quarta-feira, 31 de julho de 2019

Episódio 51- Admirer Voyages:Peregrine !




Não demorou e logo as substitutas chegaram:
-Tenente Érica se apresentando ‘a ponte, Capitã !Solicitando permissão para assumir meu posto !
-Tenente Ruri se apresentando ‘a ponte, Capitã ! Solicitando permissão para assumir meu posto !
-Permissão concedida !Dispensadas !
-Imediatamente, Capitã!
Disseram as duas em uníssono.
-Cecília, por favor instrua a Tenente Ruri para os procedimentos de daqui a pouco.
-Sim, Capitã !
Cecília se levantou de sua poltrona e foi até o posto da artilharia, onde, ainda em pé, ficou ao lado de Ruri para dar as instruções precisas de quando disparar o torpedo. Inclusive por que aquele tipo muito específico requeria entrar em menus muito específicos do painel e não eram simples de configurar.
Enquanto isto, Anne Paula , Giselle e Rita trabalhavam fervorosamente no console de Engenharia da Ponte.
-As configurações que podíamos fazer aqui, já fizemos. Agora é necessário fazer os ajustes físicos no lado de fora do defletor ! Vamos precisar sair do lado de fora da nave !
-Então vamos logo, Rita!
-Não, eu vou sozinha! Você e a Giselle vão para o gerador de torpedos principal e o ajustam enquanto faço meu serviço no defletor, depois que eu terminar, vou lá ajuda-las ! Assim vai mais rápido, temos pressa !
Valéria esta  escutando a conversa delas.
-Tenente Érica, peça para a Letícia lá na sala de teletransporte teletransportar a Rita diretamente para o vestiário junto da escotilha principal, e a Giselle e a Anne Paula direto para a  sala de gerador de torpedos principal, agora !
-Sim, Capitã !
Ela assim o fez, e logo elas estavam onde deveriam estar.
Rita vestiu a roupa astronáutica, encaixou nela o módulo propulsor, saiu do vestiário, abriu a escotilha principal, e ali diante dela, estava o Espaço infinito.
Ela saiu da nave e fechou a escotilha por fora, e acionou seus propulsores.
Em segundos estava diante do defletor de sensores.
Ela pegou suas ferramentas dos bolsos e soltou uma trava de cada lado, e mais uma em cima e outra em baixo. Agora o ajuste precisava ser milimétrico e extremamente preciso.
Ela abriu uma pequena gaveta ao lado direito da lateral da nave junto ao defletor, e retirou de lá um pequeno controle remoto.
Em seguida, se afastou um pouco da frente da nave e acionou o controle, que abriu uma tela holográfica 3 D semi transparente
E  com a ajuda de botões e uma alavanca holográficos tridimensionais, ia conferindo as coordenadas na tela enquanto ia fazendo as regulagens. A olho nu, nem parecia que o defletor estava mudando de ângulo e forma, mas estava. Mas um milésimo de milímetro naqueles ajustes poderiam ser  a diferença entre a vida e a morte na hora do procedimento !
Após seis longos minutos que mais pareciam seis horas, os ajustes foram concluídos.
Rita desligou o controle remoto, o guardou de volta na gaveta, recolocou as travas e entrou de volta na nave.
Para ganhar tempo, enquanto voltava para a nave, ela avisou sua capitã que os ajustes estavam prontos e avisou Giselle e Anne Paula que já estava a caminho para ajuda-las.
Assim que Rita se trocou de novo, Valéria deu a ordem para teletransportar Rita na sala de gerador de torpedos, e assim, instantaneamente ela já estava com elas.
-Que bom que você chegou ! Estávamos com dificuldades de decifrar estas configurações técnicas no aplicativo!
-Deixa comigo, Anne Paula, esta não é uma configuração tradicional, ela tem um sub menu  específico escondido que só engenheiras conhecem , este aqui !Agora é só escolher esta, esta e esta opções aqui, depois entrar neste outro sub menu e escolher estas, estas , estas e estas opções neste sub menu também. Pronto , abriu a tela de ajustes de captações de grávitons. Vou fazer para cá o download das coordenadas precisas e estabelecer na navegação de curso e mira as coordenadas espaciais e temporais exatas. Pronto !Aqui é Rita, chamando a Capitã !
Disse a engenheira pelo seu comunicador.
-Sim, Rita?Aqui é a Capitã !
-Tudo pronto, senhora! Só vamos fazer umas simulações rápidas ai na ponte e o esquema já estará todo armado para o procedimento !
-Excelente ! Vou mandar a Letícia transportá-las direto para cá !

