quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Episódio 9- Neanderthal 2:Transição de Sangue !




Sim, era mais uma fase Glacial que estava se iniciando, e os animais já tinham pressentido e estavam fugindo daquele inverno sem fim com sua migração.
Acima de suas cabeças, os pássaros testemunhavam a gigantesca manada capitaneada pelos Mamutes!
Eram tantos, incontáveis a perder de vista!
Kirilla e Karanna ficaram espantadas de ver tantos animais reunidos e indo numa só direção, e até os animais que moravam na florestinha ali perto se juntaram ao bando!
E atrás deles, uma horda de predadores gigantes e outros menores, mas todos famintos e perigosos.
Nenhum herbívoro se atrevia a ficar para trás, nenhum filhote se desgarrava da manada, ou estaria entregue ‘a morte certa, pois ninguém iria parar e voltar para salvá-lo e arriscar a vida.
Mesmo os velhos e doentes faziam o máximo esforço para permanecer com os demais, a miríade de dentes caninos afiados arreganhados permanentemente para eles era assustadora.
As duas garotas os seguiam de longe, e, apesar de tudo, de tantos predadores reunidos, se sentiam seguras, pois eles estavam focados apenas nas presas migrantes, apenas procuravam não chamar a atenção, para evitar serem as próximas refeições.
Mas claro que o vento gelado e a neve logo alcançaram a todos, animais e humanos.
Kirilla e Karanna caminhavam embrulhadas nas colchas de pele de mamute, e ainda assim, tiritavam de frio.
A preocupação delas era imensa: não bastava o perigo de algum predador sentir-lhes o cheiro, a caminhada era longa demais, dura demais, na neve espeça, fofa, mas que dificultava os passos imensamente, e elas não podiam ir caçar animais da migração, tinham de esperar algum se desgarrar e torcer para não ser precebido pelos predadores.
Também não poderiam se desviar do caminho e procurar outros animais a caçar, ou se perderiam da manada.
E como no caminho os animais locais iam se juntando na manada, a tendência é que fora dela, tudo estivesse vazio de vida e não restasse nada a caçar.
Assim, a fome seria inevitável, assim como o cansaço depois de horas e horas de lenta caminhada.
Enquanto isto, bem distante dali, Lur-Okow e Ran Atok , expulsos da caverna Neanderthal, viajavam, enregelados de frio, com neve até os joelhos e tudo o que viam, por quilômetros a fio eram planícies brancas e florestas vazias cobertas de branco.
Menos musculosos, e com menos adaptações para o frio, eles sofriam mais que os Neanderthal.
Foi quando encontraram um imenso casco de Gliptodonte (tatu do tamanho de um carro), vazio, e resolveram tentar se abrigar do frio e da neve ali.
Eles tentaram fechar a frente e a traseira do casco com peles de Mamute, o que não era cem por cento eficiente, mas conseguiu conservar um certo calor lá dentro.
Tinham encontrado um abrigo improvisado, mas até quando? Aquelas nevascas podiam durar meses e meses e eles não tinham comida com eles. Tentar caçar naquele frio era loucura, sem falar inútil: todos os animais da região já estavam na migração.
Já os Neanderthal que tinham ficado na caverna se deram melhor , mas apenas por enquanto:
Havia fogueira, e eles mataram o Urso das Cavernas que hibernava no fundo da gruta, e conservavam sua pele, carne e gordura na neve que traziam de fora.
O fundo da gruta tinha um rio subterrâneo, onde eles podiam beber água.
Assim, eles tinham abrigo, quentura , comida e água, mas...por quanto tempo?
Nem eles mesmos sabiam !
Voltamos então a Karanna e Kirilla:
Para elas, ainda não havia nenhum abrigo, e nem sinal de caverna por perto, nem mesmo uma toca de animal grande.
-Kirilla, eu...eu estou com tanta fome..tanta fome, que comeria sozinha um Mamute !
-E eu, se pudesse, dois, Karanna, mas por enquanto hão há o que fazer...
-Você viu? Aquele Garras Grandes velho que ficou para trás? Os lobos gigantes o despedaçaram vivo , depois as Mortes de Dentes Longos foram para cima deles e depois um Urso Gigante e então as Hienas gigantes chegaram e só vi sangue voando para todo lado, um monte de animais caçadores morreram, e outros foram de alimentar deles, e no fim, nada sobrou para nós!
-Sim, eu vi, um horror, um horror...eles já são ferozes, mas com a fome crescente, enlouquecem completamente!
-E aquele Cauda Mortal então? Ficou para trás, e os caçadores o cercaram e tanto fizeram que conseguiram revirá-lo de cabeça para baixo, e o mataram e devoraram!
-Por favor, pare de falar em comida...e meus pés, meus pés estão me matando de tanto caminhar, estou com cainbras, mal consigo andar...
-Eu também, a mesma coisa..minhas unhas estão ficando pretas....precisamos encontrar um abrigo e comida de qualquer jeito, ou vamos morrer, Kirilla!
-Vamos resistir, Karanna, calma, vamos conseguir encontrar alguma coisa...
-Será que não seria melhor a gente deixar os animais irem e procurarmos algum abrigo?
-Não sei se vale a pena, sinceramente...que situação difícil...
-Podemos seguir as pegadas deles depois...
-A neve e o vento logo encobrirá os rastros deles, Karanna...e nem sabemos para onde estamos indo...
-Os animais também não ! Só sei que estão indo na direção em que o Sol se põe....
-Verdade, isto nós podemos fazer... mas ficando perto da manada, podemos tentar pegar alguma sobra...
-Mas os animais caçadores não tem deixado nada para trás, só ossos !
E no momento, passavam por dezenas de carcaças de predadores mortos e de presas idem.
-São paragens de Morte, essas...não sei, ainda estou indecisa, do que devemos fazer...
-Olha para aquele lado! Montanhas! Onde tem montanhas podem ter cavernas, Kirilla!
-Sim, mas podem não ter também. E  se não tiver o que caçarmos lá?
As duas pararam e olharam para ambos os lados.
De um, a manada. Do outro, as Montanhas. A decisão iria definir se iriam sobreviver ou morrer...qual caminho escolherão?

(Por Continuar)

Episódio 214- Admirer Voyages !


-Chegamos ao andar da Ponte. Vou abrir a porta do elevador por aqui!
-Ué, mas sem energia? painel está do outro lado !
-Frida, se for para você falar do que não sabe, melhor calar a boca e não atrapalhar meu trabalho !
Isolda abriu manualmente um painel com suas ferramentas, e ali estava outra tomada. Ela colocou a bateria portátil ali e apertou um botão dentro do painel e as portas se abriram.
-Finalmente, vamos sair daqui o quanto antes !
Disse Wendy.
As tr~es finalmente entraram na Ponte.
-Chegamos, Capitã !
-Isolda, que bom que você chegou !
-Obrigada, Capitã, não se preocupe, vou salvar a nave outra vez !
-Agradecida, Isolda, mas o que aconteceu? E por que a Irisa está aparecendo e desaparecendo?
-É isto o que aconteceu, Capitã, a Irisa ficou doente ! E como ela é a nave e todos os Sistemas da nave, o estado dela afetou todos os sistemas da nave!
-Entendi, Wendy, então precisamos salvar a Irisa depressa! Será que é por isto que os sistemas secundários de backup não entraram em funcionamento?
-Sim, Capitã, é por isto. Como rotina de sobrevivência ela automaticamente canalizou toda a energia da nave para tentar sustenta-la, e isto drenou todo o fornecimento de energia, afetando todos os sistemas. Como só podemos ligar os outros quatro sistemas de back up manualmente pela Ponte  ou pela Engenharia, mas todos os consoles e painéis da nave toda estão sem energia, não tem como ligar pelas vias normais. E, Wendy, melhor colocar a Irisa para descansar numa das poltronas para visitantes do fundo da Ponte, pois o console dos Sensores e do leito de Assistência não vai funcionar agora !
-E como faremos, Isolda?
-Voçês não farão nada, eu farei. Eu vou até a  Engenharia religar manualmente o sistema backup secundário.
-Não quer que a Wendy ou a Frida te ajudem, Isolda?
-Não, Capitã, pode deixar que eu faço tudo sozinha. Quando eu chegar na Engenharia, Yolanda irá me ajudar.
-Confio em você, Isolda!
-Faz muito bem, Capitã, sou a melhor da Frota !Agora preciso ir, a questão é urgente !
-Vá, dispensada !
Disse Dina, e Isolda submergiu pelo túnel do elevador.
Enquanto isto, Valéria na Exploiter, continuava preocupada, pois agora todas as últimas luzes da Admirer tinham se apagado !
-Elas estão no escuro...e nós aqui sem saber o que fazer..Thaís, Priscilla, coloquem nossa nave diretamente na frente da Admirer, a poucos metros de distância e com nosso disco na altura da Ponte delas !
-Sim, Capitã !
-Dexia, qual o resultado do escaneamento?
-O black out geral foi causado por um vírus que se instalou na Irisa, Capitã. No momento a Comandante Engenheira Chefe está tentando reativar manualmente o backup de emergência !
-Que estranho...de onde surgiu este vírus, quem o instalou, como ela se contaminou...
-Ainda não disponho destas informações, Capitã. Ela, como eu, tem um sistema imunológico artificial virtual muito poderoso, quem o fez tem grandes conhecimentos de informática hacker. Mas há camadas das informações pessoais dela que eu não consigo acessar por serem super protegidas !
-Entendo...depois vou precisar falar com a Dina sobre isto, isto é muito grave, se contaminou a ela, pode contaminá-la também, e a todas as naves da Frota !Preocupante, Dexia !
De sua cadeira, Valéria não podia ver, mas Anne Paula estava pálida como cera...
Logo a Exploiter estava bem em frente da Admirer, e ligou seus faróis de posição, que banharam a ponte da Admirer de luz.
E por falar na Admirer:
-Quw luz forte é esta?
-Acho que deve ser a Exploiter, Capitã, estão iluminando nossa ponte para nós !
-Ah, Amber, a Valéria, tão amiga, sempre tão gentil e preocupada conosco !Finalmente dá para enxergarmos alguma coisa aqui !
Enquanto isto, Isolda lutava para chegar na Engenharia, e corria sério risco de despencar, mas finalmente conseguiu alcançar o último deck do disco, abrir a porta e correr pelos corredores até outro elevador, abriu outro, desceu escadas de novo, abriu outra porta, depois de descer todos os decks do “pescoço” da nave até chegar no corpo principal e finalmente chegou no deck da Engenharia.
Lá, suas comandadas, para variar, estavam feitas baratas tontas. O máximo que conseguiram fazer foi iluminar a engenharia com suas lanternas de emergência.

