Dácia
almoçava quieta e tranquilamente em seu canto, sossegada e feliz da vida,
quando um jovem gigante, com aparência de punk, muito musculoso e de cabelo
moicano, com muitos piercings pelo rosto
e corpo, trajando calça jeans apertada e colete de couro sem mangas, além de
coturnos, apareceu na sua frente. Ele tinha um cavanhaque nada discreto e preto
no queixo.
-Ei,
gatinha gostosa, que tal abrir suas pernas para mim lá no fundo,heim, ô,
tentação?
-Como
é que é, ô, vira latas?Eu não falo com cães !
-Acontece
que o cachorrão aqui tem um cassetete enorme para enfiar dentro de você até o
talo, sua prostitutazinha vagabunda !Aposto que você transa até de graça !
Dacia
se levantou da mesa, e pegou o cara pela corrente de ouro que ele tinha no
pescoço, e disse, com olhar colérico:
-Suma
da minha frente, seu nojento, sarnento, estúpido, senão não respondo por mim !
-Quero
ver se você aguenta minha pegada, doçura !
E
o punk afundou suas mãos nas nádegas dela.
Furiosa,
Dácia se desvencilhou dele com um
empurrão violento, e lhe desferiu um soco na cara que lhe quebrou o nariz, a
mandíbula e todos os dentes da frente !
Ele
caiu em cima de uma mesa, derrubando-a.
-Toma,
desgraçado, toma !
Ela
se aproveitou de sua enorme força de seu corpo robótico, e massacrou o rapaz, que teve oito costelas ,
os dois braços, as duas pernas e a coluna quebrados, e foi literalmente moído
de pancadas, e teria morrido se um bando de gente não o cercasse e impedisse
ela de bater mais. Ele estava inconsciente, e as mãos delas, tintas de sangue
dele!
Só
então caiu em si que se metera em encrencas e resolveu sair dali o quanto
antes, e foi jogando longe todos os que barravam seu caminho, como se fossem
bonecos.
Ela
tratou de fugir correndo, com uma multidão atrás dela, mas, atleticamente,
subiu em um muro, ganhou os telhados e por eles fugiu e os despistou.
Quando
ela parou de correr e de saltar de telhado em telhado, ao ver que ninguém mais
a perseguia, ela saltou para o chão.
Foi
quando um carro parou, no meio da rua, bem na frente dela.
-Muito
bem, mocinha, você é uma cyborg , não é?Vi que é muito forte !
-Sim,
eu sou, quem é você?
-Meu
nome é Maxwell Goodfight, pode me chamar de Max, eu sou empresário esportivo do
ramo de lutas de robôs !Eu estava na lanchonete durante a briga e a segui com
meu carro, e percebi que você é muito forte, principalmente para seu tamanho
!Não quer lutar para mim?
-Não
o conheço, não confio em você !
-Tudo
bem, eu entendo! Ok, vou te deixar meu cartão, se você se interessar, entre em
contato comigo !Tchau !
E
o homem entrou em seu carro, um Stanley Wellborn, e foi embora.
Assim
que ele se foi, Dácia olhou para a frente e viu que, poucos quarteirões ladeira
abaixo, naquela rua onde estava, se podia ver, imponente, um shopping center.
Ela
não se fez de rogada e foi para lá imediatamente e lá passou toda a tarde.
Quando
chegou em casa, já estava escuro, e o Doutor já estava preocupado.
-Está
com fome, quer que eu faça um jantar para você?
-Não
precisa, velho, eu já jantei no shopping !
-Ei,
espere aí, o que são estas manchas de sangue nas suas mãos?
Dácia
contou sobre a surra que deu no homem que tentou cantá-la.
-Filha
!
-Eu
não sou sua filha...
-Dácia,
o que você fez é loucura, poderia ter sido presa...
-Não
haveria prisão que me segurasse...
-Mas
você precisa obedecer a lei...
-Para
deixar um tarado me estuprar ?Quem transgrediu a lei?
-É...é...
-Machista
!
O
Doutor ficou sem ação, surpreso!
-Eu
vou dormir, tchau...
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário