poucos, mas longos minutos em silêncio pensativo, o Comodoro se pronunciou, após um longo suspiro:
-É...eu não poderia exigir de você que entendesse de política, mas pelo visto, terei de explicar..o crimeaconteceu, é fato indiscutível, e está registrado no sistema da R-KASF e das três naves que foram testemunhas.E é inegável que, como todo crime, há um, ou uma culpado ou culpada.Se há um crime, este tem de recair sobre a cabeça de alguém.E é aí que a política entra: a cúpula da R-KASF quer alguém a quem culpar, mesmo que seja inocente. O grande público leito idem. A mídia, idem. Todos querem um bode expiatório e se é de fato inocente ou culpado, pouco importa. Por que na política, é muito mais importante parecer do que ser.Você é o que parece ser aos olhos públicos. A Soleil era a cabra expiatória perfeita, do jeitinho que o stablishment quer. Mas a culpa recair sobre mim, não, por que recair sobre mim significa culpar meu superior, o Grão-Comodoro Comandante em Chefe do Estado Maior da R-KASF, é culpar o Ministro da Guerra, é culpar o Presidente ou mesmo o próprio Rei ! Se Soleil não for, nem eu for, quem poderá ser?Devemos uma resposta para a Sociedade, um Império inteiro não pode ser desmoralizado! Não teve culpado, não se aplica culpa? Oras, ninguém vai aceitar isto, e pior, vão dizer que os militares estão escondendo o jogo, e dizer que existe algo bem mais grave em jogo!Então, quem?Me responda !É uma ordem !
-Vamos culpar os próprios piratas, senhor. Vamos deixar que a grande mídia incentive o público a exigir que os militares declarem guerra aos piratas como vingança...
-Não é má idéia, mas causa um problema político sério: Como sabes, na Terra, nossos grandes adversários são os Killeristas, da Sinístriah, comandados pelo Ditador Killer.Ocorre que os killeristas tem um acordo com os piratas, e os deixam atuar e se esconder e se abrigar no território do Espaço Imperial Sinístrio. O que significa que numa eventual guerra, eles apoiariam os piratas.Então, declarar guerra aos Piratas seria declarar guerra ao Império Killerista, ou seja, teríamos a sétima guerra Pan-Euriana e nossa paz planetária acabaria.Claro que mesmo os Killeristas e Piratas juntos não seriam páreo para nós. Mas pegaria muito mal junto ao público.Agora, se você achar uma solução política satisfatória, eu cancelo o julgamento e devolvo a Capitania a Valéria Soleil e a inocento. Está nas suas mãos agora, ou melhor, a cargo de seu cérebro a vida de Soleil...e a sua, pois se eu decidir pela continuidade do julgamento, você será a próxima a ir para uma Coorte Marcial por chantagem a um Comodoro, e você irá fazer companhia a Soleil no Planeta Prisional !Aceita o desafio? Você só dispõe de uma única chance, é agora ou nunca !
Agora a tensão de Vivian estava ao máximo. O peso da responsabilidade lhe arqueava os ombros e ela tentava desesperadamente disfarçar a tremedeira.
-Excelência, se os Piratas forem culpabilizados, os Killeristas também ficarão numa situação política próxima ‘a insustentável.Afinal, o público odeia os piratas, especialmente depois dos assaltos a naves transpaciais, em que tantos civis já morreram É inegável ao stablishment, que os killeristas abrigam bandidos, e já faz um bom tempo, os killeristas vem suavizando sua ditadura e buscando uma imagem pública melhor, sobretudo para atrair mais turistas e mais investimentos para seu Império.E eles sabem muito bem que nem mesmo