-Bom, então, Dra. Rosimary, precisamos descobrir
qual o ponto fraco das células do Tiranodonte!
-Acho que esta não seja uma pergunta difícil de
responder, Doutora Kátia. Em meus testes com colônias de células, eu testei as
células ‘a exposição de fogo, água, oxigênio, calor, frio, as mais diversas
substâncias e as mais diversas frequências de luz, os mais diversos tipos de
raios, sem falar em choques elétricos de alta voltagem, etc.
-E o que descobriu?
-Que as células do Tiranodonte tem intensa intolerância a NH3.
-Amônia?
-Sim, pois elas se alimentam do ferro presente
nos organismos, dentre outras substãncias, mas o ferro é vital para eles, pois
inibe a formação de amônia no organismo deles e os protege desta substãncia. A
amônia tem um efeito desintegrador devastador nas células dele. Um Tiranodonte
pode morrer facilmente se for atingido por um jato muito concentrado de amoníaco.
-Mas os filhotes de Tiranodontes atacaram
justamente o intestino das vítimas, e na nossa excreção, produzimos amônia, por
isto a excretamos, pois ela é tóxica para nosso organismo também, Doutora
Rosimary.Não podemos bombardear as células de Tiranodonte restantes no organismo das vítimas, sem matá-las...
-Sim, a não ser que teletransportemos todas as
células que encontrarmos para um campo de contenção lacrado, e o pulverizemos
por dentro com amoníaco concentrado.
-Sim, mas não é simples encontra-las.Perceba que
elas conseguiram iludir o scanner médico, que não as encontrou...
-Isto se deve a um pigmento especializado que
reveste cada célula dele, mais concentrado, eu diria muito mais, nas células
sanguíneas, que dá a cor verde ao sangue deles. Chamei-o de Clorocaroteno, por
conter cloro em sua composição.Ele tem a propriedade de absorver as ondas do
scanner médico , sem refleti-las de volta.É por isto que este animal não
aparece em sensor nenhum, é assim que ele se camufla!
-Mas ele não é invisível só aos sensores,
Dra.Rosimary,ele fica virtualmente invisível aos olhos humanos e se revela só
quando quer !
-Isto ocorre por que ele tem um órgão interno que
excreta Clorocaroteno em grandes quantidades quando necessário.Quando as células
ficam supersaturadas desta substãncia, a absorção da luz provocada reflete uma
luz de frequência verde tão intensa, que nossos olhos não alcançam, as chamo de
ultraverdes! E quem comanda a intensidade desta secreção é o cérebro.
-Então, se modularmos nossos sensores para a detecção
da faixa ultraverde, nós os detectaremos !
-Sim, e se combinarmos esta modulação para a
calibração específica de detecção de
Clorocaroteno...
-Voilá ! Encontraremos até o menor vestígio de
células de Tiranodontes !
-Entendi, mas, bom, só a Rita poderia construir
um sensor médico especializado destes...
-Vamos falar coma Capitã então e pedir
autorização para que a nossa engenheira chefe construa este aparelho !
-Vamos lá, Dra. Rosimary!
Elas chamaram a Capitã pelo comunicador da
parede.
-Oi,Dra. Kátia!Novidades?
-Sim, Capitã !
Elas explicaram todo o ocorrido.
-Muito bem, autorização concedida. Alessandra,
chame a Rita e peça que ela vá até a Enfermaria, por favor!
-Sim, senhora, Capitã !
-Ela já está a caminho.
-Muito obrigada, Capitã, Dra. Kátia desliga.
Não demorou, Rita apareceu.
Elas explicaram a ela então a situação e
mostraram como exatamente queriam que fosse o aparelho.
-Muito bem, construirei para vocês. Mas levará
algumas horas.
-Por favor, Comandante Rita, procure acelerar a
construção máximo possível, a vida da Comandante Christina e de toda a tripulação corre perigo, é extremamente
imprescindível detectar estas células em toda a nave e passar por uma
descontaminação !
-Não bastava a capitã me apressar, as médicas
também...ok, ok, correrei com isto então !
E Rita saiu da Enfermaria e foi direto para o
laboratório da Engenharia.
(Por Continuar)
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