Episódio 87- Sensibilidade de Viver: Gestação !

Takeo , no entanto, chegara a tempo de escutar o que as duas conversavam, ainda sem ser visto, pois elas estavam concentradas uma na outra. E percebeu a cena constrangedora que ali rolava.

-Oi, Sasami-san, quanto tempo !Tudo bem com você ?

-Olá, Takeo-san, verdade, eu... estava com...saudades de vocês!

-Mas então,nos conte suas novidades !

É, eu...bom, fica para uma outra hora, Takeo-san,eu... preciso ir agora!Até mais gente !

Sasami tratou de fugir correndo, após o tradicional cumprimento japonês.Ela não estava a fim de ter de enfrentar Lune novamente.

-Bem, vamos indo?

-Você viu,amor?Ela não teve como responder a meus argumentos...

-Querida, por favor, evite manipular os debates, as pessoas ficam constrangidas ecom medo de você...é uma maneira fácil de perder amizades...

-Oras,se ela fosse inteligente e tivesse o mesmo nível cultural que o meu, não ficaria constrangida!

-Minha amada, ouça com carinho o que tenho a lhe dizer: o que seus mestres  gregos da Antiguidade falavam sobre o propósito dos debates? Que debates não são para ser ganhos ou perdidos, que o objetivo do debate é aprender e ensinar, o propósito de fazer debates é enriquecer o conhecimento de todas as partes...

Lune baixou os olhos.

-Desculpe, Takeo-kun...eu me deixei levar pelo meu ego e vaidade...fui tão boba, imatura...

-Acontece nas melhores famílias !Vamos para casa?

-Vamos, minhas pernas e minhas costas já estão doendo de ficarem em pé.

Takeo a ajudou a subir para o apartamento deles.

Uma vez no lar, doce lar:

-Ah, vou sentar na poltrona e descansar !

-Vou pegar um apoio alto para você ficar com os pés para cima, querida.

-Muito obrigada, maridinho !

Sartre e Simone logo vieram disputar o colo dela.

Ela procurou dividir sua atenção entre os dois gatos, para não incentivar cenas de ciúmes nem brigas.

Os dois felinos estavam se dando muito bem agora, e pareciam felizes juntos.

Takeo então aproveitou a calma e foi olhar e decidir o que fazer para o almoço.

Já fazia tanto tempo que vinham comendo os kombinis, que já estavam ficando enjoados deles.

Então ele fechou a porta do freezer e foiaté a soleira da porta da cozinha e chamou:

-Bem?

-Oi, querido?

-Acho que não vou fazer kombini hoje não...acho que hoje eu vou cozinhar de verdade para você ! O que você gostaria?

-Um Sukyaki bem gostoso, com arroz e bastante molho taré !

-Huum, boa escolha !Deixa eu ver se temos todos os incredientes aqui !

Ele abriu a geladeira e os armários.

-Achei quase tudo. Mas a carne acabou. Vou lá no supermercado buscar rapidinho !

-Tudo bem, querido, aproveite e traga uma sobremesa para a gente !

-Qual, anjo?

-Traga uma torta de maçãs , por favor. Ah, e sorvete também, você sabe os sabores que gosto...

-Tudo bem, vou lá rapidinho e volto já.

Takeo deu um selinho na esposa, desceu para a garagem, pegou seu carro e foi para o supermercado , que ficava a menos de um quilômetro dali.

Lune ficou tão distraída acariciando e brincando com seus gatos, que nem viu a hora passar.

Uma hora e meia depois, Takeo chegava, com as compras e as guardou.

-Agora sim, vou começar a cozinhar !

-Para quem só sabia fazer macarrão, Takeo-kun, você está bem animado !

-É por que é para você, benzinho !

Claro, Takeo nunca tinha feito Sukiaki na vida dele.Mas tinha conseguido a receita na internet, e a estava seguindo.

Também  para o molho Taré ele encontrou a receita  lá.

Assim, o almoço acabou atrasando quase uma hora.

Mas o pressuroso Takeo não deixou Lune passar fome e rapidinho levou para ela um pacote de salgadinhos chips sabor camarão e um copo de refrigerante.