juntando forças com os piratas, não conseguiriam nos vencer e seriam facilmente esmagados. Portanto, se eles forem culpabilizados e se declararmos guerra aos Piratas, acredito firmemente que eles vão querer se livrar dos piratas e expulsá-ls de seu território espacial e aí, desabrigados e sem o apoio killerista, seriam presas fáceis para nós. Então posso afirmar com convicção que eles não ficarão a favor dos piratas,mas contra, e podem inclusive, por uma questão de imagem pública e marketing, nos oferecer uma aliança de cooperação. Ademais, quem esconde uma tripulação em um contêiner e usa a ela como escudos humanos, como pode não ser culpado? Se colocarmos para a mídia que a tripulação foi de heróis que resistiram bravamente e deram suas vidas para o combate ‘a pirataria, ninguém mais cobrará bodes expiatórios, os piratas serão os culpados perfeitos, que todos odiarão !Então, foi necessário o sacrifício de heróis pela causa anti pirataria, para que a pirataria fosse combatida e tivéssemos vitórias, afinalnenhuma vitória se faz sem baixas heroicas!
Lowwer escutou tudo com muita atenção, pensou por alguns segundos, e estendeu a mão para Vivian, num cumprimento.
-Parabéns!Sub comandante, você é um gênio !Raciocínio perfeito, perfeito, simplesmente perfeito! Muito bem, sou um homem honrado e cumprirei minha promessa,vou transmitir agora mesmo um alvará de soltura para Soleil,e um certificasado oficial de restauração do posto dela de volta ‘a Capitania e vou cancelar o julgamento agora mesmo e reprogramar o evento de luta livre no lugar. E você, aguarde um pouquinho, vou pegar uma insígnias aqui na gaveta, será , a partir de agora promovida a Comandante !Apenas me faça um favor: chame a Coronel ,que está esperando do outro lado da porta, pois a conheço muito bem, e diga que mandei a  ela entrar , para ter uma audiência comigo!Está dispensada!
-Sim, senhor, senhor !
Alívio, e um sorriso de felicidade no rosto...valera a pena tanto sacrifício afinal !
Ela saiu da sala e avisou a Alexa para entrar.
Vivian olhava orgulhosamente para os próprios ombros enquanto caminhava para a sala de teletransporte, visualizando com alegria as novas insígnias: ela agora era Comandante !Acima disto, só Imediato e Capitão!
Ela chegou ‘a sala de teletransporte, onde o Oficial Chefe do setor se comunicou com o Almirante, que autorizou a saída dela.
O oficial Chefe de Comunicações avisou a Exploiter, que autorizou sua chegada. Só então Vivian foi teletransportada e chegou a bordo da Exploiter.
Tão logo chegou, avisou Cecília das novidades, que correu a encontra-la no Departamento de Segurança.
Logo Christina estava na companhia de Vivian e Cecília, e a advogada apresentou o ciberdocumeto assinado digitalmente pelo Comodoro, de perdão e ordem de soltura de Valéria.
Christine foiaté a cela de Valéria, e apertou o mágico botão vermelho, e a cobertura transparente blindada da cela se abriu- Valéria estava livre, afinal !
-De acordo com as ordens expressas pelo próprio Comodoro Lowwe, você está perdoada e é declarada oficialmente inocente, e eu a nomeio novamente Capitã, sendo que sua permanência na Capitania  está  devidamente autorizada pelo Comodorato eestá desde agora oficializada!Parabéns, Capitã Valéria Soleil ! Eu transmito a você oficialmente, minhas insígnias o cargo de Capitã, e renuncio novamente a meu cargo de Capitã, retrocedendo ao meu antigo cargo de Imediata !Está empossada !

