sexta-feira, 31 de maio de 2019

Episódio 40- Admirer Voyages:Peregrine




-Bom, é hora de vocês conhecerem nossa Engenharia !
Disse Valéria, e toda a comitiva se dirigiu para lá, após caminhar um pouco pelos corredores e entrar em um dos elevadores.
Rápidamente, lá chegaram.
-Isolda, seja a nossa guia, por favor...
-Sim, senhora, Capitã Valéria ! Como podem ver, no centro fica o Reator UFF, Ultra Fusão Fotônica, que  funde Plastrói ,Fótons e Protomatéria, canalizado pelo Gerador DeVrott, que produz o campo de dobra Zarp e impulsiona a velocidades de até ZARP 300.000, ou seja , 300.000 anos luz por hora.Na lateral esquerda temos os painéis de controle dos motores de Impulso tipo FFF,que impulsionam a nave a velocidades de até 99% da velocidade da luz. O painel da direita controla os motores manobradores, os painéis das paredes controlam o fluxo do Plastrói, de fótons e de protomatéria, além de sua temperatura,e o painel do centro permite desviar , concentrar, dispersar,  e gerenciar fluxos e energias. O reator tem seu próprio painel de controle, e é vertical e não horizontal como o de vocês. Caso necessite ser ejetado, um novo pode ser sintetizado no sintetizador de peças, máquinas e componentes aqui no canto. Há mais dois mini reatores de reserva, que entram em ação, caso o reator principal tenha de ser ejetado, para fornecer energia enquanto o novo reator não entra em funcionamento. Todos os painéis são holográficos 3D, com interface de voz e imagem.
-Impressionante !  
-Obrigada, Terence !
Respondeu Isolda.
-Bom, vamos então para a Enfermaria, onde a Dra. Kátia estará esperando por vocês!Por favor, sigam-me !
Orientou Valéria, e lá se foram todos para a Enfermaria, após mais corredores e o elevador.
Lá chegando, Kátia mostrou a todos a Enfermaria, seus recursos, sua tecnologia. A tripulação da Belerofonte ficou impressionada.
Depois, foi a vez de  mostrarem o hangar, com suas navetas, e depois, a Ponte de Comando, onde a Capitã Françoise declarou:
-Puxa, mas minha nave parece tão antiga e pequena perto desta...
-Muito bem, acredito que todos já estejam com fome, então os convido a um jantar no Restaurante, com o  comprimentos da nossa cozinheira e barwoman, Dona Wilma !
-Huuum, vamos lá !
Disse a Bisavó de Valéria, e lá se foram eles.
Quando lá chegaram, as mesas estavam reunidas para formar uma única longa mesa de banquete, e estava tudo arrumado impecavelmente.
Todos se sentaram a mesa,e Dona Wilma, sempre sorridente, apareceu:
-Olá, boa noite a todos e a todas, sou a Wilma, a cozinheira, e vou servir o jantar de vocês agora !
A tripulação da Belerofonte ficou entusiasmada com o banquete: massas, carnes, pratos da cozinha francesa e alemã, as mais finas e sofisticadas iguarias, e depois, finíssimas sobremesas , com doces, bolos e tortas, além de sorvetes !
O jantar foi animado e alegre e todos se empanturraram até não poder mais !
Enfim, Era hora dos tripulantes da Belerofonte voltarem para anavedeles.
Já na sala de teletransporte:
-Foi um grande prazer ter estado na sua nave, com vocês e ter um gostinho do futuro!
-O prazer também foi nosso, Capitã Françoise !
Respondeu Valéria com um sorriso.
-Apenas me entristece é saber que não viverei este futuro, apenas as minhas próximas gerações...
Disse Françoise, baixando os olhos.
-Ainda terá tempo para aproveitar mais um pouco. Não podemos ficar para sempre nesta época, precisamos arrumar uma maneira de voltar para a nossa...
-Capitã Valéria, apesar de nossa tecnologia ultrapassada, faremos o possível para ajuda-las no que pudermos, contem conosco !Até amanhã !
-Até, Capitã Françoise, boa noite ! Letícia, energizar !
Respondeu a capitã da Peregrine.
O teletransporte foi acionado, e as tripulantes da nave do passado voltaram para sua nave.
Porém, mal as tripulações chegaram em suas respectivas pontes, o alerta vermelho soou na Peregrine.
-O que foi? O que aconteceu?
-Uma nave saindo da velocidade Zarp se aproximando na nossa direção, Capitã!
-É da Terra, Anne Paula?
-Não, senhora, é uma nave alienígena, e das grandes!
-Uma nave alienígena?  Em pleno território do Império Terrestre, sem ser detectada?
-Os sensores desta época eram fracos e primitivos, e eles não tinham naves especializadas em reconhecimento.

