segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Episódio 109- Depois daquela fria manhã de Outono



Episódio 109

De fato, ainda na parte da tarde, Maki e Hideo chegaram em casa.
Ao chegarem , foram correndo abraçar as filhas e depois  foi a vez da babá ser indagada:
-Onde está meu pai? Já não era para ter chegado?
-Ele chegou e saiu de novo, Maki-dono !
-Saiu para onde?
-Ele não disse onde ia, Maki-dono !
-Que estranho ! E a Kaede-san?
-Ela também saiu.
-Com o papai?
-Não, senhorita, no carro dela, com a cuidadora dela. Também não disse para onde ia !
-Esta casa anda muito misteriosa ultimamente !
Disse Hideo, apreensivo.
-Misteriosa demais para o meu gosto ! Vamos procurar o papai !
-Mas Maki-san, procura-lo aonde? A cidade é enorme...
-Papai ter certos lugares que gosta de ir, onde sempre vai. Vamos tirar estes uniformes, colocar outras roupas e vamos atrás dele !
-Mas eu estou morrendo de fome...
-Ah, Hideo-kun, quando você não está com fome ! Coma alguma coisa logo e venha se trocar de uma vez, e não demore ! Tenho pressa em achar o papai !
Maki subiu as escadas e foi para o quarto do casal.
Lá resolveu tomar um banho, para não colocar roupa limpa em cima de seu corpo suado.
Não demorou e Hideo apareceu.
-Anjo, vou tomar banho com você !
-Nem pensar, agora não dá tempo. Se troca logo !
Frustrado em não poder fazer amor com Maki durante o banho, Hideo se trocou, enquanto Maki se enxugava .
Percebendo a tara do marido, Maki disparou:
-Vá brincar um pouquinho com nossas filhas enquanto termino de me arrumar. E não adianta fazer esta cara, agora não quero nada com você, e nem temos tempo para estas coisas.
-Mas, mas...
Hideo acabou expulso do quarto e teve de obedecer sua esposa.
Quase uma hora depois, Maki chegou na cozinha, e encontrou Hideo brincando com as filhas.
-Chame o táxi, Hideo-kun, vamos embora !
Hideo olhou para sua mulher: Maki estava com um belo vestido amarelo, com um corte que deixava entrever boa parte de uma das coxas, e um enorme decote que deixava os grandes seios dela quase inteiramente ‘a mostra, praticamente só os mamilos estavam invisíveis!
Ele sacou o celular do bolso e chamou o táxi, que não demorou a chegar.
Logo eles entravam e se sentavam no banco de trás do Nissan, que logo ganhou as ruas.
-Por onde vamos começar, Maki-san?
-Pelo bairro das Prostitutas. Vamos visitar minha irmã!
-Iiih, tenho um mau pressentimento sobre isto...
Mas Maki nem respondeu. Ela estava em um dia de tremendo mau humor ! Nem parecia ela mesma !
Demorou um pouco, por causa do trânsito pesado, mas chegaram  quando já estava quase escurecendo.
-Será seguro ficar aqui a noite, Maki-san?
-Você já não morou aqui com sua irmã e minha irmã?Você sabe melhor do que eu !E que raio de marido é este que está com medo?Seu dever não é me proteger?
-Tenho saudades daquela Maki infantil e meiga de antigamente...
-Anda logo, vem, para de ficar falando bobagens !
Disse Maki, pagando o taxista e saindo do carro.

(Por continuar)

