quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Episódio 12- Anjo de Aço !



No dia seguinte, Dácia ficou olhando o cartão que o empresário de lutas deixara com ela, enquanto ela tomava o café da manhã junto como Doutor.
Ao terminar, descuidadamente deixou o cartão em cima da mesa e foi ver televisão.
Doutor, curioso, viu o cartão e o olhou atentamente.
-Dácia...
Ele disse para ela indo para a sala, com o cartão bem visível na mão.
-É eu vou lá sim, Velho ! Eu estou assistindo as lutas e quero lutar também !
-Mas, Dácia...é perigoso !
-Não importa !Para você é perigoso, para mim, é meu sonho, eu quero ficar famosa !E acho bom você não tentar me impedir !
-Não o conseguiria nem que quisesse, apenas me preocupo com você.
-Ah, já sei, já sei, por que você gosta de mim como se eu fosse sua filha...olha só, tenho notícias para você: eu não sou sua filha, e vc gosta de mim como se eu fosse sua filha por que quer !E quer saber? Eu vou é me arrumar para ir lá agora !
Doutor ficou com o coração na mão !Preocupado, ele, que já estava de saída para A Indústria, resolveu faltar ao trabalho para ir seguir  Dácia secretamente.
Ela, por sua vez, com calça jeans, camiseta e coletinho jeans, foi para a rua.
Guardando boa distância, mas sem perdê -la de vista, ele a foi seguindo, até chegarem na Arena, onde se faziam as lutas televisionadas.
Lá ela procurou e encontrou Max. Ela viu diversos robôs enormes e fortíssimos, de aspectos ameaçadores treinando ali, e ela chamou a atração de todos, por ser, digamos, “carne nova”.
Neste meio tempo, Doutor  procurava por ela, quando deu de cara com uma verdadeira muralha de duas pernas feita de metal.
-O que quer aqui?
-Sou pesquisador da Indústria e vim impedir que minha filha cyborg lute aqui!
-Aqui é local restrito, proibido para estranhos!
-Você é um modelo F7N78, da série  Harpoon, não é? Eu projetei você e sei seus pontos fracos e como desliga-lo! Leve-me ao tal do Max !
O robô , com seus olhos brilhantes e gelados, não proferiu palavra. Agarrou-o pelo colarinho do jaleco, levantando-o do solo e foi até uma sala, onde Max e Dácia conversavam.
-O Elemento está desafiando a segurança !
Disse ele a Max, ainda com o Doutor com os pés flutuando meio metro acima do chão. E Dácia o viu.
-Dê uma surra nele e jogue-o para fora !
Disse Max, para espanto da menina, que, a princípio, não julgou que o robô iria obedecer. Mas sim, ele obedeceu, e começou a dar socos violentos no ventre do Doutor e o jogou ao chão.O robô tinha uma das mãos substituída por serras circulares afiadas e investiu contra o Doutor, prrestes a mata-lo.
-PAAAAAAIIII, nãoooo !
Gritou Dácia, se levantando da cadeira, e investindo no robô, saltando alto e chutando as costas dele para um lado com força, levando o robô ao desequilíbrio e errar seu alvo.
Os olhos do robô brilharam vermelhos! E ele era pelo menos três vezes maior que ela, um monstro !
Ele se levantou, virou-se para ela e atacou, com as serras no lugar do punho.
Ela tinha de pensar rápido !
Ela viu então, na parede, uma série de armas para robôs, e achou uma espécie de espada, com lâmina  larga e denteada, e que tinha uma manopla no punho, tipo cassetete da polícia.A arma era grande e muito afiada, e ela a pegou, e com ela investiu contra o monstro metálico. Seguiu-se o furioso duelo, em que ela dançava em volta dele, com extrema agilidade e  movimentos muito mais rápidos do que o robô, que era pura força bruta, era capaz.
Mas ele era resistente e mesmo atingido várias vezes, continuou sendo um adversário perigoso, até que ele conseguiu encurralá-la em um canto. Seu punho tinha a cabeça dela como alvo e agora , qual animal acuado, Dácia temia a morte !
-Filha, tem um ponto fraco no alto da cabeça dele !
Doutor gritou.
Dácia pensou rápido novamente, e, sem poder ir para a frente, para trás ou para os lados, viu que a única solução era saltar diretamente para cima e assim o fez, usando suas pernas como se fossem molas impulsoras.
Ela saltou e ele a atacou, e ela usou o braço dele como trampolim para novo salto, e descarregou sua arma diretamente no alto da cabeça dele. Para sua surpresa, a lâmina encontrou o ponto fraco e desceu até dividir o robô ao meio, e as duas metades caíram cada uma para um lado, em meio a uma explosão de óleo. O robô fora destruído, e Max, que ficara só assistindo, bateu palmas !

