quinta-feira, 30 de julho de 2015

Episódio 41- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Foi então que Lune ligou no celular de Soichiro, mas , para sua surpresa, ninguém atendeu. Ligou então no telefone fixo dele, mas novamente, sem resposta.
Ficou por uma hora direto se revezando nos dois telefones e nada. Procurou a ele nos chats das redes sociais e nos programas de mensagens instantâneas e nada.
Ruri acompanhava tudo atentamente e já começava a se preocupar e a se sentir culpada.Ele tinha desaparecido completamente, como se ele não existisse mais.
-Ruri-nee-san, por acaso você tem a cópia da chave do apartamento dele?
-Tenho sim, onee-san !
-Então me empresta, vou lá na casa dele !
-Eu vou com você, onee-san, por favor, me deixa ir junto com você !
-Está bem, vamos lá então, tome um banho e se arrume, farei a mesma coisa!
-Onee-san...eu...eu queria te pedir para fazer uma coisa que a gente não faz desde criancinhas...
-O quê?
-Tomarmos banho juntas !
-Tudo bem, onne-san, então pegue suas roupas e venha ao meu banheiro.
Logo as duas tomavam banho juntas, se trocavam e se arrumavam-no quarto de Lune, e desciam as escadas em direção ‘a garagem.
Mas deram de cara com Momiji, que já tinha chegado:
-Onde vocês duas vão, com tanta pressa?
-Na casa do Soichiro-san, ele não atende o telefone e desapareceu !
-Desapareceu? Como assim, filha?
Lune respondeu ‘a interpelação da mãe:
-Ele e a onee-san brigaram feio e vou ajuda-los, depois te explico melhor !Tchau !
E foram para a garagem e saíram na maior pressa.
Enfim chegaram no apartamento dele e entraram lá.
O apartamento estava estranhamente vazio. Elas viram dezenas e dezenas de fotos de Ruri espalhados por todos os cômodos, e, ao lado do computador, fotos com cenas de Ruri nua e das relações sexuais deles, o que deixou Ruri corada de vergonha da cabeça aos pés!
Até Lune ficou vermelha ao ver as fotos, pois lembrou-se de suas antigas relações sexuais com ele quando ele a namorou, antes de namorar Ruri.
-Onee-san !
-Diga, Ruri-nee-san !
-Será que ele vai postar estas fotos nas redes sociais, para se vingar de mim?Ele deve ter ficado morrendo de raiva de mim...eu não devia ter deixado ele tirar estas fotos...
-Não, não acredito, ele é um garoto honesto...meio taradinho, na verdade mais do que eu pensava, mas honesto. Mas por que você permitiu que ele tirasse fotos tão eróticas de você, algumas em pose e closes verdadeiramente ginecológicas?
-Uh, que vergonha, que vergonha...ele me pedia, onee-san, e eu, bobinha, apaixonada, deixava...
-Bom, isto não é importante agora, vamos vasculhar a casa e ver se a gente acha algum bilhete, alguma anotação, alguma pista.
-Eu olho no computador dele e você revira o apartamento, Lune-nee-san !
-Combinado !
As duas começaram a revirar tudo minuciosamente, até que Lune deixou cair um porta retratos no chão e soltou um grito !
-Aaaaaaaaaaah !
Rri se levantou da cadeira do computador e foi correndo ver a irmã:
-O...olha..isto !
Lune , com as mãos trêmulas, segurava um pedaço de papel que estava atrás da foto, dentro do porta retratos.
Ruri pegou o papel e leu em voz alta:
-Ruri, meu amor, se um dia você me deixar, se um dia você não me amar mais, minha vida perderá o sentido de viver e minha vontade de viver se acabará. Se um dia isto acontecer, irei ao prédio mais alto da cidade e me jogarei de lá, pois não valerá mais a pena viver...
Ruri, pasma,simplesmente desmaiou e foi ao chão,de olhos rasos!
-Onee-san !
Gritou Lune, desesperada, e amparou a irmã. Ela então pegou um copo de água e o jogou no rosto da irmã, que acordou.
Ambas choraram uma no ombro da outra, consternadas.
-Agora que precisamos encontra-lo, ele vai se suicidar !Temos de achar o prédio mais alto da cidade !
- É a Torre Abeno Harukas, no centro financeiro , Lune-nee-san !
-Vamos já para lá ! Você sabe o endereço direitinho, onee-san ?
-Sei sim,vamos lá !
As duas saíram do apartamento, pegaram o carro e foram para a enorme torre de sessenta e cinco andares. No caminho, ligaram para Takeo, que se dirigiu para lá também.
Após muita dificuldade de achar uma vaga de estacionamento, logo subiam de elevador até o telhado. Lá encontraram Soichiro, já tentando escalar a grade do telhado para saltar para a morte.
Ruri ficou histérica:
- Soichiro-kun, páaraaaaaaa!
Ele olhou para trás e viu as irmãs Tamassuki correndo em direção da grade que ele tentava escalar.
-Eu...eu sou um fraco, não te mereço...eu perdi seu amor...te perdi...para mim, sem você não me resta mais nada...você sempre foi a razão do meu viver...mas o que fiz foi imperdoável, então, tenho de me punir por esta desonra...eu te humilhei, eu te fiz mal, te machuque, sou um verme rastejante desprezível, que não merece viver !
Soichiro tinha seus olhos marejados de lágrimas!

