segunda-feira, 31 de julho de 2017

Episódio 87- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP





Não demorou e o almoço estava servido.
Takeo apareceu para o almoço e comeu junto com eles.Já no final, Lune voltou-se para seus pais, dizendo:
-Gente, eu resolvi ir visitar a vovó agora a tarde !
-Depois desta briga toda, filha?E se ela ainda estiver brava com você?
-Ah, mãe, é justamente por isto, sabe? É estranho ela estar de tão mau humor assim e agir com tanta violência !E eu quero investigar o por quê !
-Nisto você tem razão, filha. Ela normalmente é ranzinza e implicante, mas nunca esteve deste jeito...
Disse Kazuo.
-Olha, filha, pensando bem, acho que vai ser uma boa idéia. Eu acho que já estou meio que adivinhando o que você está pensando: você nunca a visitou, e faz tempo que a gente não a visita, e ela pode estar se sentindo revoltada por se sentir abandonada, rejeitada, ignorada por nós. Talvez uma visita sua faça bem a vocês duas !
Obrigada, mãezinha !
-Amor, não quer te eu vá com voc~e?Ou te leve?
--Não, Takeo-kun, este é um assunto de família a ser resolvido entre eu e ela.Na próxima vez voc~e vai, te prometo !
-Fico feliz então, pois você sempre cumpre o que promete, minha flor !
-Takeo-san, sempre gentil com a Lune-san !
-Obrigado, Momiji- sama !

Terminaram de almoçar e Takeo se despediu de Lune, que depois foi para o quarto dela se trocar.
-Ah, uh, nunca pensei que iria sentir falta, ou mesmo saudades , daquele gato safado e aprontão...
Disse Lune em voz alta para si mesma.
Ela reuniu algumas roupas numa mochila de colocar nas costas, e colocou uma calça jeans, e uma camisa pólo amarela. A lingerie agora era outra:de algodão leve, bem pouco decotada, mas confortável.O calçado escolhido foi um tênis amarelo.Por cima da camisa, um casaquinho leve azul.
Ela se penteou, se perfumou, passou batom na boca e envergou sua indefectível bolsa de couro marrom e desceu as escadas.
-Olha como minha filha está linda !
-Obrigada, pai !
Disse Lune, terminando de descer as escadas.
-Está pronta?
-Sim, papai, estou !
-Então vá se despedir de todo mundo e vamos embora !
E Lune foi. Após as despedidas, eles entraram na garagem.
-Hoje te levarei na vanzinha de sua mãe, pois mandei meu carro para arrumar a porta na oficina.
-Sem problemas !
Eles entraram na minúscula van Daihatsu, não muito maior que o Suzuki de Lune e  foram para o aeroporto.
Lá chegando, Kazuo se despediu dela e desejou a ela boa sorte.
Lune então foi para o balcão da companhia aérea, comprou seu bilhete para o próximo avião para Nagasaki, e aguardou numa lanchonete da praça de alimentação o horário de seu voo.
Assim que deu o horário, ela foi para a o embarque, e não demorou , já estava a bordo do Boeing 737 da All Nippon Airways.
Lune não tinha medo de voar de avião, e inclusive, gostava. Ela se sentou na poltrona 20 A, na janela, afivelou os cintos de segurança e aguardou pacientemente seu voo decolar.
Ao seu lado, sentou-se, no banco do meio, um homem que aparentava meia idade, que claramente era estrangeiro, por ser loiro e ter olhos azuis.No corredor, sentou-se uma mulher japonesa, de meia idade, que parecia bastante sonolenta.
Depois que todo mundo entrou, as portas se fecharam e a aeromoça passou as instruções de segurança, finalmente a aeronave ligou seus motores e começou a taxiar na pista.
Não demorou, começou a corrida para a decolagem e ganhou o ar.
Lune estava distraída olhando a janelinha e vendo o avião se distanciar do solo e só então olhou para seu lado esquerdo:
Deu de cara (na verdade , pegou em flagrante) com o homem ao seu lado olhando firmemente seus seios por dentro do decote.
Lune soltou um olhar feroz para ele, que, no entanto, pareceu não a levar a sério.
Lune então fechou seu casaco com um zíper, impedindo de olhá-la.
Agora, o homem ficava encostando o braço em seu braço, e parecia que iria pegar na mão dela iminentemente.
Irritada, Lune tirou o braço do encosta braço.
Mas o infeliz não desistia !
Ele começou a fingir que dormia e sua mão invadia o espaço da poltrona de Lune, indo na direção da virilha dela.
Por sorte, a aeromoça chegou com o lanchinho, e todos desceram suas mesinhas,impedindo ele de tentar novamente.
Agora ele tentava olhar pela janela e aproximava o rosto do dela, tentando beijá-la.
E Lune só foi ficando mais e mais nervosa!
Agora resolveu pisar com toda a força no pé do homem, que recolheu sua perna com dor e por pouco não soltou um grito.
Não demorou e o voo, de uma hora já terminava, e o avião pousava, para alívio de Lune.
Foi quando ela se levantou para sair do avião, e ele tentou dar uma rasteira nela, para que ela caísse com suas nádegas no colo dele, mas ela se agarrou no banco e conseguiu evitar o pior.
Finalmente ela saiu da fileira dos bancos e foi pegar sua mochila, quando sentiu um enorme volume encoxando fundo em suas nádegas!
Agora absolutamente furiosa e fora de si, Lune não aguentou mais tanto assédio, e berrou:
-Pedófilo !Tarado ! Pervertido ! Ele está me agarrando !
Imediatamente um comissário de bordo apareceu e deteve o homem, que foi retirado de cima dela.
Lune se viril de frente para o tarado, e com olhar de tigresa ferida, deu-lhe um tapa na cara daqueles !
Repentinamente apareceu um policial, que perguntou:-A senhorita quer prestar uma queixa formal contra este homem?
-Sim, seu guarda !
-O senhor está preso em nome da Lei!
Disse o policial, algemando o homem e o retirando do avião.
-Por favor, me acompanhe até a delegacia do aeroporto para prestar queixa formal!
Disse o policial, antes de sair.
Lune o acompanhou, e fora do avião, aguardavam outros dois policiais.
Na delegacia, Lune registrou a queixa e foi liberada. O homem foi direto para a cadeia, com prisão preventiva decretada.
Ao sair, uma moça, representante da linha aérea, a aguardava ansiosamente.
-Senhora Lune?Queira por favor perdoar o incômodo e o constrangimento causado por nosso outro passageiro!Estamos envergonhados !
-Imagine, não foi culpa de vocês, mas muito obrigada !
-Ainda assim, reiteramos nossas mais sinceras desculpas, e como compensação, por favor queira receber este bilhete de ida e volta de graça !
A aeromoça inclinou seu torço até quase a horizontal, com os braços estendidos e mãos espalmadas e juntas, com o bilhete em cima delas.

(Por Continuar)

Episódio 146-Admirer Voyages !




