segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Episódio 68-Sensibilidade de Viver :Interlúdio ETP





Momiji pegou com ambas as mãos na cabeça e forçou a cabeça e torso de Otaru  para baixo com toda a força.
-Lune-nee-san...por favor , perdoe-me...
Lune não conseguia responder ao pedido do irmão.
Porém,ouviu-se uma voz feminina:
-A Lune-san poderia até perdoar, mas eu , nunca , traidor !
Era Megumi, que estava na porta da cozinha e escutara boa parte do conflito.
Ela torceu a orelha do noivo, e o arrastou para dentro de casa e o levou ao quarto deles.
Não demoraria para Lune abraçar a mãe e chorar desabaladamente. Para sua surpresa, também Momiji chorava. Ela amava demais seus filhos para os ver brigando e mais ainda para os ver envolvidos sexualmente um com o outro.E estava dividida entre os sentimentos dos dois. A única coisa que a consolava era a de que ela tinha a consciência leve de ter feito o certo, o que deveria.Mas até aquele tapa foi doloroso demais para ela dar. Preferia nunca ter de ter feito isto!
Demorou um pouco para as duas se recomporem.
O abacaxi ficara com Kazuo para tentar explicar o inexplicável para as visitas e manter todos na sala.Pior era saber que sua filha e sua mulher necessitavam de apoio, mas não poder dar por causa das visitas.
No quintal, as duas demoraram alguns minutos a se recompor.
-Filha, vamos ter de voltar para a sala, ou as visitas vão estranhar!
-Como vamos explicar, mãe?
-Não vamos explicar, nem poderíamos, nem conseguiríamos.Vamos simplesmente agir naturalmente, como se nada tivesse acontecido.
-De novo, mãe? Para mim já foi um custo ter descido do meu quarto agora há pouco...
-De novo, filha, infelizmente. Será tão sofrido para você quanto para mim.Mas evitará um constrangimento ainda maior. Ah, e vamos manter o caso do seu irmão em segredo. Não quero que seu pai saiba, está bem/?-Tudo bem, mãe, a senhora que sabe....
-Vamos lá então !
Mas aquela era mesmo o dia nacional de passar vergonha de Lune...
Sartre, o gato, escapuliu da sala e foi ao quarto dela e voltou com uma calcinha dela na boca. Justamente aquela vermelha, decotadíssima que uns anos atrás Lune tinha comprado para sua primeira noite  de prazer com Takeo!
E desceu na sala de novo, na frente dos convidados e , segurando a calcinha com as patas, começou a mordê-la e rasga-la na frente de todo mundo, bem na hora que Lune chegou.
-Ei, de quem será que é? Devolve para mim, Sartre !
Disse Ruri.
-Miiiiu !
-Vamos, chaninho, dá para mim então !
Disse Sasami.
-Esta calcinha, acho que é da...
-Takeo-kun, se você disser, é um homem morto !
Disse Lune, corada de vergonha.
Takeo se calou imediatamente diante da ameaça de sua noiva.
Para a surpresa do casal, porém, Sartre parou de rasgar a calcinha e  a jogou nos pés de Lune, entregando o jogo !
-Aaaaaaai eu mato este gato ! Takeo, a culpa é sua !Suma com este bendito gato e nunca mais o traga aqui !
Lune agora ficou furiosa !
Sem condições de conversar com ninguém, Lune resolveu subir as escadas e ir para seu quarto, sem nem dar satisfações ‘as visitas, o que era uma tremenda grosseria.
Percebendo o clima, as visitas foram embora. Takeo pegou o gato nos braços e fez um sinal para Momiji, como quem pergunta se pode levar.
Ela fez um gesto com a cabeça significando que sim.
Definitivamente aquele não era um bom dia para receber visitas !
Em seu quarto, Lune tentava esfriar a cabeça: tudo aquilo num só dia era demais para ela !
Ela acabou por pegar no sono e dormir.
Quando deu por si, já era o dia seguinte pela manhã !
Tinha dormido de roupa e tudo, e então resolveu tomar outro banho.
Após o banho, se trocou e tomou o café da manhã com seus pais.
-Ei, onde  estão a Megumi e o Otaru?
-Voltaram para Nagoya esta madrugada, filha. Eu os levei na estação de trem.
-Ah, puxa, pai, que pena, nem pude falar com eles. E a Ruri?
-Ela e o Soychiro saíram logo cedo também, filha.
-Puxa, então estamos só nós, mãe.
-Pois é, filha, mas eu tenho de sair para trabalhar daqui a pouco e seu pai já já vai para o escritório dele também.
Lune ficou cabisbaixa. Iria ficar sozinha naquela casa...
Seus pais terminaram o café da manhã e foram trabalhar e Lune subiu ao quarto dela.
Resolveu então ligar para Takeo.
-Bom dia, minha linda !
-Takeo-kun, estou sozinha aqui em casa...tão sozinha...
-Estou indo aí agora, imediatamente , é para já !
Logo ela ouvia o ronco possante da Mercedes de Takeo chegando e estacionando.
Ela foi abrir a porta e desceu as escadas.
Em silêncio, Lune abraçou seu noivo com força, e ela  abraçou de volta, e acariciou os cabelos dela.

Após alguns minutos assim, ela o levou, ainda em silêncio, para seu quarto.
-Querido, apague a luz, tranque a porta, feche a janela e faça amor comigo agora !
E as roupas de Lune desabaram no chão.
Ele a atendeu, e logo começaram a relação sexual.
Ao terminarem, ainda nua  e abraçadinha com seu noivo, Lune disse:
-Eu estava com tantas saudades destes momentos com você...
-Eu também, querida !
-Desculpe por ontem, eu...eu estava tão envergonhada...e eu estive pensando no que aconteceu...se você não tivesse me segurado nos braços, minha queda poderia ter sido muito feia, eu poderia ter morrido...você me salvou, salvou minha vida, então esta foi minha maneira de te agradecer...muito obrigada, meu herói !
-De nada, meu doce !Eu a salvarei quantas vezes for necessário, será sempre um prazer !
-Que lindo ! Adorei ! Amor, estou com fome, me leva para um restaurante/Ficar sozinha nesta casa me deprime !
-Claro, você escolhe o restaurante !Já está na hora do almoço mesmo !
-E meu estômago está roncando, Takeo-kun !
-Vamos lá então.!
Logo os dois tomavam banho e se trocavam , saíram da casa e entraram no carro e ganharam as ruas.

(Por continuar)

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