(Por Continuar)

Episódio 154- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Depois de tamanho trabalho de convencimento feito por Takeo, Lune finalmente resolveu ir para a casa dos pais.
O noivo dela se ofereceu para leva-las ela preferiu ir com o carro dela.
Assim que ele viu da janela de seu apartamento o carro de Lune sair da garagem do prédio, Takeo ligou para os pais de Lune e avisou-os de que ela estava a caminho, e depois desceu, pegou seu próprio carro e foi para a casa dos Tamasuki também.
Normalmente naquele dia os pais dela estariam fora na hora do almoço, e era o que Lune esperava de fato encontrar.
Ela nem percebera que os carros de seus pais estavam estacionados na rua, perto da casa.
Chegou, estacionou na garagem, e como de costume, encontrou –a vazia.
Saiu do carro e entrou pela porta interna que dava para a garagem.
Como ela mesma esperava, tudo vazio, silencioso.Então, foi para a sala.
Porém, assim que ela passou pela soleira do hall que separava a cozinha da sala e onde ficava a escada, bombas de confete  e serpentina explodiram e a cobriram de papel colorido, e ouviu-se um coro de alegres gritos:
-Seja bem vinda, Lune-san !
E palmas entusiasmadas irromperam, luzes de festa se acenderam e músicoa j-pop bem animada e alegre começou a tocar !
Seus olhos se arregalaram:
Lá estavam seu pai, sua mãe, seu irmão, Megumi, Sasami, Hayao, Motoko, Ruri e Soichiro com sua bebê !
-E...eu não acredito...o que vocês todos estão fazendo aqui?
Indagou Lune, surpresa.ao ver que todos vinham na sua direção para abraça-la.
-Nós estamos todos aqui reunidos para esta festa em sua homenagem para lhe mostrar o quanto ovoc~e é querida por todos nós e o quanto nós todos te amamos !
Disseram ao mesmo tempo Kazuo e Momiji.
Lune colocou a mão na frente da boca, de queixo caído!
Lágrimas  de emoção caíram de seus olhos!
Repentinamente via-se cercada de gente a abraçando e sentindo-se abraçada por todos, com carinho -estava incluída afinal !
Mais do que nunca, sentia-se novamente parte da família, e sentia-se querida e amada, e ela estava radiante de alegria !
A todos recebeu, e a todos abraçou , comcomoção, e para seus pais, seu abraço foi especial, com direito a choro no ombro e tudo !
Nem bem tinha terminado tantos abraços, a porta da sala  se abriu:
-Takeo-kuuuuuun !
Lune gritou, largou todo mundo e foi correndo abraça-lo e beijá-lo efusivamente, de olhos marejados!
-Surpresa !entende agora por que eu queria que você viesse para cá, meu amor?
-Meu querido, quantos melhores dias da minha vida você ainda irá me proporcionar?Assim eu não aguento, viu?
Disse Lune após um quentíssimo beijo na boca , intensamente aplaudido por todos, emocionados.
-Todos, todos os que eu puder, meu bem ! Ainda achas que eu não te ame e que você signifique só um corpo para mim?
-Claro que não, Takeo-kun, desculpe, me perdoe...a cada dia você me dá mais provas de que me ama, por isto é que te amo tanto...nunca mais esquecerei este dia !
Os pais dela se aproximaram, e Takeo soltou Lune gentilmente.
O clima agora era constrangedor, mas os três o enfrentaram, embora ruborizados.
-Por favor, filha, nos perdoe por nosso erro de ontem, a culpa é nossa, e queremos nos redimir por tê-la feito sofrer...
-Mãe..pai...eu amo vocês dois...amo tanto...vamos esquecer o ontem, não cabe culpa e nada há para ser desculpado!Nós três nos amamos e somos uma família, então...vamos comemorar !
Disse ela abraçando os pais e dando um beijo no rosto de cada um!
Lune viu o banda id no nariz do pai, e viu que a armação do óculos dele, etentava se perdoar a si mesma por se sentir tão culpada por ter machucado a ele...
-Então vamos !O churrasco está pronto ! Vamos comemorar nossa união !
Disse Kazuo, e a festa começou, animada! Muito sakhê, cerveja, refrigerantes, vinho, muita lula grelhada, peixe grelhado e muitas carnes, verduras, tempurá e muito arroz.
Depois Lune dançou, animada e feliz, e a festa durou o resto do dia, até tarde da noite!
Só em torno das onze os convidados começaram a ir embora.

(Por Continuar)