terça-feira, 26 de maio de 2020

Episódio 38-Sensibilidade de viver:Adendos Finais


Lune bateu com a mao na própria testa:
-Ai, não !
Takeo começou mais um longo discurso sobre como tinha sido o primeiro aniversário de Lune que ele presenciou, que ela já estava careca de saber.
Em desespero, ela o interrompeu, gritando:
-Eu estou atrasada  para o meu trabalho, caramba, preciso ir !
E nem deu beijinho no marido, nem em ninguém.
Saiu e bateu a porta com força, estressada.
Takeo ficou com cara de bêsta, sem entender nada do que tinha acontecido.
Ela pegou o carro dela, foi até a estação de trem o mais rápido que pôde, estacionou e foi pegar seu trem.
Ao chegar no trabalho, dez minutos atrasada, ela já imaginava a bronca que levaria de sua chefe.
Mas o que esta, Keiko, reservava para ela, era algo bem diferente !
Lune abriu a porta da sala de reuniões da equipe.
Tudo escuro, por alguns segundos.
Repentinamente a luz se acendeu, voaram confetes e serpentinas, balões estouraram, assovios e gritos pipocaram:
-Parabéns, Lune-san ! Feliz Aniversário !
Disseram a chefe Keiko e todas as suas colegas, em uníssono !
-Eu...eu não acredito....
Disse Lune, de olhos arregalados, atônita, de queixo caído !
Lágrimas caíram de seus olhos !
Um belo bolo esperava por ela, e mais refrigerantes e muitos docinhos.
-Parabéns para você....
As garotas começaram a cantar, e Lune foi ficando cada vez mais emocionada !
Ela agradeceu a todas, com o cumprimento típico japonês, pois lá não era comum as pessoas se abraçarem.
Ela assoprou as velinhas e partiu o bolo e serviu a todas, e começaram todas a comer.
Mas a festinha não durou muito, pois tinham de trabalhar, e já estavam atrasadas.
Lune trabalhou o dia todo, feliz.
Enquanto isto, Takeo trabalhava só pensando na festinha em casa.
Os dois não viam a hora de acabar o expediente e ir correndo para casa.
Finalmente deu a hora de irem para casa, e o foram o mais rápido possível.
Ao chegar em casa, Lune foi recebida com festa pelo marido e pela avó, e recebeu um beijinho e um abraço da filha.
Então, a campainha tocou.
Lune correu a atender , achando que eram os pais dela, ou os de Takeo, que tivessem chegado.
Então...
-Feliz Aniversário,Lune-san !
-Eeee... Mercedes-san? Sakuya-san? E...eu... eu não acredito !
Sim, eram Mercedes e Sakuya, ex colegas de faculdade de Lune, e velhas amigas, das quais ela andava muito saudosa  !
Lune ficou emocionadíssima !
Ela colocou suas amigas para dentro, e as apresentou para Asuka, que não as conhecia.
Rina ficou assustada com o porte de Sakuya e seus músculos de halterofilista, e chorou de medo.
Todas riram, mas Lune embalou a filha cm carinho, acalmando-a.
Claro que Asuka fez cara feia para Sakuya: conservadora, ela não admitia uma mulher ficar musculosa daquele jeito.

(Por Continuar)

Episódio 76- Admirer Voyages:Peregrine !

-Sim, mas elas voando a baixa altitude, poderão cobrir uma área maior de sensores sem interferência dos príons, não é?
-Verdade, Capitã...
-Então, tenho uma idéia! Giselle, volte ao Laboratório de artilharia, e prepare um estoque de trinta torpedos modificados para encontrar o genoma dos monstros e os transfira para o anel de armas virtual, para que possamos usá-los, caso precisemos- e tenho certeza de que vamos precisar !
-Sim, senhora, Capitã !
Mas nada que já fosse ruim poderia deixar de piorar...
- Capitã ! Estou captando nos sensores uma nave desconhecida !
-Esta não! Não consegue identificar esta nave, Anne Paula?
-Não, senhora, não identificada é alienígena !
-Alerta Vermelho ! Postos de Batalha ! Levantar escudos defletores, ao máximo ! Quem está no lugar da Giselle?
-Sou eu, Capitã, Tenente Comandante Lisa Baskett !
-Ótimo, Lisa ! Prepare dez canhões laser e quatro torpedos  e os deixe de prontidão !
-Sim, senhora , estão prontos !
-Alessandra, mande mensagens de saudações para a nave alienígena em todas as línguas já registradas em nosso banco de dados , inclusive na do povo felino da nave alienígena lá em baixo !
-Sim, Capitã !
A nave alienígena tinha um formato que lembrava um controle remoto de televisão terrestre do século XX, e era imensa: 3 km de comprimento, por 600 metros de largura e 300 metros de altura, e jazia, parada, defronte a Peregrine, a 5 mil km de distância.
-Nenhuma resposta, Capitã !
-Entendi, Alessandra. Anne Paula, você consegue captar se eles estão armando armas ?Conseguiu escannear a nave?
-Nada indica que armas estejam sendo carregadas, Capitã, e os escudos deles estão baixos.
-Entendi, então, aparentenete eles não estão com intenções hostis contra nós...
-Não dá para saber, Capitã, há um forte bloqueio deles em diversas partes da nave deles, não consegui nem identificar o formato dos corpos deles. Algumas coisas consegui escannear, mas informações realmente vitais, não.
-Muito espertos eles, Anne Paula...se ao menos tivéssemos sensores mais potentes de uma nave classe Vigilante ou Admirer...mas nossos sensores são fracos e pouco sofisticados em relação aos das naves de reconhecimento, então, teremos de nos virar com o que temos...
-Capitã, percebi algo intrigante: a nave deles não está sendo atraída pela força misteriosa, e nós, sim!
-Mas que estranho, Anne Paula...isto está me fazendo desconfiar que esta nave deve ser do mesmo planeta destes monstros, o que poderia significar que eles não são originais deste planetoide !
-É uma suposição lógica, Capitã, mas por enquanto impossível de ser provada cientificamente...mas se forem, não vão querer nos deixar atirar neles...e não somos páreo para uma nave dez vezes maior que a nossa, vai lá saber que armas tem...
-É mesmo bem provável,  Anne Paula, mas só tem jeito de saber..atirando !

(Por Continuar)

Episódio 29 (Minissérie) - Eternidade


Obs: Eternidade é uma obra ainda inacabada, e teve apenas 29 episódios escritos até agora. Quando eu terminar esta história, publicarei os episódios que faltam.