-No lado ocidental do hemisfério Norte, Thaís, a dois quilômetros do litoral Leste, quinhentos quilômetros acima do Equador, a Anne Paula tem as coordenadas exatas. Anne, por favor, transmita as coordenadas para o painel da Thaís !
-Sim, Capitã !
-Rota implementada, Capitã !
-Ótimo, Thaís. Priscilla, velocidade de reentrada na atmosfera nos motores de dobra ! Iniciar procedimentos de pouso !Engatar !
-Sim, Capitã !Lá vai !
Disse a pilota, apertando o botão de acionamento dos motores de dobra.
A nave começou a descer a uma velocidade que seria hipersônica para um avião, mas que para uma nave espacial, era lentíssima.Os motores antigravitacionais foram ligados , permitindo que a nave flutuasse na atmosfera e voasse.Os escudos térmicos de proteção foram ligados para impedir que a nave superaquecesse o casco durante a reentrada.
Em poucos segundos a nave desceu e encontrou a camada de nuvens.
Era impressionante o espetáculo do envoltório de fogo em volta da nave, distanciado do casco pelo campo de energia dos escudos virtuais térmicos, enquanto a nave perfurava a grossa camada de nuvens e emergia do outro lado, e assumia um voo horizontal, numa suave curva a direita, com  Priscilla manobrando a nave com precisão, na mão.
Depois foi feita uma suave curva para a esquerda, e a perda de altitude foi sendo dosada e controlada, com a nave cada vez mais perto do solo.
Já dava para ver imensas florestas, vulcões, descampados e campinas e praias.
Finalmente, ao chegar no ponto planejado, a nave parou, flutuando no ar.
-Thaís, abrir os trens de pouso e suas portas !
Um botão foi apertado, e do ventre da nave, quatro imensas portas se abriram. Delas saíram quatro pernas terminadas em “patas” de quatro dedos imensos, que se estenderam completamente.
-Priscila, reduzir força dos motores antigravitacionais suavemente para o pouso!
-Sim, Capitã !
Finalmente, o trem de pouso se impactava no solo, se afundando meio metro no chão.
-Nave pousada, firme e segura, Capitã !
-Excelente, Thais, pode desligar todos os motores !
-Meus parabéns, Val, que pouso perfeito !Emocionante !Amei !
-Obrigada, Dina !
-Garotas, vocês tem uma excelente capitã, viram ?E voc~e, minha amiga, tem uma excelente tripulação !
A tripulação da ponte da Exploiter agradeceu Dina e Valéria também.
-Anne Paula, estenda a rampa de descarregamento retrátil do hangar, na popa !
-Sim, Capitã!
Na traseira da nave,um pouco ‘a frente e abaixo das portas do hangar, abriu-se uma porta, e saiu uma rampa, que desceu até o solo, já que o corpo da nave jazia a seis metros de altura do solo devido ‘a altura dos trens de pouso.
-Bom, pousamos !Vamos todas para o hangar para sairmos da nave, liberarmos os veículos e navetas e explorarmos o planeta como se fazia há mais de cem anos atrás !
Disse Valéria.
-Capitã, as navetas da Admirer acabaram de pousar ao lado de nossa nave , elas pousaram a dez metros de distância da nave, ‘a esquerda e ‘a direita.
-Obrigado pela Informação, Anne Paula.
-Capitã, a Imediata Amber, a bordo a naveta 8  da Admirer, solicita a ordem da Capitã Janessey para liberar a saída das tripulantes!
-Você se importa, Val?
-Claro que não, Dina, fique a vontade para dar ordens ao meu pessoal !
-Alessandra, por favor, coloque a Imediata Amber no telão!
-Sim, Capitã Janessey !
-Amber?
-Oi, Capitã!
-Podem descer das navetas!Já estamos a caminho também !
-Muito obrigada, Capitã !
-Bom, então vamos indo !Pia !
-Sim, Capitã?
-Minha querida assistente pessoal;Tome conta da nave enquanto todo o pessoal que está na ponte sai !
-Sim, Capitã !
Pia assumiu o controle da nave, e todas foram para o elevador, e, aos poucos, foram descendo  de quatro em quatro até o deck onde ficava o hangar.
Quando as portas do hangar se abriram, a luz solar invadiu o interior da nave inundando-o de luz.
-Wooooow!Que lindo !
Disseram todas !

(Por Continuar)

domingo, 30 de julho de 2017

Episódio 145-Admirer Voyages !



Depois da verdadeira palestra de Irisa, Amber foi para o encontro com a tripulação na sala de briefing, e ficou organizando com elas toda a operação, em detalhes, como se daria.
A reunião foi transmitida para a tripulação da Exploiter, que recebeu as mesmas instruções.
Não demorou, e a Doutora Nádia começou a chamar uma a uma da tripulação para os exames médicos, sendo que a primeira foi Dina. Amber foi deixada para mais tarde, por que estava ocupada no briefing.
Na Exploiter, a Doutora Kátia fazia a mesma coisa com a tripulação, e na mesma ordem, começando pela própria Capitã Valéria.
Três horas depois, já com o briefing terminado ,e com todas as tripulantes da Ponte já tendo passado pelos exames médicos e voltado, tudo estava ppronto para começarem a viagem.
-Stephanie, mande uma mensagem para a Capitã Valéria, e avise que estamos partindo agora !
-Sim, Capitã !
-Muito bem, já que já estamos com curso e velocidade pré -implementados, Dóris, faça as honras !Engatar !
-Sim, Capitã, lá vai !
E a Admirer disparou em velocidade ZARP 104.000 !
Quase ao mesmo tempo, na Exploiter:
-Priscilla, Engatar !
-Sim, Capitã, é para já !
E a Exploiter também disparou e logo alcançou a Admirer, e as duas voavam velocíssimas uma ao lado da outra, em perfeita sincronização.
Enquanto viajavam, as preparações continuavam e a viagem seguiu tranquila.
Os dias se passaram e finalmente o grande dia chegou !
-Nosso Planeta alvo já está bem próximo, Capitã, vamos entrar no sistema solar dele daqui a cinco minutos!
-Muito bom, Wendy ! Coloque o planeta no telão !
Ela colocou, e todas ficaram deslumbradas com a beleza do planeta !
-Já chegamos, Capitã, estabelecer órbita padrão?
-Sim, Monique ! Stephanie, chame a Capitã Valéria !
A Admirer entrou na órbita do planeta, a cem quilômetros da atmosfera do astro.A Exploiter fez a mesma coisa, mas distanciada dez quilômetros abaixo da outra nave em relação ao equador.
-Oi, Dina, pode falar , bom dia !
-Que bela vista, não/Lembra demais a Terra, não acha?
-Sem dúvidas, estou extasiada !
-Maravilha, eu também!Bom, então, como você sabe, sua nave tem capacidade de pousar em planetas, a minha não. Normalmente, a gente desceria todo mundo por teletransporte, mas isto é meio sem graça, então, vamos levar quase toda a tripulação nossa por teletransporte, da minha nave para a sua, e vamos deixar nas naves só o pessoal mínimo básico.Depois que todas estivermos aí, para ficar mais emocionante, você pousa a sua nave no planeta, enquanto a minha continua na órbita.Aí descarregaremos todos os veículos e as navetas para a exploração presencial do planeta, ao velho estilo de antigamente, com sensores de mão !Claro que, como a nave é sua, você é quem comandará a nave no pouso.
-Tudo bem, Dina, combinado !Mas olhe, não temos todas as navetas e equipamentos necessários para uma operação deste tipo...
-Fique tranquila, a Amber vai cuidar disto e liderar diversas navetas carregadas com equipamentos e veículos terrestres, que descerão direto no planeta, e pousarão ao lado de sua nave !
-Ah, que bom ! Puxa, vai ser uma operação complexa!
-Uma grande aventura ,Val !
-É isto aí ! Ah, e não se esqueça de levar armas pesadas, nunca se sabe o que encontraremos !
-Está certo, levaremos sim: fuzil lazer pesados, lançadores de granadas fotônicas, lançadores de mini-torpedos de ombro, e geradores de escudos defletores pessoais e portáteis !
-Excelente,Dina !Vou preparar minha sala de teletransporte. Vai mandando seu pessoal de dez em dez! Recomendo que deixes o pessoal da ponte por último !
-Pode deixar, aqui a Irisa vai tomar conta de tudo na nossa ausência.Até já !
Então começaram as sessões de tele transporte. Das cento e vinte tripulantes, vinte ficariam na nave, outras trinta iriam nas navetas, e setenta seriam teletransportadas, então foram necessárias sete rodadas.
Amber organizou a fila e a ordem das tripulantes que subiriam na máquina.
Por fim, já com as setenta a bordo da Exploiter, e tendo já Irisa assumido o controle total da Admirer, estava tudo pronto para começar a operação de pouso.
Dina foi na última turma a se teletransportar e foi recebida por Cecília, a Imediata da Exploiter, que a conduziu, junto com a escolta formada pela Oficial de Segurança Christina e duas guardas, para a Ponte da nave.
Ao chegar lá, Cecília bradou:
-Capitã Dina Janessey a bordo!Presente !
Valéria se levantou de sua poltrona e veio receber a outra capitã, e a abraçou ternamente.
-Seja bem vinda, Dina !Alessandra, notifique a Admirer para que já preparem as navetas para a partida, que já vamos descer !
-Sim, Capitã !
- Em qual local do Planeta vamos pousar, Capitã?

(Por Continuar)