domingo, 19 de novembro de 2017

Neanderthal 2 :Transição de Sangue- Introdução e Preãmbulo



NEANDERTHAL 2:

Transição de Sangue


Introdução:

Esta é a história da vida de Kirilla a filha de Kros-Ganik, o personagem principal do livro “Neanderthal” e sua discípula Karanna, e mostra o que ocorreu logo após a morte dele, além de mostrar cenas da infância dela que não foram mostradas no livro anterior. A história se passa na França, há cerca de 30.000 anos atrás. Quando os(as) personagens falam em primeira pessoa,ele/elas usam nomes fictícios para designar os povos e os animais, que são os seguintes:
Ka-Gigur:Neanderthal
Ke-Gemmar: Humanos atuais(Homo sapiens)
Morte de Dentes Longos :Felino dentes de sabre (Homotherium sp)
Cauda Mortal:Gliptodonte (tatus gigantes) (Glyptodon sp.)
Garras Grandes: Bicho Preguiça Gigante(Eremontherium sp.)
Os demais animais da Era do Gelo que participam da história são descritos por seus nomes populares.


Preâmbulo:

Logo após a morte de Kros- Ganik, Lur-Okow e Rur –Tenok, os dois homens de cro- magnon que acompanharam o final da vida deste grande homem de Neanderthal, sensível e inteligente e lutou por toda a sua vida pela compreensão da Natureza, dos animais e teve uma visão crítica de sua sociedade , estavam desolados e inconsoláveis. .O frio dentro da caverna era muito intenso, mesmo com a fogueira acesa, e agora tinham que viver sozinhos. Estavam perdidos no meio do nada, e sem esperança de viver, naquele inverno que não acabava nunca, sem que soubessem que estavam enfrentando a Era Glacial mais rigorosa de todos os tempos ate’ então.
Então, alguns dias depois, quando nem sequer tiveram forcas ou vontade de enterrar o velho Mestre, que permanecia bem conservado pelo frio intenso,
com a entrada da caverna já quase fechada pela neve profunda, que ouviram ruidos de passos humanos na neve, e notaram que alguém estava escavando a neve. Era uma família de homens de Neanderthal!
-Ei, estamos aqui! Estamos vivos! Alguém nos achou, Ran- Atok!
-Este estava tão enregelado que grunhiu alguma coisa ininteligível, e nem prestou atenção.
Lur-Okow, no entanto, entusiasmou-se e gritou:
-Ei, aqui! Estamos vivos! Estamos vivos!
Uma mão se viu passar pela fresta, e lanções de pedra negra esgarçaram a entrada com dificuldade.
--Já escutei, não precisa mais gritar! Pode chamar a atencão dos lobos gigantes!
`A luz fraca da tarde, a figura baixa, mas forte de um Neanderthal se apresentou na entrada da caverna.
-Obrigado, obrigado por nos salvar! Pelo Deus Urso, que bom ver alguém de novo! Disse Lur-Okow.
-Como sabe nossa lingua, Ka-gigur?
-Um velho Ke-gemmar nos ensinou, Kros-Ganik! Ele morreu conosco aqui nesta caverna, devido a idade avancada, não aguentou o frio. Ele salvou nossas vidas e nos ensinou tudo o que sabemos, ele foi incrível. Estamos tão fracos por falta de comida que nem pudemos enterra-lo...
-Entendo. Então vocês vem conosco. Meu nome e’ Kres- Guran. Estamos procurando outros povos Ka-gigur, se vocês dois permanecerem ai, irão morrer de fome e frio. Ki-Gihura, minha esposa lhes dara’ um pouco de carne salgada que temos conosco. Tivemos de migrar, porque a caca se extinguiu onde morávamos, que fica onde o sol se põe. Então estamos indo na direção em que o sol nasce. Esta e’ a minha filha de dez anos, Karanna, e este e’ meu filho Kras- Gunamm, de quatorze. Mas vocês deveriam ter vergonha de não ter enterrado ainda este ancião, assim seu espirito não ira’ para a pista de caca celeste, e pode se unir  ao do Urso que morreu, que era um urso gigante, mau, e se transformar em um. Ele era um Xaman como eu?
-Não, ele foi um Chefe. O povo dele se extinguiu. Ele só tinha a nós.
Então eles foram recebidos pela família Neanderthal, e viajaram todos juntos, enfrentando tempestades de neve, frio intenso, ventos furiosos e gelados, e caçando o pouco de animais que restavam naquele ambiente inóspito.
Mas depois de três meses  de viagem, o clima começava a amenizar, a camada de neve  a diminuir , o sol ficou mais forte, e a planície cortada por florestas deu lugar a um vale serpenteante, e agora já haviam cavernas nas encostas das montanhas. Aqui e acolá haviam pequenos bosques bem abertos, não mais grandes florestas circundando campinas vastas como antes.
O que viam agora fazia parecer que estavam no meio de uma Era Glacial:
Haviam hordas de Mamutes marchando as margens do rio serpenteante, que cruzava todo o vale, Mortes de Dentes Longos e Leões das cavernas, hienas, lobos gigantes  e lobos comuns caçando, Megaloceros(cervos gigantes) e rinocerontes lanudos pastando, cervos menores também, imensos Gliptodontes, que eram tão raros, escavando suas raizes. Uma abundância de animais e de caca como há muito não viam, uma visão belíssima que se descortinava aos olhos de todos eles, com seus rostos iluminados por seus sorrisos ao sol da manhã.
Logo acharam uma caverna vazia e confortável e se instalaram. Ali a temperatura ambiente era de quatro graus positivos, não cinquenta abaixo de zero como antes .

(Por Continuar)

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