-Não
é culpa só sua, amor, é nossa...a Lune-san disse que trancamos a casa e a
esquecemos para fora...nós nem a chamamos para jantar conosco, e ela se sentiu
excluída, rejeitada por nós, ela está muito magoada...
-E
eu ainda fui tão dura com ela...preciso medir minha língua e me conter no que
falo...nossa filha está sofrendo...
-Tentar
conversar com ela agora será pior, meu amor, melhor deixar ela no canto dela
hoje. Eu vou colocar seu carro antigo na
frente da casa, fora da garagem e fechar o portão da garagem agora.
-O
difícil será eu resistir a ir falar com ela, preciso tanto...meu coração não
aguenta de remorso...aliás, eu cometi uma injustiça com você também...muito
obrigada pelo meu carro novo, amor, eu estava precisando...
Naquela
noite, ninguém conseguiu dormir. Os pais, com forte sentimento de culpa, e
Lune, com a rejeição a mil.
Kazuo
ficou pensando a noite toda: Lune precisava se sentir incluída e valorizada, ou
não perdoaria os pais. Ele conhecia a
filha que tinha, como ela se sentia e de que ela precisava.
Já
Momiji se debatia em culpas e sofria com o sofrimento da filha e não se
perdoava.A vontade dela era ir correndo no quarto de Lune e abraça-la e fazer
confissões de amor maternal a ela, mas ao mesmo tempo lhe sobressaltava o
pãnico de se ver rejeitada e magoada pela própria filha mais uma vez.Afinal,
ela sabia que se assim ocorresse, ela ficaria impossibilitada de ajudar a filha
e lhe consolar.
No
dia seguinte, como seria de se esperar, Lune não quis se levantar cedo, e não
quis tomar o desjejum com os pais.
Ela
não os queria encarar, e estava com medo de que eles estivessem bravos com ela
e não sabia como poderiam reagir.
Por
outro lado a dúvida se chamavam ou não a ela foi enorme, mas acabaram batendo
na porta dela, que não respondeu.
Eles
então tomaram o café da manhã e ninguém tinha cabeça para trabalhar naquele
dia.
Mas
Kazuo estava decidido a reconquistar a própria filha e quando ela saiu do
quarto, e saiu de casa e pegou o carro dela, ele resolveu colocar em prática o
plano dele.
Telefonou
para Takeo e explicou todo o acontecido e disse que era possível que Lune o
fosse encontrar de surpresa, Explicou então seu plano a ele.
De
fato, o pai estava certo: era para o apartamento de Tako que Lune rumara e não
demorou, o interfone tocou, e logo Lune chegava no apto do noivo.
Ela
explicou o acontecido a Takeo, que fez de conta que não sabia de nada e escutou
tudo pacientemente.
Neste
meio tempo, Kazuo já tinha explicado seu plano para Momiji e cada um saiu no
seu próprio carro para correr atrás da execução do plano.
Ruri
e o marido, Sasami, Otaru e até Hayao e Motoko foram avisados.
Takeo
resolvera a parte financeira do pagamento dos custos da realização do plano por
telefone ainda antes de Lune chegar.
Todos
queriam que fosse uma grande e agradável surpresa, e as coisas andaram
frenética na casa dos Tamasuki.
Lune,
alheia a tudo, estava ainda desolada e triste, desanimada.
-Takeo-kun,
eu bati nele...eu nunca, nunca briguei com ele, nunca bati nele na minha vida,
eu o magoei, o machuquei, ele que foi sempre tão bom para mim...será que ele
irá me perdoar?
-E
o que é que um pai não perdoa, amor?Claro que vai, ele deve é estar se sentindo
super culpado uma hora destas...
-A
culpa foi minha..eu não devia ter me metido, minha mãe tinha razão...
-Eu
acho que não cabe culpa nisto tudo não, meu bem, fica tranquila.Foi uma falta
de diálogo, um mal entendido...cada um tinha suas próprias razões...
-É..não
sei...não estou convencida disto...
-Não
se sinta assim rejeitada, querida, seu pais te amam...
-Me
amam tanto que me abandonaram...
Não
pense assim...
-Não,
Takeo-kun?E como você pensa que estou me sentindo até agora?
-Amor,
eu sei que você tem todas as razões do mundo para se sentir como você está se
sentido, mas se coloque um pouco no lugar deles...
-E
eles se colocam no meu lugar, por acaso?
-Do
jeito deles, acredito que ao menos tentem...
-Ah,
sei, certo, eles tem toda a razão e eu não tenho nenhuma, estou sempre errada e
eles é que estão sempre certos, sei, sei...
-Não
precisa ser irônica, fofa...
-Você
os defende demais e não defende a mim !Se você me amasse de verdade, me
defenderia, me daria razão, não a eles...
-Não,
imagine, anjo, não é assim...
-Claro
que é assim !Afinal, para você eu sou apenas um pedaço de carne!Uma vagina
aberta para você se enfiar e beijar, um traseiro para você passar a mão e encoxar, dois peitos
para você apertar e chupar, e lábios para você beijar, o resto não te interessa
!
(Por Continuar)
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