quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Episódio 2:Minissérie- As Piratas também sonham:A Tomada da Ilha de Malachetta




Durante o almoço, Antoinette repassou todas as informações sobre os castelo, os soldados, passagens secretas e desenhou um mapa do castelo para as piratas. Françoise, que também conhecia razoavelmente o castelo da tia, também ajudou.
-Muito bem, vai ser uma missão difícil e arriscada. Mas nós ainda somos muito poucas para lutarmos sozinhas contra o exército local que, ao que tudo indica, tem uns trezentos homens. Vamos ter que colocar a população da ilha contra a Rainha Baronesa, e aí sim , poderemos ter uma chance de vitória.
-Não será difícil, o povo aqui já está furioso com ela !
Disse Antoinette.
-Então, mas eu não acredito que eles confiarão em estranhos como nós.
-Verdade, Capitã, e eles não confiam em piratas também, acham que são ladrões que vem roubá-los e geralmente quando aparecem piratas por aqui, é o que fazem mesmo.
-É, faz parte da nossa ocupação, Antoinette, é disto que vivemos. Mas nós procuramos apenas roubar os navios da nobreza, e os navios portugueses e espanhóis que roubam ouro do Novo Mundo, os holandeses e ingleses que roubam tesouros das índias, e por aí vai. Mas hoje estamos aqui para ajudar. Mas precisamos de alguém popular daqui, que já tenha liderado levantes , para insuflar o povo a se juntar a nós.
-Capitã, está vendo aquele rapaz ali naquela mesa? Pierre D´Almonzon, ele se chama. Ele teve  a família dele toda assassinada pela  nova Baronesa, por que o pai dele, que era o General do Exército Real, se recusou a jurar fidelidade á Marlene !Isto foi ontem,  e logo depois de ele ver , escondido, o massacre de sua família por homens leais ‘a Baronesa, ele tentou fazer um levante, e só não foi preso por que o povo o cercou e não deixou, mas cem pessoas foram mortas, inclusive mulheres e crianças. Isto enfureceu ainda mais o povo, e não falta muito para o barril de pólvora explodir de vez !
-Entendi. Antoinette, leve Françoise com você e vá na mesa dele e peça para ele se sentar conosco, por favor.
-Sim, senhorita !
A idosa senhora foi, segurando na mão de Fran,  e falou com ele, explicando a situação.
O jovem rapaz, forte, atlético e esguio, alto, com braços musculosos de camponês, se levantou e imediatamente foi para a mesa das piratas.
Ao chegar lá, ficou imediatamente encantado pela intensa beleza de Hellen, que no entanto, não lhe retribuiu o olhar. Mas Léa, pelo contrário, sentiu-se instantaneamente atraída por ele, e  se levantou, e o fez se sentar entre ela e Vivian.
-Aham, se você parar um pouco de ficar olhando os decotes de nossas marujas, podemos começar a negociar !
Disse, com cara séria, June.
-Sim, senhorita, desculpem-me , por favor.
Disse o rapaz.
-Bom, acho que Antoinette já lhe explicou toda a situação , e como estão as coisas nesta ilha você já está atualizado, então nem preciso explicar.
-Sim, senhorita. Em que posso ajuda-las, bravas piratas?
-Queremos que nos ajude a criar um levante aqui na cidade, e que nos apresente ao povo, para que lute junto conosco para derrubar a Rainha- Baronesa. Se quiseres mata-la, para sua vingança, por favor fique a vontade, teremos prazer em providenciar este presente para você.
-Muito me apetecerá tal presente, Capitã, mas eu ficaria bem mais eufórico para esta missão, se pudesse contar com outro presente!
-Qual, senhor Pierre?
-Terei de falar em seu ouvido, pois temos crianças na mesa.
Ele cochichou no  ouvido de June.
-Tenho a certeza de que Hellen não irá concordar com este acordo, senhor !
Hellen, já desconfiada e esperta, fez um claro sinal de não com a cabeça.
Léa, percebendo a oportunidade, levantou-se e falou qualquer coisa no ouvido da Capitã.
-Senhor, a Léa se oferece para lhe conceder os préstimos  que nos rogas como pagamento por sua contribuição !
-Eu aceito, Capitã!
-Pierre, tens minha permissão de conduzir a Léa até as estrebarias da taverna. Mas antes, quero falar em particular com ela.
-Sim, senhorita , Capitã !
Respondeu ele com um largo sorriso no rosto.
June foi até um canto vazio e distante e falou para Léa:
-Olha, você é uma das minhas melhores espadachins, mas é  também uma das minhas marujas que mais me dá trabalho ! Quero deixar claro que é por sua conta e risco, e que se você engravidar dele, seus dias de pirataria terão terminado e eu a deixo aqui para ficar com ele. A mesma coisa se você se apaixonar por ele e quiser se casar com ele, entendido? Fui clara?
-Sim, senhora, Capitã!
-Lembre-se de que se você nos trair, ainda mais por causa de homem, não iremos perdoar , e você será uma mulher morta! Não queira nos ter como inimigas ! E aí de você se você tentar alguma coisa contra a Françoise, entendeu? Ou eu a mato pessoalmente !Eu normalmente não deixaria nenhuma pirata minha fazer estas coisas, mas você, por livre e espontânea vontade quer e se ofereceu e eu não posso me meter em sua vida pessoal, nem escolher por quem você se sentirá atraída ou não, com quem você se deita é problema seu, desde que não engravide nem queira trazer homem a bordo ! Agora vai !
-Sim , senhora, Capitã !
June voltou a se sentar na mesa, e  Pierre recebeu Léa em pé, e beijou a mão dela, olhando diretamente no decote dela, que passou a língua nos lábios e fez um olhar  pervertido para ele ao perceber o olhar malicioso  e indecente dele.
-Podem ir, mas não demorem !Vão !
Disse a Capitã
E eles saíram pelos fundos da taverna.
Neste meio tempo, um belo porco assado e muitos peixes ensopados foram servidos e as piratas se esbaldaram no banquete.


(Por continuar)

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