sábado, 7 de dezembro de 2019

Episódio 24- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais




-Vocês jovens hoje em dia são muito mimados e preguiçosos, a tecnologia os deixou moles...
-Ah, vovó, vai...
E seguiram conversando enquanto voltavam para a casa de Lune.
Mais uma vez, trânsito intenso, mas desta vez Lue tinha com quem conversar para se distrair e o tempo passar mais rápido.
E Rina prestava concentrada atenção na conversa de sua mãe com a sua bisavó.
Por fim, chegaram e o portão da garagem se abriu.
Ao adentrarem a cozinha, foram recebidas por Ruri e Rena.
-Oi, vovó !Estava de saída para o trabalho, mas resolvi esperar para ver a senhora !
-Ruri-chan, minha netinha, quanto tempo ! E esta daqui?
-É minha filha, Rena-chan !
-Ohohoho, da última vez que a vi, ela era uma bebê recém nascida !
Foi quando Takeo apareceu.
-Asuka- sempai, sejas bem vinda !
-Oh, Takeo-san, como vai, menino?
Ele ficou constrangido, mas relevou:
-Eu vou bem, senhora Asuka !
-Está cuidando bem da minha menina?
-Vovó, nem eu, nem ele somos crianças !Ele não tem que cuidar de mim, nem eu dele...
-Ninguém perguntou sua opinião, Lune-san !
Foi a resposta seca e dura de Asuka.
Takeo, como sempre, procurou quebrar o clima:
-Gente, olha, o almoço está pronto, chegaram bem a tempo!Vamos todos almoçar?
-Foi você que cozinho, Takeo-san?Ou é kombini?Ou é comida encomendada de algum restaurante?
-Tenho o maior orgulho de dizer que fui eu que fiz !
-Ahaaaam !
Pigarreou Ruri, olhando feio para ele.
-Com a ajuda da Ruri-san, claro! Arroz com Curry  e Tekyaki !Venham, vamos sentar e nos servir, por favor !
Todos foram na grande mesa da sala de jantar, em frente ‘a porta da copa e cozinha e também da escada.
Lune, como boa anfitriã, serviu a todos, com delicadeza e sorrisos.
Enquanto comiam, começavam a conversar, e Ruri contou de seu namorado, seu emprego e que estava para se mudar dali para ir morar com Dieter.
-Huuum, alemães foram nossos aliados na Segunda Guerra Mundial, se bem que não fizeram grande coisa por nós, acho que no fundo, nos odiavam...
-E nós a eles na época, vovó...
-E, Lune-san, a guerra é assim, tem destas coisas...
-Ah, mas os alemães de hoje não tem nada a ver com os daquela época...
-Tem certeza que seu namorado não é nazista, Ruri-chan?
-Vovó, claro que não ! Ele me disse inclusive que ele faz parte de um movimento socialista na terra dele!
Lune procurou socorrer a irmã:
-Vovó, se ele fosse nazista, ele não iria namorar uma japonesa. Iria procurar uma ariana loira de olhos azuis para namorar !
-É verdade, Lune-san, mas vejo que continuas a tomar o partido de sua irmã com unhas e dentes !
-Não somos só irmãs, mas grandes amigas também, não, onee-san?
Disse Ruri.
-Claro, desde sempre, nos ajudamos mutuamente !
-É, estou vendo o complôzinho de vocês duas contra mim !
Exclamou Asuka, com ironia.

(Por Continuar)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Episódio 62- Admirer Voyages:Peregrine !



 -Deixa comigo, Capitã !
-Mas você não é engenheira, Christine...
-Não, mas mesmo assim, tenho um certo conhecimento de informática ! Eles usam teclados físicos de membrana ainda.
-Verdade, mas você consegue decifrar killerês?
-É, esta é a parte difícil, a língua que falam na Sinístria parece uma mistura tosca de alemão com russo!
-Nem parece que eles são do mesmo planeta que a gente...
-É uma ditadura fascista, Capitã, não é a toa que já causaram tantas guerras...
-Verdade! E aí, progressos?
-Nada ainda, está difícil decifrar...
-Melhor chamar a Rita aqui então, ela está com o sensor de mão que tem tradutor simultâneo embutido!
-Por favor, senhora, deixe-me tentar mais um pouco...
Enquanto isto, na Engenharia:
Rita estava embasbacada com o que via !
Dezenas de corpos no chão, todos humanos e com os uniformes pretos com detalhes vermelhos da Sinístria, e a efígie da caveira dourada na altura do peito, típica dos killeristas.
As máquinas estavam em frangalhos e realmente pareciam ter explodido de dentro para fora. Mas não havia sequer traços de queimado nos destroços.
Rita colocou o seu sensor de mão para funcionar e fez um escaneamento, e a leitura logo revelou seus resultados:
-As moléculas dos materiais sofreram uma expansão explosiva e depois voltaram muito rapidamente ao tamanho normal. Mas o quê teria causado isto?
Rita resolveu então investigar nos computadores da Engenharia.
Porém, a maioria deles estava destruída.
Então ela se voltou para a antecâmara da entrada da Engenharia e descobriu um console intacto.
Com a ajuda do tradutor instantâneo acoplado no sensor de mão, foi decifrando os comandos. Depois de procurar por um labirinto de rotinas , sub rotinas, menus dentro de menus e sub menus dentro destes, encontrou os arquivos do Diário do Engenheiro Chefe.
Os primeiros registros que encontrou foram os normais da rotina de uma engenharia de nave estelar.
Quando chegou aos registros mais recentes, subitamente, os arquivos se corromperam sozinhos e começaram a se alastrar por todo o conteúdo do  terminal !
Era Como se alguma coisa quisesse impedir que ela visse os arquivos. Rita imediatamente desconfiou de um vírus e tentou intervir usando seu sensor de mão.
Para sua surpresa, no entanto, ao fazer a conexão remota, seu sensor de mão foi contaminado e todos os seus arquivos foram destruídos, apagados!
Ele começou a esquentar  e ela teve de larga-lo, pois parecia feito de lava, e ele se derreteu no chão !
-Mas que troço mais esquisito ! O que foi isto?Será que este vírus causou esta destruição?
Rita se perguntou.
Enquanto isto, Kátia chegava na Enfermaria, que era pequena, mal equipada e apertada.
-Como é escuro aqui !
Ela pensou em voz alta.
E logo depois veio seu grito !
Havia pilhas de mortos por todo lado, todos muito inchados. Um inchaço que não era o normal de um processo de putrefação, era algo muito mais misterioso !
Ela colocou então seu sensor médico em ação para tentar descobrir o que afinal acontecera com toda aquela gente .

(Por Continuar)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Episódio 15- (Minissérie)- Eternidade


Episodio 15 :  Presunção



Céu cinzento , carregado, vento frio, cortante, atmosfera ferina e pesada. Vou andando pelas ruas, as pessoas são só vultos, sombras que vem e que passam.
Aqui não há folhas para cair, só o cinzento dos prédios e o escuro do concreto discreto e sem vida. Passo pelas ruas, aguardo parada nos sinais, aqui só existem sombras, não reflexos, refletindo tristes complexos , pensamentos convexos, sem nexo. Não existem semblantes nos rostos errantes, faces que nada me dizem, indiferença que perpetua em moto continuo a impessoalidade da cidade. As conversas na multidão misturam-se em uma turba  ciclônica de ruídos distorcidos sem sentido, para sim soam como simples ruídos, poluição sonora.
Ar carregado, pessoas anônimas como gado, anômalas nas tentativas desesperadas de afirmação  de sua normalidade, sociedade de imposição.
Poses em cartazes qual sereias em gritos de convicção, sociedade em convulsão.
Pedintes famintos, miseráveis aprofundando-se no gargalo cíclico e ciclônico do crime que jaz avantajado como câncer na sociedade,irônico em contraste com a falsa imagem de riqueza das propagandas coloridas de neon, sociedade em convulsão, agora regurgitando a miséria  pelas vias marginais da cidade, margeando a incompreensão e impiedade da sociedade.
Tudo isto vejo, assisto, contemplo e analiso. Já fui assim. Não sou mais.
Sou mais. Agora sou mais. Sou diferente para melhor. E daqui do alto do mais alto dos edificios, me sinto acima da sociedade. Meu nome é Uthuu . 

(Por Continuar )