Finalmente, o almoço ficou pronto.

A carne com verduras veio fumegante, assim como o arroz feito na máquina própria, muito comum no Japão.

E numa cumbuquinha de generosas dimensões, o molho Taré caseiro, fresquinho e cheiroso.

-Huum, o cheiro está boooom !

Disse Lune, com um sorriso, sentando-se ‘a mesa.

-Obrigado, fofa ! Deixe que te sirvo, meu bem!

Logo os dois estavam comendo, e Lune adorou!

(Por Continuar)

Episódio 25- Admirer Voyages:Peregrine !

-Bom, então, Dra. Rosimary, precisamos descobrir qual o ponto fraco das células do Tiranodonte!

-Acho que esta não seja uma pergunta difícil de responder, Doutora Kátia. Em meus testes com colônias de células, eu testei as células ‘a exposição de fogo, água, oxigênio, calor, frio, as mais diversas substâncias e as mais diversas frequências de luz, os mais diversos tipos de raios, sem falar em choques elétricos de alta voltagem, etc.

-E o que descobriu?

-Que as células do Tiranodonte  tem intensa intolerância a NH3.

-Amônia?

-Sim, pois elas se alimentam do ferro presente nos organismos, dentre outras substãncias, mas o ferro é vital para eles, pois inibe a formação de amônia no organismo deles e os protege desta substãncia. A amônia tem um efeito desintegrador devastador nas células dele. Um Tiranodonte pode morrer facilmente se for atingido por um jato muito concentrado  de amoníaco.

-Mas os filhotes de Tiranodontes atacaram justamente o intestino das vítimas, e na nossa excreção, produzimos amônia, por isto a excretamos, pois ela é tóxica para nosso organismo também, Doutora Rosimary.Não podemos bombardear as células de Tiranodonte  restantes no organismo das vítimas, sem matá-las...

-Sim, a não ser que teletransportemos todas as células que encontrarmos para um campo de contenção lacrado, e o pulverizemos por dentro com amoníaco concentrado.

-Sim, mas não é simples encontra-las.Perceba que elas conseguiram iludir o scanner médico, que não as encontrou...

-Isto se deve a um pigmento especializado que reveste cada célula dele, mais concentrado, eu diria muito mais, nas células sanguíneas, que dá a cor verde ao sangue deles. Chamei-o de Clorocaroteno, por conter cloro em sua composição.Ele tem a propriedade de absorver as ondas do scanner médico , sem refleti-las de volta.É por isto que este animal não aparece em sensor nenhum, é assim que ele se camufla!

-Mas ele não é invisível só aos sensores, Dra.Rosimary,ele fica virtualmente invisível aos olhos humanos e se revela só quando quer !

-Isto ocorre por que ele tem um órgão interno que excreta Clorocaroteno em grandes quantidades quando necessário.Quando as células ficam supersaturadas desta substãncia, a absorção da luz provocada reflete uma luz de frequência verde tão intensa, que nossos olhos não alcançam, as chamo de ultraverdes! E quem comanda a intensidade desta secreção é o cérebro.

-Então, se modularmos nossos sensores para a detecção da faixa ultraverde, nós os detectaremos !

-Sim, e se combinarmos esta modulação para a calibração específica de  detecção de Clorocaroteno...

-Voilá ! Encontraremos até o menor vestígio de células de Tiranodontes !

-Entendi, mas, bom, só a Rita poderia construir um sensor médico especializado destes...

-Vamos falar coma Capitã então e pedir autorização para que a nossa engenheira chefe construa este aparelho !

-Vamos lá, Dra. Rosimary!

Elas chamaram a Capitã pelo comunicador da parede.

-Oi,Dra. Kátia!Novidades?

-Sim, Capitã !

Elas explicaram todo o ocorrido.

-Muito bem, autorização concedida. Alessandra, chame a Rita e peça que ela vá até a Enfermaria, por favor!

-Sim, senhora, Capitã !

-Ela já está a caminho.

