sábado, 31 de janeiro de 2015

Mini série : As Piratas também sonham !-Episódio 24



Isto, no entanto, não evitou que uma dúzia de garotas perdessem a vida nos duelos.
Mas as baixas inimigas eram maiores: trinta  e três inimigos foram mortos.
Mas June tinha a garra, a gana e a determinação de vencer, e seu talento com a espada se mostrava superior, e ela matava mais inimigos do que as outras, numa eficiência temível, numa ferocidade que fazia seus inimigos tremerem !
Por fim, sessenta piratas inimigos foram liquidados, e, diante do maior número de mulheres, foram cercados.
-Renda-se, Capitão, Vulture !Eu venci !
-Idiota!Piratas nunca se rendem ! Lutaremos até o último homem !Não vamos perder para mulheres !
-Matem todos, menos o Capitão ! Ele é meu !
Ordenou June, friamente, sem dó nem piedade.
As garotas fizeram uma muralha de espadas num círculo, e , em outro, concêntrico e externo, um círculo de pistolas. Num movimento coordenado e preciso, fizeram uma verdadeira carnificina.
E de fato, só Vulture sobrevivera.
As garotas fizeram um duplo corredor no convés, e numa ponta estava June, e na outra, seu inimigo.
-Agora é a hora de cumprir sua jura de morte, Capitão Vulture !Com a sua morte, honrarei a memória de meu pai e resgatarei seu navio !
-Venha tentar, sua pirralhinha gostosa de uma figa ! Vou estupra-la até te matar, desgraçada !
-Venha tentar você, porco do mar !Venha tentar se for capaz !
Desafiado por June, o furioso Capitão, brandiu sua espada e correu na direção dela, urrando como um leão !
June foi na direção dele, com seu olhar decidido e certeiro, como o de uma águia que mira na presa !
Não havia raiva em seu coração, apenas uma auto confiança inabalável, sólida como rocha!
E o duelo começou !
Espadas giravam e regiravam, velozes, com seus silvos medonhos de morte, e o bariulho metálico das lãminas afiadíssimas se cruzando ecoavam pelo navio.
O Capitão era mais alto, tinha braços mais longos, mas a Capitã era mais ágil e rápida, mesmo dispondo de menos força física, e não deixava ele se aproximar muito.
Ela dançava em volta dele e de vez em quando o acertava, e o sangue dele voava, rubro. Mas ele também a acertava de vez em quando, mas os ferimentos eram superficiais.
Num turbilhão de movimentos furiosos, tão rápidos que os olhos das espectadora mal podiam acompanhar, os dois se engalfinhavam  numa miríade de golpes perigosíssimos, para todos os lados, mas por fim, June explorou uma falha causada pela fúria assassina de Vulture, e o braço direito dele voou longe, com espada e tudo, caindo no mar.
-Você agora está perdido, Capitão. Pode dar adeus ‘a Vida !
Disse June, num sorriso.
-Você quem pensa, meretriz !
Disse Vulture, que, mesmo com o ferimento extravasando sangue aos borbotões, se levantou e arrancou a espada de uma das piratas e atacou June !

(Por continuar)

O Presídio- Episódio 14



Expliquei a gravidade da situação dela para 133144, que me olhou com olhar determinado:
-Impossível é o estado em que o Possível estava antes de ter acontecido ! Eu vou salvá-la e você irá me ajudar !
-Mas...mas é perigoso demais !Nós dois podemos ser presos e mortos também, ela já está condenada, você não entende?
-Condena-se a si mesmo quem se abstém de lutar pelo que é justo !
E 133144 atirou uma pedra na cabeça do  881755, que fez o quepe dele voar longe, mas revelando nossa posição.
O olhar do meu colega da DIIS para mim e para o 133144 gelou-me o coração !
Ele tinha nos visto juntos e mais parecia uma fera, com seu olhar colérico.
500800 aproveitou a confusão para sair correndo, e logo eu e 133144 a alcançamos e começamos a fugir juntos.
Furioso, 881755 sacou o cassetete e acertou as costelas da mãe da 500800 com tudo, dando até para ouvirmos o "crack" horrível das costelas se partindo.Em seguida, ele começou a golpear a cabeça dela com toda a força, e o crânio, despedaçado, deixou vazar uma poça de sangue pelos ouvidos , nariz e boca. Ela estava morta !
-Para onde iremos, 100169?Vamos fugir do Presídio?
-Não há como, 133144, não há porta externa aqui e os muros são demasiado altos! Só nos resta ir aos labirintos subterrâneos!
-Mas é justamente lá que está a DIIS !
-Há uma ala secreta e proibida que nem o pessoal do DIIS tem autorização para entrar! Ela dá para uma caverna subterrânea, labiríntica, que ninguém sabe onde vai dar !Vamos nos esconder lá !
Eu os conduzi correndo para uma entrada para o subsolo que era exclusiva de guardas, e descemos correndo a escadaria, e lá achamos a porta de aço que se abria para a caverna.
Lá a escuridão era total e minha lanterna que eu levava sempre no cinto era fraca e mal iluminava alguma coisa.
Mas nos embrenhamos no labirinto de corredores e conseguimos despistar finalmente o guarda da DIIS e os outros guardas que nos perseguiam.
-Finalmente, agora estamos seguros ! Aqui eles nunca nos acharão!
Eu disse, enquanto 133144 amparava  500800, que chorava profusamente.
-Malditos !Assassinos ! Mataram a minha mãe ! E na minha frente ! E querem matar meu bebê...meu bebê...eu não quero ficar sem meu bebê !
Dizia, por entre lágrimas abundantes, 500800,e seus olhos expressavam fúria e revolta!
-Calma, meu amor, nós vamos criar nosso filho juntos...ninguém vai nos matar não, calma...eu estou aqui para te proteger !
-Oh, 133144...
Respondeu 500800, e voltou a chorar no ombro dele.
-Agora conseguimos piorar mais ainda nossa situação! Nunca mais poderemos voltar ao Presídio !No mínimo vamos apodrecer na solitária, se voltarmos...
-100169, alguém já voltou daqui?
-Não, nunca !Um guarda descobriu por acaso esta caverna, quando houve uma infiltração de água no corredor subterrâneo e a parede cedeu. Ele entrou lá para verificar e nunca mais voltou. Então resolveram fazer a porta de aço onde a parede tinha cedido, e acharam que só os avisos e as regras proibindo abrir a porta e entrar fossem suficientes.
-Não é à toa, tantos corredores, tantos caminhos possíveis, tantas câmaras...
Finalmente 500800 parou de prantear e disse:
-Amor, mas como viveremos aqui? E como vamos comer, beber? Não há nada por aqui, só um monte de corredores vazios...
-Eu li em um livro que sempre tem rios subterrâneos nas cavernas, e tem animais também, como morcegos.
-Rios? Morcegos? O que é isto?
Perguntamos eu e  a 500800.

(Por continuar)

Depois daquela fria manhã de Outono-Episódio 6




-Bom, a Lune disse que  virá te visitar no próximo feriado!
-Ebaaaaaa! Que legal!Não vejo a hora, onee-chan!
-Pois é, ela quer matar as saudades de você e também quer conhecer as crianças !
Maki virou para as filhas e disse sorrindo, com voz infantil:
-Asami-chan!Manami-chan!Olha que legal, a Titia Lune vem ver vocês !Ai, a mamãe adora a titia Lune, viram?Ela é super legal !
Diante do sorriso da mãe, as duas meninas sorriram também.
Maki colocou-as para arrotar, uma de cada vez.
-Bom, vamos embora, então?
-Ok, vamos embora, crianças !Ebaaaa!
Foi quando Maki sentiu suas roupas molhadas.Manami tinha urinado quando a mãe a colocou no colo.A outra, com o cheiro característico, defecou.
-Ah, não, olha o que vocês fizeram!Onee-chan, me ajude aqui, por favor, vamos ter de trocar as fraldas delas!
-Tudo bem, Maki-nee-chan!
As duas irmãs trocaram as fraldas das bebês, o banho nelas teria de ficar para quando chegassem em casa.
Maki, diante da expectativa da chegada de Lune, estava feliz e saltitante.
Parecia nem se lembrar de sua depressão pós-parto.
Quando estavam no caminho de volta para casa, viram a Mercedes de Tetsuo parada em frente a um motel.
-Eh,eh! Aí tem coisa, Maki-chan, acho que o Tetsuo-san está traindo a Kaede-sama! Espere, agora, vi...uh, mas ela é linda ! É lindíssima, onde será que ele arranjou esta amante?
-O que é uma amante, onee-chan?
Outra das perguntas embasbacadoras de Maki!
Natsume respondeu:
-É uma mulher que seduz o seu marido e faz amor com ele escondido, onee-chan!
-Mas o que é seduzir?
-Ah, não, haja paciência...você e suas perguntinhas...bom, deixa para lá, eles estão saindo, vamos segui-los de longe !
O carrinho de Natsume passou a seguir discretamente o carrão do pai de Maki, e eles pararam em frente da Clínica onde Maki fazia seu acompanhamento psicológico.Quando a moça desceu do carro, imediatamente Natsume reconheceu a ela e disse:
-Mas é a sua psicóloga!
-É mesmo, é aí que ela trabalha! Respondeu, Maki, sem malícia.
-O Tetsuo fez amor com a sua psicóloga, e não deve ter sido a primeira vez ! Descobrimos o segredo dele, Maki-chan!

(Por continuar )