 (Por Continuar)

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Episódio 2- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



Na mesa- fraldário improvisada, havia uma bacia de banho, que Takeo já tinha enchido de água, e aproveitou também para trazer o sabonete, o shampoo, e todos os demais acessórios.
Lune pegou, de uma armário que tinham comprado recentemente para guardar  as fraldas e outras miudezas, lenços umedecidos bem macios e limpou o traseiro de Rina. Só depois ela colocou a menina na água quentinha, pois Takeo enchera a bacia no chuveiro. Pegou o sabonete e começou a dar banho nela.
-A gente quando imagina os filhos enquanto está grávida, nunca imagina o trabalho que dão...
-É que a gente só imagina o lado mais alegre e agradável, Lune-san...
-Verdade! Mas de qualquer modo é melhor do que ter de lidar com um barrigão pesado, dor nas costas, nas pernas, enjoos, dificuldade para caminhar...
-Bom, você que é mulher, é que sabe a realidade disto, querida...
-E como sei !Pega a toalha dela para mim, por favor, vou enxuga-la. Então, mas vá observando, pois no futuro você pode ter de fazer estas coisas para ela, então a hora de aprender é agora !
-Estou prestando atenção, meu bem .
-ótimo, então me passa o talco!
-Aqui...
-A colônia infantil!
-Na mão !
-Me passa uma fralda !
-Pronto !
Lune colocou a fralda nova na menina.
-Muito bem, vamos leva-la ao nosso quarto e colocar uma roupinha nela antes que ela fique com frio!
-Quer que eu a carregue?
-Seria bom, já estou com os braços cansados !
-Vem para o papai, Rina-chan,lindinha do meu coração!
-Unheeeeeé !
Rina desandou a chorar. Ela ainda estranhava o pai, pois passava muito mais tempo com a mãe.
Lune começou a acariciar o rostinho e o cabelinho dela, e a voz doce e tranquilizadora da mãe a acalmou:
-Não precisa ter medo, coração...é o  seu papai, viu? Ele não vai te fazer mal não, queridinha, ele também te ama, como eu, viu?
Lune tomava o cuidado de usar a mesma entonação e o mesmo volume que usava para falar com ela durante a gestação.
Takeo tentou fazer com os braços o movimento de embalar, sem muito sucesso.
Por fim, levaram a menina para o quarto, e desta vez foi Takeo quem colocou, com infinitos de delicadeza, sob o olhar severo e vigilante de Lune, as roupas em Rina, que ainda estava deitada no colchão.
Eis que pois, Sartre, um dos gatos da casa, subiu na cama  e encostou seu rosto no peito da menina com delicadeza, e colocou-se a cheirá-la.
Lune tinha receio que os gatos ficassem com ciúmes da atenção dada ‘a menina, então aproveitou ara acariciar o gato.
Já Rina, que já se acostumara com os gatos, colocou as mãozinhas na cabeça de Sartre, que as lambeu com delicadeza.
-Pronto !Trocadinha ! Muito linda a nossa fofinha, não?
-Não consigo deixar de admirar a ela !
Respondeu Lune, toda encantada, sorrindo largamente logo depois.
Foi então que o telefone fixo tocou. Takeo colocou Rina nas mãos de Lune e foi correndo atender. Dali a pouco, ele voltou dizendo:
-Era a sua mãe. Ela está a caminho daqui !
-Que bom! Querido, dê uma arrumada na casa então, por favor, para ela não ver esta bagunça!
-Opa! Lá vou eu !
E ele se dirigiu ‘a sala.

(Por Continuar)

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Episódio 39- Admirr Voyages:Peregrine !




