Lune percebeu a situação, e tentou sair da situação constrangedora, mudando de assunto:
-Maki-san, e o seu trabalho? Como está indo sua carreira na Polícia?
-Ah, Lune-san, meio aborrecida...poucos assaltos, sequestros, assassinatos e estupros ultimamente. Mas anteontem eu matei um estrangeiro taradão, que embebedava mulheres, as estuprava e depois matava. Era da Colômbia,se não me engano.
Minha equipe montou uma armadilha para ele, e quando ele já estava para estuprar minha colega Manika-san, eu saí do esconderijo e dei voz de prisão para ele. Ele apontou uma pistola para mim e ameaçou-me estuprar e matar também. Fui mais rápida e atirei bem na pistola que ele tem entre as pernas, se entende o que digo, ele berrou de dor, e me ameaçou de morte, aí acertei um tiro bem no meio da testa dele a cabeça dele explodiu em uma nuvem de sangue.
-Que horror, Maki-san ! E você não se sentiu mal em mata-lo?
-Eu não, já acostumei, nem ligo mais, menos um bandido...
-Definitivamente eu não serviria para ser policial...Bom, mas vamos falar de coisas mais amenas...eu agora tenho uma segunda filha, a Onna-chan, bebezinha ainda, quer conhecer?
-Ebaaa !Vamos lá !
Lune levou Maki ao quarto das crianças.
Onna dormia no berço que já havia sido de Rina antes.
-Que gracinha, Lune-san ! Ela é lindinha!
-Obrigada. Ela é bem mais quietinha e tranquila do que a Rina-chan...por falar nela, vem cá, vamos na biblioteca, preciso falar de um assunto sério com você,
-Tudo bem, vamos lá!
Chegando lá, as duas se sentaram no divã e Lune explicou a Maki a situação de Rina na escola.
-Huum, entendi, Lune-san ! Você explica tão direitinho que até eu entendo...rsss. O que a escola está fazendo com sua filha é criminoso, eles estão cometendo crime de discriminação e psicofobia! Claro, vamos lá sim, lógico que vou te ajudar, amiguinha !
Lune, apesar de não gostar do termo “amiguinha”,sorriu aliviada e satisfeita !
Não demorou e chegou a hora de irem na escola.
-Vamos na minha viatura, Lune-san, será mais fácil assim !
-Tudo bem,Maki-san...
Lune se sentou no banco do acompanhante e Maki sentou-se a direção do seu Nissan de polícia, e deu a partida.
Saiu cantando pneus furiosamente, pilotando loucamente pelas ruas de Osaka, usando a sirene e as luzesemcima da capota quando necessário para abrir caminho.
Lune, assustadíssima, foi ensinando o caminho.
Finalmente chegaram na escola e estacionaram.
Lune saiu até meio tonta do carro.
-Precisava correr tanto deste jeito, Maki-san? Você é doida?
-Desculpe, Lune-san, estou acostumada a perseguições policiais...
-Mas não estávamos em uma, nem pressa tínhamos...ah, deixa para lá, vamos resolver logo este assunto desagradável ! Vem comigo !
Adentraram a escola e foram para a secretaria:
-Oi, meu nome é Lune Tamasuki e tenho uma reunião marcada com a Diretora para agora.
-Sim,seu nome consta na agenda. E a senhorita policial?
-Eu sou a Maki Okui e estou acompanhando a Lune-san, sou amiga dela.
-Entendo. Mas a senhorita está uniformizada, e se estiver em missão oficial, precisa de mandado de justiça...
-Não estou em missão oficial, estou aqui apenas como amiga dela.
-Mas o fato da senhorita estar uniformizada significa que está em missão oficial...
-Não tive tempo de me trocar quando ela me chamou, só isto, moça.
-Ainda assim...
Maki viu que na verdade a secretária estava tentando impedir que ela entrasse, então retrucou:
-Eu sou da Polícia de Nagoya, não tenho jurisdição aqui!
-É verdade, então pode entrar!
E finalmente as duas foram para a ante sala da Diretora,ondeoutra secretária as recebeu.
(Por Continuar)