(Por Continuar)

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Episódio 313- Admirer Voyages !



-O quê, heim, meninas, exibindo os corpões assim...cuidado com o assédio, heim?
-Oras, Amber, somos militares, ninguém brinca com a gente não...
-Eu sei, Frida, só estava brincando ! Bom, aproveitem, vou ver a Dina !
-HUuuum, a tarde vai ser queeeente hoje !Ahahahahah!
-Meta-se com sua vida, Monique!Tchau !Fui !
Elas se separaram.
-Eu, heim, amiga? A Imediata não soube nem levar na brincadeira...
-Deixa ela, Frida, ela está doidinha para se divertir...e nós também !
As duas chegaram na piscina do hotel e se deitaram em espreguiçadeiras.
Não demorou, garçons já as serviam com drinques, refrigerantes , sorvetes e petiscos.
Neste meio tempo, outras tripulantes chegavam no hotel e se  hospedavam.
Não demorou, e a Capitã Valéria, a Imediata Cecília, a Operadora de Sensores Anne Paula  ,a Piloto Priscilla e a navegadora Thais, da Exploiter encontraram Frida e Monique na área da piscina.
-Olá, meninas, que bom revê-las !
-Olá, Capitã Valéria, obrigada, venham, juntem-se a nós !
-Agradecida, Monique ! Mas estamos de férias, não precisa me chamar de capitã não...por falar nisto, cadê a Dina?
-Ah, ela está...ahaaam...com a Amber ...na cama, se é que me entendem !
Disse Frida, meio envergonhada.
-Opa! Como nós agora mesmo, não Ceci?
-Não seja indiscreta, Val...ahaaaaam !
Foi quando alguém passou por elas, e elas reconheceram-no imediatamente:
-É o Capitão Clark, aquele chato de galochas...aposto que vai dar em cima da gente...disfarcem, meninas, ele está vindo em nossa direção !
De fato, era mesmo o famoso capitão da Enterfrise, acompanhado de seu Oficial Médico Chefe Jones e de seu Imediato Leonid Sparkov.
-Ora, ora, vejam quem eu encontrei, a encantadora Capitã Soleil !
-É, Capitão, sua barriga me encontrou rápido. Agora que está sem seu uniforme é que pude reparar na sua obesidade...
-Não seja maldosa, você está exagerando...
Não, Capitão, eu estou sendo sincera...e vou ser franca com você...você não me interessa então me erra, me esquece e deixe as meninas em paz, vá assediar as nativas,, quem sabe você tenha mais sorte!
-Tenho sorte em estarmos do mesmo lado...
-O lado pode ser o mesmo, mas bem distantes !
Disse Valéria.
-Nesta ela te pegou, Capitão...
-Ora, cale a boca, Jones !
-Devo lembrar que assediar sexualmente outros oficiais é crime , Capitão. Sugiro que nos retiremos...
-Ora, Sparkov, não foi um assédio, foi só uma cortesia, questão de educação...
-Foi assédio sim, Capitão, e o senhor não é bem vindo aqui !
Disse Thaís.
Eu não falo com subalternas ! Vamos embora !
Disse o Capitão, irritado.
Foi ele sumir da vista dela com seus tripulantes, e as garotas caíram na risada!
-Huhu, acabamos com eles !
Disse Monique, vibrando.
-Vocês viram o Sparkov, como é empolado, todo cerimonioso, todo cheio de protocolos?
-Antes assim do que ser um tarado convencido como o Clark, Priscilla !Mas o Jones é muito simpático e tem um sorriso cativante, e o olhar dele não parecia ser de tara!
-É, Frida, o Jones não é lá muito bonito, mas irradia grande simpatia!Pena ele ficar grudado em alguém tão antipático!
-Se ele desgrudar e eu o encontrar sozinho, vou querer conhece-lo melhor...
-Iiiih, olha só, a Frida  já está toda encantadinha com o Jones !Cuidado, heim, médicos costumam ter muito charme, mas são colecionadores de mulheres e são mestres em usá-las !
-Eu não nasci ontem, Valéria...
-Cuidado que deste jeito ele ainda vai examiná-la...daquele jeito...no leito...
-Você está exagerando, Anne...não é minha intenção...e não sou nenhuma criança, sei me defender, não sou Oficial Artilheira , nem perita em armas ‘a toa !
-Estamos brincando com você, sua boba !
Disse Cecília, soltando uma risadinha ao ver Frida vermelhinha de vergonha.

