Episódio 56- Sensibilidade de Viver;Adendos Finais

 

Enquanto Lune dirigia em direção ao Shopping, ela conversava com a filha:

-Nunca vi comunista consumista capitalista  na minha vida...é uma contradição !

-A ambiguidade faz parte da essência de se ser um Ser Humano !Foi isto que você me ensinou, mamãe...

-Eu mereço...usando minhas próprias palavras contra mim, minha própria filha...

-Você está usando a mesma chantagem emocional , da qual reclamava que a vovó fazia com você...

-Você não acha que está esperta demais para uma menina de apenas sete anos, não, filha?

-Não sou eu quem está esperta, você é que está ficando conservadora igualzinho a vovó !

-Uff, ainda bem que chegamos ! Me ajuda a achar uma vaga, vai...

-Ali, ó, aquele Subaru Vivio está saindo agora !

Ótimo, obrigada, filha! Ei, espera eu acabar de estacionar, não abra a porta agora não !Doida !

Mal Lune estacionou, Rina já saiu correndo do carro.

-Espera aí, Rina-chan ! É perigoso andar sozinha, espera eu sair do carro, que já te dou a mão!

-Eu não sou mais tão pequena para precisar andar de mãos dadas com você !

-Ah, é perigoso, filha, não é questão de tamanho, voc~e pode ser atropelada, você é distraída !

-Ah, e você não é? Quem foi que colocou o controle remoto da televisão na bolsa ao invés do celular outro dia?

Lune se apressou em sair do carro e tentou pegar na mão da filha, mas esta retirou a mão na hora.

-Filha !

-Eu me viro !

E foi atravessando as alas, em direção a entrada principal do shopping.

Lune foi correndo atrás dela.

-Espere aí, Rina-chan !

-Você que está muito lerda, mamãe !

E atravessou a rua do shopping correndo.

Nisto, vinha vindo um carro, que viu a menina, e iniciou uma freada pânica.

-Filhaaaaa !

Lune se desesperou, taquicárdica, olhos arregalados, lágrimas ao vento, já antecedendo o pior: não ia dar tempo!

-Aaaaaaaaaaaaah !

Um grito feminino infantil ecoou pelo estacionamento.

Foi então que um pequeno vulto soltou das mãos de uma mulher adulta e se jogou na frente do carro e empurrou Rina para longe.

Duas mães desesperadas vieram correndo.

Um homem saiu do carro, que conseguiu se desviar das duas crianças, mas bateu em um dos carros estacionados.

Rina ao ver o carro de pertinho, fechou os olhos achando que ia morrer.

Quando abriu os olhos, viu o rosto de um menino da sua idade.

-Oi, tudo bem com você ?

Rina percebeu e se deu conta do acontecido, e abraçou o menino.

-Meu herói !

O menino ficou vermelho de vergonha.

-Hãn?

Ele fez cara de quem não entendeu nada.

-Você salvou minha vida, seu bobo !

Então os dois se olharam nos olhos, e então sobreveio em ambos os rostos uma expressão de espanto:

-Mas você é...lindo !

-Mas você é...linda !

Os dois disseram um ao outro ao mesmo tempo.

Foi quando as duas mães chegaram e viram as duas crianças abraçadas deitadas no asfalto.

As mães, cada uma pegou e abraçou sua criança, com olhos marejados e as abraçaram.

-Mamãe, ele me empurrou para longe do carro e salvou minha vida, ele é meu herói !

Disse Rina.

Lune nem conseguia dizer palavra...

Por fim todos se recuperaram, e as crianças de mãos dadas com suas mães:

-Meu nome é Lune Tamasuki!

-E eu sou Gisa Katagawa!

-Como você se chama?

Perguntou Rina para o menino.

-Mitsushiro Katagawa !

 

(Por Continuar)

Episódio 14 - (Minissérie)- Glória de Aço:Inquisição !

 

-Sim, eu vi, eu vi a mágica das Fadas emanando de você! Como se chama?

-Sandrine Sagace, Majestade !

-Muito bem, Sandrine, eu a nomeio minha Escudeira e ajudante !Agradeço você ter me protegido, mas no momento é o Povo quem precisa realmente da sua proteção ! Coloque as demais moças atrás de você, fique afastada da linha de fogo e as proteja com seu escudo !

-Sim, Majestade !

Logo a valente Sandrine aprendia que seu escudo não servia só de proteção ,mas também podia ser uma ótima arma, distribuindo escudadas em todos os demônios que tentavam se aproximar dela.

-Eu invoco Cérbero, o cão dos infernos de três cabeças !

Bradou o Cardeal, e pluft ! O cão monstruoso apareceu.

O Bicho erahorrendo, com o tamanho de um urso polar, uma cabeça de mastim, outra cabeça parecida com a de um buldogue e outra parecida com a de rottweiler, as três com dentes enormes e bocas babosas. Seus olhares eram amedrontadores , de fúria, vermelhos como brasas!

-Atacar !

Foi a ordem do Cardeal, imediatamente obedecida.

A destemida ‘Agatha, porém não se intimidou, e foi para cima do monstro com sua espada.

Com muita agilidade , se desviou das dentadas venenosas do monstro, girou nos calcanhares, e em um golpe velocíssimo, cortou as tr~es cabeças de uma só vez!

O monstro caiu morto, jorrando seu sangue ácido.

-É só isto que tem a oferecer?

Disse ‘Agatha com ironia, autoconfiante.

-Vais engolir esta arrogância bem rápido, só estou começando ! Na forma de um Grifo !

E o Cardeal , em um Átimo se transformou em um grifo monstruoso, do tamanho de um rinoceronte, com um bico imenso, muito afiado, e garras enormes, igualmente afiadas, rufando suas asas poderosas.

-Que o Poder Monumental de Exfalligur venha a mim !

Bradou ‘Agatha, e sua espada brilhou como uma estrela, numa aura poderosa !

-Toma !

E um raio fortíssimo saiu da espada  e cortou as asas do grifo, que estava flutuando a dois metros do chão e caiu com estardalhaço.

O monstro soltou um urro terrífico e abriu seu bico e dele saiu uma intensa labareda de fogo, que no entanto, bateu na espada e ricocheteou.

O Grifo foi atingido por seu próprio fogo e gritou de dor, e então se transformou no Cardeal de novo.

-Agora chega de brincadeiras !

Disse o Cardeal já furioso, e , apontando seu braço para ‘Agatha, fez um movimento com a mão como quem enforca sua vítima.

Imediatamente , ‘Agatha sentiu sua traquéia se r amassada, e o ar começava a lhe faltar, e ela flutuava a mais de um metro do chão.

-Morra, infeliz !

E ele apertou mais ainda.

‘Agatha se debatia, em desespero, e pior, não poderia proferir nenhuma palavra mágica.! Então, em seu exaspero, lançou sua espada com todas as forças que lhe restavam, e ela se enterrou no meio do peito do Cardeal, com sua ponta saindo pelas costas, e uma chuva de sangue se fez.

-Aaaaaaaaaaaaah ! Gritou o Cardeal, de tanta dor, caindo no chão.

Finalmente ‘Agatha estava livre do enforcamento, e caiu no chão de quatro, em um esforço louco para respirar.

O Cardeal tentou se apossar da espada, mas ela lhe queimou nas mãos e começou a queimar-lhe as entranhas também.

Finalmente ele viu ‘Agatha ficar de pé novamente e desenterrar a espada de dentro dele.

-Eu voltarei, pode apostar, eu voltarei, para a minha vingança !

Gritou o Cardeal, fraco e ferido, e usou o feitiço do teletransporte. Vendo seu chefe derrotado, os demais demônios desapareceram no ar também.

-Vitória ! Bradou ‘Agatha, erguendo sua espada !

-Vitória ! Responderam os aldeões e as moças enfim libertas, se reencontrando com seus pais.

 

(Por Continuar)

Episódio 94- Admirer Voyages:Peregrine

 

Tais notícias eram desalentadoras para Valéria, enfurnada no seu quarto, agora como simples passageira. Para quem estava acostumada a comandar, dar ordens, isto era um ultraje, uma humilhação.

Todas as antigas tripulantes da Peregrine ficaram alojadas em alojamentos no mesmo corredor, no mesmo deck, o deck 12.

Mas voltando ‘a Valéria, o que mais lhe pesava mesmo eram o arrependimento e o remorso pelas 84 tripulantes mortas. Ela não se conformava, e a culpa a consumia, e ela chorava de modo convulso, em onda contrínuas, puro desespero !

Seu sonho era um dia chegar a Almirante e comandar um destróier como o Decider, mas agora, seus sonhos pareciam destruídos, enterrados , como suas tripulantes.

Ela olhava para suas mãos e só conseguia ver sangue nelas, sentia-se a pior e mais cruel das criaturas!

Foi então que Cecília tocou a campainha e entrou, pois distraída com suas angústias, Valéria não trancara a porta.

-Capitã?

-Não sou mais capitã, sou só uma criminosa, uma demônia, uma assassina, genocida, sou perigosa, só faço mal ‘as pessoas...eu quero morreeeeeeeer !

A reação de Cecília foi de espanto: olhos arregalados, boquiaberta, olhos marejados.

-Não é verdade, Capitã, não é verdade !

E Cecília deitou-se na cama com Valéria e a abraçou, começou a fazer carinhos nos cabelos dela e lhe dar beijinhos no rosto.

Valéria nem respondia, mortificada que estava, em absoluta depressão.

Cecília então deitou-se em cima dela, tirou seu uniforme, o uniforme dela, beijou-a na boca de língua em um beijo profundo e cheio de desejo, e sua mãos atolaram-se nos seios e nas nádegas dela, e adentraram o sexo dela também e começou a fazer amor com ela.

E assim ficaram a noite toda.

No dia seguinte pela manhã, a Decider chegava na Estação A 68.

Já vestidas, Valéria e sua antiga tripulação desceram da nave e entraram na Estação, onde as notícias j´tinham chegado. Parecia que a Estação inteira olhava feio para elas, especialmente para Valéria.

Após se ajeitarem em seus quartos, Valéria e sua tripulação foram tomar o café da manhã juntas na Cafeteria da Estação.

O clima, já fúnebre, foi ainda mais estragado quando apareceu uma oficial da Estação:

-Meu nome é Mônica Monaro, Tenete Comandante , Oficial Jurídica da Estação.Vim informa-las de que todas, menos a Capitã Valéria, foram realocadas para servirem na KSS Golden City-B, uma nave estelar categoria cruzador pesado, Classe Squalo, que partirá em missão hoje as 22 horas. É mandatário que se apresentem até as 20 horas na Squalo, sem atrasos!

-Esta não, uma nave de uma nacelle só, como a Solitaire, ninguém merece...

-Vocês tem sorte da Squalo  admitir vocês, dez outras naves  as recusaram !Então, não reclame , Imediata Cecília !Ah, sim, ao abordarem a Squalo, irão servir ‘a Capitã Greta Hausenstein !Agora, quanto ‘a senhora, Capitã Soleil, sua primeira audiência judicial se iniciará as 16 horas, então terá de se apresentar no recinto de Corte Marcial pontualmente as 15 horas. A senhora ficará aqui na Estação até o final do julgamento.

Mõnica retirou-se.

As garotas então viram, pelos janelões da cafeteria, a Decider zarpar e sair da estação sem elas.

Valéria permanecia calada, mal segurando o choro, intensamente deprimida, e a duras penas se forçando a comer o delicioso café da manhã, que , para ela, não tinha gosto de nada.

Apiedadas, as garotas ao ver ela se levantar pouco depois, a abraçaram e choraram com ela, apoiando-a.

Mas Valéria não reagia. A filha lhe tinha caído e era pesada demais!

Pensamentos suicidas chegaram a lhe atormentar, mas ela simplesmente não tinha coragem.

Sua tripulação procurou ficar com ela o quanto pôde, até próximo da hora do julgamento.

Agora Valéria sabia por que fora requisitada a comparecer com uma hora de antecedência: em uma saleta a parte, sua advogada veio orientá-la e conversar com ela.

-Olá, Capitã, meu nome é Comandante  Reiko Sashigawa, sou a advogada nomeada pela Comissão de Corte Marcial para a senhora!

Reiko era uma japonesa de nacimento, baixinha, magra de profundos olhos negros e cabelos idem, recortados em um penteado Chanel com franja .Tinha nádegas achatadas, seios chapados, realmente pequenos, pouco violão.

 

(Por Continuar)