-Deixa
comigo, Capitã !
-Mas você não é engenheira, Christine...
-Não, mas mesmo assim, tenho um certo
conhecimento de informática ! Eles usam teclados físicos de membrana ainda.
-Verdade, mas você consegue decifrar killerês?
-É, esta é a parte difícil, a língua que falam na
Sinístria parece uma mistura tosca de alemão com russo!
-Nem parece que eles são do mesmo planeta que a
gente...
-É uma ditadura fascista, Capitã, não é a toa que
já causaram tantas guerras...
-Verdade! E aí, progressos?
-Nada ainda, está difícil decifrar...
-Melhor chamar a Rita aqui então, ela está com o sensor
de mão que tem tradutor simultâneo embutido!
-Por favor, senhora, deixe-me tentar mais um
pouco...
Enquanto isto, na Engenharia:
Rita estava embasbacada com o que via !
Dezenas de corpos no chão, todos humanos e com os
uniformes pretos com detalhes vermelhos da Sinístria, e a efígie da caveira
dourada na altura do peito, típica dos killeristas.
As máquinas estavam em frangalhos e realmente
pareciam ter explodido de dentro para fora. Mas não havia sequer traços de
queimado nos destroços.
Rita colocou o seu sensor de mão para funcionar e
fez um escaneamento, e a leitura logo revelou seus resultados:
-As moléculas dos materiais sofreram uma expansão
explosiva e depois voltaram muito rapidamente ao tamanho normal. Mas o quê
teria causado isto?
Rita resolveu então investigar nos computadores
da Engenharia.
Porém, a maioria deles estava destruída.
Então ela se voltou para a antecâmara da entrada
da Engenharia e descobriu um console intacto.
Com a ajuda do tradutor instantâneo acoplado no
sensor de mão, foi decifrando os comandos. Depois de procurar por um labirinto
de rotinas , sub rotinas, menus dentro de menus e sub menus dentro destes,
encontrou os arquivos do Diário do Engenheiro Chefe.
Os primeiros registros que encontrou foram os
normais da rotina de uma engenharia de nave estelar.
Quando chegou aos registros mais recentes, subitamente,
os arquivos se corromperam sozinhos e começaram a se alastrar por todo o
conteúdo do terminal !
Era Como se alguma coisa quisesse impedir que ela
visse os arquivos. Rita imediatamente desconfiou de um vírus e tentou intervir
usando seu sensor de mão.
Para sua surpresa, no entanto, ao fazer a conexão
remota, seu sensor de mão foi contaminado e todos os seus arquivos foram
destruídos, apagados!
Ele começou a esquentar e ela teve de larga-lo, pois parecia feito de
lava, e ele se derreteu no chão !
-Mas que troço mais esquisito ! O que foi
isto?Será que este vírus causou esta destruição?
Rita se perguntou.
Enquanto isto, Kátia chegava na Enfermaria, que
era pequena, mal equipada e apertada.
-Como é escuro aqui !
Ela pensou em voz alta.
E logo depois veio seu grito !
Havia pilhas de mortos por todo lado, todos muito
inchados. Um inchaço que não era o normal de um processo de putrefação, era
algo muito mais misterioso !
Ela colocou então seu sensor médico em ação para
tentar descobrir o que afinal acontecera com toda aquela gente .
(Por Continuar)
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