Episódio 57- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Alguém, escondida, escutou o que Katsumi disse. Mas ficou calada e se recolheu. Decidiu que não era hora de agir ainda.
Depois da festa, Lune estava exausta, e não via a hora de dormir em seu quarto.
Se despediu de todas, subiu as escadas e entrou em seu quarto. Desfez as malas, tirou suas roupas e entrou no banho.
Pouco depois, mal terminara, ouviu alguém bater na sua porta desesperadamente.
Ainda com uma toalha enrolada no corpo, atendeu a porta, de muito mau humor.
-Asuza-san?
-Lune-san, por favor, pelo amor dos Deuses, me ajuda !
-Ai, não dá para você esperar até amanhã não? Eu estou cansadíssima, morrendo de sono...
-Não, infelizmente não dá, Lune-san...a Kotomi-san está roubando a Katsumi-san de mim e ameaçou mata-la se ela não fizer amor com ela!
-E o que eu tenho a ver com isto? Eu não quero me  meter nas encrencas de voc~es, não, já tenho problemas demais na minha vida !
-Lune-san, não seja tão fria...eu amo a Katsumi-san, não saberia viver sem ela...
-Voc~e não viveu sua vida até antes de conhecer ‘a ela?Então sabe viver sem ela sim, então, por favor, me deixe descansar...
-Você não está entendendo !Eu estou apaixonada por ela!
-Repito a pergunta: e eu com isto?Isto é entre vocês...
Asuza começou a chorar, com as mãos no rosto.
-Está bem, está bem, Asuza-san...o que quer de mim?
-Eu preciso que você me ensine a arte marcial da esgrima ! Eu quero desafiar a Kotomi-san para um duelo !
-Eeeeee? Você ficou louca, garota? Ela vai te fatiar viva !É suicídio !
-Mas com você me ensinando...
-Escuta aqui, Asuza-san: primeiro, eu não sou lá grande esgrimista, e o desnível técnico de conhecimento da esgrima entre eu e a Kotomi é enorme ! Além disto, em segundo lugar,esgrima não é coisa que se aprenda em uma ou duas lições !Terceiro: Grandes Mestres levam anos, décadas para conseguirem a maestria na espada, e a Kotomi é uma mestra, você precisaria ter o mesmo nível dela , no mínimo, para conseguir enfrenta-la com alguma chance de sucesso ! Quarto lugar: eu não iria colaborar na morte de ninguém, inclusive eu poderia ser processada e presa por isto, quinto: a regra do Bushido é clara: duelos são até a Morte, isto é algo muito sério, questão de honra, sexto: duelos de espada são ilegais no Japão e se uma matar a outra ou alguém as denunciar, vocês serão presas, pois duelar é crime !
-Mas você mesma já duelou antes e sobreviveu...e não foi presa !
-Eu tive foi sorte, Asuza-san !
-Quanto você quer que eu te pague?
Agora a expressão do rosto de Lune ficou furiosa e seu olhar fuzilou o da colega.
Em silêncio, ela deu um tapa violento na cara da colega.
-Nunca mais tente me corromper ! Eu sou incorruptível ! Coloque-se daqui para fora ! Já ! Suma da minha frente !
Asuza , mal recuperada, voltou a chorar soluçantemente e, ajoelhada no chão, se rastejando e se humilhando, rogou:
-Por favor, por favor, me ajuda ! Me ajuda, eu te suplico, por favor, eu faço qualquer coisa que você quiser, serei sua escrava se você quiser, estou em suas mãos, por favor, por favor, Lune-san, por favor...
-Você é uma criatura desprezível mesmo ! Que vergonha ! Não tem a menor honra, a menor auto estima, o menor amor p´roprio, se humilhando deste jeito, rastejando no chão feito um verme, um lixo humano...eu estou decepcionada com você, Asuza-san !
Repentinamente, a colega dela se levantou, em meio a muitas lágrimas, e correu para dentro do quarto de Lune, e pegou a espada que estava em um canto, enrolada em panos.
-Ei, ei, Asuza-san, você enlouqueceu de vez?Larga a minha espada !
-Eu vou me matar ! Não me resta outra opção, vou cometer Sepukku !
E virou a lãmina afiadíssima da espada para sua própria barriga, com as duas mãos no cabo. Se colocasse força suficiente, a espada a vararia de fora a fora !
Agora foi a vez de Lune ficar espantada e ela viu que precisava agir rápido!
De um salto, arrancou a espada das mãos da colega e com um chute a jogou deitada na cama.
Lune então sentou-se em cima da virilha de Asuza, com a ponta da espada brilhando entre os seios da garota. Quisesse ela, o golpe seria fatal !
-Tudo bem então, eu te ensino, sua doida varrida, mas isto terá de ser um segredo, entendeu ? Só que não me responsabilizo se você morrer, certo?
Asuza tinha no rosto um enorme alívio, e ainda com lágrimas nos olhos, respondeu:
-Sim, Mestra !Muito obrigada, Mestra !
-Pare de me chamar deste jeito !
-Ahaaam, sua virilha está roçando na minha, por favor, não...não me deixes excitada...
Lune só então lembrou que , em seu salto, a toalha foi ao chão e ela estava completamente nua em cima da colega !
Ela corou de vergonha e saltou para trás, correu e enrolou a toalha em volta do corpo voando !
-Vai, sai, sai daqui ! Fora daqui, fora ! Fora !
Asuza se levantou e foi embora e a porta do quarto se fechou.
Mas Lune estava ainda mais corada de vergonha: ela viu a marca de fluido sexual exatamente onde esteve em cima de Asuza, o que lhe lembrava que ficara sexualmente excitada.
-Ai, que droga ! Não é possível que eu mereça uma coisa destas !Só comigo estas coisas acontecem !
Falou em voz alta para si mesma.
E tratou de vestir uma calcinha e um pijama o quanto antes.
Asuza, ao chegar no quarto dela, por outro lado, disse em voz alta para si mesma:
-Kotomi, desalmada, você vai pagar caro por fazer amor com minha Kotomi ! Vi pagar com sua vida !Eu juro que te mato ! Juro !

(Por continuar)