As duas comitivas  então iniciaram um tour pela nave, até que algo chamou a atenção de Françoise:
-  Sala de Holosinth...o que é isto?
-É uma sala de recreação, que, devidamente programada, pode sintetizar ambientes e personagens holográficos interativos com inteligência artificial avançada, para recriar histórias, memórias, outros lugares, outros planetas, enfim tudo o que a imaginação humana pode fantasiar.
Disse Isolda.
-Oh, mas que interessante ! Gostaria muito de ter esta experiência !
-Pois não, vamos lá! Por favor , entrem!
Disse Valéria, animada.
As portas se abriram e eles entraram.
-Eee? Só vejo uma sala vazia aqui...
-Computador, ativar programa Hotel de Beira Mar Planeta Rallye 1 !
Foi a resposta de Valéria a sua bisavó.
Repentinamente, o ambiente de uma praia de hotel daquele planeta foi recriado, com céu azul, homens, mulheres e crianças se divertindo, cães, mar com suas ondas e tudo o mais. Sem falar numa leve brisa , calor, e  gaivotas arrulhando em voo.
Os tripulantes da Belerofonte ficaram de queixo caído, embasbacados, encantados, explodindo de admiração e surpresa, olhos arregalados!
-Mas isto...isto é...simplesmente espetacular !Nós já  temos tecnologia de computação gráfica 3 D, mas não com esta sofisticação, este nível de qualidade, com tantos detalhes...
-E isto não é tudo, Capitã Françoise! Toque nos personagens,puxe uma conversa com eles...
Disse Valéria , divertida.
Françoise viu uma menininha brincando com uma bola,e foi na direção dela. Ela pegou a bola, que tinha caído perto dela e a devolveu para a criança.
-Aqui está sua bola, menina !
-Obrigada, senhora !Quer brincar comigo?
Françoise estava abismada: a bola tinha volume e a sensação do tato era exatamente igual a de uma bola plástica de verdade !Ela tinha cheiro de plástico e aquentura que uma bola verdadeira teria em contato com a areia quente-estava inclusive suja de areia, com grãos caindo no chão e  com a sensação de grãos de areia de verdade caindo em seus pés!
=Só se você me deixar te pegar e te levantar do chão para brincar de gira gira primeiro !
-Está bem ! Você parece aminha vovó!
Françoise pegou a menina pelas axilas e a levantou. Mais uma surpresa:a menina tinha o mesmo peso de uma menina real, e o toque da pele era idêntico ao de uma minha de verdade, com cheiro e calor, inclusive, tornando-a possível de ser confundida com uma menina real !
-Mas é impressionante !Impressionante !
Françoise pensou consigo enquanto girava a menina e sentia o vento nos cabelos e escutava a menina dando risadas de felicidade.
-E ela reage como uma menina real, com as mesmas emoções!Se não visse com meus próprios olhos e não sentisse com minha própria pele e meus próprios sentidos, eu não acreditaria !
Foi o próximo pensamento de Françoise.
Foi então que chegou uma moça, tão logo a Capitã da Belerofonte colocoua menina no chão de volta.
-Filha, hora de voltarmos para casa, vem !
Disse a moça.
-Ah, mas a senhora aqui prometeu brincar de bola comigo !
-Eu te prometo que amanhã brincarei de bola com você, combinado?
-Tá ! A senhora é muito legal !
-Desculpe a minha filha a ter incomodado e lhe dado trabalho, minha senhora...
-Imagine, foi muito divertido, adorei !
-Seja educada e dê um beijinho na senhora e se despeça dela, filha !
 Agora estava reservada a maior surpresa para Françoise: ela pôde sentir o hálito da menina e o contato da boca da menininha com sua bochecha foi molhado e quente como o de uma criança de verdade, a sensação era idêntica !
-Muito obrigada !Tchau, até amanhã, a senhora prometeu !
-E vou cumprir, meu encanto. Tchau, até amanhã !
E as duas foram embora, de mãos dadas.
-É inacreditável o nível da tecnologia de vocês, e o quanto a tecnologia holográfica evoluiu em cem anos , é impressionante !
-Muito obrigada, Capitã Françoise !
Respondeu Valéria.

