quarta-feira, 22 de maio de 2019

Episódio 99- Sensibilidade de Viver:Gestação !



-Quero ver a Rina-chan na encubadeira antes, primeiro...ainda não pude ver a ela até agora!
-Claro, querida, vou ver com a Enfermeira!
Eles saíram do quarto e falaram com a Enfermeira de plantão, que confirmou a alta deLune e os autorizou a ir ver a bebê.
Ao chegar ao recinto onde ela estava, Lune se espantou:
-Mas...mas ela é igualzinha a como ela aparecia nos meus sonhos! Só menorzinha!
Lune afirmou.
Ela olhou para a menininha, que estava de olhos abertos, e o olhar dela parecia expressar uma tamanha meiguice ecarinho, tanto amor, que Lune literalmente desmontou e quase  desmaiou !
-Minha...filha...filhinha...Rina-chaaaaaaaaaaaan !
Lune se debulhou em lágrimas e abraçou o frio vidro da encubadeira com desespero !
Depois tentou olhar nos olhos dela e...SUSTO !
Rina desviou seus olhos dos olhos dela e olhou para o outro lado.
Imediatamente um profundo sentimento de rejeição, frustração e decepção inundou o coração de Lune!
Ela largou a encubadeira  e caiu sentada no chão e desandou a chorar convulsivamente.
Takeo percebeu imediatamente que ela precisava de apoio e a abraçou por trás, mas levou uma cotovelada daquelas nas costelas.
Foi então que a porta se abriu. Era Momiji !
Ela se postou na frente da filha e a abraçou de frente,bem forte.
-Mãeeee...
-Estou aqui, filhinha,estou aqui com você, te amo muito, minha filha...
Uma chorou no ombro da outra e Takeo só olhava, profundamente emocionado.
Pouco tempo depois, os três iam para o apartamento de Lune.
Os dias se passaram, e a depressão deu lugar ‘a fúria, e várias vezes Takeo teve de segurá-la nos seus impulsos de arrancar Rina da encubadeira na marra.
Era dias e noites infindáveis de choradeira e depressão e a médica falou para Takeo que Lune estava com depressão pós-parto e precisava de um psiquiatra.
Ela se recusava a comer e beber, rejeitava os gatos, não deixava Takeo tocá-la e gritava aos berros com ele por qualquer coisinha boba.
Neste meio tempo, Rina passou por várias doenças e por pouco não morre, em duas ocasiões.Mas só Takeo presenciou isto, pois ele não quis dar estas notícias, com medo de que Lune piorasse ainda mais.
Depois voltou a depressão e ela se enterrou na cama dia e noite e não saía mais e se recusava a ir visitar Rina, como fizera nos primeiros dias.
E assim se passou um mês e pouco, até que ela recebeu um telefonema de sua médica:
-O que foi?
-Lune-san, sua filha teve alta da encubadeira, está liberada para ir para casa, venham busca-la, por favor...
Lune ficou de olhos arregalados, abobalhada, sua voz simplesmente não saía !
Takeo chegou pertinho do telefone e falou:
-Que maravilha ! Estamos a caminho, doutora, muito obrigado !
A médica desligou o telefone, sem entender muita coisa.Na cabeça dela era ininteligível que uma mãe não ficasse felicíssima ao receber tal notícia !
-Querida, se arrume para irmos buscar a Rina-chan !
-Vai você !Eu não vou !
-Mas, anjo, você é a mãe, é imprescindível que você vá comigo!
-Vá você, já disse ! Não sou obrigada !
-Mas querida, por favor...
-Caaaaaala a bocaaa, estúpido !
E Lune desferiu um forte tapa na cara do marido.
Takeo, porém, continuou insistindo:
-Querida, seja razoável por favor, não podemos deixar ela lá no hospital, o lugar dela é aqui conosco!
-Você não me entende ! Ela me rejeitou, por que não posso nem rejeitar a ela?
-Meu amor, ela  ainda é um bebê...
Demorou mais de meia hora para ele conseguir finalmente convencer a ela a ir busca-la, pois ele teve a idéia de colocar Momiji para falar com ela ao telefone,e aí só ela cedeu, e por fim os dois pegaram o carro de Lune  e foram ao Hospital.

(Por Continuar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário