Após achar uma vaga no
estacionamento, Lune e Takeo desceram do carro e entraram no shopping.
Ela quis ir direto para as
lojas de celulares.
-Querido, escute aqui: nada
de ficar dando palpites e tentando me influenciar por tal ou tal marca, tal e
tal modelo, tal e tal operadora, certo? Fique quieto e me deixe escolher em
paz. O telefone tem de ser do meu gosto, não do seu, certo?
-Sim, senhorita ! Será feita
a sua vontade !
-Melhor assim !Ah, e nada de
ficar fazendo mão boba no meu traseiro, nem me encoxando cada vez q eu me
abaixar para olhar algum celular, e sem esta de ficar encarando meu traseiro
andando ou ficando atrás de mim, lugar de noivo é ao lado da noiva, não atrás
dela que nem um tarado babão, fui clara?
-Sim, meu bem, fique
tranquila.
-Então vamos!
Entraram em uma loja de
celulares, mas nenhum agradou a ela. Depois de outras quatro lojas, na quinta
Lune enfim achou um que a interessou.
-Moço, você tem deste
aqui na cor amarela?
-Desculpe, senhorita, a cor
mais próxima que tenho dele é na cor dourada, uma edição especial. Este é o
Sharp SH305, com...
-Não precisa ficar falando
mais! Eu quero este que apontei, na cor dourada então, e pode acrescentar
cartão com dezesseis gigas para que ele fique com trinta e duas!
-Sim, senhorita !
-Pronto, Takeo-kun, pode
pagar para mim.Vai lá no caixa, que te espero aqui!
Takeo, algo surpreso, a
obedeceu. Não demorou, e ele voltou com a caixinha, com o aparelho.
Ela o tirou da caixinha, viu
que tinha bateria, viu que Takeo escolhera a mesma operadora que ela já tinha
antes, ela assinou o contrato e então saíram da loja.
-Bom, vamos lá na praça de
alimentação, na lanchonete de hambúrguers que você gosta, para almoçarmos e
irmos embora daqui o quanto antes!
Disse Lune, meio impaciente.
Takeo, que esperava ao menos
um beijo de agradecimento, ficou algo chateado, mas lá se foram eles.
Depois de almoçarem, foram
embora, e só quando entraram no carro, e Lune viu que não tinha ninguém
olhando, ela deu um olhar doce para ele e disse:
-Obrigada ,amor !
Fez uma carícia delicada no
rosto dele, afagou-lhe os cabelos com delicadeza e sentimento e só então
beijou-lhe a boca, de boca aberta, mas não de língua, um beijo algo demorado e
sobretudo carinhoso, em que seus lábios acariciaram e massagearam os lábios
dele carinhosamente.
Ao terminar o beijo, a doçura
no olhar foi substituída pela segurança de sempre e ela disse?
-Vamos embora!
Deu a partida no motor,
colocou o cinto de segurança, manobrou o carro e eles foram para a casa dela.
Lá chegando, ele pegou o
carro dele, ambos se despediram com um selinho e foram embora.
Lune entrou correndo em casa,
apertada para ir ao banheiro. Lá estando, aproveitou para configurar o novo
telefone.
Minutos depois saía de lá e
deu de cara com Sartre deitado preguiçosamente na mesa de jantar da sala.
-Veja se não me tira do sério
outra vez, Sartre-san !Sua implicância comigo custou bem caro ao Takeo-kun,
certo?
-Mieeeeew !
E o gato soltou um bocejo,
com cara de desprezo, para sua dona.
-Você não tem jeito, danado
!Você ama mesmo é minha mãe, infeliz, traidorzinho de uma figa ! Não está nem
aí comigo ! Humpf !
Lune subiu ao quarto dela e
desta vez o gato não a seguiu. Por enquanto!
Ela se sentou em frente ‘a
escrivaninha de seu quarto e ligou seu computador e foi olhar seus e-mails.
Colocou no som uma música de
Dvorak para se descontrair enquanto olhava as novidades, mas logo se ouviu um
miado.
-Ah, não ! Outra vez não !Não
me torra, gato chato !
Ela continuou olhando um
email que sua colega Françoise lhe escrevera sobre as novidades em Sakura City.
Súbitamente, outro miado. E
outro, e outro.
E desta vez não vinham da
porta, e isto a foi irritando.
Ela continuou, entrementes, tentando
se concentrar no email e na música, quando algo fofo e peludo se apoderou do
seu colo,e o miado agora foi bem no seu ouvido.
-Sartre-san! Eu já não te
falei que não queria você aqui comigo?
-Mio !
