quinta-feira, 23 de julho de 2015

Episódio 39- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Após achar uma vaga no estacionamento, Lune e Takeo desceram do carro e entraram no shopping.
Ela quis ir direto para as lojas de celulares.
-Querido, escute aqui: nada de ficar dando palpites e tentando me influenciar por tal ou tal marca, tal e tal modelo, tal e tal operadora, certo? Fique quieto e me deixe escolher em paz. O telefone tem de ser do meu gosto, não do seu, certo?
-Sim, senhorita ! Será feita a sua vontade !
-Melhor assim !Ah, e nada de ficar fazendo mão boba no meu traseiro, nem me encoxando cada vez q eu me abaixar para olhar algum celular, e sem esta de ficar encarando meu traseiro andando ou ficando atrás de mim, lugar de noivo é ao lado da noiva, não atrás dela que nem um tarado babão, fui clara?
-Sim, meu bem, fique tranquila.
-Então vamos!
Entraram em uma loja de celulares, mas nenhum agradou a ela. Depois de outras quatro lojas, na quinta Lune enfim achou um que a interessou.
-Moço, você tem deste aqui  na cor amarela?
-Desculpe, senhorita, a cor mais próxima que tenho dele é na cor dourada, uma edição especial. Este é o Sharp SH305, com...
-Não precisa ficar falando mais! Eu quero este que apontei, na cor dourada então, e pode acrescentar cartão com dezesseis gigas para que ele fique com trinta e duas!
-Sim, senhorita !
-Pronto, Takeo-kun, pode pagar para mim.Vai lá no caixa, que te espero aqui!
Takeo, algo surpreso, a obedeceu. Não demorou, e ele voltou com a caixinha, com o aparelho.
Ela o tirou da caixinha, viu que tinha bateria, viu que Takeo escolhera a mesma operadora que ela já tinha antes, ela assinou o contrato e então saíram da loja.
-Bom, vamos lá na praça de alimentação, na lanchonete de hambúrguers que você gosta, para almoçarmos e irmos embora daqui o quanto antes!
Disse Lune, meio impaciente.
Takeo, que esperava ao menos um beijo de agradecimento, ficou algo chateado, mas lá se foram eles.
Depois de almoçarem, foram embora, e só quando entraram no carro, e Lune viu que não tinha ninguém olhando, ela deu um olhar doce para ele e disse:
-Obrigada ,amor !
Fez uma carícia delicada no rosto dele, afagou-lhe os cabelos com delicadeza e sentimento e só então beijou-lhe a boca, de boca aberta, mas não de língua, um beijo algo demorado e sobretudo carinhoso, em que seus lábios acariciaram e massagearam os lábios dele carinhosamente.
Ao terminar o beijo, a doçura no olhar foi substituída pela segurança de sempre e ela disse?
-Vamos embora!
Deu a partida no motor, colocou o cinto de segurança, manobrou o carro e eles foram para a casa dela.
Lá chegando, ele pegou o carro dele, ambos se despediram com um selinho e foram embora.
Lune entrou correndo em casa, apertada para ir ao banheiro. Lá estando, aproveitou para configurar o novo telefone.
Minutos depois saía de lá e deu de cara com Sartre deitado preguiçosamente na mesa de jantar da sala.
-Veja se não me tira do sério outra vez, Sartre-san !Sua implicância comigo custou bem caro ao Takeo-kun, certo?
-Mieeeeew !
E o gato soltou um bocejo, com cara de desprezo, para sua dona.
-Você não tem jeito, danado !Você ama mesmo é minha mãe, infeliz, traidorzinho de uma figa ! Não está nem aí comigo ! Humpf !
Lune subiu ao quarto dela e desta vez o gato não a seguiu. Por enquanto!
Ela se sentou em frente ‘a escrivaninha de seu quarto e ligou seu computador e foi olhar seus e-mails.
Colocou no som uma música de Dvorak para se descontrair enquanto olhava as novidades, mas logo se ouviu um miado.
-Ah, não ! Outra vez não !Não me torra, gato chato !
Ela continuou olhando um email que sua colega Françoise lhe escrevera sobre as novidades em Sakura City.
Súbitamente, outro miado. E outro, e outro.
E desta vez não vinham da porta, e isto a foi irritando.
Ela continuou, entrementes, tentando se concentrar no email e na música, quando algo fofo e peludo se apoderou do seu colo,e o miado agora foi bem no seu ouvido.
-Sartre-san! Eu já não te falei que não queria você aqui comigo?
-Mio !
-Vai embora, que estou ocupada, anda!
-Miio !
-Vai embora, já falei! Custa tanto assim você me obedecer, seu teimoso?
-Miiiio !
-Me deixa em paz, caramba ! Ô, gato chato ! Detesto insistentes !
-Miiiiiio !
-Mas será possível?Eu vou ter que te pegar, me levantar daqui e te colocar para fora e fechar a janela por onde você entrou !
-Roooooom...
O gato ronronou, esfregando a cabeça nos seios de Lune, comprimindo sua cabeça contra eles.
-Além de inconveniente, é pervertido !
O gato aproveitou-se do decote e lambeu os seios dela com sua língua áspera.
-Ó!Mas, como é atrevido ! Voc~e está querendo o quê, seu gato tarado? Fazer sexo comigo?Pode esquecer, eu vou te pegar é agora!
As mãos de Lune envolveram o felino, que parecia liso como sabão.
Escapuliu das mãos dela e foi se deitar em cima do teclado, bloqueando a visão para a tela.
-Miiiiiiiiiiiiiiio !
-Ora, seu....
Quando Sartre se deitou no teclado, acidentalmente abriu o navegador de internet e, curiosamente foi parar num site de pet shop, onde tinha um anúncio de...ração de gato !
O gato então miou de novo e começou a lamber a tela ,com a língua em cima do pacote de ração.
=Ah, eu já entendi...você está com fome ! Vamos lá então, vou te dar ração !
Lune se levantou e colocou o gato no ombro, saiu do quarto e desceu as escadas e foi para a cozinha.
Ao chegar lá, deu de cara com sua irmã.
-Já de volta tão cedo? O que aconteceu, onee-san?
-Eu aproveitei o intervalo para olhar o armário do Soichiro, e quando abri, encontrei uma cartinha de amor,Lune-nee-chan...
E Ruri abraçou a irmã, de olhos rasos.
-Ah, já entendi...ciúmes...você ficou tão abalada que não conseguiu mais ficar na aula,não é?
-Sim...eu...eu abri a cartinha, era uma colega que eu jurava que era minha melhor amiga, Ayusa-san...e ela o convidava para se encontrar com ela na porta do quarto de despejos do ginásio de esportes, para ela se confessar a ele e o pedir em namoro...no final da última aula !Eu...eu não aguentei ficar...mas não tive coragem de rasgar a carta e jogar fora para ele não perceber, onee-chan, eu fiquei tão abalada...e agora estou tão insegura...tenho medo de ele ir se encontrar com ela e ela o conquistar!E ela é linda, muito linda e eu...eu...
Ruri começou a soluçar e seu choro se tornou convulso.
Lune a abraçou e acariciou suas costas e cabelos com carinho.
-Não fique assim, onee-chan ! Não vamos deixar isto acontecer ! Vamos fazer o seguinte: vamos nós duas na escola e  vamos ficar na porta do quarto do ginásio de esportes esperando pelos dois! O Soichiro-san não vai ter coragem de deixar você e ficar com ela na nossa frente e a faremos desistir dele!
-Ai, Lune-nee-san...obrigada, muito obrigada...eu precisava mesmo de apoio, não teria coragem de ir lá sozinha!
-Pois deixa comigo que eu coloco seu namorado na linha e espanto aquela piriguete de cima dele, ela que vá atrás de outra pessoa !
Lune deu comida ao gato e pouco antes de bater o sinal da última aula, Ruri e Lune estavam no ponto de encontro esperando por Soichiro e sua pretendente.
Não deu cinco minutos depois que chegaram, e ficaram escondidas atrás da soleira da porta do quarto de despejos,e elas viram Soichiro chegando, sorrateiro, olhando para todos os lados , para ver se não tinha ninguém olhando.
Ao vê-lo, Ruri teve vontade de chorar de novo, mas lutou para se segurar.
 Alguns minutos depois, uma garota de seios fartos, ainda maiores que já enormes de Ruri, com longos cabelos pintados de um tom de roxo, e olhos com lentes de contato violeta, chegou. Ao ver Soichiro ela desabotoou parte de sua blusa de marinheiro e folgou a gravatinha, para que seu busto ficasse parcialmente visível, uma parte aliás, bem generosa dele.
Ayusa e Soichiro estavam frente a frente. Uma lufada de vento levantou a saia  dela e o deixou ver a calcinha dela, e ela não tampou, o deixou ver, com um olhar pervertido para ele.
Era chegada a hora da verdade !

(Por continuar)

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