(Por continuar)

Episódio 93- Depois daquela fria manhã de Outono



Tetsuo não conseguiu deixar de se comover, e abraçou Kaede-san com ternura, que o abraçou de volta e afagou seus cabelos.
Enquanto isto, em Yokohama, após o telefonema de Maki, Hideo e Emi resolveram se sentar para discutir sua relação:
-Onii-san, você não me ama mais? Vai me abandonar para voltar para a Maki-san?
Hideo estava angustiado, sem saber o que responder, morrendo de medo de magoar a irmã. Seu prolongado silêncio, no entanto, era já para Emi uma resposta, e ela se levantou e disse:
-Mas que droga ! Que droga ! A Maki-san sempre vence ! No fim ela sempre vence !Ela é a queridinha de todos e no fim domina os outros e os dobra ‘as vontades dela mesmo ‘a distância !Droga ! O que ela tem, afinal? Por que ela não me deixa em paz? Estava tão bom aqui , com você e eu de amantes, vivendo como mulher e marido e ela vem se meter no meio !Mas não, ela de fazer as filhas dela com você !Quer saber? Nem precisa responder !Está na cara que você ainda ama  ‘a ela e quer voltar para ela. Então, vai, me deixa aqui sozinha, vai ter sua família feliz com aquela criançona mimada e dominadora, você parece que nasceu para capacho das mulheres mesmo, irmão imprestável ! Só de pensar em quantas vezes abri minhas pernas para você e você se aproveitou, no fim, só queria saciar sua tara , seus fetiches e se aproveitar de mim, é só para sexo que sirvo para você mesmo ! Você nunca me procurou para outra coisa mesmo, sou apenas um mero buraco para você ficar entrando e saindo de dentro e me inundando por dentro com seus prazeres mesmo ! Um buraco de carne para você colocar seu membro e me coitar o tempo todo, o resto de mim não existe , não importa !Aí quando você enjoa do buraco da Maki ou das outras você vem procurar o meu, por que você não consegue ficar sem se enfiar, é a única coisa que te importa, o propósito de sua vida, você inteiro é um pequeno pênis ambulante que pensa que pensa, que pensa que sente, mas na verdade, é só instinto e não está nem aí com nada !Ai...como dói...dói no coração, dói na alma, dói pensar quanto amor e carinho eu te dei, o quanto gastei com você, o quanto fiz por você, te protegi, até me prostitui para que você pudesse ter o que comer !E você, como me retribui? Fazendo sexo sem parar comigo, sem me dar amor, nem carinho e depois que não sirvo mais ou a outra te chama, você volta para ela feito um cachorrinho e me abandona aqui, sozinha, sem ninguém, te amando sozinha como uma besta quadrada que sou...burra, burra, como eu poderia ter achado que desta vez você iria me amar, ser meu marido, ter seus filhos comigo? Tudo ilusão, infantilidade, ingenuidade a minha, eu sou realmente besta mesmo ! Eu tenho vontade sumir, morrer, continuar vivendo para quê? Para ser um mero buraco entre as pernas para todo mundo enfiar, um par de seios para todo mundo apertar, um par de nádegas para todo mundo encoxar? Não, ser mulher não pode ser só isto, droga, não é possível ! Deve ser mais que isto, bem mais que isto, tem de ser bem mais que isto ! Não posso estar reduzida só a isto, pombas !
O já tímido Hideo, de cabeça baixa, escutou tudo chorando, especialmente ao ver  a irmã chorando também. Ele queria dizer alguma coisa, dar carinho para ela, abraça-la, mas não conseguia. Se sentia culpado e se auto reprimia violentamente, censurando-se internamente de maneira atroz, em uma angústia e sofrimento incessantes, um tormento, a tortura mental de se sentir infrizado em relação a ela, a sensação sufocante de se sentir de mãos atadas, impotência, de não achar palavras nem coragem de se defender, de estar numa situação indefensável.Simplesmente trvado, não conseguia fazer outra coisa senão deixar as lágrimas rolarem rosto abaixo e com a cabeça enterrando o queixo no peito, de olhos fechados, simplesmente incapaz de tomar uma atitude , de fazer alguma coisa, de responder alguma coisa que fosse. Só o seu cruel sil~encio, que a enfurecia mais ainda.
Revoltada, Emi começou a estapeá-lo e o empurrar, e começou a chutá-lo sem parar , numa fúria histérica, totalmente fora de si.
O nariz e a boca dele sangravam e ele não esboçava reação, mais parecia uma estátua.
Ela bateu nele até ficar exausta, gritando e xingando a ele até ficar rouca, depois fez as malas dele de qualquer jeito, as jogou no corredor e arrastou ele até o corredor, para fora do apartamento e bateu a porta com força desmedida, expulsando-o de casa. Depois trancou-se no seu quarto e ficou chorando desabaladamente.
Após horas que pareceram a ele dias sem fim, ele saiu de seu estado catatônico e ,tal e qual um zumbi morto vivo, saiu do prédio e foi para a estação de trem, onde comprou a passagem e rumou para Kyoto.
Durante a viagem toda ficou calado, encolhido em um canto. Pensamentos não conseguiam vir em sua cabeça, apenas uma neblina espessa e uma sensação horrível, e um arrependimento dominavam sua mente torturada.
Ele não queria ter ido embora e deixado ‘a ela lá, desassistida e desesperada, e o temor de que ela se matasse era enorme. Também ele, após a primeira metade da viagem, começou a ter pensamentos suicidas e se não seria melhor morrer de vez, haja vista que ele parecia, ao ver dele, só fazer as pessoas sofrerem e não ter nada de bom a oferecer para elas. No fim, o que predominava mesmo eram a indecisão, a vacilação, o vazio da falta de coragem e atitude, a depressão, o desãnimo, a letargia da impotência e a vontade de não fazer absolutamente nada.Sua mente estava exausta, exaurida !

(Por continuar)

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Episódio 40- Sensibilidade de Viver: Interlúdio ETP




Súbitamente, Lune e Ruri saíram de seus esconderijos e encararam os dois.
Soichiro ficou branco, pálido, trêmulo, ao ver a cara da namorada para ele, e com o olhar fuzilante e feroz de Lune para ele.
Ayusa, porém, não se abalou.
-Trouxe uma amiguinha, Ruri-san?
O tom de voz de Ayusa era de desprezo e desdém.
-Eu sou a irmã mais velha dela, para seu governo !Lune Tamasuki !
A moça fingiu que nem ouviu.
-E aí, meu amor? Eu estou apaixonada por você, vamos nos amar lá dentro? Aí já sairemos de lá namorando ! Larga esta gordinha baixinha para lá e vem comigo !
Ayusa disse para Soichiro, segurando os seios com as mãos e passando a língua nos lábios sedutoramente e com voz rouca, exibindo um olhar pervertido.
Agora fora a vez de Ruri se irritar e ela se interpôs entre os dois e deu um tapa na cara da rival com tanta força que ela caiu no chão.
-Gorda é a sua avó, desalmada ! Atrevida, vadia ! Piriguete sem vergonha !Tem coragem de tentar seduzir e cantar meu namorado na minha frente, ordinária !
-Ora, sua...sua prostitutazinha, como ousa me bater?
Lune agarrou Ayusa pelo colarinho com tanta fúria, que a levantou do chão !
-Ninguém chama minha irmã de prostituta e sai impune , sua vaca leiteira ! Quem é que chegou aqui mostrando os peitos e a calcinha para ele, e cantando a ele para fazer sexo com ele escondido lá dentro?Heim?Heim?
E Lune deu um soco na cara dela, deixando-a com um olho roxo !

