segunda-feira, 27 de abril de 2020

Conto: O inusitado encanto da Caixinha de Música


O Inusitado encanto da Caixinha de Música

Ele era um eterno apaixonado por sua esposa, com quem tantos anos viveu.O primeiro presente que ele dera a ela foi uma singela caixinha de música, que tinha uma bailarina que dançava ao som da música Rondo ‘ a la Turca” , de Mozart. Ele lhe dera logo no primeiro dia após voltarem da Lua de Mel,
Ela ficou tão encantada, que guardou a caixinha com primor e devoção por toda a sua vida. E sempre que ele saía ou viajava, ela ouvia a caixinha e se lembrava do marido,a quem tanto amava com infinda paixão.
Mas um dia, a tuberculose dela tirou a vida, para dele o desespero e exasperação.
Ele pensou que enlouqueceria e estava inconsolável, em uma torrente de angústia incontrolável.
Olhando insistentemente nas coisas dela, descobriu a caixinha de música que a ela dera e o pranto lhe veio abundantemente, sobretudo quando ela começou a tocar.
As lembranças de tanto amor, tamanha paixão ao luar, tantas carícias e de tanto beijar,de tanto assim amar, lhe cortavam o coração.
Foi então dormir e olhou o outro lado de sua cama, agora vazio. Sem aquele corpo quentinho a lhe abraçar, só sentia frio e não havia cobertor no mundo que lhe pudesse aquecer.
Mas o que aconteceria durante aquela madrugada , na manhã seguinte o iria surpreender !
Eis que no meio da noite, para seu terror e surpresa, a caixinha de música sozinha se abriu e começou a tocar !
E a bailarina, para seu espanto, estava a dançar!
Mas não parecia uma dança mecânica, automática, tal como mágica, ela parecia ter a mesma graça de sua esposa a valsar !
Ele ficou incrédulo, achou que tivesse visões, delírios talvez, aquilo era insensatez !
Olhou bem de perto a pequena bailarina e, com encanto, para seu júbilo e espanto, para ele sorriu !
Esfregou os olhos, mal podia acreditar, não era possível, aquilo não podia estar acontecendo !
Mas na verdade uma verdadeira magia estava amanhecendo:
Quando ele deu por si, o rosto da bailarina era o mesmo da finada,então do fundo do seu coração ele desejou que ressuscitada estivesse sua amada!
A caixinha então toda brilhou e quase o cegou, mas quando viu ...sim, era ela ! Era sua esposa tão amada, em bailarina transformada, saltara da caixinha para estar do seu tamanho, lhe sorriu com seu brilhante olhar, pegou em suas mãos e começou com ele a dançar !
Como antigamente, como antigamente, ele pensou, tão feliz, tão feliz ele ficou !
Quando o sol finalmente raiou ela de dançar parou, lhe deu um beijo, lhe mimou com um grácil gracejo todo encantador, e lhe disse:
-Meu amor, toda vez que sentires saudades e deres por minha falta, estarei aqui, na caixinha de música , esperando por ti, para dançarmos novamente!
A partir daí, ele zelou pela caixinha de música com devoção, e nunca mais procurou por ninguém, pois eterna era a ela, sua amada esposa, sua devoção.
Um dia faleceu e foi ao caixão.
Quando encontraram a caixinha de música em meio ao espólio, encontraram em miniatura, o finado casal, dançando eternamente
Sua valsa de paixão !

Fim

Cristiano Camargo

Poesia: Em busca de uma Paixão

Em busca de uma Paixão
É ainda noite em meu coração
Olho para o céu de minha álma,
Procurando um sentido para minha essência,
Suspiro para que as estrelas
Me tragam alguma providência,

Alguma esperança para do meu coração,
A existência,

Em busca de uma paixão,
Percorro vales e montes,
Um sorriso feito de estrelas,
A iluminar meus horizontes!
Em busca de um novo Amor,
Uma nova paixão,
Para reacender as labaredas do meu coração !

Por onde estará esta misteriosa amada,
Que fará novamente brilhar,
As estrelas do céu do meu coração?
Grácil como fada,
Cuja aura de sentimentos cintila forte,
Na escuridão,
Do meu coração !

