quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Sensibilidade de Viver: Episódios Especiais- Episódio 153



-Eu digo, Ryu, mas acho bom você não se iludir, vai ser extremamente difícil ela te perdoar!
-Estou consciente disto, Lune-san, mas não tenho nada à perder, afinal, já perdi tudo mesmo, não custa tentar !
-Você tem razão,Ryu-san. Vá à luta, espero que você consiga ter a Sasam-san de volta!
-Obrigado, Lune-san. Até mais, e quando você e o Takeo-nii-san puderem, por favor, venham me visitar, certo?
-Certo, Ryu-san. Até mais, então!
-Um abraço, até mais !
-Até mais.
-Era o Ryu-nii-san, amor? O que ele te contou?
Lune contou a ele o que o irmão dele lhe disse.
-Certo. Lune-san, amorzinho, avisa então o Delegado, passa estas informações para ele!
Assim Lune  o fez, e logo eles  estavam chegando na casa dela.
Ao chegarem, ficamos sabendo que o Delegadojá tinha informado todas as notícias mais recentes à  família de Lune.
Estavam todos preocupados, e Lune estava muito nervosa!Agora não andava mais sem sua katana na cintura!
Mas dias e noites se passaram , sem que houvessem novas notícias de Kotomi, e era isto exatamente o que Lune temia, pois ela devia estar esperando a poeira baixar, e todos acharem que ela não apareceria mais e todos baixarem a guarda para que ela pudesse atacar!Nem mesmo os dois carros de polícia em frente de casa dia e noite a tranqüilizavam... Não conseguia dormir, tinha pesadelos quando conseguia um breve cochilo,estava com olheiras horríveis, e num mau humor ainda pior!
Aquela angústia não passava nunca, lhe consumia a alma, lhe torturava minha essência, lhee exasperava paranóicamente !
Todos os dias Takeo e Megumi  ensinavam-na mais a arte do kendô, e  ela foi aprendendo mais e mais da esgrima,treinando quase o dia todo todos os dias, preparando-se para o pior.
Outra preocupação era a de que não faltava muito para o vestibular, mas nem ela, nem  Takeo tinham cabeça para poder estudar !
Então, pela manhã, o telefone tocou. Atendi correndo, e uma voz conhecida e temida soou:
-Eu não me esqueci de você....estou chegando !
Tremia de nervosa e Kazuo teve de socorrer Lune!Três dias seguidos, sempre à mesma hora, Kotomi ligava, dizendo sempre a mesma coisa, e dando uma risada sarcástica e cruel no final!Ela conseguia se esquivar com maestria das tentativas da polícia de rastrear suas ligações!
Então começaram à chegar cartas feitas com recortes de jornal,  ameaçando Lune de morte, e três dias depois, um policial que recebeu uma das cartas para mim teve uma mão e parte do braço arrancados, sem falar do rosto deformado, e a perda dos dois olhos e ouvidos, por uma bomba de fabricação caseira que ela colocou numa das cartas! E Lune vi o pobre homem da Lei sendo arremessado longe pela explosão horrível...
Ao ver,Lune teve um ataque histérico, suaa pressão subiu, ela desmaiou e teve de ser levada ao hospital de ambulância, às pressas, onde foi medicada e no mesmo dia voltou.
Agora ela ficava deprimida, e tinha crises nervosas o tempo todo, Kotomi estava  deixando Lune desesperada!Ela não podia mais suportar tanta tortura, tanto sofrimento !
Então um dia, um Honda NSX preto parou em frente de casa, quando Lune olhava pela janela do seu quarto. Era precisamente o horário da troca de turno dos policiais!A janela se abriu  e ela viu uma arma, não uma de fogo, mas uma versão recente de uma antiga arma medieval, a besta, ,que embora se pareça com uma carabina , atira flexas,ser empunhada por uma mão feminina.
O braço que se estendeu da janela denotava que ela vestia um traje de sacerdotisa taoísta.
Um zumbido agudo e aterrorizante soou  em minha direção !
E uma flexa se encravou a menos de cinco centímetros da  cabeça de Lune, enterrando-se na parede,trazendo um bilhete consigo, que dizia:
“-Agora sim você já está preparada para morrer ! Até breve! Muito breve ! Kotomi”
Ela poderia ter me matado naquele momento, mas não o quis!O carro saiu cantando pneus e não haviam placas nele.
O Delegado mandou reforçar a guarda, e agora haviam quatro carros de polícia em frente de casa, e mais dois atiradores de elite.
O dia seguinte chegou. Os pais de Lune saíram,  Megumi e  Ruri foram para a escola, e oTakeo ainda não havia chegado.
À cada barulho de carro passando na rua Lune olhava a janela para ver se  ela tinha chegado.
Até que  Takeo chegou, desceu do carro e ela o recebeu, trêmula e nervosa, e ele tentava inútilmente a acalmar.
Tentaram assistir televisão, mas ela não conseguia se concentrar em nada, até que viram um boletim especial  num dos canais:
“Acaba de irromper um incêndio  de proporções catastróficas na central da Polícia da cidade !”
A apresentadora declarou na televisão.
-Ela vai atacar ! Ela vai atacar ! É hoje, Takeo-kun ! E agora? E agora?
-Calma, Lune-san, calma !

(Por continuar)

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