Episodio 29 : Perfidia





Espessas nuvens negras tomavam todo o ceu, que parecia ter um peso descomunal, o qual ele mesmo dava a clara impressao de nao iria suportar e desabar catastroficamente  no solo.Trovoes tonitruantes  transcendiam  os limites da explosao sonora orquestrando uma sinfonia aterradora de rugidos ensurdecedores.
Raios  e relampagos assustadores de dimensoes  horripilantes enchiam o ceu de luzes espectrais  ás centenas,numa dança fatal apavorante, em conjunto com ventos açoitantes e uivantes compunham um cenario de inferno logo acima do majestoso , mas soturno e terrifico, Palacio Imperial.
Apesar da chuva torrencial, do alto da torre mais alta do Palacio, a Central, o tao poderoso e temido Imperador  estava de pe´, sozinho, sem qualquer proteçao, com os braços para o alto, movimentando-os como se fosse o maestro de uma orquestra filarmonica de horrores.
Ele gargalhava sinstramente, e seus subordinados,encostados a porta da entrada da torre, viam o soberano em seu delirio grandiloquente no terraço da torre,tremendo de puro pavor.
O terror que emanava dos olhos deles  era uma manifestaçao de submissao ‘a força  descomunal daquele olhar imperial, que expressava o mais puro Mal, um olhar satanico de superioridade, de uma autoconfiança desafiadoramente perversa e poderosa, de uma consciencia  de sua propria diabolica crueldade, uma crueldade sem limites, o riso tetrico anunciava que algo terrivel estava para acontecer,um riso de desprezo tiranico que enregelava ate´a medula da espinha de qualquer mortal.
Entao uma multidao de naves gigantescas, Destroieres Espaciais, chegou em formaçao, e o Imperador deu o sinal.
Logo abaixo delas e nao muito distante do Palacio, estava Suburbia, a Capital do Imperio.
Ergueram-se no ceu logo acima da torre quatro enormes teloes holograficos tridimensionais .
Entao as bombas  de plasma começaram a cair ás milhares acima da cidade, e as explosoes concorriam com os trovoes em intensidade e sonoridade.
Pelos teloes o Imperador assistia deliciado ‘a cidade em chamas, os cidadaos sendo mortos pela tempestade de fogo, e gargalhava ainda mais espalhafatosamente.
O fogo logo se alastrou para as planicies e florestas vizinhas, numa destuiçao descomunal.
Mas ninguem tinha coragem de criticar o Imperador.Na verdade todos aqueles que o assistiam ja sabiam que estavam condenados, quando a Guarda Imperial apareceu e os levou ao terraço da torre.
Entao o Imperador apertou um botao em um controle remoto, e o pedaço onde ele estava começou a se elevar do chao, atraves de um elevador hidraulico, e o fez subir acima dos teloes. Outro botao, e duas portas se abriram no chao da torre.
-Que seja liberado o Monstro da Noite ! Clamou o Imperador.
Da abertura emergiu um animal imenso,lembrava um dinossauro, mais precisamente um Tiranossauro, mas andava em quatro patas ao inves de duas, e era duas vezes maior que o rei tirano dos lagartos.
Os soldados se retiraram e  as portas do acesso a torre se fecharam. Os pobres seguidores do Imperador, todos autoridades, Ministros e secretarios,agora estavam a merce do reptil gigantesco e seus dentes numerosos de meio metro serrilhados e afiados a ponto de deixar qualquer navalha  corada de vergonha.
Os olhos vermelhos do monstro brilhavam sinistramente na noite,e seu rugido aterrador ecoou em meio aos trovoes.
As vitimas ajoelharam - se , chorando, pedindo clemencia ao Imperador, que nao parava de rir.
Um salto.
Um turbilhao de sangue se seguiu, em meio a furia da ferocidade ensandecida do monstro, que estraçalhou aqueles trinta homens e  os devorou incontinenti, muitos ainda vivos.
Ele levantou a cabeçorra e rugiu trovejantemente.
O Imperador entao ordenou que vinte soldados da guarda imperial, em  dez plataformas voadoras , atacassem o monstro, com lanças enormes e rifles lazer de repetiçao.
O animal foi trespassado varias vezes e metralhado, uivando de dor, e foi massacrado assim ate´morrer, depois de lutar pela sobrevivencia por uma hora, sofrendo angustiantemente, diante da tortura colossal a que fora submetido. Quando finalmente deu seu ultimo suspiro, a plataforma do Imperador voltou ao chao e ele se retirou, nao antes de desligar por controle remoto as plataformas e deixar os soldados cairem de uma altura descomunal, haja visto que o alto Palacio ficava no alto de uma montanha.
O sono do Imperador era leve, e um sorriso se estampava no rosto dele enquanto dormia, como se nada tivesse acontecido....

