segunda-feira, 30 de março de 2020

Episódio 31- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



E assim Lune foi ajudando Takeo a andar com segurança nas ruas, desviando-o de quem vinha ‘a esquerda dele, o avisando de desníveis, degraus, etc.
Chegaram na farmácia e Takeo escolheu o modelo e tamanho de bengala que quis, e na volta, ele foi caminhando já com a bengala, apoiando e procurando detectar tudo em que pudesse tropeçar.
Todos os transeuntes ficavam olhando espantados para ele, por que não era comum um rapaz jovem, que nem trinta anos de idade tinha ainda, usando bengala, sem qualquer dano aparente na perna.
Takeo precisaria aprender a lidar com isto, e sabia que teria de dar muitas explicações.

Mas o casal resolveu não voltar para casa tão cedo assim. ELs ficaram caminhando pelas ruas para intensificar o treinamento de Takeo, e por várias ocasiões Lune ficou atrás dele, sem ajudar em nada, apenas observando como ele estava se saindo. Afinal, ela sabia que muitas vezes ele teria de sair sozinho e não poderia contar com ela sempre.
Pararam em uma livraria, onde Takeo treinou ler com um olho só.
Compraram alguns livros e depois foram tomar um sorvete ali perto.
Só então voltaram para casa.
-Agora, querido, será hora de seu treinamento com o carro. Porém, não vamos arricar os nossos, que são muito caros.Vou alugar um carrinho barato para você por uma tarde, e vamos em um estacionamento de shopping bem vazio, onde você poderá treinar sem arriscar tanto.Vamos lá, eu vou te levar no meu carro.
-Ah, mas e o meu, amor?
-Deixa ele aqui por enquanto, querido, ele chama atenção demais. Depois que você renovar sua carta e estiver bem treinado, você volta a dirigi-lo, ok?
-Tudo bem então, querida.
Os dois foram para a garagem. A Mercedes Classe B de Lune estava estacionada ao lado da Mercedes Classe E de Takeo, e o primeiro carro era bem menor que o outro.
Eles entraram no carro de Lune e ela assumiu o volante e ele, o lugar do acompanhante, e foram até uma locadora de Automóveis.
Lá , Lune alugou um Suzuki Alto Turbo RS, bem pequeno e simples. Deixaram a Mercedes no estacionamento e entraram no carrinho tipicamente japonês.
Rodaram, rodaram, rodaram, até que acharam um shopping que não estava com o estacionamento tão lotado, e tinha uma parte mais vazia.
Aí, com o auxílio de Lune, muitas vezes postada do lado de fora, Takeo ficou treinando manobras e a olhar pelos espelhos retrovisores e assim cobrir a deficiência de campo de visão e compensá-la.
Só entregaram o carrinho já no final da tarde, e chegaram em casa já anoitecendo.
Como já era esperado, levaram pito de Asuka, reclamando que estavam atrasados para o jantar.
No dia seguinte, e por mais dois dias, Lune continuaria os treinamentos de Takeo.

Os dias então foram se passando, e Takeo até já se via obrigado a se acostumar de andar de taxi para ir e voltar ao trabalho.
Enfim, após mais um mês, Estava chegando a época do Natal !
Takeo agora já frequentava a Auto Escola e conseguira ser aprovado no exigente exame de vista japonês específico para visão monocular. Agora, um dia antes do Natal, faria seu exame final na Auto Escola, para o qual  ele treinara tanto.
Lune também estava muito ansiosa, pois queria muito que a renovação de carta fosse o presente de Natal de Takeo  !
E assim, o casal foi até o Departamento de Trânsito para o exame final de Takeo.
Ainda que nervosa, Lune tentou espantar o nervosismo dele e o manter calmo.
Enfim, o exame foi feito e, estranhamente, ele não soube o resultado na hora.
Acreditava ter passado, mas não sabia. E voltou algo desapontado para casa. No entanto, no Japão, mesmo na véspera de Natal as pessoas tem de trabalhar e nem ele , nem Lune foram exceção.
Trabalharam um expediente menor que o normal, mas trabalharam.
A noite, tudo estava pronto para a Ceia, e Kazuo e Momiji vieram para a festa.
Após o banquete festivo, com direito a muitos brindes, começou a distribuição de presentes.
Quando chegou a vez  de Lune presentear a Takeo, ela trouxe um envelopinho embrulhado para presente.

(Por Continuar)

Episódio 69- Admirer Voyages:Peregrine !



-Huum... luxação forte na segunda vértebra lombar, e a terceira trincou. Não chegou a quebrar, mas a rachadura é séria!
-Está doendo muito doutora !
Disse a segurança.
-O certo era levar ela para a Enfermaria da nave, onde tenho mais recursos, ela precisa de cirurgia!Quem está a cargo do teletransporte aqui?
-Sou eu, Doutora!
-Então vamos precisar manda-la de volta para a nave, Geraldine !
-Infelizmente, a Alferes Greta não poderá ser teletransportada!
-Como não, Imediata?É uma emergência !
-Eu sei, doutora, mas os príons acima de nós tornam o teletransporte altamente inseguro, por isto optamos pela naveta !Ela não irá morrer se esperar até voltarmos para se tratar, mas se for teletransportada, o risco de morrer é enorme !Dê as maiores doses possíveis de anestésicos para ela até voltarmos...
-Sim, senhora, Imediata.
Greta, a segurança atingida, chorava de dor, sequer conseguia falar mais.
A Médica então , com a ajuda de duas outras seguranças, a deitou no assoalho da naveta e deixou uma das seguranças tomando conta dela, com o aplicador e instruções de como proceder, além da maleta de primeiros socorros médicos da naveta.
-Sinto muito por você ,  Alferes Greta. Terá de ficar aqui na segurança da naveta até voltarmos. Vamos indo, gente  ! Vamos na parte de trás da naveta vestir nossos trajes astronáuticos  de proteção !
Disse Cecília.
Todas as obedeceram, e seguiram para o compartimento de carga da nave, onde vestiram seus trajes protetores, com capacete e tudo.
-Ainda bem que hoje em dia os trajes contam com transformadores De Vloss para transformar, em tempo real qualquer atmosfera, até mesmo matéria escura, em ar respirável, assim, não temos mais limites de quantidade de oxigênio para transportar, nem de tempo para ficarmos em lugares inóspitos !
-Sim, Rita, mas este tipo de traje só foi popularizado em 2298, hánove anos atrás !
-Verdade, Imediata, mas foram inventados em 2290, é que levou oito anos para popularizar  e baratear a miniaturização do sistema De Vloss !
-Eu me lembro, quando tive de usar aqueles trajes antigos, com tanque de oxigênio nas costas, ainda em 2297. Quando eu ainda era uma Alferes a bordo da KSS Enterfrise- C !
-Não brinca !Você serviu ao famoso Capitão Clark, Imediata?
-Sim, ele mesmo, o herói de guerra. E o odiei ! Servi pouco tempo lá e pedi transferência !
-Por que?
-Por que, Dra. Kátia, ele me estuprou e abusava de mim frequentemente ! E querem saber de algo sobre ele que não está nos livros de história? Ele tem pênis pequeno, tem dificuldades de ereção e tem ejaculação precoce !
-Ué, então, como ele conseguiu te estuprar?
-Colocando a mão inteira dentro da minha...ah, deixa para lá, não quero mais lembrar destas coisas, Dra. Rosimary !Vamos logo ! Todas prontas?
Sim, Imediata !
Disseram todas, já com seus trajes vestidos , ajustados e programados.
-Então vamos. Rita, abra a escotilha traseira !
-Sim, senhora !
Elas saíram da nave e encararam o estranho planetoide.
-Que lugar esquisito, horroroso...como alguém pode sobreviver aqui?
-Não tenho idéia ainda, Geraldine. Olha a nave ali, vamos entrar.O que seu sensor de mão  está captando?
-Até agora nada de mais, Imediata, só a atmosfera mesmo.
Elas chegaram na nave caída, mas não havia nenhuma escotilha aparente.
-Deve ter alguma entrada, escotilha, alguma coisa, por aqui...
-Até agora nada, Imediata, o sensor só mostra uma estrutura contínua.
-Sei. Christina, use seu fuzil laser para providenciar uma entrada para a gente então!


(Por Continuar)

Episódio 22 (Minissérie) - Eternidade


Episodio 22:  Amor

Fala Mitthu:

“- Para a minha surpresa, atrás da montanha havia um vale montanhoso, com um lago imenso, azul turquesa, cercado por uma plácida  e belíssima florestinha.
Serhuu  me levou a casinha dela, modesta, mas aconchegante, e preparou-me uma refeição gostosa de peixe e frutas,e nos conversamos muito. Depois ela mostrou -me uma bela cachoeira , onde tomamos banho.
Foram momentos mágicos num tempo inesquecível,os mais felizes da minha vida...se um dia em minha triste vida, fui feliz , foi nesta época!
Eu não cansava de me admirar da graciosidade e delicadeza dela,tinha um jeitinho de ser tão meigo, tão doce, tão carinhoso,ela parecia toda feita da mais fina porcelana, eu quase tinha receio de toca-la...E o olhar que ela me dirigia , tocava o fundo do meu coração,eu sentia como se ela estivesse envolta em uma aura dourada de divindade, ela não podia ser humana...eu ficava embevecido de ver o jeitinho tão delicado de ela se sentar, andar,os trejeitos tao profundamente femininos daquelas mãozinhas tão pequenas, como que dançavam no ar, ela parecia emanar uma magia belíssima que me cativava inteiramente...uma magia encantada que me encantava o coração...ao vê-la, meu coração disparava, eu me arrepiava todo,e so de vê-la sorrir com aqueles lábios tão pequeninos e doces,eu já me sentia feliz, feliz de uma maneira que nunca tinha conseguido ser na minha vida,com toda a solidão que sempre me acompanhou,e todo o meu sofrimento, tantas batalhas que enfrentei,tudo o que passei,ao ser atingido por aquele olhar estrelado,eu não conseguia deixar de pensar que eu estava enganado, não existe so´ dor de viver, mas também prazer de viver.Um tempo hoje nebuloso,uma saudade que dói, um vazio que não se preenche,que se tem uma vontade tão desesperadora de se voltar, e um exaspero e uma tristeza tão grande diante da impossibilidade do tempo retornar,que se pensa como o Tempo e´injusto...Quando fomos ‘a cachoeira, ela corria com tamanha vontade de viver e alegria de existir que ainda a vejo correndo nos meus sonhos,e eu não conseguia alcança-la,e ela gritava e cantava, e me chamava, e dançava, saltava,e me perguntava se eu percebia o quanto o mundo e´maravilhoso,e eu acreditava piamente, ao ver aquele corpo tão grácil , lépido e leve, quase flutuando pela relva úmida,e eu me comovia, mas o vento da minha corrida levava as lagrimas embora, e so´deixava ficar a felicidade do meu coração...Quando finalmente chegamos ‘a cachoeira ela se desnudou inteiramente, e o que vi foi inesquecível, como se a própria Deusa do Amor estivesse se desnudando diante de mim.Sim, a vida era maravilhosa, o mundo era maravilhoso,o céu estava num azul explendido, a brisa estava aconchegante, o calor era morno e agradável,aquele sorriso tão feliz e belo,aqueles olhos tão encantadores,aquelas faces tão coradas e saudáveis, aquele pescoçinho de curvas tão delicadas, os ombros delicados, pequenos , mas fortes,aquela pele aveludada de toque tão macio e perfumado,aqueles seios nem tão pequenos, nem tão grandes, em forma de pêra, tão gentilmente esculpidos,aquele umbigo tão bem desenhado, as curvas do tronco  tão sinuosas e sensuais,aquela pequena mechinha de pelos pubianos tão bela,aquelas nádegas tão graciosas, aquelas pernas tão roliças  , aqueles pés tão
divinos, ela era perfeita, um sonho em forma de mulher...ela chegou para mim docemente e me abraçou com delicadeza,e eu  a abracei tambem, e  pude sentir um calor intenso crescer dentro de mim como uma onda a percorrer meu corpo,eu de repente me sentia em casa, me sentia aninhado, abrigado,protegido,me sentia exultante, radiante, como se eu fosse explodir...
Ela então olhou para mim, e seus olhos tinham um que de aflição, pareciam pedir desesperadamente por alguma coisa, eu sabia o que era, agora eu sabia, agora que eu via os lábios dela tremerem,meu coração parecia não caber no peito, eu suava, tremia também,um exaspero tomou conta de mim,um transe,algo dentro de mim fervia, eu não podia mais segurar, era como um passaro na gaiola ansioso para ser libertado,um sentimento maior que o meu próprio coração,uma onda de comoção percorreu-me dos pés a cabeça e as lagrimas dela brilhavam ao sol,e então a beijei.Nem mesmo parecia a primeira vez na vida que eu beijava,foi tão intenso que parecia eterno.Um momento de uma magia tocante,e eu sentia o coração dela bater junto ao meu, no mesmo ritmo, acelerado, depois mais ritmado, como uma dança inesquecível.Sentia dela uma doçura, um carinho tão imenso, tão intenso, uma ternura infinita,que eu tinha dificuldade de acompanhar.Eu  senti que poderia morrer por ela,faria tudo por ela, me devotaria a ela, me dedicaria a ela, teria loucura por ela,estávamos unidos num so´ corpo, sentia que eu estava intimamente dentro dela,sentia-a por dentro, um calor úmido, reconfortante, confortável, acolhedor e prazeiroso como eu nunca vira,eu estava absolutamente deleitado...”
- O que foi, Mitthu?Voce esta chorando...
-E´que... e´que...ah...as palavras...as palavras me fogem....Seihuu...eu não...nao posso mais segurar...Eu ...Eu...EU TE AMO!
“- Eu tinha começado a falar baixinho, soluçando e suspirando, terminei gritando, com o peito a arrebentar, e  a abracei com tanta força eu pude.
Notei que ela também chorava, e nos beijamos novamente, depois disto então ela me disse:
-Mitthu,meu querido, não fiques assim, estou aqui com você, eu também te amo...
E eu nunca tinha amado a ninguém e muito menos tinha sido amado por alguém, e a comoção de estar sendo correspondido em um sentimento assim tão profundo,pela primeira vez em minha vida,me fez cair de joelhos,era um choro de alegria, mas uma alegria assim tao grande que eu ao conseguia sorrir, e meus olhos não paravam de lacrimejar, eu mal conseguia respirar, meu coração estava taquicardico,e senti ela se sentar no chão e colocar minha cabeça junto ao peito dela, enquanto ela me acariciava os cabelos.Eu agora estava sentado no colo dela, e ao sentir o coração dela batendo por mim, uma sensação tão cativante e intensa se apoderou de mim, que aos poucos fui me acalmando.Era uma sensação quentinha, de uma aconchegancia, de um apoio, de um carinho tão profundo,uma sensação tão gostosa , e sentir a delicia das caricias dela parecia um sonho sendo realizado, um premio por tudo o que sofri,uma felicidade sem fim,uma alegria e um alivio tao inesquecível,que eu me perguntava como eu poderia ser mais feliz nesta vida, e que tinha valido a pena eu passar por tudo o que eu tinha passado para ter enfim tudo aquilo.
Eu olhava para cima e via o olhar dela, tão calmo, tão meigo e doce, tão encantado...eu me via perdido nos olhos dela, diante de tao profunda magia, tão profundos e belos sentimentos que aqueles olhos emanavam...sim, ela me amava, me amava muito, eu podia sentir isto naquele olhar enbevecido...ela me tinha nas mãos dela,eu estava totalmente entregue a ela,
E a cada sorriso e cada beijinho dela,e eram tantos que mais pareciam infinitos,eu acariciava a ela com tanta delicadeza que nem eu mesmo conseguia acreditar que fosse capaz.Enfim,beijei os seios dela com todo o carinho,e me sentia fazer parte dela,  sentia o toque macio e sabor doce e delicioso daquela pele tão delicada, eu me senti tão deliciado, tão feliz, tão embalado, que enfim , adormeci...”


(Por Continuar)

quarta-feira, 25 de março de 2020

Episódio 30-Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



E ainda disse:
-Mas é um bobo mesmo...
Takeo então resolveu tentar a orientação de Lune, e foi começando a desenhar cada vez melhor, pegando o ritmo e lembrando e adaptando suas técnicas.
Horas depois, o retato de Lune nua estava feito-e ficara maravilhoso !
Lune, claro, quis ver, e ficou felicíssima !
-Bravo, bravo, parabéns ! Ficou fantástico ! Amei !
-Muito obrigado, amor !
-Ah, agora já está mais animadinho, heim? Então tire suas roupas que vamos fazer amor aqui no divã mesmo !
Uma hora depois, Asuka batia na porta, falando:
-O jantar está na mesa !
Os dois tinham acabado de terminar, e tinha sido ótimo desta vez, e ambos erstavam animados. A depressão de Takeo desaparecera, cedendo lugar a um entusdiasmo que há muito Lune não via.
Os dois se trocaram e ante de saírem , Lune disse:
-Amor, enrole este desenho em um canudo e me prometa que nunca irá usá-lo em trabalho algum nem mostrar nunca a ninguém !
-Prometo, amor !
-Então vamos, senão a vovó desconfia !
E logo desceram para a cozinha, onde Asuka e Rina os esperavam.
-Finalmente !Quem é vivo sempre aparece ! Eu fiz comida, por que não é saudável ficar vivendo destes kombinis congelados. Melhor uma comida tradicional fresquinha e quentinha!Sentem-se, tem tempurá de camarão, arroz com curry e sopa missô !
-Obrigada, vovó, sua culinária é uma delícia !Melhor que a da minha mãe !
-Claro, eu que ensinei sua mãe, minha netinha. Mas ela nunca foi uma aluna muito aplicada na cozinha ...
-Ela fala a memsa coisa de mim, vovó !
-Ah, é, Lune-san? E você por acaso cozinha alguma coisa?
-Algmas coisas, omelete, por exemplo, salsishas, láven...rsss...o Takeo-kun sabe sozinhar melhor que eu !
-Meu amor está sendo modesta, Asuka-sama ! Eu só sei fazer comidas ocidentais...rsss
-Comidas ocidentais...humpf ! Vocês dois são uma negação na cozinha...coitadinha da Rina-san...
Lune e Takeo riram-se a vontade, enquanto Asuka dava papinha na boca de Rina, toda sorridente.
-Eu não consigo deixar de admirar a beleza da Rina-chan !Tão linda, tão risonha...que orgulho ser mãe dela !
-E bochechuda ! Ahahahaha!
-Takeo-kun, seu bobo, colocando defeito na própria filha !
Ácida, Asuka retrucou:
-Ela tem as bochechas do pai !
-Ai, obaba, não seja maldosa, não implica com o Takeo-kun não!
-Querida, eu tomei uma decisão: vou falar para o seu pai que vou voltar ao trabalho amanhã mesmo !
-Ótimo, querido, por que ele está precisando, está sobrecarregado lá. Então, depois do almoço, vamos dar uma voltinha nas ruas e vamos caminhar juntos, para você reaprender a caminhar e se equilibrar direito com um olho só !Mas antes eu vou pegar esta foffurinha rechonchuda aqui e colocar no meu colo e abraçar e beijar muito !
Disse Lune, enchendo sua filha de mimos , carinhos e beijinhos !
Após terminarem o almoço e Lune brincar com a filha, o casal saiu de casa e ganhou as ruas a pé.
-Preciso comprar uma bengala para você, querido !
-Na farmácia a dois quarteirões daqui vende, anjinho !Por favor, fique do meu lado direito, para eu poder enxerga-la !
-Melhor mesmo, toda hora sua mão está encostando no meu traseiro e está todo mundo vendo !
-Desculpe, amor...
-Deixa para lá, vamos ‘a farmácia. Vou te falando onde tem degraus e desníveis para evitar que você tropece e caia !
E assim prosseguiram, de mãos dadas.

(Por Continuar)

Episódio 68-Admirer Voyages: Peregrine


A naveta se ergueu vinte centímetros acima do piso e atravessou a barreira de contenção, que era um campo de força com permeabilidade seletiva: permitia a saída da naveta, enquanto mantinha o ar dentro do hangar e o espaço para fora, e saiu da nave.
-Acionar motores de dobra, velocidade padrão, Thaís !
-Sim, Rita !
A naveta ganhou o espaço, e foram apenas cinco minutos para entrarem na  zona de influência do planetoide,
-Entrando na zona gravitacional do planetoide, deixando órbita apdrão, iniciando procedimentos de reentrada !
Disse Thais.
A naveta então mergulhou na atmosfera do planetoide.
-Vamos entrar na barreira de príons ! Segurem-se bem, vamos ter turbulência !
Disse Thais, e de fato, ao adentrar na camada de príons a naveta foi chocalhada como se estivesse em um liquidificador !
-Ai, eu estou ficando enjoada, acho que vou regurgitar...
-Dra.Kátia , socorra a Dra. Rosamary!
-Sim, Rita ! Uma aplicação de Stabiltril dez mg vai resolver !
O aplicador, que injetava remédio nos pacientes por teletransporte foi usado.
-Droga, está difícil estabilizar a naveta !Thaís, voc~e está conseguindo corrigir a rota?
-EAstou fazendo o possível para isto, Rita !
A naveta balançava em alta velocidade, e chocalhava ao mesmo tempo violentamente, e então começaram a sair faíscas dos painéis !
-Mas que droga, está tudo entrando em curto, não consigo estabilizar, tem circuitos derretendo !Aguentem firmes, os estabilizadores e amortecedores cinéticos estão falhando !
Disse Rita, irritada.
-Alguma força está nos puxando violentamente para baixo, a velocidade de descida está o triplo da programada !
-Deste jeito vamos cair, e nos chocar com o solo, Thaís ! Tnete reverter os motores !
-Perdendo força nos motores, Rita !
-Acionar força reserva !
-Motores superaquecendo, Rita !
-Estou tentando resolver isto também, mas os circuitos de acionamento dos resfriadores está fundido ! Droga, deste jeito vamos ter um incêndio aqui !Qual nossa altitude?
-25.000 metros e caindo rápido !
-Acionar freios aerodinâmicos , acionar motores antigravitacionais ao máximo de reserva!
-Ainda estamos quarenta por cento acima da velocidade programada, temperatura externa do casco em 85 % , logo chegaremos ao crítico !
-Então, acione os controles manuais e mostre suas habilidades, Thais !
Respondeu Rita, sobrecarregada e estressada.
-Atingiremos o solo em um minuto ! Todas , restrinjam seus restritores de segurança, o impacto será forte !
Disse Thaís.
E realmente,  a superfície gelada e desértica estava se aproximando cada vez mais, e mais, e mais e...
IMPACTO !
A naveta bateu no chão com força, tanta, que a nacelle zarp do lado direito foi arrancada e esmagada e o ventre da nave trincou com a violência da queda. A naveta deu vários saltos e acabou parando a apenas dez metros de distância da nave alienígena que iriam investigar.
-Todas bem?
-Ai, Rita, eu estou vendo estrelas girarem...
-Calma, Imediata...
-E eu, eu...blaaaaaargh !
Rosimary regurgitou no chão.
-Ai, que nojo ! Disse Christina.
Até a Dra. Kátia não estava bem. Ela aplicou Stabilitril nela mesma e em todas as demais.
O caso mais grave, porém, foi de uma das seguranças, com fortíssimas dores nas costas.
Dra. Kátia a examinou com o sensor médico de mão (HMS).

(Por Continuar)

Episódio 21 (Minissérie)- Eternidade


Episodio 21 : Interação


Era uma manhã de sol, e as aves marinhas disputavam com os répteis alados a profusão de peixes que se aglomerava próximo a superfície do mar calmo da enseada.O vento estava fresco  e suave, a água estava morna e as algas dançavam sob as ondas, quando finalmente o navio de Orthuu aportou no cais.Ao descer, ouviu os marinheiros aglomerados no bar do Porto discutindo sobre uma estranha história de um ser sobrenatural, metade réptil marinho predador, e metade homem.
O velho marujo sabia muito bem que estas  historias de marinheiros eram muito comuns e nada tinham a ver com a realidade, mas o burburinho estava insistente, e acabaram puxando ele para dentro da roda de conversas.
A discussão prosseguiu acalorada, mas o velho marujo continuou descrente e acabou indo embora dando de ombros e balançando a cabeça.
Cinqüenta anos no mar, e ele já tinha visto de tudo, e sabia muito bem que aqui era impossível.Viu os companheiros se lançando ao Mar quando souberam que havia um prêmio para quem pescasse o monstro marinho, e ele sabia que eles não iriam conseguir.
Chegou em casa e ficou a olhar as fotos da esposa e do filho que tão cruelmente se foram, e as saudades lhe pareceram fortes demais.Um peso enorme pairava por cima de sua alma, como que esmagando-a sob a pressão da dor  da ausência.Esta dor era pior do que a dor da inexistência, por que, ate´certo tempo, estes entes assim tão queridos existiram, e agora já não existiam mais, so´ nas lembranças,que teimavam em voltar cada vez mais vagas.
O dia seguinte amanheceu, e Orthuu não conseguira dormir direito. Tivera pesadelos terríveis.Voltou então para o seu barco após o café da manhã, e começou a limpá-lo. Logo teria de partir novamente,pois o quadro no bar era bem claro: estavam pagando bem para quem pescasse pteropisces, e ele não podia deixar passar esta oportunidade.Sabia bem que teria de ficar dias no mar, pois estes peixes estavam cada vez mais raros.
Então zarpou, sozinho como sempre em seu pequenino mas  valente navio.
Dias depois ele acordou no meio da madrugado com um balançar anormal do navio, e ouviu o ribombar dos trovões. Foi ao tombadilho e postou-se na cabine de comando com muita dificuldade: era uma das piores tempestades que já vira em sua vida, e lutava com muita dificuldade para manter o barco flutuando, em meio a ondas gigantescas como nunca vira antes.
Quando a tempestade finalmente cedeu , notou que estava perdido, mas próximo de uma ilha desconhecida, pequena, e que talvez por isto mesmo, não estava em mapa algum.Não estava muito longe da praia, e achou melhor fundear o navio ali, pois as águas límpidas eram tão rasas ali que se podia ver o fundo, a não mais que uns dois ou três metros do calado do navio.Jogou as ancoras, e olhou pelo binóculos digital. O que ele viu foi um enorme réptil predador marinho encalhado na praia.
Orthuu pegou seu bote, e , armado de seu inseparável lança arpões de repetição portátil, foi até a praia ver  a agonia do monstro.
-Megabucassaurus horridus...e´como os cientistas chamam este monstro.Vinte metros de comprimento em média , cabeça gigantesca destacada do corpo por este pescoço tão pequeno e tão forte,quatro patas em forma de remos e cauda curta.Pelos mares, olhe estes dentes! São maiores que as minhas maiores facas!
É irônico como um predador tão poderoso no mar seja agora a caça e esteja assim tão vulnerável...em breve suas cinquenta toneladas o farão se sentir esmagado pela gravidade e irá morrer sufocado, antes mesmo de morrer de fome ou sede, já que é incapaz de se mover na terra.E mesmo com estas mandíbulas tão compridas que poderiam abarcar dois homens grandes de uma só vez, cheias de dentes enormes, ele não poderá se defender das aves rapinantes marinhas, que não demorarão a chegar, triste fim para que já foi o Rei de todos os mares, e este é um exemplar magnífico, e deve ter uns vinte  e cinco metros, pelos mares, ele  tem a metade do tamanho do meu navio !
E pensar que já enfrentei um bando inteiro deles para salvar aquela megaloceta...
Dizia Orthuu enquanto caminhava em volta do monstruoso predador agonizante.Quando olhou no olho dele, porem, alguma coisa lhe chamou a atenção. Um brilho estranho vinha daquele olho verde escuro, e parecia ter algo de humano nele.
-Ainda não morri...
Orthuu espantou-se. Sera´que ouvira o enorme réptil falar alguma coisa?Mas eles não eram capazes de falar! Não podia ser!
-Ainda não morri...não posso morrer assim...Não se espante...meu nome é  Marthuu, fui um pirata desertor, e minha embarcação foi tragada por uma enorme tempestade, assim como eu.Pensei que morreria afogado, mas este réptil predador me matou, e quanto mais consumia minha carne, mais a minha alma se fundia a dele, e depois de devorado, passei a ser ele, e meu desejo de viver foi tanto que enquanto ele me partia em pedaços, passei a sentir  o meu sangue a correr nas veias dele,enxergar pelos olhos dele, passei a ser ele, e minha alma consumiu a dele, ficando só a minha neste corpo.Se ele for devorado pelas aves marinhas, minha alma se perderá, despedaçada em centenas de almas de aves e não mais viverei, pois ainda mantenho todas as minhas lembranças e sentimentos de quando eu era um ser humano, por isto consegui fazer um contato mental com você...
Orthuu não teve dúvidas. Voltou ao bote, subiu no navio. E munido da poderosa corrente de pescar, a amarrou em volta das nadadeiras trazeiras do animal, voltou ao navio e colocou os motores em marcha a re´, a plena força.
As hélices patinavam na água, mas o peso do monstro e mais seu arrasto estavam deixando o navio imóvel.Orthuu ligou os turbocompressores a toda a força e finalmente o Megabucassauro começou a ser arrastado de volta ao mar.Foi uma luta intensa, mas finalmente o monstro marinho estava de volta ao mar.Orthuu o libertou das amarras.
-Muito obrigado. Por favor saia da água agora. Não sei até quando conseguirei segurar o instinto dele.Adeus!
Orthuu subiu de volta ao navio enquanto o réptil magnífico voltava  para as águas profundas, de onde tinha sido arrostado pela tempestade.
A lenda que os marinheiros contavam era exagerada, mas tinha um fundo de verdade, afinal...

(Por Continuar)