-Quero ver a Rina-chan na encubadeira
antes, primeiro...ainda não pude ver a ela até agora!
-Claro, querida, vou ver com a
Enfermeira!
Eles saíram do quarto e falaram com a
Enfermeira de plantão, que confirmou a alta deLune e os autorizou a ir ver a
bebê.
Ao chegar ao recinto onde ela estava,
Lune se espantou:
-Mas...mas ela é igualzinha a como
ela aparecia nos meus sonhos! Só menorzinha!
Lune afirmou.
Ela olhou para a menininha, que estava
de olhos abertos, e o olhar dela parecia expressar uma tamanha meiguice ecarinho,
tanto amor, que Lune literalmente desmontou e quase desmaiou !
-Minha...filha...filhinha...Rina-chaaaaaaaaaaaan
!
Lune se debulhou em lágrimas e
abraçou o frio vidro da encubadeira com desespero !
Depois tentou olhar nos olhos dela
e...SUSTO !
Rina desviou seus olhos dos olhos
dela e olhou para o outro lado.
Imediatamente um profundo sentimento
de rejeição, frustração e decepção inundou o coração de Lune!
Ela largou a encubadeira e caiu sentada no chão e desandou a chorar
convulsivamente.
Takeo percebeu imediatamente que ela
precisava de apoio e a abraçou por trás, mas levou uma cotovelada daquelas nas
costelas.
Foi então que a porta se abriu. Era
Momiji !
Ela se postou na frente da filha e a
abraçou de frente,bem forte.
-Mãeeee...
-Estou aqui, filhinha,estou aqui com
você, te amo muito, minha filha...
Uma chorou no ombro da outra e Takeo
só olhava, profundamente emocionado.
Pouco tempo depois, os três iam para
o apartamento de Lune.
Os dias se passaram, e a depressão
deu lugar ‘a fúria, e várias vezes Takeo teve de segurá-la nos seus impulsos de
arrancar Rina da encubadeira na marra.
Era dias e noites infindáveis de
choradeira e depressão e a médica falou para Takeo que Lune estava com
depressão pós-parto e precisava de um psiquiatra.
Ela se recusava a comer e beber,
rejeitava os gatos, não deixava Takeo tocá-la e gritava aos berros com ele por
qualquer coisinha boba.
Neste meio tempo, Rina passou por
várias doenças e por pouco não morre, em duas ocasiões.Mas só Takeo presenciou
isto, pois ele não quis dar estas notícias, com medo de que Lune piorasse ainda
mais.
Depois voltou a depressão e ela se
enterrou na cama dia e noite e não saía mais e se recusava a ir visitar Rina,
como fizera nos primeiros dias.
E assim se passou um mês e pouco, até
que ela recebeu um telefonema de sua médica:
-O que foi?
-Lune-san, sua filha teve alta da
encubadeira, está liberada para ir para casa, venham busca-la, por favor...
Lune ficou de olhos arregalados,
abobalhada, sua voz simplesmente não saía !
Takeo chegou pertinho do telefone e
falou:
-Que maravilha ! Estamos a caminho,
doutora, muito obrigado !
A médica desligou o telefone, sem
entender muita coisa.Na cabeça dela era ininteligível que uma mãe não ficasse
felicíssima ao receber tal notícia !
-Querida, se arrume para irmos buscar
a Rina-chan !
-Vai você !Eu não vou !
-Mas, anjo, você é a mãe, é
imprescindível que você vá comigo!
-Vá você, já disse ! Não sou obrigada
!
-Mas querida, por favor...
-Caaaaaala a bocaaa, estúpido !
E Lune desferiu um forte tapa na cara
do marido.
Takeo, porém, continuou insistindo:
-Querida, seja razoável por favor,
não podemos deixar ela lá no hospital, o lugar dela é aqui conosco!
-Você não me entende ! Ela me rejeitou,
por que não posso nem rejeitar a ela?
-Meu amor, ela ainda é um bebê...
Demorou mais de meia hora para ele
conseguir finalmente convencer a ela a ir busca-la, pois ele teve a idéia de
colocar Momiji para falar com ela ao telefone,e aí só ela cedeu, e por fim os
dois pegaram o carro de Lune e foram ao
Hospital.
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário