Lune estava nervosa e seus lábios tremiam.
Sua mente estava confusa, sem saber o que ensar e nem ela mesma sabia com certeza o que estava sentindo. Estava coradíssima de vergonha e oscilava fortemente entre o desejo e a culpa.
Mas estava firmemente presa nos braços de Maki, sem ter por onde fugir, escapar.
E então sobreveio o beijo. Na boca. De língua!
Ela sentia a língua quente dela descendo ao início de sua garganta, tocando-lhe a úvula, e não conseguia corresponder.
Mas pior foi sentir aquela mão adentrando profundamente dentro de seu íntimo mais íntimo, e pior, sentir que estava encharcada de libido, e que o seu líquido sexual escorria pelas suas pernas na consistência de um mel.
Ela resistia bravamente, negando a si mesma seu próprio prazer, julgando-se e se recriminando-se mentalmente de modo furioso.
A boca de Maki despregou-se da sua, e ela colocou uma das mãos de Lune em um dos seios dela e a forçou a apertá-lo.
Fofo, macio, suave, inaceitável !
Maki beijou os seios de Lune sofregamente, e Lune ardia em chamas!
A outra mão de Lune foi colocada nas nãdegas de Maki e novamente macia, suave, fofa, inaceitável !
Então sentiu uma língua quente adentrar seu íntimo mais íntimo e beber seu líquido sexual.
E massagear seu sininho tão sensível, qual tortura: Lune tinha vontade de gritar de prazer, mas só o que conseguia fazer era chorar.Os traumas de Sakura City lhe voltavam quais fantasmas e ela estava aterrorizada, de olhos arregalados e banhados em lágrimas, os lábios carnudos e sensuais retorcidos em um frêmito de exaspero, e finalmente sua voz se libertou, trombeteante:
-Pára ! Pare ! Pare ! Pare agora !Por favor ! Por favooooooor...
Maki, espantada, parou, saiu da posição ajoelhada e se levantou.
-O que foi, Lune-san?
Lune tirou as mãos dela de cima dela, e se enrolou em uma toalha, roxa de vergonha, e caiu na cama chorando convulsivamente, a ponto de não conseguir falar.
Maki percebeu então, que Lune não iria querer mais nada, foi ao banheiro, lavou as mãos e o rosto e se trocou.
Esperou de costas para ela até Lune parar de chorar.
Ela saiu do quarto e Lune finalmente se vestiu.
As duas entraram no carro e a volta foi em completo silêncio.
No dia seguinte, Maki, desolada, pegou seu carro de polícia e voltou para sua cidade, desolada.
Deixou uma mensagem no programa de mensagens instantâneas de Lune:
“-Perdoe !”
Junto com um emoticon de carinha chorosa.
Naquele dia, Lune não queria conversa com ninguém, nem com suas filhas. Estava traumatizada !
Porém, antes, naquela mesma noite, Lune não conseguia dormir.
Não conseguia olhar nos olhos de Takeo de tanta vergonha e remorso.
O fato de , em nenhum momento, ter correspondido ‘as carícias de Maki, não a consolava.
Tinha ímpetos de acordar seu marido e contar-lhe toda a verdade, mas diante do risco do término do casamento, e de ter de criar suas duas filhas sozinha a segurava e não deixava.
Ela se revirava de um lado a outro, chorando baixinho para Takeo não escutar.
Ela se sentia suja, nojenta ,asquerosa, e arrependimentos e condenações morais mil atormentavam sua mente sofrida.
Ela resolveu se levantar e tomar um banho, e, ao terminar, ainda não se sentia limpa.
Muito menos conseguia dormir.
Então, levantou-se, foi para a cozinha, tomou um copo de leite com chocolate, e foi para a biblioteca, munida de seu celular.
Eram três horas da madrugada.
Sentou-se na poltrona estilo capitonée de couro marrom, e telefonou para quem mais confiava no mundo: o pai dela !
(Por Continuar)