(Por Continuar)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Episódio 51-Sensibilidade de Viver:Gestação


Takeo ainda permanecia deitado na cama quando Lune saiu do banho.
Ele jazia com o braço na frente dos olhos, estava envergonhado, e a vermelhidão em seu semblante mostrava isto.
-Não vai se arrumar para trabalhar não?Até quando você vai ficar feito bebê chorão, se condenando por não ter sabido a hora de parar e me desrespeitar?
Takeo ficou em silêncio. Lágrimas encharcavam seu braço.A aparente frieza de Lue magoava seu coração já assaltado pela dor da culpa e do arrependimento.
-Bom, se prefere ficar aí, problema seu, eu tenho de trabalhar!Aproveite e aprenda a lição, afinal...eu me senti estuprada por você !
Pronto !Agora que Takeo se sentia um criminoso mesmo !
-Desculpe, desculpe, desculpe, me perdoa...
-Ih...até quando vou ter de ficar aguentando ouvir suas desculpas?Você se desculpa demais ! Já me troquei!Cresce ! Fui !
O olhar de Lune continuava gélido para ele, e o tom de voz foi de desprezo, hostil, agressivo, afiado como faca.
Aquilo poderia parecer cruel, mas tivera sua razão de ser. Lune sentia que ele precisava crescer e amadurecer emocionalmente para não repetir o mesmo erro. Ela não queria sentir ele na cama como se estivesse fazendo amor com um desconhecido,  contra a vontade.
Claro, aquela sensação a queimava por dentro e trazia-lhe o fantasma de seu estupro, anos atrás, no seu tempo de faculdade.Lembrava a ela toda aquela dor, aquele sofrimento todo lhe voltava ‘a memória, e ela se sentia suja outra vez.
Mas ela amava Takeo, e ele não era um desconhecido. Ele de fato forçara a barra e não percebeu que ela fechara as pernas e resistiu quando ele quis iniciar a segunda copulação.E que ele abriu-as mesmo assim.Será, pensava ela, que eu terei de gritar Não, a cada vez que eu não quiser?Ele não percebe por si próprio? Será que ele vai ficar sempre se deixando levar por sua tara?
O ardor na vagina machucada refletia a dor na alma que sentia-mas esta era muito maior do que a física.
Ela se perguntava se iria ficar sendo sempre obrigada a satisfazer o desejo dele mesmo contra a vontade e ter de, como a sociedade exigia, achar isto natural.
Não, não era natural, ela bem o sabia!
A partir daquele dia, seu desejo sexual por ele diminuiu drasticamente, e ele passava a ser menos atrativo na cama para ela.
Ela se decidira que o amava mesmo assim, mas preferia que ele ficasse como o companheiro dela, para lhe dar carinho e amor,mas, ao menos por enquanto, não sexo.
Além do mais, ela pensou com seus botões, logo o ventre dela cresceria e dificultaria as futuras relações sexuais, e ela precisava discipliná-lo a respeitá-la, por que , ele mesmo não se tocava, não se dava conta de que, o que parecia natural para ele, trazia um enorme sofrimento para ela.Por isto, não podia ceder, se condoer dele , nem consolá-lo: ele teria de amadurecer earender a respeitar, prestar atenção nos detalhes- descobrir por si mesmo, pelos singelos, discretos sinais que emitia, de que ela não estava a fim, e não avançar o sinal vermelho.Ou o relacionamento não duraria !
Todos estes sentimentos e pensamentos povoavam a cabeça e o coração dela, enquanto ela tomava seu café da manhã.
E, apesar da mágoa que sentia, preparou o café da manhã dele e colocou na mesa na ordem em que ele gostava:tudo enfileirado.
Foi triste tomar café da manhã sozinha, e ainda com tudo aquilo se passando em sua psiquê. Havia um pouco de rejeição e depressão, mas ao mesmo tempo, um quê de solidão. Sim, ela, apesar de tudo, sentia a falta dele, e as conversas alegres e animadas no desjejum!
Ela estava tão acostumada, que achava até engraçado aquele homem barbado ainda lambuzar a boca enquanto comia, deixar cair leite , geléia, etc na toalha da mesa, limpar a boca e o nariz na toalha escondido, achando que ela não estivesse olhando-mas ela nem precisava ver, ela escutava e sabia do que se tratava e sempre o pegava no flagrante, o deixando desconcertado, sem entender como ela tinha percebido !
Ela pegou as chaves de seu  carro e foi trabalhar. As doces lembranças das trapalhadas ingênuas dele aliviavam seu coração pesaroso, procurando se anestesiar da dor para poder trabalhar.
No fim,ela pensava consigo enquanto ia para a estação de trem, valia a pena continuar casada com ele, e ter a ele a seu lado, ele era um grande companheiro, afinal, e a conclusão a que ela chegava, é que um relacionamento prolongado como um casamento fazia, no final das contas, com que ambos crescessem como Seres Humanos e amadurecessem  e pudessem assim exercer plenamente sua...sensibilidade de viver !

(Por Continuar)