(Por Continuar)

terça-feira, 29 de maio de 2018

Episódio 276-Admirer Voyages!





Vivian entrou no quarto mergulhado em penumbra, e abriu seu uniforme, que caiu no chão, retirando então sua lingerie e ficando nua.
O Imediato estava nu, na cama, deitado e esperava por ela com um sorriso pervertido e insensível no rosto.
Ela se deitou ao lado dele e abriu suas pernas, completamente nua.
Nada de preliminares ou amor ali: o vai e vem do sexo, que balançava seus seios de tamanho médio fazia suas lágrimas abundantes encharcarem as roupas de cama, enquanto permitia a contragosto a invasão da boca dele na dela, e as demais invasões.
Aquela tortura levou uma hora que para ela pareceu semanas de inferno, nojo e repulsa, enquanto ele resfolegava, fungava, babava e arrotava no ouvido dela.
Finalmente o martírio terminou, e ela cheirava a sexo e estava imunda de secreções sexuais grudentas.
Em silêncio, ela foi ao banheiro para tomar um banho, mas o cheiro asqueroso e repulsivo do corpo dele não saía. Pior, ele continuou agarrando a ela no box e fazendo ainda mais sexo com ela, sendo que ela não via a hora de ir embora dali.
Nem mesmo para se enxugar ela teve sossego, com o homem apalpando e apertando seus seios, suas nádegas e fazendo mão boba em seu sexo arrombado e dolorido, que parecia estar queimando como fogo.
Ela jurou a si mesma nunca mais fazer sexo com homens!
Finalmente ela conseguiu terminar de se enxugar, se trocar e saiu.
A porta do quarto dele se abriu, e ela deu de cara com Alexa, que esperava por ela.
Esperando por alguma sororidade e apoio, ela se jogou nos braços da Coronel logo que a porta se fechou, chorando convulsamente.
Mas Alexa tinha coração de gelo, e , muito mais alta e forte que ela, assim que a cabeça dela recostou em seu peito, ela a repeliu, jogando-a violentamente contra a porta.
-Pare com esta choradeira de menininha mimada e vamos logo, que o Comodoro a aguarda !Venha, larga de frescuras !
Mas o choro não queria parar, as lágrimas caíam como uma cachoeira, contrastando com o rosto seco, duro e feroz de Alexa, que perdeu a paciência e lhe deu um violento tapa no rosto que a fez cair sentada no chão.
De Alexa, Vivian viu que não obteria nenhum apoio, carinho, atenção.Sentindo forte o peso da opressão, ela se levantou, de cabeça baixa e olhando par o assoalho e seguiu a Coronel.Não tinha coragem de olhar para seus olhos flamejantes, aquela não parecia humana, completamente despida de sentimentos.
Vivian foi obrigada a secar e engolir as próprias lágrimas e encarar um oficial muito superior, que ela teria de chantagear agora.
A porta do escritório do Comodoro se abriu, e lá estava ele:velho, sisudo, obeso, cofiando sua barba branca.
Alexa se retirou após apresentar Vivian e a porta se fechou.
E a sub comandante e advogada tinha suas pernas trêmulas e doloridas, não só pelo esforço durante o sexo, mas pelo trauma: ela estava apavorada de ficar de novo trancada num recinto com um homem, e tinha terror que também este quisesse estupra-la -outro seguido ao primeiro, no mesmo dia, poucos minutos depois, ela não aguentaria, preferia morrer !
-Sub Comandante Vivian Valdez, da KSS Exploiter, representante e advogada da ex-Capitã e agora Alferes Valéria Soleil, se apresentando, senhor !
-‘A vontade,sub comandante. Por favor, sente-se !
Vivian se sentou na cadeira defronte ‘a escrivaninha do Comodoro, que a encarou com um olhar cinzento e frio.
-A Coronel Smirnoff me disse que a senhorita tem um assunto a tratar pessoalmente comigo, referente ao Processo Soleil! ‘a vontade, oficial, permissão para falar livremente e francamente concedida !
Era agora ou nunca !Ela sabia o tamanho do poder político e militar de com quem ela ira falar e a quem estava enfrentando, então resolveu ignorar as dores intensas no sexo e nas nádegas, e ignorar suas lágrimas e traumas, para ser firme, decisiva e principalmente, incisiva, em seu lidar com ele.
O brilho sumira de seus olhos já não era de agora e a pose anterior a de entrar lá, de ombros arqueados, cabeça e seios apontando para o chão, e olhar baixo,mudou para uma postura ereta, com seios enfunados e empinados e cabeça alta, olhando-o diretamente em seus olhos.
Por sorte, ela não viu tara naquele olhar, mas uma severidade assustadora, de uma autoridade de arrepiar!
Mas seguiu em frente, mostrou as provas e explicou, em detalhes, a proposta que ela tinha a oferecer.
O Comodoro escutou a tudo calado, assistiu tudo em silêncio, sem mostrar a mínima expressão, duro como rocha.

(Por Continuar)