-Muito obrigada, Capitã, Dra. Kátia desliga.

Não demorou, Rita apareceu.

Elas explicaram a ela então a situação e mostraram como exatamente queriam que fosse o aparelho.

-Muito bem, construirei para vocês. Mas levará algumas horas.

-Por favor, Comandante Rita, procure acelerar a construção máximo possível, a vida da Comandante Christina  e de toda a tripulação corre perigo, é extremamente imprescindível detectar estas células em toda a nave e passar por uma descontaminação !

-Não bastava a capitã me apressar, as médicas também...ok, ok, correrei com isto então !

E Rita saiu da Enfermaria e foi direto para o laboratório da Engenharia.

(Por Continuar)

Episódio 86- Sensibilidade de Viver:Gestação !

O cheiro conferia com o da roupa, e era o de uma fêmea ainda filhote.

Só então ele se acalmou, frustrado.

-Melhor deixar os dois separados por uns dias, até que eles se acostumem um com o outro!

Disse Lune.

Depois de uns três dias, Lune carregou Sartre na mão e o colocou na frente de Simone,  protegida pelas grades.

Os dois felinos se viram, e a gata  de início parecia nervosa e amedrontada, mas sentiu o cheiro dele.

Enquanto isto,Lune não largou Sartre um só minuto.

Mais três dias se passaram, com o macho visitando a fêmea com frequência.Depois, Lune passou a deixar a porta da Biblioteca aberta e observava atentamente o comportamento dos dois, que foram se acostumando um com o outro aos poucos.

Após uma semana, Lune concluiu que a relação dos dois era amistosa o suficiente, e soltou Simone.

Como a gata era ainda filhote, Sartre assumiu uma espécie de papel de protetor dela, e elaagora se sentia mais a vontade na casa e com ele.

Em todo caso, Lune manteve os percences dos dois felinos bem separados, para evitar brigas territoriais.

Ela ficava encantada com os dois e procurava dar o mesmo amor e carinho a eles na mesma medida.Porém, se Sartre escolhera Lune como sua predileta, Simone escolheu a Takeo, que igualmente a procurava mimar o quanto podia.

Agora era uma época de harmonia e felicidade para os caisais humano e felino.

Porém, a gravidez de Lune avançava e seu ventre se dilatava, as dores nas pernas e nas costas aumentavam, o fôlego diminuía e a dificuldade de respiração aumentava.Rina continuava chutando bastante e se movimentando muito dentro do útero, e os últimos exames pré-natais revelavam que ela seguia saudável e forte. A saúde de Lune se mantinha boa e estável, com as implicações naturais de toda gravidez, e esta já avançava para a vigésima quinta semana , ou seja, seis meses e meio.Já estava ficando difícil, portanto, Lune sair de casa.

Mas ela era teimosa, e não abria mão de ir na livraria perto de casa.

Lune então , naquela manhã, fez Takeo acompanha-la para ir comprar seus livros e ver as novidades literárias, e, depois que, já na livraria, leu e comprou tudo o que quis, já iam embora, quando ela, já do lado de fora,na calçada, lembrou que esquecera  de pegar um porta livros que ganhara de brinde na compra de um livro, e pediu para Takeo ir buscar para ela.

Nisto, para sua surpresa, passou por ela sua velha amiga Sasami, que a reconheceu.

-Oi, Lune-san, quanto tempo !Tudo bem com você?E aí, de quantos meses já?É menino ou menina?

-Oi, Sasami-san, tudo bem comigo. Seis meses e meio  já!Menina !

-Opa, então não demora !Vai sair do jeitinho que você sempre sonhou !

-Sim, meu sonho é o de que ela seja Autista como eu sou !

-Autista?Você enlouqueceu?Todo mundo sonha é com um bebê saudável !

-E desde quando Autista não é saudável?Que preconceito é este?Autismo não é doença, Autismo é uma Diferente Natureza de ser que faz parte da Diversidade Natural Humana ! Outra coisa:eu não me chamo “todo mundo”! Eu tenho Direito de ser Diferente ! E por acaso sonhar que o filho seja neurotípico é lá obrigação?Eu não tenho obrigação de sonhar que minha filha vá ser neurotípica, eu tenho direito de sonhar que ela seja Autista, e mais, tenho o direito de não ser chamada de errada, nem doente, nem de insensata só por sonhar que minha filha seja Autista !A filha é minha e eu sonho o que eu quiser com ela e ninguém tem nada que se meter com minha vida e minhas decisões, muito menos criticá-las !

-Eh...eh...

Sasami ficou estupefata, de queixo caído, totalmente constrangida e surpresa pela reação inesperada e surpreendente (para ela) de Lune.

O alívio veio quando Takeo chegou e a cumprimentou, assim, ela pôde se desviar do assunto, evitando  tentar responder aos argumentos de Lune.Afinal, ela sabia que não conseguiria !

Lune, por outro lado, sorria, vitoriosa, ela amava vencer debates e jogar as adversárias nas cordas, prestes a se render.

Mesmo que isto arriscasse a perda de uma longa amizade, pelo risco da outra pessoa achar que ela tenha sido grosseira e agressiva para com ela.Inclusive por que, aos olhos de Lune, este perigo não existia, ela acreditava piamente ter feito o certo e da maneira certa, e achava que as outras pessoas tinham de seguir o mesmo raciocínio que ela, pois ela considerava isto a reação lógica a ter.Porém, neurotípicos nem sempre se pautam pela lógica, e sim pelo ego e vaidade,deixando o emocional dominar o racional.Isto fazia parteda imprevisibilidade deles e esta é de sua própria Natureza, de modo que julgar se fora uma atitude correta ou grosseira depende muito do ponto de vista e é muito relativo.

(Por Continuar)

Episódio 24- Admirer Voyages: Peregrine !

Kátia e Rosimary passaram então o animal morto pelo scanner médico.

-Eu nunca tinha visto nada parecido com isto antes...é tudo diferente demais !

-É o que eu te disse, Dra. Kátia: quando fiz a autópsia deste monstrinho, era diferente de tudo o que eu já tinha visto na minha vida, e olhe que conheço centenas de exo animais!Eu simplesmente não consegui reconhecer a maioria dos órgãos internos!

-Nem eu reconheço quase nada....e este sangue verde...será que ele usa clorofila?

-Não, minhas análises não encontraram clorofila nele. Eu fiz exames microscópicos nas células dele, nem parecem de um ser vivo, são muito estranhas, Dra. Kátia!

-Temos amostras de células vivas dele que coletamos, vamos examiná-las, Dra. Rosimary.

-Ok !

Uma das amostras foi colocada no scanner microscopial celular a laser, e as imagens em zoom de 1.000.000  de vezes, foram refletidas na tela holográfica tridimensional do aparelho.

As duas ficaram boquiabertas, espantadas!

-As células parecem estar em mutações velocíssimas, mas não são mitose, nem meiose, eu nunca vi uma reprodução celular desta maneira !

-E o mais incrível, Dra. Kátia: as células não tem núcleo, e estas organelas então...

-Exato, Dra. Rosimary, eu não reconheço nenhuma, completamente diferente de tudo o que já vi até hoje!

-O computador está dizendo que todas as células do animal são tronco, qualquer uma delas pode originar um animal inteiro !

-O que quer dizer, Dra. Rosimary, que estas colônias de células vivas vão se transformar em novos Tiranodontes !

-Que perigo ! Então, como o computador já registrou todas as informações e já gravou as atividades delas em vídeo, o melhor é destruí-las!

-Concordo, Dra. Kátia !Epa, ei, ei...olha isto !Você não vai acreditar !

-O que foi?

-O animal está morto, mas...a atividade celular está voltando, célula a célula !Ele está literalmente ressuscitando !

-Mas como?Isto é impossível, o computador já tinha iniciado o registro de decomposição celular !

-Como eu não sei,Dra. Kátia, mas está !O computador calcula que, no ritmo atual, o animal voltará a viver em duas horas e recuperará a consciência em duas horas e meia !

-Teremos de nos livrar dele então! Mas, Dra. Rosimary, olhe só o cérebro dele !

-Eeeee?É liso por fora e as circunvoluções cerebrais ficam...para dentro?Nunca vi nada assim na minha vida !

-E os nervos da coluna vertebral? Ele tem uma coluna coaxial, com uma coluna dentro da outra, os nervos passando entre as duas camadas, e as principais artérias e veias idem!

-Sistema de autoproteção, este animal parece que foi feito para nunca morrer !

-Vamos terminar esta dissecação logo e jogá-lo pelo ejetor de dejetos, dentro da caixa de contenção o quanto antes, não quero ele vivo de novo atacando e matando mais gente !

-Está certo, Dra. Kátia, mas também, já estamos terminando.Olhe, ele ou ela, sei lá, não tem sistema reprodutor algum!

-Mas então, de que raio de maneira este animal se reproduz?

-Se cada célula é capaz de se transformar num animal completo,a reprodução dele só pode ser assexuada. É uma animal que se reproduz até defecando e urinando !

-Que horror, Dra. Rosimary !

-Pronto, dissecação completa, já estão todas as informações e imagens guardadas no computador. Vamos coloca-lo no ejetor !

Rosimary colocou a caixa que continha o Tiranodonte morto e as caixas com amostras de células no ejetor, apertaram o botão, e o aparelho jogou as caixas no espaço sideral, para fora da nave, a flutuar a cem quilômetros da nave.

-Espero que as células dele não sobrevivam no vácuo...

-Eu também espero, Doutora Kátia, mas vamos por favor prosseguir com nossas análises e testes!

(Por Continuar)

Episódio 85- Sensibilidade de Viver:Gestação !

No dia seguinte, Lune já começava a pesquisar na internet.

Acabou achando o Centro de Proteção aos animais de Estimação, e convenceu Takeo a leva-la lá.

Logo após o café da manhã, pegaram o carro de Lune e foram para lá.Ao chegarem no local, falaram com uma funcionária e explicaram a situação e ela os encaminhou a uma outra funcionária.

-Entendi, mas o prédio de vocês aceita animais de estimação?Já falaram com o proprietário do apartamento?

-Sim, inclusive já temos um gato macho, agora queremos uma fêmea para fazer companhia para ele. Nós somos os proprietários do nosso apartamento.

-Muito bem, vou lhes mostrar os que temos aqui.

A mulher abriu uma porta, onde havia um corredor com diversas pequenas jaulas em várias prateleiras, em ambas as paredes. Dentro delas, muitos gatos.

Foi então que Lune viu uma fêmea de  cinco meses de idade.Ela era tigrada, de cinza e preto, com profundos olhos azuis que a encantaram.

-Quero esta aqui!

-Muito bem, senhorita Lune, esta é a gata de número quarenta e um.É mansa e já está castrada, vacinada e vermifugada.Já sabe usar caixinha de areia .Aqui, pegue a ela nas mãos.

Disse a funcionária.

Lune a pegou  e a olhou nos olhos.A identificação foi imediata e o olhar que ela lhe mandou afez pressentir que ela gostou dela.

-Senhorita Lune, a senhorita vai precisar assinare preencher o termo de responsabilidade e o certificado de aquisição.

-Pois não, com prazer !

Lune foi preenchendo os campos, até que apareceu o do nome do gato.

-Como você irá chamá-la,  querida?

-Ah, Takeo-kun, não foi preciso trabalho para escolher.Ela irá se chamar Simone !Em homenagem ‘a grande filósofa Simone de Beauvoir ,que eu amo de paixão !Assim ficará como no casal de filósofos, Sartre e Simone !

-Boa idéia, querida!

Lune terminou de preencher e assinar a papelada, e então o casal foi para o carro e foram para casa, com Lune com a gata no colo, acariciando-a com carinho.

-Amor?

-Sim, querida?

-Por favor, pare naquela loja de pet shop ali na frente, preciso comprar umas coisas para a Simone.Quando eu pesquisei na internet sobre onde adquirir gatos, eu também  pesquisei sobre os cuidados a ter ao se adquirir um segundo.

-Tudo bem, sem problemas.

Ele estacionou na frente da pet shop.

-Volto já, tome conta da Simone, por favor.

Lune entrou na loja, e , não demorou, veio acompanhada de uma funcionária, com caixas e sacolas.

Takeo abriu o porta-malas pelo botão no painel, e elas colocaram a tranqueirada no porta-malas.Lune agradeceu ‘a moça e entrou no carro, pegando sua gata de volta.

-Agora sim, vamos embora!

Durante a viagem, Lune foi explicando como seriam os procedimentos antes de entrarem, durante e depois.

Enfim, chegaram.

Primeiro, Takeo subiu sozinho, entrou no apartamento , pegou Sartre na mão, e o levou para  o quartinho de despejos e fechou a porta.

Depois desceu, voltou ao carro, tirou a tranqueirada do porta malas ea levou para casa.

Lá chegando, guardou os novos sacos de ração, os novos petiscos para gatos, a gaiolinha de transporte, e levou os novos comedouros e bebedouros para a Biblioteca, onde montou as grades de proteção, fazendo um cercadinho, colocou almofadas, um comedouro, um bebedouro já abastecidos, um arranhador, e uma casinha toda estofada, e uma caixa de areia, enchendo-a de areia sanitária.

Depois colocou outro arranhador, outras duas casinhas, outras almofadas na sala.

Só então desceu para a garagem de novo.

Agora Lune desceu do carro, com a ajuda do marido,e levou Simone com ela, no ombro.

Subiram de elevador e entraram no apartamento.

Lá, Lune colocou Simone na Biblioteca e fechou a porta.

Só então soltaram Sartre, que arranhava a porta e miava sem parar.

Lune foi o mais carinhosa possível com ele, mas ele imediatamente sentiu o cheiro da gata nas roupas de Lune, e reagiu, desconfiado, saltando do ombro dela e farejando a casa toda.

Foi quando , após o sinal de Lune, Takeo pegou Sartre no colo e Lune entrou na Biblioteca-justo onde o felino parou de procurar, e ficou farejando a porta e a arranhando.

Lune entrou o mais rápido possível, e Sartre ficou impossível: grunhia alto e se contorcia e esperneava, tentando escapar, até que começou a aarranhar e morder Takeo para valer,furioso !

Ele queria por que queria entrar na Biblioteca !

Lune esfregou uma toalhinha na pelagem de Simone, depois de coloca-la no cercadinho duplo de proteção,e depois saiu do quarto e fechandoa porta atrás de si, dando de cara com seu marido lutando com o gato, deitado no chão.

Finalmente Sartre escapou, mas a porta jazia fechada.

Ele estava todo arrepiado e arreganhava os dentes e chiava feio.

-Sartre-neko-chan, que comportamento absurdo é este?Amor, vá buscar um esguichador, por favor!

Takeo, cheio de cortes e arranhões, foi e voltou.

Lune deu uma esguichada na cara do felino e chiou para ele.

Ele continuava nervoso e determinado a entrar no quarto.

Foram precisos vários esguichos e chiados para desencorajá-lo, e então ,Lune colocou a toalhinha junto do focinho dele.

(Por Continuar)

Episódio 23-Admirer Voyages:Peregrine !

E as garotas imediatamente soltaram gritos de horror ao ver a cena !

-E...eu nunca vi nada assim na minha vida, nem na minha carreira...que é isto?

Exclamou Kátia, espantada.

Haviam pedaços do corpo e dos órgãos internos espalhados por todo o quarto, em meio a uma piscina fétida de mistura de sangue, urina e fezes, além de líquidos digestivos.

O cheiro estava insuportável!

A cena foi tão nojenta, que até Christine regurgitou ao ver aquilo.

Kátia, ainda de olhos esbugalhados, recuperou o fôlego e avisou sua capitã por meio de seu comunicador:

-Ela realmente faleceu. Não há nada que minha equipe e eu possamos fazer pela Tenente Mônica...

