terça-feira, 22 de novembro de 2016

Episódio 7-Minissérie-As Piratas também Sonham: A Tomada da Ilha de Malachetta




-Muito bem, General, finalmente você chegou!Já estava entediada de tanto esperar !
-Desculpe, Vossa majestade, magnífica soberana !
-Bajuladora barata !Você não serve nem para lamber a sujeira de minhas botas, sua inútil !Mas hoje abrirei uma exceção e permitirei que sua Aia lhe coloque unguento nos ferimentos e lhe dê um banho no bebedouro dos cavalos. Depois disto, reúna cem homens e  coloquem fogo na cidade !Os cidadãos vão ter de serem punidos pela resistência deles e certamente culparão as piratas por seus infortúnios !Ahahahahahahah !
-Sim, majestade, imensamente agradecida pela sua titânica generosidade !
-Ah, sim, depois que a cidade estiver ardendo em chamas, cobrem o triplo de impostos da população, e se encontrarem as piratas, matem-nas !Aliás, os desertores já estão presos?
-Sim, Majestade !
-Ótimo ! Surre a todos eles com vontade antes de sair do Castelo !Os demais tem de aprender o que acontece se fugirem da luta !
Enquanto isto, na cidade, as piratas chegavam na praça central.
Para seu desespero, no entanto, Léa viu uma cena que a deixou furiosa:
Na sua frente, Pierre estava beijando uma outra garota,uma nativa da ilha.
-O quê? Mas com mil tainhas, seu traidor desalmado !
-Está nervosa por que, Léa?Nós nunca namoramos, nunca a pedi em namoro !E se quer saber, não a amo, nem nunca te amei !
Diante do olhar frio e de desprezo de Pierre, e de suas palavras, geladas,Léa cambaleou e quase cai na rua.
-Mas...mas você se deitou comigo ! Você disse que me amava !E eu... eu estou apaixonada por você !
-Ah, Léa, olha, sim, foi muito bom, aproveitei muito bem, mas eu menti para você para que você se deitasse comigo !Menti ! Agora, se você me ama, azar o seu, eu não te quero mais, fedorenta !Vai, vai embora, xô, passa, passa !
-Perdeu sua vez, querida, agora é a minha !Ahahahahahahah !
Disse a garota, e o novo casal se beijou de novo, na boca.
Agora fora demais !O sangue subiu ‘a cabeça, e Léa não aguentou mais tanta humilhação, e tirando forças de onde nem mesmo ela sabia de onde, ela sacou sua espada, e gritou:
-Pilantra !Fascínora !Canalha ! Eu me arrisquei engravidar por você ! Eu ontem a noite apanhei feito uma condenada por sua causa e quase morri, para depois você em trair?E no maior cinismo, na maior crueldade me enxotar como se eu fosse uma cadela de rua?Agora foi demais !Eu não aguento mais ! Mora, desgraçado, morra !
A espada de Léa trespassou  Pierre e sua amante, de fora a fora, e a ponta da espada apareceu do outro lado da garota que o beijava.Uma poça de sangue enorme saiu dos dois e o olhar de Pierre ainda era de espanto e surpresa, o da moça, idem.
A espada saiu dos dois corpos, que tombaram no chão.
Léa caiu ajoelhada no chão, colocou as mãos sobre o rosto e chorou. Chorou como nunca em sua vida, com as demais piratas assistindo.
Agora elas ficaram com dó da colega e se ajoelharam e a abraçaram.
-Capitã?
-Ela fez o que deveria ter feito, Imediata. Ele mereceu !Como Capitã, não posso prestar meu apoio a ela na frente de todos, mas posso ver que nem tudo está perdido, ainda   um pouco de sentimento de humanidade.É uma lição que ela nunca mais esquerá na vida dela.
-Mas será que com a morte dos dois, a população não ficará contra nós?
-Não, Juliette, eles todos viram a traição dele, dos dois e a falta de caráter que foi. Ela defendeu a honra dela e eu não quis intervir, por que é a vida pessoal dela e ela quem tinha de resolver. E ele já nos serviu para o que precisávamos.
Repentinamente ouviu-se uma gritaria advinda do fundo da multidão:
-Fogo ! Fogo ! Os soldados da Baronesa estão vindo com tochas para a cidade ! Vão colocar fogo em tudo !
Foi o que se ouviu.
-Não se nós não deixarmos ! Povo de Malaqueta ! Peguem suas foices, machados, facas o que tiverem de armas na mão e nos sigam ! Vamos salvar a cidade !
Bradou June para a multidão !
Em instantes a população entrou em suas casas e instantes de pois voltavam com as armas que dispunham, e seguiram as piratas como um exército !
-Atacar !Gritou June .
Agora eram quinhentas pessoas contra cem, e avançaram nos soldados que estavam na entrada da cidade.
Eles logo foram cercados por todos os lados.
Eles estavam todos a cavalo agora, mas a população enfurecida desta vez não se intimidou e foram para cima deles com tudo, e os cavalos se assustaram e empinaram, derrubando muitos de seus cavaleiros e fugindo.
A multidão não teve dúvidas, lincharam os soldados que puderam até a morte.
Também as piratas lutaram bravamente, e mesmo toda arrebentada, mas louca de raiva, Léa matava indiscriminadamente, com uma ferocidade assustadora.
Foi quando , já percebendo que iria ser derrotada de novo, Ariadne resolveu por bem  atirar uma flecha em Françoise,que por muito pouco não acertou seu braço direito, rasgando a manga da camisa dela.
E Hellen viu de onde partira a flecha e quem atirou.
Agora o sangue subiu ‘a cabeça  de Hellen, que virou uma verdadeira tigresa, e foi para cima de Ariadne com uma fúria tão desmedida, que assustou até as demais piratas:
-Não ouse machucar a minha filhaaaaaa !Vou te mataaar !
Sua espada silvou sinistramente em sua dança da morte, com tamanha velocidade que nem a experiente Ariadne conseguia segurar, e  a lâmina se enterrou no peito dela, destroçando um dos seios da General completamente, em meio a uma nuvem de sangue. A sorte dela é que não chegara ao pulmão, mas destruiu completamente a glândula mamária.
Ariadne gritou de dor e caiu ajoelhada no chão já esperando a morte, pois novamente a lãmina de mãe leoa de Hellen descia velozmente em direção de sua cabeça, prestes a partir sua cabeça em dois pedaços.

(Por continuar)

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