Momiji
pegou com ambas as mãos na cabeça e forçou a cabeça e torso de Otaru para baixo com toda
a força.
-Lune-nee-san...por
favor , perdoe-me...
Lune
não conseguia responder ao pedido do irmão.
Porém,ouviu-se
uma voz feminina:
-A
Lune-san poderia até perdoar, mas eu , nunca , traidor !
Era
Megumi, que estava na porta da cozinha e escutara boa parte do conflito.
Ela
torceu a orelha do noivo, e o arrastou para dentro de casa e o levou ao quarto
deles.
Não
demoraria para Lune abraçar a mãe e chorar desabaladamente. Para sua surpresa,
também Momiji chorava. Ela amava demais seus filhos para os ver brigando e mais
ainda para os ver envolvidos sexualmente um com o outro.E estava dividida entre
os sentimentos dos dois. A única coisa que a consolava era a de que ela tinha a
consciência leve de ter feito o certo, o que deveria.Mas até aquele tapa foi
doloroso demais para ela dar. Preferia nunca ter de ter feito isto!
Demorou
um pouco para as duas se recomporem.
O
abacaxi ficara com Kazuo para tentar explicar o inexplicável para as visitas e
manter todos na sala.Pior era saber que sua filha e sua mulher necessitavam de
apoio, mas não poder dar por causa das visitas.
No
quintal, as duas demoraram alguns minutos a se recompor.
-Filha,
vamos ter de voltar para a sala, ou as visitas vão estranhar!
-Como
vamos explicar, mãe?
-Não
vamos explicar, nem poderíamos, nem conseguiríamos.Vamos simplesmente agir
naturalmente, como se nada tivesse acontecido.
-De
novo, mãe? Para mim já foi um custo ter descido do meu quarto agora há pouco...
-De
novo, filha, infelizmente. Será tão sofrido para você quanto para mim.Mas
evitará um constrangimento ainda maior. Ah, e vamos manter o caso do seu irmão
em segredo. Não quero que seu pai saiba, está bem/?-Tudo bem, mãe, a senhora
que sabe....
-Vamos
lá então !
Mas
aquela era mesmo o dia nacional de passar vergonha de Lune...
Sartre,
o gato, escapuliu da sala e foi ao quarto dela e voltou com uma calcinha dela
na boca. Justamente aquela vermelha, decotadíssima que uns anos atrás Lune
tinha comprado para sua primeira noite
de prazer com Takeo!
E
desceu na sala de novo, na frente dos convidados e , segurando a calcinha com
as patas, começou a mordê-la e rasga-la na frente de todo mundo, bem na hora
que Lune chegou.
-Ei,
de quem será que é? Devolve para mim, Sartre !
Disse
Ruri.
-Miiiiu
!
-Vamos,
chaninho, dá para mim então !
Disse
Sasami.
-Esta
calcinha, acho que é da...
-Takeo-kun,
se você disser, é um homem morto !
Disse
Lune, corada de vergonha.
Takeo
se calou imediatamente diante da ameaça de sua noiva.
Para
a surpresa do casal, porém, Sartre parou de rasgar a calcinha e a jogou nos pés de Lune, entregando o jogo !
-Aaaaaaai
eu mato este gato ! Takeo, a culpa é sua !Suma com este bendito gato e nunca
mais o traga aqui !
Lune
agora ficou furiosa !
Sem
condições de conversar com ninguém, Lune resolveu subir as escadas e ir para
seu quarto, sem nem dar satisfações ‘as visitas, o que era uma tremenda
grosseria.
Percebendo
o clima, as visitas foram embora. Takeo pegou o gato nos braços e fez um sinal
para Momiji, como quem pergunta se pode levar.
Ela
fez um gesto com a cabeça significando que sim.
Definitivamente
aquele não era um bom dia para receber visitas !
Em
seu quarto, Lune tentava esfriar a cabeça: tudo aquilo num só dia era demais
para ela !
Ela
acabou por pegar no sono e dormir.
Quando
deu por si, já era o dia seguinte pela manhã !
Tinha
dormido de roupa e tudo, e então resolveu tomar outro banho.
Após
o banho, se trocou e tomou o café da manhã com seus pais.
-Ei,
onde estão a Megumi e o Otaru?
-Voltaram
para Nagoya esta madrugada, filha. Eu os levei na estação de trem.
-Ah,
puxa, pai, que pena, nem pude falar com eles. E a Ruri?
-Ela
e o Soychiro saíram logo cedo também, filha.
-Puxa,
então estamos só nós, mãe.
-Pois
é, filha, mas eu tenho de sair para trabalhar daqui a pouco e seu pai já já vai
para o escritório dele também.
Lune
ficou cabisbaixa. Iria ficar sozinha naquela casa...
Seus
pais terminaram o café da manhã e foram trabalhar e Lune subiu ao quarto dela.
Resolveu
então ligar para Takeo.
-Bom
dia, minha linda !
-Takeo-kun,
estou sozinha aqui em casa...tão sozinha...
-Estou
indo aí agora, imediatamente , é para já !
Logo
ela ouvia o ronco possante da Mercedes de Takeo chegando e estacionando.
Ela
foi abrir a porta e desceu as escadas.
Em
silêncio, Lune abraçou seu noivo com força, e ela abraçou de volta, e acariciou os cabelos
dela.
Após
alguns minutos assim, ela o levou, ainda em silêncio, para seu quarto.
-Querido,
apague a luz, tranque a porta, feche a janela e faça amor comigo agora !
E
as roupas de Lune desabaram no chão.
Ele
a atendeu, e logo começaram a relação sexual.
Ao
terminarem, ainda nua e abraçadinha com
seu noivo, Lune disse:
-Eu
estava com tantas saudades destes momentos com você...
-Eu
também, querida !
-Desculpe
por ontem, eu...eu estava tão envergonhada...e eu estive pensando no que
aconteceu...se você não tivesse me segurado nos braços, minha queda poderia ter
sido muito feia, eu poderia ter morrido...você me salvou, salvou minha vida,
então esta foi minha maneira de te agradecer...muito obrigada, meu herói !
-De
nada, meu doce !Eu a salvarei quantas vezes for necessário, será sempre um
prazer !
-Que
lindo ! Adorei ! Amor, estou com fome, me leva para um restaurante/Ficar
sozinha nesta casa me deprime !
-Claro,
você escolhe o restaurante !Já está na hora do almoço mesmo !
-E
meu estômago está roncando, Takeo-kun !
-Vamos
lá então.!
Logo
os dois tomavam banho e se trocavam , saíram da casa e entraram no carro e
ganharam as ruas.
(Por continuar)
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