-Sinal de que nossa netinha está
crescendo saudável !
Disse Kazuo, aliviado pormudarem de
assunto.
-E isto é muito bom,será uma criança
abençoada por Buda !Aliás, filha, seria muito bom se vocês fossem ao templo
budista Shitenno Ji para que a Rina-chan receba a benção divina !
-Ah, mãe,vai...não somos religiosos,
bom o Takeo-kun até é, mas não pratica e ele não é budista !
-Mas filha, é a tradição da família !
Eu fui abençoada lá, você e seus irmãos foram abençoados lá, a Rina-chan também
precisa ser !
Novamente o clima ficou
constrangedor, e Takeo viu que teria de quebrar o gelo de novo para evitar
brigas e discussões:
-Então, Momiji-sama, amanhã eu e a
Lune-san vamos nos reunir e discutir sobre isto, ok?
-Vou telefonar para vocês amanhã
depois do almoço para saber o que decidiram. É importante receber a bênção
divina para que nossa neta nasça saudável e forte!
-Momiji-san, meu bem, isto é um
assunto do casal que eles precisam resolver entre eles, não podemos pressionar...
Momiji olhou feio para o marido dela,
a ponto de ele se encolher em um canto.Já dava para perceber que ela não ia nem
esperar chegarem em casa para ela dar bronca nele, seria dentro do carro, já !
Novamente, Takeo acudiu, vendo que
todos tinham terminado de comer:
-Ah, lembrei !Temos ótimas sobremesas
para servir !Temos uma bela torta de cerejas na geladeira, e um gostoso sorvete
de pêssego !Vou buscar !
-Opa ! Que delícia !Adoro torta de
cerejas, e sorvete de pêssego é o seu preferido, não querida?
-É sim, Kazuo-kun...
O olhar da esposa continuava daqueles
para o pai de Lune.
Takeo pegou as sobremesas correndo e
voltou voando, e depois pegou pratinhos e talheres do mesmo jeito.
Agora todos comeram e m silêncio.
Finalmente refeição terminada, os
pais de Lune se despediram de Lune e Takeo e foram embora, para alívio dela.
-Uff, finalmente foram embora !
-Ainda bem que tudo transcorreu sem
brigas...
-Sem brigas, uh? Meu querido, você
não sabe o que espera por meu pai no carro e em casa !Minha mãe está uma fera !
-É, é verdade...pior que sobrou para
nós...
-É muito sacrificado para mim,
querido...e eu, você sabe, eu não estou nem aí com religião nenhuma... lá é
longe , é cheio de escadas, e eu , com quase seis meses de gravidez, nem
poderia estar fazendo tal esforço, tem perigo de eu tropeçar e cair...minha mãe
não pensa nestas coisas...
-Ela conhece muito bem lá, querida,
deve ir direto.Eu sei que é arriscado e cansativo para você, mas a questão é
aguentar as cobranças da sogrinha, ela vai ficar te enchendo a paciência até a
gente ir...olha, querida, eu te ajudo, te levo pelo braço, sem problemas...
-Você nem quer enfrentar a ela, não
é?
-Minha linda, brigar com ela
significa brigar com seu pai e eu perder meu emprego...pode nos prejudicar seriamente
numa fase qem que precisaremos de muito investimento...
-Está bem, esta bem, vai, então
iremos. Quero ter paz e sossego , sem
ela me atazanando e me deixando nervosa, não posso ficar nervosa !
-Que bom, coração, fico mais aliviado
agora!
-Então prepare para acordar cedo,
iremos logo cedinho, para na hora do almoço já podermos dar satisfações a ela !
-Tudo bem !
-Então me ajude a tomar um banho,me trocar e colocar uma
camisola, por favor ...
-É para já, benzinho !
E lá se foram eles.
No dia seguinte, deram comida ao
gato, prepararam o café da manhã, tomaram o desjejum, e foram logo se
arrumando.
Depois saíram, pegaram o carro e meia
hora depois, chegavam no estacionamento do templo.
Este era uma atração turística, mas
como era dia de semana, e em horário comercial, em que a grande maioria
trabalha, o templo estava quase vazio.
Não demorou, após subirem a
escadaria, foram atendidos por um Monge:
-Sejam benvindos ao nosso templo !Em
que podemos ajuda-los?
-Minha esposa está grávida de seis meses
e viemos em busca de uma bênção para nossa filha que logo irá nascer!
-Ah, muito bem ! Eu sou o Monge
Shiruto, e vou leva-los ao nosso Dai Osho, o Mestre Mitsuito, venham comigo,
por favor.
Eles o seguiram e tiveram de esperar
numa antecâmara, onde , depois de alguns minutos, puderam entrar. O venerável Mestre,
um ancião magro esimpático, de voz baixa e mansa, educadamente os convidou a se
sentarem,
O Mestre perguntou o nome e o sexo do
bebê, perguntou sobre os avós e bisavós da criança, disse que os conhecera e
que ele já os tinha abenloado anteriormente, e logo começava uma breve
cerimônia.
Depois de finda, eles agradeceram a
ele e depois a Shiruto e foram embora.
(Por Continuar)
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