(Por Continuar)

Episódio 1- Sensibilidadede Viver:Adendos Finais


Sensibilidade de Escrever: Adendos Finais


Episódio 1


Iniciava-se o ano de 2012 e já lá se iam três meses que Rina Tamasuki, a filha de Lune e Takeo, tinha nascido.
A bebê  permanecia mamando, e estava crescendo forte, mas a época do encantamento dos pais com ela estava acabando e dando lugar a uma nova vida,mais compromissada e com muito mais responsabilidades envolvidas.
Agora não se tratava mais de uma vida de casal, como se isto já não fosse desafio o suficiente, mas de uma vida de família, com filha a sustentar, cuidar, criar, educar, sustentar.
E por falar em sustentar, o período de licença gestante estava terminando e dali a três meses Lune já teria de voltar a seu trabalho.
Já Takeo iria voltar de sua licença para o trabalho  dali dois dias, pois era sábado, e na segunda ele já tinha de trabalhar de novo.
Isto tudo preocupava muito a Lune, pois ela já tinha de cuidar da filha, da casa, dos gatos, e como poderia sair para trabalhar, com quem deixaria a filha?
Ok que em três meses, após completar seis meses de aleitamento, Rina desmamaria e não precisaria  tanto de sua mãe para alimentá-la, mas não poderia ser deixada sozinha em casa   tão nova.
Deixá-la com os avós era complicado: eles estavam envelhecendo, Kazuo tinha de trabalhar e Momiji enfrentava uma grave depressão por estar sofrendo de uma doença auto imune no intestino, que já lhe custara duas operações delicadas e com alto risco de vida, e provavelmente, teria de passar com mais, então não estaria sempre disponível. Além disto, Kazuo se viu obrigado a contratar uma cuidadora para ela, pois agora Momiji tinha de envergar uma bolsa de colostomia na cintura. Então, não estaria sempre disponível.
Ruri, por sua vez, estava casada, com filhos e morando em outra cidade, também sobrecarregada com a tripla jornada de mãe, empregada e profissional, sem condições.
E Otaru continuava preso e não sairia do presídio tão cedo.
Claro, havia a opção de deixa-la com os avós paternos, que eram ricos e tinham um monte de empregadas, mas Lune não queria recorrer a eles, incomodá-los, dar trabalho. Eles já tinham tido o trabalho de cuidar de Otaru antes, e tiveram com ele uma experiência traumatizante.
Enfim, era uma decisão crítica, que tinha de ser tomada no máximo nos próximos trinta dias.
Outra questão, que estava sendo debatida pelo casal, era a inadequação daquele apartamento para a família. Agora que Rina nascera, o berço estava no quarto do casal e o espaço ficou pequeno, apertado, e a sala estava uma bagunça, lotada de acessórios para bebês, que ocupavam muito espaço, e já havia os brinquedos dos gatos também. Era necessário que mudassem para uma casa espaçosa.
Porém, ela era muito mais cara que o apartamento deles valia, e, embora pudessem até fazer um financiamento, eles tinham gasto muito com a gestação e com o parto, e as suas reservas estavam minguando. Por isto, comprar uma casa ‘a vista, nem pensar.
Tudo isto eram preocupações que rondavam a vida do casale que teriam de ser resolvidos, mas apesar disto, a felicidade permanecia  alegrando a nova família.
Naquela manhã de inverno,Lune, com Rina em seus braços, observava a neve cair na rua.
Rina sorria, era a primeira vez que já tinha compreensão suficiente para se dar conta  do fenômeno da neve.
-Uh, oh, ora de trocar as fraldas, mocinha !Vamos lá?
Rina ainda não falava, era muito nova, mas riu gostosamente.
Takeo chegou até elas:
-Ela tem um gênio bom, alegre, bem humorada!
-Não sei, querido, acho que ainda é cedo para dizer, o gênio dela ainda está se formando...
-É, vamos ver mais para a frente...docinho, eu já tirei a mesa do café da manhã, viu?
-Obrigada, Takeo-kun, agora vou trocar as fraldas dela e dar banho nela, você me ajuda?
-Claro, minha linda, vamos lá!
A escrivaninha  da biblioteca acabou virando um fraldário improvisado.
Lune colocou Rina em cima da mesa, que estava forrada com um edredon espesso e macio, e abriu a fralda da menina.
-Me traga o cesto de lixo da Rina-chan, por favor, amor, depressa !
Takeo foi e voltou correndo, com o cesto na mão e abriu a tampa, assim , Lune pôde jogar a fralda usada fora, para se juntar a uma montanha que o cesto já continha.
-Agora leve o cesto de volta para a lavanderia !
-Sim, senhorita !
E lá se foi Takeo de novo.

(Por Continuar)