(Por Continuar)

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Episódio 37- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais


Depois do jantar, e depois que Rina já estava de fraldas trocadas, banho tomado , já tinha arrotado e já tinha ido dormir sob os cuidados de Asuka, Lune e Takeo foram para o quarto do casal e trancaram a porta.
-Enfim sós, meu amor !
Disse Lune, abraçando o marido com carinho.
-Então, agora você já pode me disser o que é que queria fazer comigo por estar tão feliz !
Lune se desgrudou dele e lhe lançou um olhar erótico, e um sorriso malicioso.
Sem dizer nada, desnudou-se completamente na frente dele, apontou para a própria virilha e disse:
-Quero que você me beije aqui, como se estivesse beijando minha boca, e quero que o faças ajoelhado perante a  mim !
Takeo entendeu perfeitamente a mensagem e obedeceu, ainda que o cheiro ali não estivesse nada agradável,  e minutos depois os dois estavam fazendo sexo selvagemente !
No dia seguinte, era mais um dia louco de trabalho sim, mas era um dia especial, o dia do aniversário de Lune !
Claro que Lune sabia que dia era aquele, mas ela queria evitar atrasos para ir ao trabalho, então acordou antes de Takeo, tomou banho, se arrumou, se trocou com suas vestes sociais de trabalho, efechou a porta com cuidado após pegar tudo no quarto que iria precisar.Na verdade, ela tinha esperança de que ninguém se lembrasse antes de ela chegar do trabalho a noite.
Mas, para a sua surpresa, Asuka já estava ‘a espreita, de pé, com Rina pronta , em seu ombro, bem em frente ‘a porta, de modo que Lune, ao abrira a porta do quarto, deu de cara com sua avó e sua filha !
-Feliz aniversário, Lune-san ! Parabéns, tudo de bom, felicidades !
-Obaba-san !Vai acordar o Takeo-kun...
Ora, o Takeo-san que acorde, tem mais é que te cumprimentar, ora esta !Rina-chan, dê um beijinho na sua mãe !
A menininha obedeceu, e o beijinho na bochecha esquerda foi delicado e  baboso.
-Aí, vó...obrigada, muito obrigada, e a você também, filha !
A expressão de Lune era de frustração: seu plano fora por água abaixo !
-Agora preciso tomar café da manhã para ir trabalhar, então, preciso correr !
-Não se preocupe, está tudo prontro.Preparei tudo do que você mais gosta ! Está caprichado !
-Ai, Obaba-sama, só a senhora mesma !Obrigada !Vamos descer então?
-Eu e a Rina-san já tomamos o café da manhã, mas faremos companhia a você na mesa !
As três então desceram as escadas e foram para a cozinha, onde Lune encontrou um lauto desjejum: panquecas com sorvete, torta de cerejas, pudim, torradas com geléia de pêssego, leite quentinho, chocolate, cappuccino, café solúvel, adoçante, enfim, tudo que adorava!
-Que banquete, vovó, puxa !
-É tudo para você, querida !
Na verdade, apesar da satisfação, havia um certo desespero dentro da mente de Lune: comer tudo aquilo iria demorar e atrasá-la para o trabalho.
Então começou a comer o mais rápido que podia, não queria chegar atrasada!
Mas para seu exaspero, o seu celular tocou:
-Alô, Lune –san?Parabéns ! Feliz Aniversário ! Daqui a pouco seu pai também vai falar !
-Ai, mãe...obrigada, muito obrigada, mas estou atrasada para o serviço, preciso correr...
-Nada antes  de me contar como você está e depois falar com seu pai, seja educada e grata !
Lune revirou os olhos, o que dava vontade de falar não podia...
E sua mãe tagarelou sem parar , querendo saber tudo de sua vida, e , para seu desespero, ainda colocou o pai dela para falar, e ele fez um comovente, mas longo discurso de parabéns, falando de quando ela nasceu, como foi a vida do casdal quando ela era bebê, etc.
E ela nem tinha terminado o café da manhã !
Enfim, desligaram, e Lune respirou aliviada.
Tratou de devorar o quanto pôde.
Então, quando ela já estava quase levantando da mesa, esbaforida....Takeo chegou, de braços abertos:
-Parabéns, meu amor !Feliz Aniversário !Tudo de bom ! Felicidades !

(Por Continuar)