Pois então,
Sigo eu procurando por esta nova paixão,
Que definitiva seja,
Que a Magia dos mútuos sentimentos,
A transforme em Amor,
Inspirando-me novos alentos,
Me devolvendo o prazer de viver !
Que dela a chegada,

Me ilumine com o calor da euforia,
Que seus olhos brilhantes,
Preciosos como diamantes,
Me guiem pelas estradas da Vida,
Cumplicidade, Companheirismo,
Amizade e respeito,
Correspondência plena,
Que aos meus sentimentos,
Os dela abracem com carinho,
Para ficarmos aninhados e quentinhos !

Então sigo em busca de uma Paixão,
Que me diga Sim ao invés de Não,
Que possa ir comigo até o pico,
Mais alto da mais altaneira das montanhas
Do meu coração,

Se juntar a mim a um beijo,
Ao nascer do Sol desta nova paixão,
E que este dia maravilhoso nunca se ponha,
É com ela que quero envelhecer,
E finalmente espantar de nós,
A solidão !

FIM

Cristiano Camargo

Episódio 35- Sensibilidade de Viver: Adendos Finais

 
E o que eu tenho a ver com isto?
-Lune-san, quantas vezes você procurou por ela, ligou para ela, etc? Você não a vê desde os onze anos de idade, desde que ela deixou de morar nesta casa...
-Sim, mas...
-Mas nada, minha netinha ! Relacionamentos familiares , como todos os relacionamentos, são vias de mão dupla ! Se você não cultiva uma amizade, como pode esperar que os outros cultivem por você?
-É, a senhora tem razão, obaba... mas me conta mais dela, por favor!
-Ela é a ovelha negra da família. Nunca deu certo na vida. Solteirona, nunca arrumou marido, nunca parou em emprego, é pobre, mora em um cubículo na periferia, é uma devassa...você sabia que ela foi expulsa desta casa por que ela tentou agarrar seu pai e sua mãe a pegou em flagrante quase nua, abraçada com ele? Do jeito que ela é imoral, deve estar rodando bolsinha por aí....tenho tanta vergonha dela...
Lune ficou espantada !
Mas, secretamente, tomou uma decisão: iria visitar sua tia, e buscar saber a verdade, pois já percebera que sua avó tinha desprezo e preconceito com a própria filha, Por isto, guardou para si, e não contou a ninguém.
Mas por ora, tinha coisas mais prementes a fazer, como a conversa séria  dela com Takeo.
Por isto mesmo, após terminar de conversar com Asuka, Lune subiu as escadas e foi procurar por seu marido.
Olhou primeiro no quarto da filho e viu que ela dormia e estava limpa e de fraldas trocadas.
Só então continuou sua busca e o encontrou no quarto do computador
-Takeo0kun?
-Sim, amor?
-Venha comigo lá para a Bibilioteca, temos um assunto sério a tratar !
Takeo ficou apreensivo, se perguntando o que ele tinha feito de errado desta vez, mas a seguiu até a biblioteca.
-Feche a porta, por favor !
Ordenou Lune.
Ele fechou as duas folhas de correr da porta.
-Então, bem, o que aconteceu?
Lune contou a situação, e logo o semblante de Takeo desanuviou-se em alívio. Não era com ele, nenhuma acusação contra ele.
-Enfim, quero que você fale com seu pai para contratar um advogado para mim, entendeu?
-Entendi, meu amor, mas não será uma conversa fácil. Cada vez que damos gastos a ele, sempre levo broncas...
-Mas é necessária, querido, voc~e não quer que eu perca a guarda de nossa filha, quer?
-Claro que não, amor...
-Então, me ajude, por favor !
-Minha deusinha, o que não faço por ti chorando que não me peças sorrindo?
-Bobo ! Então vai, liga agora !
-Agora?
-Sim, meu bem, quanto mais rápido, melhor !Ah, sei, sei, já entendi, vou deixar você sozinho...mas quero que me conte tudo, todos os detalhes, e não minta para mim, heim? Não tente me enganar !
-Eu não ousaria...
-Acho bom mesmo !
E Lune saiu da biblioteca.

