Isto, no entanto, não evitou que uma dúzia de
garotas perdessem a vida nos duelos.
Mas as baixas inimigas eram maiores: trinta e três inimigos foram mortos.
Mas June tinha a garra, a gana e a determinação
de vencer, e seu talento com a espada se mostrava superior, e ela matava mais
inimigos do que as outras, numa eficiência temível, numa ferocidade que fazia
seus inimigos tremerem !
Por fim, sessenta piratas inimigos foram
liquidados, e, diante do maior número de mulheres, foram cercados.
-Renda-se, Capitão, Vulture !Eu venci !
-Idiota!Piratas nunca se rendem ! Lutaremos até o
último homem !Não vamos perder para mulheres !
-Matem todos, menos o Capitão ! Ele é meu !
Ordenou June, friamente, sem dó nem piedade.
As garotas fizeram uma muralha de espadas num
círculo, e , em outro, concêntrico e externo, um círculo de pistolas. Num
movimento coordenado e preciso, fizeram uma verdadeira carnificina.
E de fato, só Vulture sobrevivera.
As garotas fizeram um duplo corredor no convés, e
numa ponta estava June, e na outra, seu inimigo.
-Agora é a hora de cumprir sua jura de morte,
Capitão Vulture !Com a sua morte, honrarei a memória de meu pai e resgatarei
seu navio !
-Venha tentar, sua pirralhinha gostosa de uma
figa ! Vou estupra-la até te matar, desgraçada !
-Venha tentar você, porco do mar !Venha tentar se
for capaz !
Desafiado por June, o furioso Capitão, brandiu
sua espada e correu na direção dela, urrando como um leão !
June foi na direção dele, com seu olhar decidido
e certeiro, como o de uma águia que mira na presa !
Não havia raiva em seu coração, apenas uma auto
confiança inabalável, sólida como rocha!
E o duelo começou !
Espadas giravam e regiravam, velozes, com seus
silvos medonhos de morte, e o bariulho metálico das lãminas afiadíssimas se
cruzando ecoavam pelo navio.
O Capitão era mais alto, tinha braços mais
longos, mas a Capitã era mais ágil e rápida, mesmo dispondo de menos força
física, e não deixava ele se aproximar muito.
Ela dançava em volta dele e de vez em quando o
acertava, e o sangue dele voava, rubro. Mas ele também a acertava de vez em
quando, mas os ferimentos eram superficiais.
Num turbilhão de movimentos furiosos, tão rápidos
que os olhos das espectadora mal podiam acompanhar, os dois se engalfinhavam numa miríade de golpes perigosíssimos, para
todos os lados, mas por fim, June explorou uma falha causada pela fúria
assassina de Vulture, e o braço direito dele voou longe, com espada e tudo,
caindo no mar.
-Você agora está perdido, Capitão. Pode dar adeus
‘a Vida !
Disse June, num sorriso.
-Você quem pensa, meretriz !
Disse Vulture, que, mesmo com o ferimento
extravasando sangue aos borbotões, se levantou e arrancou a espada de uma das
piratas e atacou June !
(Por continuar)
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