Ruri passou uma rasteira na rival, que veio ao chão.
-Eu vou colocar estes peitos para fora , para o lado de dentro na marra !
Ruri saltou e caiu com os dois pés em cima do busto de Ayusa, que gritou de dor ao ter os seios esmagados.
-Aaaaaaai !
-Vem, Soichiro-kun, vamos para a minha casa!E você, Ayusa-san, que se dizia minha amiga,espero ter aprendido uma lição e que nunca mais volte a tentar ir para cima do meu namorado !
Disse Ruri, espumando de raiva, e ela e Lune pegaram Soichiro pelos braços e foram embora dali.
Ayusa, toda dolorida e humilhada, se levantou chorando. Seu busto doía muito e sangrava, tingindo seu uniforme de vermelho. Tinha dificuldade de respirar e até o coração doía.Na verdade ela tivera sorte de nenhuma costela ter se quebrado,nem o esterno. Mas os seus ossos do tórax doíam fortemente e os músculos da mesma região, idem.
Após ficar sentada um pouco no chão para recuperar o fôlego, ela  murmurou com dificuldade:
-Vingança...vingança ! Estas duas vão me pagar caro pelo que me fizeram!
Enquanto isto, no meio da rua, Ruri passava o maior pito em Soichiro:
-Como você pôde ir se encontrar com uma vadia destas?
-É que eu...eu..eu ia recusá-la, por que eu..eu amo você !
-Ama a mim, Soichiro-kun?Como me ama, se você foi ao encontro dela? Você compareceu ao encontro! Compareceu ! Se você me amasse e não quisesse nada com ela, você teria ignorado e rasgado a...a cartinha e não teria ido !
-Mas eu ia recusá-la !Ela precisava saber que eu era comprometido e...
-A onee-san tem razão, Soichiro-san !Olha para mim nos olhos e me diga se você não estava pensando em ter um caso secreto com a Ayusa, fazer sexo com ela, dar uma rapidinha escondida e depois recusá-la? Ou mantê-la como amante secreta?
-Não, eu juro, Lune-san! Eu jamais iria querer fazer sexo com ela, eu jamais trairia  a Ruri-san !
-Se não me traísse não teria ido ao encontro !
Soichiro caiu de joelhos no chão e abraçou  a cintura de Ruri, com a cabeça levantada, suplicando:
-Eu juro que não tinha intenção de te trair, eu fui lá só para dar uma satisfação e dizer a ela que nãoa queria e que estava comprometido !Por favor, me perdoa, por favor, não quero perder você,por favor, me perdoaaaa...
Soichiro tinha os olhos rasos, mas Ruri estava corada de vergonha dos pés ‘a cabeça, pois uma pequena multidão se formava para olhar a cena pública.
Ela o chutou com uma joelhada e o derrubou no chão.
-Vamos embora, onee-san. Não sei o que estou fazendo junto com um cara fraco destes,que se humilha deste jeito e me humilha fazendo esta cena vergonhosa no meio da rua, na frente de todo mundo. Vamos embora e vamos deixar ele ai no chão, cansei de passar vergonha por hoje !
Disse Ruri, que pegou a irmã pelo braço e ambas deram as costas para Soichiro, que chorava ajoelhado no chão, com as lágrimas inundando seus óculos.
As duas continuaram em seu caminho e o ignoraram totalmente.
Ao chegar em casa, já no seu quarto, Ruri chorou como um bebê nos ombros de Lune, que procurou consolá-la.
Depois que ela se recompôs, ouviu a irmã perguntar:
-Onee-san..e agora? Você vai romper o namoro? Ou vai perdoá-lo?
-EU não sei, onee-san, eu não sei...estou com muito medo de, se eu o deixa-lo, ele ir atrás da Ayusa, me trair com ela e começar a namorá-la...
-Então você continua amando a ele?
-Sim, apesar de ele ser fraco, de não se impor, de não assumir sua responsabilidade, ainda assim eu o amo! Nós já tivemos tantos momentos tão lindos...marcaram a minha vida, eu não poderia esquecer ele assim...e ele está sofrendo, está sofrendo muito, ele me ama, estou certa que ele me ama, ou não teria feito uma cena desesperada daquelas...sabe, onee-san, se esta cena tivesse sido só entre eu e ele, entre quatro paredes, sem ninguém vendo, eu teria perdoado a ele e o aceitado de volta! Mas do jeito que foi, ai...ele me faz passar vergonha, ele se humilhou para mim e me humilhou e me envergonhou em público..eu...eu não sei o que fazer...me ajuda...
-Ruri-nee-chan, minha querida irmãzinha do meu coração, olha,eu sei que tudo isto foi muito dolorido para você, eu mesma fiquei muito envergonhada, mas acho que foi mesmo uma atitude de desespero dele, um ato infantil e impensado, por impulso, mas eu também acredito que ele te ame muito! Então, não vamos deixar a Ayusa vencer! Perdoa a ele, eu acredito que ele agora tenha aprendido a lição e não vá se deixar levar por estes tipos de situações novamente, ele é muito bobo e ingênuo, mas vocês dois se amam, então precisam continuar juntos !
-Obrigada, onee-san !Mas..e agora? Ele está magoado comigo, e eu com ele, e com que cara vou encará-lo agora? Como posso ligar para ele?
-Ruri-nee-chan, ele deve estar pensando exatamente a mesma coisa, aliás deve está pensando que já te perdeu...mas pode deixar comigo!Descansa um pouco, que eu ligo para ele e marco um encontro entre vocês dois, para vocês se acertarem novamente ! Vamos quebrar este gelo !
-Ai, onee-san...eu..eu não sei o que seria de mim sem você ! Você me ajuda tanto !
-Sou sua irmã e sua melhor amiga, Ruri-nee-san, você sempre poderá contar comigo, nunca vou te deixar na mão !

(Por continuar)