-Vai embora, que estou
ocupada, anda!
-Miio !
-Vai embora, já falei! Custa
tanto assim você me obedecer, seu teimoso?
-Miiiio !
-Me deixa em paz, caramba ! Ô,
gato chato ! Detesto insistentes !
-Miiiiiio !
-Mas será possível?Eu vou ter
que te pegar, me levantar daqui e te colocar para fora e fechar a janela por
onde você entrou !
-Roooooom...
O gato ronronou, esfregando a
cabeça nos seios de Lune, comprimindo sua cabeça contra eles.
-Além de inconveniente, é
pervertido !
O gato aproveitou-se do
decote e lambeu os seios dela com sua língua áspera.
-Ó!Mas, como é atrevido ! Voc~e
está querendo o quê, seu gato tarado? Fazer sexo comigo?Pode esquecer, eu vou
te pegar é agora!
As mãos de Lune envolveram o
felino, que parecia liso como sabão.
Escapuliu das mãos dela e foi
se deitar em cima do teclado, bloqueando a visão para a tela.
-Miiiiiiiiiiiiiiio !
-Ora, seu....
Quando Sartre se deitou no
teclado, acidentalmente abriu o navegador de internet e, curiosamente foi parar
num site de pet shop, onde tinha um anúncio de...ração de gato !
O gato então miou de novo e
começou a lamber a tela ,com a língua em cima do pacote de ração.
=Ah, eu já entendi...você está
com fome ! Vamos lá então, vou te dar ração !
Lune se levantou e colocou o
gato no ombro, saiu do quarto e desceu as escadas e foi para a cozinha.
Ao chegar lá, deu de cara com
sua irmã.
-Já de volta tão cedo? O que
aconteceu, onee-san?
-Eu aproveitei o intervalo
para olhar o armário do Soichiro, e quando abri, encontrei uma cartinha de amor,Lune-nee-chan...
E Ruri abraçou a irmã, de
olhos rasos.
-Ah, já entendi...ciúmes...você
ficou tão abalada que não conseguiu mais ficar na aula,não é?
-Sim...eu...eu abri a
cartinha, era uma colega que eu jurava que era minha melhor amiga, Ayusa-san...e
ela o convidava para se encontrar com ela na porta do quarto de despejos do ginásio
de esportes, para ela se confessar a ele e o pedir em namoro...no final da última
aula !Eu...eu não aguentei ficar...mas não tive coragem de rasgar a carta e
jogar fora para ele não perceber, onee-chan, eu fiquei tão abalada...e agora
estou tão insegura...tenho medo de ele ir se encontrar com ela e ela o
conquistar!E ela é linda, muito linda e eu...eu...
Ruri começou a soluçar e seu
choro se tornou convulso.
Lune a abraçou e acariciou suas
costas e cabelos com carinho.
-Não fique assim, onee-chan !
Não vamos deixar isto acontecer ! Vamos fazer o seguinte: vamos nós duas na
escola e vamos ficar na porta do quarto
do ginásio de esportes esperando pelos dois! O Soichiro-san não vai ter coragem
de deixar você e ficar com ela na nossa frente e a faremos desistir dele!
-Ai, Lune-nee-san...obrigada,
muito obrigada...eu precisava mesmo de apoio, não teria coragem de ir lá
sozinha!
-Pois deixa comigo que eu
coloco seu namorado na linha e espanto aquela piriguete de cima dele, ela que vá
atrás de outra pessoa !
Lune deu comida ao gato e
pouco antes de bater o sinal da última aula, Ruri e Lune estavam no ponto de
encontro esperando por Soichiro e sua pretendente.
Não deu cinco minutos depois
que chegaram, e ficaram escondidas atrás da soleira da porta do quarto de
despejos,e elas viram Soichiro chegando, sorrateiro, olhando para todos os
lados , para ver se não tinha ninguém olhando.
Ao vê-lo, Ruri teve vontade
de chorar de novo, mas lutou para se segurar.
Alguns minutos depois, uma garota de seios
fartos, ainda maiores que já enormes de Ruri, com longos cabelos pintados de um
tom de roxo, e olhos com lentes de contato violeta, chegou. Ao ver Soichiro ela
desabotoou parte de sua blusa de marinheiro e folgou a gravatinha, para que seu
busto ficasse parcialmente visível, uma parte aliás, bem generosa dele.
Ayusa e Soichiro estavam
frente a frente. Uma lufada de vento levantou a saia dela e o deixou ver a calcinha dela, e ela não
tampou, o deixou ver, com um olhar pervertido para ele.
Era chegada a hora da verdade
!
(Por continuar)
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