(Por Continuar)

Episódio 73- Admirer Voyages:Peregrine!



Geraldine, Rosimary e uma das seguranças voltaram para a nave alienígena. Pelos sensores de mãos e mapas já carregados, encontraram o resto da equipe de descida na Engenharia da Nave.
-Geraldine, Rosemary e Teresa se apresentando, senhora Imediata !
-‘A vontade, todas vocês ! Estamos tentando coletar informações do que causou a queda da nave aqui !Por falar nisto, Rita, já encontrou alguma coisa?
-Então, Imediata, esta nave possui motores de fissão de nêutrons, e um gerador de Zarp baseado em campos modulados de expansão e encolhimento de bolhas de micro buracos negros, muito interessante e muito diferente de nossa tecnologia. Aparentemente ambos os sistemas foram danificados pela força misteriosa, os vetores de injeção de nêutrons foram fundidos irremediavelmente, e o sistema de Zarp derreteu parcialmente por superaquecimento.Ambos estão inoperantes. Deve ter sido de tanto tentarem escapar da força misteriosa...
-Entendi,caramba, que intensidade esta força tem, para causar isto !
De volta na Peregrine:
-Capitã !Detectada uma forma de vida ! Corresponde ‘a descrição do monstro ! E mais uma, e mais uma, mais dez, mais vinte...ao todo quarenta e oito monstros, e estão cercando a nave alienígena e a naveta !Distância: 500 metros, e se aproximando a 50 metros por minuto !
-Isto só lhes dará 10 minutos, Anne Paula ! Alessandra, avise a expedição! Depressa !
-Capitã, a força misteriosa aumentou de intensidade, nossa taxa de queda aumentou de 250 metros por minuto para 2,5 km por minuto !
-Confirmado, senhora, o campo da força misteriosa decuplicou sua intensidade ! E foi logo após os monstros aparecerem !
--Você está pensando o mesmo que eu estou pensando,Anne Paula?
-Sim, Capitã, desconfio que a origem da força misteriosa, a fonte, esteja nos monstros, eles podem a estar gerando...
-Para atraírem as naves para o planetoide e devorarem tripulações inteiras...claro, faz todo o sentido !
-E tem mais, Capitã, o Campo de príons enfraqueceu!
-Que informação preciosa, Anne Paula !Os monstros são os responsáveis pelos dois !
-Talvez seja um subproduto  da respiração deles, ou, de alguma forma, eles o usem como combustível para gerarem a força misteriosa !
-Sim, Anne Paula, sim, tudo se encaixa perfeitamente ! Alessandra, transmita as novas informações para a expedição lá em baixo !Mas temos de ajudar a elas, ou não teremos a mínima chance...Giselle, prepare  quarenta e oito lasers e dispare nos monstros em salvas de dez tiros por minuto por quatro minutos!Se não morrerem, ao menos os distrairemos e os atrasaremos, dando mais tempo para as meninas !
-Sim, Capitã ! Lá vai !
-Fogo !
A Peregrine atirou, mas os tiros foram desviados pela camada de príons e erraram os alvos, atingindo o solo em média a dez metros de distância deles.
Mas eles perceberam e pararam, olharam para o céu e...
-Capitã, a intensidade da força misteriosa aumentou ! Agora caímos mais 5 km !
-Então nossa teoria está certa ! A fonte são eles mesmos, se os eliminarmos, acaba a força misteriosa !Giselle, lance um torpedo iônico no meio dos monstros !
-Capitã, posso dar uma sugestão?
-Diga, Anne Paula !
-Reprogramar a ogiva para detectar o genoma dos monstros, assim, mesmo desviado pelos príons, o torpedo acertará o alvo !
-Maravilha!Giselle, faça esta reprogramação!
-Para isto eu teria de materializar um torpedo no laboratório do departamento de Artilharia e fazer a reprogramação manualmente !
-Então vá lá e faça ! Depressa !
-Sim, senhora, Capitã !
Já na nave alienígena:
-Você ouviram ! Estamos cercadas pelos monstros, 48 deles, e eles podem se teletransportar para cá a qualquer momento ! Regulem suas armas para matar e as programem para atirar raios e granadas ao mesmo tempo. Ativem seus escudos defletores pessoais.Postos de batalha, postos de batalha !

(Por Continuar)

Episódio 26 (minissérie)- Eternidade


Episodio 26 :Pecado e Castigo

Varios dias tinham se passado no Vale.O céu estava azul naquela manha, e não havia quaisquer sinais de nuvens, a brisa estava mansa e calma, e Mitthu e Serhuu aproveitavam a vida calma e tranqüila das montanhas, pescando e colhendo frutas nos pequenos bosques da região,cultivando raízes saborosas e suculentas, e estavam intensamente felizes e apaixonados.Deitados um ao lado do outro  entre as flores,nas margens do lago plácido e cálido, olhavam para a paisagem deslumbrante de montanhas e o céu resplandescente.
Então uma sombra se projetou no horizonte.O vale repentinamente escureceu.
Uma nave espacial imensa apareceu. Era uma fragata espacial imperial.
Ela flutuava no ar graças a seus motores antigravitacionais, e de dentro dela saiu uma nave menor, que estava em vias de pousar no vale.
-Soldados Imperiais! Serhuu, esconda-se, eles são perigosos!
-Eu já tinha visto destas naves passarem por aqui, mas nunca tinha visto nenhuma pousar aqui.Como sabe que são perigosos?
-Sei porque eu já fui um soldado imperial, já estive na guerra e abandonei o Império.Eles matam sem piedade. Eu vou tentar enfrenta-los, agora, por favor, fuja depressa!
A nave enfim pousou.Um comando de dez soldados acompanhados por seu Comandante desceu de la.
-Queremos esta casa e seus suprimentos. Vamos drenar o lago para reabastecer nossas reservas de água.
Serhuu, que teimou em não fugir, sentindo-se segura ao lado de Mitthu, exclamou, irritada:
-Nunca !Eu não vou deixar! Aqui e´o meu lugar e vivo aqui, e não vou deixar que vocês maculem a Natureza!
-Cale a boca, menina. São ordens e você tem que obedecer, ou morre!
-Comandante, meu nome e´Mitthu. Já fui soldado do Exercito Imperial, e desertei.Deixe minha namorada em paz. Aqui não há nada de estratégico, vão embora, por favor.
-Voce não tem vergonha de ter desertado, soldado Mitthu?Vamos leva-lo preso daqui, você ira para as Masmorras Imperiais agora mesmo!
-Não, por favor, não o levem!
Gritou , em desespero, Serhuu.
-Esta menina fala demais! Disse o Comandante, e soou o disparo de um raio lazer de uma pistola.O tiro acertou o braço dela, que ficou com queimaduras horríveis e profundas.
-Serhuuu! Oh, não! Disse Mitthu, sacando sua espada.Mas dois homens o imobilizaram  pelos braços
A menina gritava de dor e pedia socorro a Mitthu, que tentava se desvencilhar dos soldados, mas um terceiro prendeu suas pernas e ele não conseguia se soltar.
-Ela e´bonitinha. Tragam-na para ca´. Vou estupra-la pessoalmente.Disse o Comandante.
-Não! Serhuu! Foge, foge! Depressa! Gritava, em desespero, Mitthu.
Mas dois soldados a cercaram e arrancaram o vestido e a lingiere que ela vestia e o Comandante se desnudou e agarrou-a. Por horas que pareciam infindáveis ele a estuprou seguidamente, com uma violência assustadora,rompendo tendões e tecidos, espalhando sangue por todo lado,e depois acertou –lhe um tiro que a feriu gravemente, deixando-a sangrar muito, prolongando o sofrimento da morte iminente. So então os soldados soltaram Mitthu, que chorava copiosamente.
Uma chuvinha fina se iniciou, e nuvens negras escureceram ainda mais o Vale.
Mitthu  agarrou-se ao corpo inerte de sua amada, e sentia como se ele mesmo tivesse morrido.
“Ela era tão delicada...como  puderam fazer isto com ela...”
Era o que permeava seu pensamento.Para ele um sonho inteiro estava ali, morto em seus braços, e ele a acariciava com delicadeza, e ele não conseguia imaginar como poderia viver sem ela.Sentia-se frustrado, sentia –se culpado, e começaram a ocorrer –lhe pensamentos de que ele fora quem falhara, de que ele e´ quem deveria te -la defendido e dado sua vida por ela,e a consciência de que se ele tivesse feito isto ele teria perdido a vida e ela também,pois eles teriam feito a mesma coisa com ela depois de ele morrer,não lhe consolava, so´lhe doía mais ainda.Chorar era muito pouco para expressar sua dor, seu vazio, o imenso vazio em seu coração e sua alma, que ficara, uma ferida profunda, uma chaga que corrompera sua vida, sua essência.Ele não sabia mais o que seria do seu futuro, e nem sabia se lhe interessava ter qualquer futuro que fosse agora.
A chuvinha fina então se transformou em tempestade, e o vento começou a ficar violento.Raios explodiam por toda a parte em meio ‘a sinfonia dos trovoes, que ficavam ainda mais assustadores ao ecoar nas montanhas.
Um sentimento de fúria tomou conta de Mitthu, que no intervalo entre um trovão e outro, enquanto  os raios dançavam ao seu redor, levantou a garota  acima da cabeça com as duas mãos, e olhando para os seus, bradou , aos prantos:
-Serhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu   !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mitthu caiu ajoelhado no chao, com os braços para cima, e proferiu uma prece:
-Ceus, o´Ceus, tragam Serhuu de volta...tragam –na de volta para mim...por favor...cuidem bem dela,tragam-na de volta ‘a vida, eu rogo a vos, o´ Ceus !
Então , repentinamente, a  grande nave decolou e desapareceu no horizonte.
O Comandante tentava contactar a nave, sem sucesso, pelo seu comunicador.
Foi quando um imenso tornado surgiu na outra ponta do vale , e estava chegando depressa, mas curiosamente, não tocou o solo, flutuando a dois metros e meio do chão.Quando ele chegou ate´Mitthu, o corpo inerte de Serhuu  começou a flutuar no ar, e a um metro de distancia das mãos de Mitthu um raio gigantesco atingiu o corpo de Serhuu em cheio, fazendo-se vergar tanto que todos pensaram que ele iria se partir em dois, o que não ocorreu, e o corpo foi sugado pelo tornado em direção aos céus e desapareceu.
O mau tempo terminou tão repentinamente quanto começou e um arco íris se fez no Céu.
Os soldados levaram Mitthu preso para a pequena nave, e dali a naveta se encontrou com a nave grande, que os deixou nas masmorras do Palácio Imperial, em Suburbia.
Mitthu ficou em uma cela imunda, e logo o chamaram para câmara de tortura.
La´o Carrasco o espancou sem do´, depois o fez passar por uma sessão de chibatadas. Então veio o interrogatório, diante do temido  Comandante da
Policia secreta e do Carrasco, mais meia dúzia de soldados perversos, e todos se divertiam com o sofrimento de Mithuu, com as costas banhadas em sangue de numerosos ferimentos.
-Onde ficam as instalações dos revoltosos, Soldado? Fale, traidor!
-Eu já disse que não sei, Comandante!
O arrogante e cruel militar  usou de um martelo e quebrou os dedos da mão direita de Mitthu.
-Isto não e´resposta! Vc estava junto daquela revoltosa, aquela pequena prostituta nas montanhas, deve ter passado informações do Exercito Imperial para ela!Agora fale!
-Não manche a memória de Serhuu, desgraçado! Vocês a estupraram e mataram,a única pessoa a quem amei! Nao admito que fales mal dela, verme maldito!
-Huuum, que pena, não tive o prazer de me deitar com ela, vocês deveriam te-la trazido viva para que eu me deitasse com ela!Agora, você, soldado covarde, desertor, traidor, você vai morrer, mas bem aos pouqinhos, e eu vou me deleitar em vê-lo sofrer! Coloquem-no na maquina de arrancar espinha!
A tal maquina era uma cama de ferro, onde a vitima ficava deitada amarrada , de costas para cima, e uma garra metálica cortava os ligamentos da espinha com as costelas, e a arrancava do corpo da vitima aos poucos.
Ele foi preso nesta maquina e a garra enorme se fechou, rasgando a carne, e Mitthu  urrou de dor.Ele sabia que iria morrer, mas so conseguia pensar em Serhuu, e suas lagrimas não eram de dor, mas de saudades.
-Aaaaaaaaaaaaaaaah...ah, Ser...Serhuuu...queria tanto que voce estivesse aqui comigo...
Então o céu, que estava nublado e escuro, repentinamente lançou um clarao cegante pela janela, e um trovão de imensas proporções se ouviu.Um raio entrou pela janela, muito próximo de todos e um redemoinho de vento forte entrou e ficou parado diante de dos soldados, do Carrasco , do Comandante e dos soldados, pairando bem acima de Mitthu, e emitiu uma luz dourada e cegante, que encheu toda a sala, quando voltaram a enchergar o que viam parecia inacreditável.
Eram Serhuu, envolta em uma aura dourada e brilhante, com imensas asas de passaro nas costas, asas que se fecharam em volta de Mitthu, que foi libertado da maquina. Ela o abraçou.
-Sou eu, Serhuu. Estou aqui com você para te proteger. Não deixarei que nada aconteça com você. Por favor, meu querido, me abrace!
-Aaaah, Serhuu, minha amada, e´um milagre...voce esta viva, viva novamente!
-Não estou viva mais, meu bem, mas estou e sempre estarei com você em espírito. Mesmo dos Céus estarei sempre velando por você, estarei sempre contigo para te proteger, quando você mais precisar.
Os soldados atacaram com uma saraivadas de armas lazer, mas nada fazia efeito. Tentaram armas de partículas e ate´uma bazuca fotonica, mas nada conseguia fazer efeito.
As asas então se abriram e Serhuu, com expressão amedrontadora no rosto tinha agora uma espada na mão. Ela se afastou de Mitthu, e mesmo a sala estando cheia de soldados, ninguém conseguiu toca-la, e ela matou a todos com muita rapidez, dizendo:
-Voces agora serão punidos pelo que fizeram a mim e a Mitthu!
Então , depois de dúzias de soldados mortos, ela ergueu a espada para os Céus,e da espada saiu um raio de luz,que explodiu o Palácio todo, enquanto Mitthu ficava abrigado pelas asas protetoras dela.
-Vem, querido, pegue na minha mão, vamos sair daqui.
Ela saiu voando e levou-o pelas mãos, e um pouco mais tarde pousou na beira do lago , no vale onde eles moraram.
-Agora você esta a salvo, meu amor. Preciso ir. Lembra-te de que o amo e estarei sempre contigo em espírito.
-Voce estará sempre no meu coração, meu amor...muito obrigado..por favor me perdoe não ter podido te proteger, e ter deixado tudo isto acontecer com vc, não consigo deixar  de me recriminar...
-Não foi culpa sua, meu amado.Voce também sempre estará no meu coração, então, não se sinta mais sozinho, não sofra mais,pois mesmo la´em cima, ainda assim estarei com você, e irei te proteger e observar, sempre que você precisar, ate´que a sua hora de se juntar a mim chegar.Entao, ninguém mais nos separara.Agora preciso mesmo ir...
Uma luz dourada se fez no centro do lago.
-Querida, leve meu coração com você, leva meu amor consigo, não te esqueças que a amo para todo o sempre!
-Ah, meu bem..voce esta chorando...
Lagrimas caiam do rosto de Serhuu também, que abraçou e beijou a Mitthu, enquanto ambos eram levados, flutuando no ar, ate´o centro do lago.
Então o beijo terminou, e ela começou a ser puxada para cima,  enquanto ele era levado de volta a margem do lado, e ambos acenavam um para o outro, chorando muito.Ela logo desapareceu em meio as nuvens, que se dissiparam e desapareceram, e Serhuu com elas.Um novo arco íris se fez, e Mitthu logo se lembrou que ela tinha dito a ele que, quando ela morreu e foi levada aos céus, o arco íris era um sinal que ela tinha enviado por ela para dizer a ele que não deixasse morrer a esperança, pois ela voltaria, e ao ver aquele segundo arco íris, ainda maior e mais lindo e brilhante de que o primeiro, Mitthu sentiu um peso a explodir em seu coração e , ajoelhado, com as mãos no rosto, chorou como nunca chorara em sua vida, pois sentia que tinha perdido a ela pela segunda vez.... 

(Por Continuar)

sábado, 18 de abril de 2020

Episódio 34- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



Lune pegou a filha no colo e saiu do consultório batendo a porta com força, fazendo estardalhaço, para espanto das outras clientes, que esperavam sua vez.
Lune se lembrava deste episódio agora, e estava aflita, com medo de receber uma intimação da Justiça. Tinha de falar logo com Takeo, para que ele convencesse o pai dele a tomar as providências jurídicas necessárias, já que ela sabia que o sogro tinha condições financeiras de pagar os melhores advogados do Japão, algo que ela não tinha, nem os pais dela !
Porém, outro medo dela era Hayao não aceitar comprar esta briga...mas era a netinha dele que estava em jogo !
Naquela noite da antevéspera de seu aniversário, uma terça feira, Lune chegou em casa, do trabalho super aflita e ansiosa para conversar com o marido sobre este caso jurídico.
Já Takeo chegara do trabalho super animado, pois tinha acabado de comprar o presente da esposa, e respirou aliviado por ele ter chegado primeiro. Assim, tratou de esconder logo o presente.
Mas Lune não queria ter de falar sobre seu assunto na frente de Asuka.Decidiu que esperaria o casal ir dormir para contar.
Ao chegar, foi recebida por Rina, que escapuliu dos braços da bisavó, que estava sentada no sofá.
Rina veio correndo, risonha, falando :
-Mamãe ! Mamâe !
-Oi, filhinha, boa noite, meu bem !
-Mamãe !
-Você está bem, minha doçura?
Disse Lune abraçando a filha e a levando ao ombro.
-Papá !Qué papá !
-Tudo bem, coração, vamos papar então ! Obaba, o jantar já está pronto?
-Sim, Lune-san, já preparei. O Takeo-san já chegou, estava só esperando você chegar para servir !
-Então vamos ! Takeo-kun, vem jantar, meu amor !
-Estou indo !
-Upa, upa, Rina-chan, vamos papar !
-Papá !
-É o papai que você quer, Rina-chan?Oi, querida, boa noite, sejas bem vinda !
-No papai, papá ! Bobo !
Takeo deu um beijo na esposa.
-Está vendo, subestimou a inteligência de sua filha, levou ! Ela está terrível !
-Tetivvi !Tetivi !
Disse Rina, em um risinho.
O casal riu-se a vontade, e foram para a mesa jantar.
Takeo estava ansioso para falar do aniversário de Lune, sobre o presente que tinha comprado, mas como queria fazer surpresa, se segurou a muita custa.
Logo após o jantar e a sobremesa, a família se sentou na sala para assistir televisão. Não tanto pela vontade de Lune, que nunca gostou muito de assistir televisão, mas por causa de Asuka, que gostava, e reclamava de se sentir sozinha assistindo sem a companhia de ninguém.
-Logo chegará a hora do desfralde da Rina-chan...
-Ah, Takeo-kun, por favor, acabei de jantar, não me venha falar de um assunto nojento destes...por falar nisto, é hora de trocar a fralda dela, então, faça-me o favor...toma ela aqui !
Disse Lune.
Takeo concordou, pegou a filha no ombro e  a levou para o quarto dela.
-Você tem sorte, Lune-san, de ter um marido que te ajude...eu criei sua mãe e suas tias sozinha !
-É verdade, obaba !Por falar onde andam minhas tias maternas?
-A Mikasa-san mora atualmente em Yokohama, e é executiva na Suzuki Motos. Já a Futaba-san mora aqui mesmo.
-Ué, e por que a Tia Futaba nunca veio me visitar, não compareceu ao meu casamento, nunca vi ela enquanto morei com meus pais depois de adolescente...
-Ela teve uma briga seríssima com sua mãe, Lune-san. Elas nunca mais se falaram...

(Por Continuar)

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Episódio 72- Admirer Voyages: Peregrine !



-Imediata, consegui ajustar os sensores para detectar o genoma dele!
-Ótimo, Doutora Rosemary, mas...como vamos lutar contra um animal que se teletranporta? Se ele o fizer na nossa frente, detectá-lo no sensor pode ser tarde demais ! Christine, mande mensagem para a Peregrine e informe tudo o que já descobrimos !
-Sim, senhora, Imediata !
-Teríamos de ter um jeito de detectá-lo antes de se teletransportar...e pelo visto, ele tem capacidade também de se esconder dos sensores, bom, se bem que com os sensores regulados para detectar o genoma dele...tenho uma idéia ! Doutora Rosimary, voc, a Geraldine ê e duas seguranças voltem para a naveta agora e regulem os sensores da naveta, que tem bem mais alcance que o nosso de mão, para detectar os sensores, Uma ficará vigiando os sensores e caso o monstro seja detectado, nos avisará ! Alferes Giulia e Sub Tenente Teresa, vão com elas ! Alferes Giulia, você ficará na naveta e tomará conta dos sensores !
-Sim, senhor, Imediata !
As quatro saíram da nave alienígena e foram para a naveta. Todos os sensores de mão da equipe de descida já estavam regulados para detectar o genoma do monstro.
-Bom, acho que não temos mais o que fazer aqui na ponte. Vamos coletar informações na Engenharia e na Enfermaria. Rita, conseguiu acessar um mapa da nave?
-Sim, Imediata !Já estão nos sensores de mão !
-Então vamos!
Enquanto isto, as quatro chegavam na naveta, e contaram  tudo o que descobriram as duas que lá tinham permanecido.
Neste meio tempo, na Peregrine:
-Recebemos novas informações da expedição, Capitã !
-Ótimo, Alessandra, coloque tudo na tela !
-Sim, Capitã!Na tela !
As imagens estavas com muito chuvisco e as vozes estavam com muitas partes truncadas, mas deu para aproveitar a maior parte.
-Impressionante... elas estão sob grande perigo, e nós também !Tamiris, qual a altura  atual de nossa órbita?
-122 km, Capitã, estamos decaindo 250 metros por hora !
-Huum, isto não nos dá muito tempo. Nesta velocidade, cairemos 6 km por dia, em 20 dias estaremos no limiar da atmosfera  do planetoide, e se contarmos mais 100 km de altura da atmosfera, não temos mais do que 35 dias para sair daqui, pois se não escaparmos, em 35 dias já teremos nos esborrachado na superfície !
De volta ‘a naveta:
-Alferes Greta ! Sub Tenente Rita !
-Olá, Doutora Rosemary !
-Como está a Greta, Rita?
-Cada vez pior, os sedativos estão cada vez fazendo menos efeito...
Rosemary lamentou, e contou as novidades. As duas seguranças ficaram apavoradas !
Por fim, Rosemary , com a ajuda de Geraldine, recalibraram os sensores da naveta para localizar o genoma do monstro e, antes de irem embora, Geraldine teve uma idéia, e  entrou em contato com a Peregrine.
-Vou te passar para a Capitã ! Pronto !
-Capitã?
-Sim, Geraldine, pode falar...
-Nós aqui recalibramos os sensores de mão e os sensores da naveta para detectar a presença do genoma do monstro, mas eu acho que talvez fosse bem mais efetivo se a própria nave recalibrasse seus sensores  também !
-É, em condições normais, isto seria uma ótima idéia, mas esta atmosfera do planetoide...Anne Paula, vem cá !
-Sim, Capitã ?
-O que acha da idéia da Geraldine?
-Pode funcionar, Capitã, mas não ficará muito preciso, por causa justamente dos príons, mas de qualquer modo, ajuda o pessoal lá de baixo a localizar o monstro com mais antecedência !
-Ok, Geraldine, sua sugestão foi aceita. Anne Paula, pode implementar. Geraldine, transmita as novas calibrações agora !
-Sim, Capitã !
As calibrações foram transmitidas e rapidamente os sensores foram recalibrados.

(Por Continuar)