Episódio 14- Sensibilidade de Viver: Gestação




Passamos agora ao dia seguinte:
Kazuo levava, logo cedinho,Momiji para o aeroporto, e logo se despedia dela.
Algumas horas depois, ela embarcava no Boeing 777-200 da JAL, para Beijing.
Foram três horas e seis minutos de um voo  tranquilo, mas que para Momiji, era preocupado e tenso.
Ela levava apenas uma mochila de por nas costas, e logo saiu do saguão do aeroporto.
Dizendo-se uma ativista contra a prostituição infantil, um pouco antes ela se informara sobre os prostíbulos da cidade. Ela sabia que não ficava bem pedir a um motorista de táxi para leva-la a um lugar destes, então, alugou pequeno Mitsubishi Colt hatch, e, como nãoconseguiu nada senão informações vagas, dirigiu-se para a periferia da cidade, para osbairros mais pobres, e continou  se informando no caminho, só perguntando a mulheres.
Mas as informações eram confusas e desencontradas, e ela levou uma tarde inteira procurando. Já não faltava muito para anoitecer, quando ela encontrou por acaso uma biboca imunda, com crianças semi-nuas se oferecendo, e várias eram surpreendentemente pequenas, não deviam ter nem sete anos.
Ela estacionou o carro e entrou no labirinto de casebres toscos e miseráveis, até que um chinês enorme, forte se interpôs no seu caminho.
-O que quer, velha? Você é muito velha para trabalhar aqui !Você é da polícia?
-Não, eu vim procurar meu filho, Otaru Tamasuki !
-Humpf?O estrangeiro que veio trabalhar de cafetão aqui...sei...vou te levar até ele!
Eles caminharam pelas vias estreitas de terra batida, e chegaram a um casebre, onde ele abriu a porta e disse;
-Estrangeiro, sua mãe está aqui !
Momiji estacou, horrorizada, olhos arregalados, queixo caído, e lágrimas caíam de seu rosto:
Pego de surpresa, Otaru-estava nú, violentando uma menininha que não devia ter mais de cinco anos !
Ele estava tão entretido, que inicialmente não escutara e continuava em seu ato criminoso.
-Meu filho !Ah, não...quanta...quanta vergonha !
Agora Otaru escutou, e olhou para trás e levou um susto .Largou a garotinha imediatamente, que saiu correndo nua e chorando.
Ele tentou cobrir seu colo com um travesseiro.
Foi então que o semblante de Momiji mudou completamente: trêmula de fúria, ela foi para cima do filho com uma verdadeira metralhadora de tapas na cara sucessivos, e berrou histérica:
-Eu não criei um filho com tanto sacrifício para ele me desonrar e me envergonhar deste jeito !Seu monstro !Monstro !Desalmado, você desonrou sua família inteira, você não tem a menor vergonha, o menor caráter, envergonhou seus pais, suas irmãs, bem que a Lune-san me falou !Eu não queria acreditar, queria ver com meus próprios olhos, mas eu...eu tinha tanta esperança de que não fosse verdade !Droga, você matou minha esperança, como está matando a infância de tantas menininhas !Cafajeste, pervertido, canalha, fascínora, bandodo, bandido é o que você é, seu nojento de uma figa, asqueroso, eu só consigo ter desprezo por você ! Você não presta, seu pedaço de lixo imundo, estrume, dejeto  de procp, tinha mais é de viver num chiqueiro destes mesmo ! Abandonou sua espos, sua filha, para ficar violentando garotinhas que podiam ser suas próprias filhas !Não tem vergonha, moleque?Não tem vergonha? Eu vou te pegar pela orelha, te levar de volta para o Japão e te entregar para a polícia lá !
Foi quando o Chinês grande entrou:
-Não pode, minha senhora. Ele nos deve uma fortuna e não pode sair daqui até pagar o que nos deve !
-Quanto e? Eu pago!
-Convertendo em yens japoneses...um bilhão de yens !
Os olhos de Momiji se arregalaram, estupefatos: nem todo o patrimônio da família pagava tudo aquilo !
-Mas como ele foi dever tanto assim?
-Ele foi descoberto e expulso do navio em que veio clandestino, e nós o salvamos de ser espancado até a morte pelos marinheiros. Ele nos contou a história dele e resolvemos investir na carreira dele como cafetão.Mas a cada dia os gastos dele se acumulam e a dívida vai crescendo1 Agora, eu recomendo-a senhora ficar de bico calado sobre a localização e atividades daqui, ou a perseguiremos lá no Japão, temos agentes nossos lá também !
Quando Momijiviu, estava cercada de homens corpulentos, gigantescos e agressivos.
-Deixa ela, Chang Li, ela não é boba, não vai contar nada a ninguém!
Eles acabaram a escoltando até o carro e ela saiu correndo dali, entregou o carro de volta no aeroporto, e passou  a noite e a madrugada lá no saguão de espera, chorando a noite toda.
Seu voo de volta só terminava no dia seguinte de manhã, e na hora do almoço, Momiji chegou em casa desolada e inconsolável !
Ela foi recebida pelo marido, que providenciara um lauto almoço para ela, que um restaurante entregara em casa.
Ela desaguou uma cachoeira de lágrimas no ombro de Kazuo, repetindo sem parar:
-Era tudo verdade...era tudo verdade !
Momiji sequer teve apetite para jantar, e não comeu quase nada. Para ela, era como se tivesse perdido um filho-e de certa forma, embora ele estivesse vivo, em um certo sentido era verdade mesmo, ele nunca mais seria aquele que ela conheceu!
Também Kazuo  chorou..era muito difícil acreditar, e no casal a sensação de incompetência e impotência, vergonha e frustração era enorme !

(Por Continuar)