domingo, 23 de setembro de 2018

Episódio 11 - Anjo de Aço!



Dácia almoçava quieta e tranquilamente em seu canto, sossegada e feliz da vida, quando um jovem gigante, com aparência de punk, muito musculoso e de cabelo moicano, com muitos  piercings pelo rosto e corpo, trajando calça jeans apertada e colete de couro sem mangas, além de coturnos, apareceu na sua frente. Ele tinha um cavanhaque nada discreto e preto no queixo.
-Ei, gatinha gostosa, que tal abrir suas pernas para mim lá no fundo,heim, ô, tentação?
-Como é que é, ô, vira latas?Eu não falo com cães !
-Acontece que o cachorrão aqui tem um cassetete enorme para enfiar dentro de você até o talo, sua prostitutazinha vagabunda !Aposto que você transa até de graça !
Dacia se levantou da mesa, e pegou o cara pela corrente de ouro que ele tinha no pescoço, e disse, com olhar colérico:
-Suma da minha frente, seu nojento, sarnento, estúpido, senão não respondo por mim !
-Quero ver se você aguenta minha pegada, doçura !
E o punk afundou suas mãos nas nádegas dela.
Furiosa, Dácia  se desvencilhou dele com um empurrão violento, e lhe desferiu um soco na cara que lhe quebrou o nariz, a mandíbula e todos os dentes da frente !
Ele caiu em cima de uma mesa, derrubando-a.
-Toma, desgraçado, toma !
Ela se aproveitou de sua enorme força de seu corpo robótico, e  massacrou o rapaz, que teve oito costelas , os dois braços, as duas pernas e a coluna quebrados, e foi literalmente moído de pancadas, e teria morrido se um bando de gente não o cercasse e impedisse ela de bater mais. Ele estava inconsciente, e as mãos delas, tintas de sangue dele!
Só então caiu em si que se metera em encrencas e resolveu sair dali o quanto antes, e foi jogando longe todos os que barravam seu caminho, como se fossem bonecos.
Ela tratou de fugir correndo, com uma multidão atrás dela, mas, atleticamente, subiu em um muro, ganhou os telhados e por eles fugiu e os despistou.
Quando ela parou de correr e de saltar de telhado em telhado, ao ver que ninguém mais a perseguia, ela saltou para o chão.
Foi quando um carro parou, no meio da rua, bem na frente dela.
-Muito bem, mocinha, você é uma cyborg , não é?Vi que é muito forte !
-Sim, eu sou, quem é você?
-Meu nome é Maxwell Goodfight, pode me chamar de Max, eu sou empresário esportivo do ramo de lutas de robôs !Eu estava na lanchonete durante a briga e a segui com meu carro, e percebi que você é muito forte, principalmente para seu tamanho !Não quer lutar para mim?
-Não o conheço, não confio em você !
-Tudo bem, eu entendo! Ok, vou te deixar meu cartão, se você se interessar, entre em contato comigo !Tchau !
E o homem entrou em seu carro, um Stanley Wellborn, e foi embora.
Assim que ele se foi, Dácia olhou para a frente e viu que, poucos quarteirões ladeira abaixo, naquela rua onde estava, se podia ver, imponente, um shopping center.
Ela não se fez de rogada e foi para lá imediatamente e lá passou toda a  tarde.
Quando chegou em casa, já estava escuro, e o Doutor já estava preocupado.
-Está com fome, quer que eu faça um jantar para você?
-Não precisa, velho, eu já jantei no shopping !
-Ei, espere aí, o que são estas manchas de sangue nas suas mãos?
Dácia contou sobre a surra que deu no homem que tentou cantá-la.
-Filha !
-Eu não sou sua filha...
-Dácia, o que você fez é loucura, poderia ter sido presa...
-Não haveria prisão que me segurasse...
-Mas você precisa obedecer a lei...
-Para deixar um tarado me estuprar ?Quem transgrediu a lei?
-É...é...
-Machista !
O Doutor ficou sem ação, surpreso!
-Eu vou dormir, tchau...


(Por Continuar)

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