(Por Continuar)

terça-feira, 30 de julho de 2019

Episódio 13- Sensibilidade de Viver: Adendos Finais


Não demorou muito e Ruri e Rena foram passear no Shopping.
O táxi logo chegou e as levou para lá.
Lune não as quis levar por que não teria com quem deixar Rina.
E só agora ela começava a se dar conta disto: agora com filha ainda bebê, mamando, já não tinha mais liberdade de sair quando quisesse e ficar fora o quanto quisesse, se precisasse sair, teria de leva-la junto- e amamenta-la em público!
E ela ficava vermelha de vergonha imaginando todas as pessoas, especialmente os homens, olhando o seio dela nu, ‘a vista!
-Não estou psicologicamente preparada para isto !
Pensou Lune consigo mesma.
Ela deu uma olhada na Rina e esta continuava a dormir encantadoramente em seu bercinho.
Havia uma poltrona de amamentar ao lado do berço, e Lune se sentou nela e ficou olhando para a própria filha.
Tantas vezes sonhara com ela, quantos planos,quanta esperança, e o quanto ela passou para ter ela ali dormindo tão linda!
E ela se lembrou dos sonhos noturnos que tivera com ela e então, em um átimo,ela se deu conta:
A Rina que aparecera ainda bebê nos seus sonhos era igualzinha ‘a real !Idêntica ! Seriam apenas sonhos, ou premonições do futuro?
E quanto aos sonhos com a Rina adolescente? Ela seria assim fisicamente? E psicológicamente, seria tão doce, meiga, amorosa e sensível quanto a dos sonhos? Ou ela “puxaria” seu gênio?  
Ela não teria respostas para isto ainda, era demasiado cedo e agora a realidade era outra.
Mas Lune ficou pensando em como seria ter uma filha com o mesmo gênio que ela tinha aos dezesseis anos de idade, e ela recordou quanto trabalho ela deu, o quanto foi imatura e o quanto amadurecera.
Por fim, escutou um barulho de motor de carro e do portão da garagem se abrindo: Era Takeo chegando, finalmente!
Aproveitando que Rina dormia, Lune saiu do quarto e desceu as escadas para se encontrar com o marido.
Ele logo entrou pela porta da cozinha.
-Oi, amor !
- Oi, querido, onde você foi? Eu estava preocupada, você saiu daqui tão nervoso!
-Fui em uma lanchonete fast food, e depois numa livraria!Resolvi fazer como você: ler para me acalmar !
-Que bom, Takeo-kun ! Boa tática !
Disse Lune em um risinho.
-Eu trouxe um presentinho para você!
E Takeo tirou um embrulho de uma sacolinha de mão.
Lune o desembrulhou  e logo disse:
-Tratado sobre a Tolerância, de Voltaire !
-Exato, querida, espero que este você não  tenha lido ainda !
-Não, ainda não, que bom ! Muito obrigada, amor !
E Lune beijou-lhe a boca em agradecimento.
Logo depois:
-E a nossa menininha, como está?
-Dormindo placidamente, querido !
-Sua irmã e sua sobrinha?
-Foram passear no shopping. Agora a Rena está calminha e , digamos, mais mansa !
-Que bom, ainda bem, eu estava realmente estressado. Vou tomar um banho e descansar um pouco então.
-Como faremos com o jantar?
-Peça umas pizzas mais tarde, querida, por favor!
-Boa idéia !
Os dois subiram as escadas ao mesmo tempo. Takeo foi para o quarto do casal, e Lune entrou de volta no quarto de Rina.Elatinha acabado de acordar.
-Iiiih, já está toda suja !Hora de ir para o banho e trocar de fralda, minha lindinha, vem com a mamãe !

(Por Continuar)

domingo, 21 de julho de 2019

Episódio 4 (Minissérie)- Eternidade


Episodio 4: Calidez e Inocência



O frescor da manha refletia-se na brisa suave que acariciava a relva ainda molhada. Pequenos pés saltitavam em meio ao capim selvagem,pequeninas mãos colhiam flores multicores, pequenos olhos de olhar estrelado procuravam aflitos por outros olhos que a acompanhavam atentamente.
Tinham-se passado alguns anos desde que Rikku nascera, e ela estava saudável e forte.A alegria em seu semblante era fruto da inocência com que so´a ignorância presenteia a alma humana.Não havia preocupações, nem indagações metafísicas,apenas sinceridade, delicadeza e sensibilidade ainda em estado puro.
Rikku parou diante do lago que lhe concedera seu nome, e uma pequena voz saiu de sua estreita garganta:
-Mamãe! Mamãe!Vem ca´!
Altas e esguias pernas se aproximaram, e a mão grande  envolveu a pequena.
-Sim, minha filha.O que foi?
-Mamãe, esta  que esta no lago não sou eu !
-Não,filha?E´o reflexo da sua imagem, querida.
-Não sou eu! Eu estou à beira do lago, não dentro dele!
-Você esta enganada, folha. Não existem duas Rikku, apenas você, e seu reflexo, e´como no espelho, você não se vê no espelho?
-Não mesmo? E esta que esta em sua barriga?E depois, aquela que vejo no espelho também não sou eu, pois eu nuca estive dentro do espelho. Mas já estive na sua barriga, então eu estou nascendo outra vez! Eu estou sempre nascendo, mamãe!
Aquela moca, de mais de trinta anos de idade, abraçou então a menina.
-Ah, Rikku! Como você e´inteligente!
A mãe estava pensativa, havia muito de simbólico no que Rikku dissera.E ela entendera perfeitamente o que a filha tinha querido dizer com aquilo, e emocionou-se.
A calidez do lago lhe dava uma sensação de paz e tranqüilidade.Sentia-se então mais viva do que nunca. A diferença, porem entre ela e Rikku, e´que a menininha viva tudo aquilo sem ter uma consciência plena de si mesma, sem ter preocupações na vida.

(Por Continuar)

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Episódio 12- Sensibilidade de Viver: Adendos Finais



Rena parecia outra menina. De olhos baixos, envergonhada, disse baixinho:
-Desculpe...
-Está desculpada. Vem, vou te dar um pudim!
-Onde está minha mãe?
-Foi para o quarto dela, melhor deixar ela em paz por um tempo, depois vocês conversam. Depois que você terminar, vou ligar a televisão para você assistir anime lá na sala!
Lune estava espantada consigo mesma. Ela , que sempre fora tão brava, e brigava tanto com a mãe dela, agora conseguia se conter e estava tendo tanta paciência com uma criança tão difícil !
Mas ela estava preocupada com Takeo, que saíra e ainda não voltara, e estava visivelmente estressado. Ela até pensou em telefonar para ele, mas depois achou melhor deixa-lo em paz e esperar ele chegar.
Ela já previa que o casal teria de ter uma longa e difícil conversa sobre manter Ruri e Rena morando em casa, e não parecia que Rena, sobretudo, iria cooperar para não tornar a situação insustentável.
Fosse outra casa ,de outra família, Ruri e Rena já teriam sido expulsas faz tempo. Mas Lune era diferente do comportamento tradicional japonês, porém, sua paciência tinha limites, e a de Takeo também.
Acima de tudo, tinham de administrar a situação de modo que o ambiente não fosse estressante para a pequena Rina, na época ainda um bebê, requerindo muita atenção e cuidados.
Claro, era pressuposto que Ruri desse conta de manter a filha dela na linha, mas ela estava sob stress intenso , traumatizada , fragilizada e intensamente deprimida. E para Lune, cuida de Rina e controlar Rena, tudo ao mesmo tempo, era demais para ela.
Então, Lune tinha de arranjar um jeito de conquistar o coração de Rena, para conseguir domar aquele coraçãozinho feral.
Por enquanto a menina estava na sala, assistindo anime quieta, mas...por quanto tempo?
Agora Lune tinha um pouco de paz, já que Rina , já alimentada e de fraldas trocadas, estava dormindo.
Neste meio tempo, Ruri, em seu quarto, tentara dormir, mas se virava de um lado a outro da cama e já chorara até suas pálpebras arderem e ficarem vermelhas e se transformarem em olheiras.
Não conseguira mais do que breves cochilos entrecortados por curtos pesadelos em que levantava sobressaltada, suando frio, assustada.
Por fim, desistiu de dormir, e foi no quarto de Rina observar a bebê a dormir. Imediatamente se lembrou de quando Rena tinha a mesma idade, com saudades. Lhe enchia o coração de tristeza que sua filha tivesse ficado tão difícil de lidar, tão revoltada!
Ruri por fim resolveu descer para a cozinha, onde encontrou Lune pensativa, sentada defronte a mesa.
-Onee-san, e aí, conseguiu dormir?
-Mais ou menos, Lune-nee-san. Acho que eu precisava arrumar alguma coisa para me distrair, espairar...
--É, seria bom, sim...bom, tenho uma idéia: você e a Rena precisam se reconciliar, então,vou fazer o seguinte: vou te dar uma grana e vocês vão no shopping que tem aqui perto, e passam a tarde lá, podem ir ao cinema também, que tal?
-Ai, onee-san, mas eu não tenho como te pagar de volta...
-Não é emprestado, não precisa devolver nada, fique tranquila!
Lune foi na bolsa dela e  tirou da carteira um gordo maço de dinheiro e deu para Ruri.
-Vai lá se arrumar, onee-san, deixe que eu falo com a Rena, ok?
-Tudo bem, Lune-nee-san !
E lá se foi Ruri, subir as escadas para seu quarto de novo.
  Então Lune foi para a sala:
-Rena-chan, quer passar a tarde no shopping?Voc~es podem tomar sorvete, comer nas lanchonetes fast food , ir no cinema...
-Eu adoraria ir sim, tia, mas não temos dinheiro para isto...
-Agora já tem !
-Mas minha mãe é mão de vaca e não me deixa comprar nada...
Lune tirou algumas notas do bolso da calça e disse:
-Agora você tem dinheiro também !
-Ebaaa !Obrigada, tia !
-Vai lá se arrumar, que sua mãe já está se arrumando !
Rena subiu as escadasna velocidade de um foguete !

(Por Continuar)