-Entendi, Charles, então, vamos lá !
Não demorou , chegaram a uma saleta apertada, com
apenas três mesas com quatro cadeiras cada, e um sintetizador de alimentos na
parede, de um modelo bem primitivo. Ao lado, em um armário embutido sem portas,
havia bandejas, talheres , copos e xícaras, seguido de uma primeva máquina de
lavar louças.
No sintetizador de alimentos, na parte de cima,
uma tela de vinte e sete polegadas soft touch continha os menus de comidas e
bebidas. Não tinha muitas opções: oito refrigerantes, oito tipos de chá, água,
quatro tipos de leite: puro, com chocolate, com capuccino e com café. Tinha
opções de café também: puro, cappuccino ou com chantilly. De comida eram
dezesseis opções quentes e oito frias, além de oito opções de doces, oito de
bolos e oito de sorvete. Finalmente, tinha dez opções de sanduíches, sendo
quatro delas de hamburger e uma de cachorro quente. E era só !
Cecília e Rita escolheram suas refeições, as
receberam e foram para a mesa. O refeitório estava vazio naquele horário.
As refeições não eram tão gostosas como as da
Peregrine, tinham um leve sabor artificial, meio plástico.Mas Charles disse a
elas que a tripulação já estava acostumada.
Seguiram então para a enfermaria, que ficava um
deck abaixo.
Ali também era pequeno e modesto, e a tecnologia
dos equipamentos foi considerada por elas extremamente primitiva, com bem
poucos recursos perto dos da Peregrine.
-Agora eu gostaria de conhecer o hangar agora...
-Pois não, Cecília!Fica neste mesmo deck, venham
comigo!
Disse Charles, conduzindo-as pelo corredor curso,
até chegar a uma porta automática, que se abriu para eles, e esta garantiu o
acesso a elas por um corredor reto, um dos poucos naquela nave.
Na verdade aquele corredor era o “pescoço” da
nave, que ligava o globo frontal ao corpo principal da nave.
Era estreito, escuro e tinha paredes curvas
verticalmente.
As garotas se sentiram um tanto inseguras naquele
ambiente claustrofóbico, sem janelas, era como caminhar por um tubo sem janelas
e escuro.Mas ele era relativamente curto e logo uma nova porta automática se
abria para um corredor reto transversal, que dava para três corredores
laterais, com salas entre eles.
Seguiram pelo corredor do meio até uma porta
automática, que se abriu para o hangar, cuja comporta única, que se abria para
cima, estava fechada. Dentro dele, quatro navetas Classe Astazou, bem primitiva comparada ‘as
que a Peregrine usava.
-Olha só, nunca tinha visto uma destas na minha
vida !
-Eu só a conheci em antigos manuais
técnicos, Imediata !Elas tinham
capacidade para até dez pessoas, não tinham escudos defletores nem armas, não
tinham gerador De Vrott ,e a velocidade máxima era de 25% da velocidade da luz
e o alcance máximo era de meio milhão de quilômetros!
Enquanto isto:
-Valéria, é hora de você ir conhecer a Ponte
desta nave !
Disse Françoise.
-Tudo bem, vamos lá!
-Vem comigo !
Não demorou e as duas chegaram na ponte.
-Capitã na Ponte !
Bradou o Artilheiro.
-Vejo que esta é uma tradição que atravessou o
século!
-É mesmo, Valéria, no século XXIV os artilheiros
continuam anunciando a chegada dos Capitães?
-Sim, igualzinho...isto não mudou !
-Bom, vou lhe apresentar minha tripulação de
Ponte então:O Imediato, que não está aqui no momento, você já conheceu. Este
aqui é Gordon Calwell, meu artilheiro, esta é Samira Salmson, oficial chefe das comunicações,
Chelsea Churchill, oficial de Sensores, Gurt Weiss, Oficial de Ciências,
Berenice Ferrari, Pilota, Nelson Waterloo, navegador! Tripulação, esta é a
Capitã Valéria Soleil,da KSS Peregrine, ela é minha bisneta e veio dofuturo,
século XXIV !
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário