domingo, 19 de janeiro de 2020

Episódio 26- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



No dia anterior ‘a noite, Lune já tinha avisado sua chefe de que ia voltar ao trabalho no dia seguinte.
Assim, de manhã bem cedo, acordou ainda antes de Takeo, e, para sua surpresa, o café da manhã já tinha sido preparado por Asuka. Não era o desjejum que ela estava acostumada, mas o típico café da manhã japonês tradicional: chá, peixe frito, lula grelhada e arroz.
Ela se aproveitou que sua avó tinha saído da cozinha para ir cuidar de Rina, e tomou seu desjejum apressadamente,  subiu, se trocou correndo, passou um batom, se perfumou, se penteou de qualquer jeito, pegou seu celular, sua bolsa, se vestiu com suas roupas corporativas e desceu as escadas voando.
Pegou seu carro e saiu a toda velocidade, para a estação de trem.
Lá, colocou seu carro no estacionamento e tomou o trem para seu trabalho.
Não demorou, chegou na cidade, pegou um táxi e desceu na Universidade onde trabalhada, toda esbaforida, mal tendo fôlego, para não chegar atrasada. E , de fato, chegou pontualmente um minuto adiantada na sala de reuniões.
Porém, estava estranhamente tudo escuro e vazio de gente.Ela acendeu a luz e....
-SURPRESA !
Bradaram suas colegas e sua chefe, sorridentes !O clima era de festa !
-Bem vinda !
Disseram elas em uníssono, e fizeram o tradicional cumprimento japonês, inclinando seus torsos.
Ela respondeu sorrindo, com o mesmo cumprimento, e com lágrimas nos olhos ! Se sentia tremendamente querida e feliz !
Foi então que a reunião formal começou e sua substituta temporária se despediu dela e transmitiu o cargo oficialmente.
Mais um dia de trabalho  começava na vida de Lune, que o adorava !
Enquanto isto, Takeo também estava na correria,
Se trocou rapidamente, mas não teve chance de escapar de conversar com Asuka, que exigiu que ele desse um beijinho de bom dia em sua filha.
-E a Lune-san?
-Ela já foi para o trabalho, Takeo-san, e você, não vai não?
-Meu expediente começa as oito, Asuka-sempai.Ao contrário da Lune, trabalho na mesma cidade em que moro, e o trabalho é perto!
-Huum...que empresa é esta que começa o expediente tão tarde?
-Trabalho para o meu sogro, na editora dele, sou desenhista chefe lá.E gerente também, acumulo os dois cargos...
-Está explicado, aquele Kazuo-san sempre foi um preguiçoso, sempre falei para a Momiji-san, procure alguém mais promissor, arte não dá dinheiro...
-Mas ele conseguiu sustentar uma família e eu estou ajudando a sustentar também, Asuka-sempai...
-Se você ganhasse bem, a Lune-san não precisaria trabalhar , Takeo-san ! Sua sorte é ter um pai rico que te socorre quando precisa !Nós da família Tamasuki nunca tivemos tal privilégio...
-Ahaaam, já acabei meu café da manhã e preciso ir trabalhar, Asuka-sempai, com licença...
-Ah, homens fracos de hoje em dia, não sustentam nem uma conversinha com uma senhora como eu... vai, vai logo então , anda !Takeo saiu correndo, levando suas coisas.
Respirou aliviado quando já estava dentro do seu carro.Não sabia até quando ia suportar as broncas da avó de Lune!
Ele abriu o portão da garagem, deu a partida e saiu.
O seu trabalho não ficava a mais do que um kilômetro e meio de distância, daria até para ir a pé, se quisesse, mas , comodista, preferia ir de carro.
Chegou, estacionou e entrou no estúdio.
Lá não tinha festa, e foi recebido friamente.
Conversou rapidamente com Kazuo, respondeu sobre Lune e Rina e sobre Ruri também. Depois Kazuo o atualizou sobre o andamento dos trabalhos e o mandou diretamente para a mesa de desenhos.
O dia se passou tranquilo, e quando o expediente terminou, ele pegou sua Mercedes para voltar para casa.
Porém, no meio do caminho, o transito estava parado pela Polícia.
Um assalto a banco estava acontecendo: era uma quadrilha de imigrantes chineses pesadamente armada com armas russas, e que fugia da polícia.
O Mitsubishi Lancer Evolution dos bandidos passou correndo, com dois bandidos atirando de pistolas automáticas de grosso calibre, com os Nissans da Polícia em seu encalço.
Porém, a fatalidade:
O cão de um transeunte que assistia atrás do cordão de isolamento escapou da coleira e fugiu, atravessando a avenida.
O carro dos bandidos nem freou, e a atropelou o animal e passou por cima. Mas a dura suspensão esportiva  deu um tremendo solavanco enquanto os bandidos atiravam, e um dos tiros veio na direção de Takeo!
A bala atravessou o parabrisas e atingiu o olho esquerdo  de Takeo, mas ao entrar, para sua sorte, subitamente se desviou e não entrou no cérebro, saindo pela lateral do crânio e saindo pelo vidro do motorista, indo alojar-se em um poste!
Takeo deu um grito de dor, e ao colocar a mão sobre o olho, ela ficou ensanguentada.
De repente , o carro foi cercado de gente e policiais chegaram.
Uma ambulância foi chamada imediatamente e ele foi levado ao hospital.
Não demorou, e Lune recebeu talvez o mais terrível telefonema de sua vida !

(Por Continuar)

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