-Então recolham o corpo para fazer uma autópsia, Doutora, precisamos saber o que a matou tão repentinamente...

-Aí é que está, Capitã, não existe mais corpo.Ela literalmente explodiu, como se houvesse uma bomba dentro dela.Só restam pedacinhos, uma poça imensa de sangue e dejetos...

-Caramba, Doutora! Cecília, o comando é seu !Estou descendo aí !

Logo Valéria descia, e ao se deparar com a cena, ficou horrorizada, lívida!

-Mas...como...como alguém pode explodir assim? Christine, será que tinha algum artefato explosivo aqui que não detectamos?

-Não, Capitã.Artefatos explosivos deixariam marcas de queimaduras e a explosão seria de fora para dentro, não de dentro para fora.

-Tem alguma idéia do que pode ter acontecido,Doutora?

-Meu scanner médico de mão está indicando DNA do Tiranodonte nos resíduos que sobraram dela, Capitã.

Valéria ficou dequeixo caído e olhos arregalados de surpresa.

-Muito bem !Esta área está em quarentena e deverá ser isolada e selada pela segurança!Doutora, traga uma equipe médica com trajes de isolamento, recolham todos os restos e façam análises laboratoriais de todos os tipos neles. Capitã para Alessandra !

-Sim,Capitã !

-Mande a Doutora Rosemary para cá, em trajes de isolamento, quero que ela trabalhe em conjunto com a Doutora Kátia a partir de agora ! E a partir de agora, até segunda ordem, só as equipes médica e bilógica terão acesso ao Deck quatro, que ficará isolado , em quarentena até segunda ordem !Diga para a Anne Paula, que quero uma análise  com escaneamento completo padrão Rigor Máximo Completo em busca de bactérias, vírus ou de células de Tiranodonte !Doutora, vá a fundo na Investigação Médica e Biológica, é fundamental sabermos se a nave e a tripulação inteira não estão contaminadas!Evocê, Christine, como foi a primeira vítima do alienígena, vai passar por uma bateria de exames rigorosíssima, pois pode estar contaminada também !Ficará em isolamento na Enfermaria !

A Oficial Chefe de Segurança da nave estava assustadíssima. Na verdade, apavorada !

Só de pensar que a mesma coisa poderia acontecer com ela, já a aterrava até a medula.

Suas guardas, condoídas dela, a acompanharam até a Enfermaria, que, aliás, estava em polvorosa!

Doutora Kátia e sua equipe receberam os trajes de isolamento e os vestiram e começaram a penosa e cuidadosa coleta de todos os pedacinhos, com aspiradores especializados e caixas de contenção.

Ao chegar na Enfermaria, esta estava fervilhando de pãnico, todas as médicas e enfermeiras que participaram das operações em Mônica e Christina estavam mortificadas só de pensar que pudessem estar contaminadas.

A própria Dra. Kátia  tinha de se conter a duras penas  para não desabar.Ela nunca tinha visto nada nem remotamente parecido em sua vida e sua carreira.

Foi quando a Dra. Rosimary, Oficial Chefe de Ciências e do departamento de Biologia, chegou, com uma caixa de contenção , trazendo dentro dela um  filhote  de Tiranodonte morto.

As duas entraram no laboratório de quarentena, para então compartilhar seus conhecimentos do animal.

(Por Continuar)

Episódio 22- Admirer Voyages:Peregrine !

Quando a Doutora Kátia fez a operação em Mônica, na pressa, ela não limpou completamente o sangue verde da criatura que respingara no peritônio da moça. E aquele sangue tinha propriedades que dificultavam muito ser detectado pelo scanner médico, sobretudo em quantidades microscópicas.

Entretanto,aquele sangue continha uma célula, e esta era altamente perigosa mas ninguém sabia.

Mônica, no dia seguinte pela manhã foi liberada e foi para seus aposentos, onde estava hospedada junto com mais três tripulantes.

Ela se aproveitou de que naquele horário todas as suas colegas de quarto estavam trabalhando pela nave, e subiu para seu beliche para dormir.

Porém, não demorou, começou a passar mal. Começou com tonturas, uma sensação de frio na barriga, uma sensação de uma imenso vazio dentro de seu ventre, e logo depois, sentiu uma queimação violenta na sua vagina, e seu ãnus se comprimiu tão forte que gerou uma dor violenta que irradiou pelas nádegas.

Foi então que sentiu seu ventre endurecer como pedra, e espasmos violentos: quando viu, sua barriga estava inchada como se ela estivesse grávida, e balançava sozinha para cima e para baixo a ponto de colidir violentamente com seus seios, que, aliás, também ardiam e inchavam. Também as suas nádegas incharam, assim como os músculos de toda a região dos quadris, e a dor era fortíssima, e ficou pior ainda quando sobreveio outra nos ossos- sim, os ossos de sua bacia estavam dolorosamente se separando, e a dor  se espalhou por todo corpo, e um calafrio sinistro percorreu sua espinha, que simplesmente travou !

Ela tentava gritar, mas não conseguia, pois respirar estava cada vez mais difícil. Num esforço hercúleo, ela conseguiu se sentar,mas logo caiu da cama e estatelou-se no chão.

Seu ventre não parava de inchar até que, repentinamente , explodiu de dentro para fora.

As pernas foram arrancadas   inteiras, com nádegas e tudo,e uma delas bateu violentamente contra a porta, a outra foi parar debaixo do outro beliche.Voaram pedaços de intestinos e outros órgãos para todo lado e as paredes e o teto tingiram-se de sangue, que se empoçou no chão e começou a vazar por baixo da porta.Também os seios foram arrancados e voaram um para cada lado, o externo se abriu e as costelas se despedaçaram, o coração caiu para fora e os pulmões também ficaram em frangalhos.

A coluna vertebral sofreu uma torção para trás violentíssima e as vértebras todas se romperam ena porção lombar, a coluna se rompeu de vez: ela fora partida em vários pedaços !

Também o pescoço torceu -se para trás a ponto da base do crânio tocar as costas, e segundos depois, o cérebro explodiu violentamente e os olhos dela rolaram pelo chão. Ela, claro, estava morta !

Como todo mundo estava ocupada, trabalhando, ninguém ouviu nada a princípio, mas logo depois o Alerta de Intruso foi tocado automaticamente em toda a nave.

Já na Ponte:

-O que está acontecendo?Por que o Alerta de Intruso está soando ? Anne Paula, verifique nos sensores internos, por favor !

-Sim , Capitã !

-Não tem como termos intrusos a bordo, estamos no meio do espaço !

-Também acho, Capitã, muito esquisito isto...

-Capitã, os sensores internos captaram um sinal de vida a menos na tripulação!

-Eeee?Alguém morreu a bordo/Quem?Onde?

-Deck quatro, seção oeste, aposento 17 ! É o aposento das Sub Tenentes Galor Gibson, Nara Thompson, Sheena  Ivana Kobalsky e da Tenente Mônica Martinelli !

-E qual delas não tem sinal de vida?

-A Tenente Mônica, Capitã !

-Eeee? A Tenente Mônica não foi a segunda vítima do filhote de Tiranodonte? Computador:informar a localização da Tenente Mônica Martinelli!

- A Tenente Mônica Martinelli não se encontra a bordo desta nave.

-Alguma naveta lançada sem consentimento ou pessoa transportada pelo teletransporte nas últimas duas horas, computador?

-Todas as navetas estão presentes no hangar e nenhuma atividade de teletransporte registrada nas últimas duas horas.

-Alessandra, avise a Christine e a Dra. Kátia , mandem uma equioe de segurança e outra equipe médica para  o Deck 4, seção Oeste, aposento 17, agora !

-Sim, Capitã !

Logo a médica e suas enfermeiras, e mais um time de quatro seguranças, além de Christine estavam na porta nos aposentos de Mônica.

Logo de cara perceberam a imensa poçade sangue fluindo pela porta, que estava trancada.

-Computador, abrir porta deste compartimento. Código de Autorização de segurança Christine Alfa 8 !

As portas se abriram.

(Por Continuar)