sábado, 14 de março de 2020

Episódio 27- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais




Lune já tinha saído de seu trabalho, já tinha pego e saído do trem, e já estava no estacionamento e tinha acabado de entrar no seu carro, quando recebeu a ligação em seu celular.
Era da Polícia.
Na hora, ela estranhou.
-Sim, pois não?
O policial se identificou e descreveu o acontecido.
Lune ficou aterrada !
Sentiu um frio na espinha, um arrepio, seu coração quase parou!
-Takeo-kun !Nãaaaaaaaaaaaaaaoooooooooo !
Foi seu grito na hora, quase ensurdecendo o policial.
-Calma, senhorita, ele não faleceu. Ele está no hospital!
O policial deu todas as informações , o nome e endereço do hospital, o número do quarto, tudo.
Lune, depois de ouvir tudo e desligar, ligou sua Mercedes Classe B e saiu disparada em direção do hospital, que não ficava a mais de dois quilômetros dali.
Chegou esbaforida, e trêmula de nervosa , ao saber que ele passava por uma operação.
Ela foi levada para a sala de espera do centro cirúrgico, e , enquanto aguardava a operação terminar, ela correu a telefonar para os seus sogros.
Desesperados, os pais de Takeo pegaram um helicóptero no terreno de sua mansão mesmo e foram direto para o hospital onde Takeo estava, e chegaram em poucos minutos. Ao ver Lune, Motoko a abraçou com carinho e olhos marejados. O pai dele, a mesma coisa.
Embora em prantos, os dois procuraram dar o apoio que puderam para ela.
Ela também tinha chamado seus pais, que não demoraram a aparecer também e  também a abraçaram e ampararam.
Até Ruri apareceu junto com seu novo marido.
Por fim, depois de angustiantes horas, o médico apareceu, e foi cercado por todos, que lhe perguntaram qual era a situação de Takeo.
-O Senhor Takeo Soryu sofreu um ferimento a bala bastante sério. A bala entrou pelo olho, mas por sorte, se desviou do caminho para o cérebro e saiu pela têmpora esquerda, e não se alojou nem no cérebro, nem no crânio. Foi necessária uma intervenção cirírgica de emergência, mas infelizmente não foi possível salvar o olho afetado.Mas conseguimos fechar o buraco no crânio com sucesso. Ele não corre perigo de vida. Eu repito: Ele NÂO corre perigo de vida, porém, infelizmente, ficará cego de um dos olhos para sempre !Sinto muito !
Todos estavam chocados, sem ação.
Lune desandou a chorar copiosamente, amparada por sua mãe.
Já Motoko também se entregou ao choro, amparada pelo marido.
Perguntado se poderiam vê-lo, o médico pediu mais algumas horas para Takeo acordar da anestesia.
Todos aguardaram na sala de espera e um ou outro ia buscar comida e bebida para os demais.
Por fim, a enfermeira chamou. Lune e os pais de Takeo foram os primeiros a entrar.
Ao ver Takeo com o tampão no olho e as faixas de esparadrapos, Lune quase desabou de choque...ficou constenada.
Takeo, ainda meio grogue, se recuperando da anestesia, não estava entendendo nada.
Recebeu muitos abraços , ainda sem ter caído a ficha de sua situação.
-O que aconteceu?Por que estou com um dos olhos tapados?Por que estou neste hospital?Aaaai, que dor de cabeça, nossa...
Lune não conseguiu dizer palavra, nem seus pais.
Coube a Kazuo explicar, na segunda seção de visitas.
-Eu...eu..o que, Kazuo-dono?Estou cego...de um dos olhos?É isto?
-Sim, Takeo-san, infelizmente...mas voc~e tem muita sorte de estar vivo, o médico disse que foi um milagre a bala não ter ido para seu cérebro !
-Mas...mas...
Primeiro veio a revolta, a fúria, depois a mágoa, a tristeza, a depressão... ele estava arrasado !
Enfim, Takeo recebeu a alta do hospital, e Lune o levou para casa no carro dela.
Ela o deixou em casa, pois recebera a notícia da polícia de que precisava recolher o carro de Takeo do pátio da polícia, para levar para casa, pois a perícia já tinha sido feita.A polícia ainda informou que os bandidos que balearam Takeo tinham sido presos.
Lune pegou um táxi e foi até a delegacia e voltou, deprimida, dirigindo o carro de Takeo e o colocou na garagem.

(Por Continuar)

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