segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Episódio 152- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



-Não é culpa só sua, amor, é nossa...a Lune-san disse que trancamos a casa e a esquecemos para fora...nós nem a chamamos para jantar conosco, e ela se sentiu excluída, rejeitada por nós, ela está muito magoada...
-E eu ainda fui tão dura com ela...preciso medir minha língua e me conter no que falo...nossa filha está sofrendo...
-Tentar conversar com ela agora será pior, meu amor, melhor deixar ela no canto dela hoje. Eu vou colocar seu carro  antigo na frente da casa, fora da garagem e fechar o portão da garagem agora.
-O difícil será eu resistir a ir falar com ela, preciso tanto...meu coração não aguenta de remorso...aliás, eu cometi uma injustiça com você também...muito obrigada pelo meu carro novo, amor, eu estava precisando...
Naquela noite, ninguém conseguiu dormir. Os pais, com forte sentimento de culpa, e Lune, com a rejeição a mil.
Kazuo ficou pensando a noite toda: Lune precisava se sentir incluída e valorizada, ou não perdoaria os pais. Ele conhecia  a filha que tinha, como ela se sentia e de que ela precisava.
Já Momiji se debatia em culpas e sofria com o sofrimento da filha e não se perdoava.A vontade dela era ir correndo no quarto de Lune e abraça-la e fazer confissões de amor maternal a ela, mas ao mesmo tempo lhe sobressaltava o pãnico de se ver rejeitada e magoada pela própria filha mais uma vez.Afinal, ela sabia que se assim ocorresse, ela ficaria impossibilitada de ajudar a filha e lhe consolar.
No dia seguinte, como seria de se esperar, Lune não quis se levantar cedo, e não quis tomar o desjejum com os pais.
Ela não os queria encarar, e estava com medo de que eles estivessem bravos com ela e não sabia como poderiam reagir.
Por outro lado a dúvida se chamavam ou não a ela foi enorme, mas acabaram batendo na porta dela, que não respondeu.
Eles então tomaram o café da manhã e ninguém tinha cabeça para trabalhar naquele dia.
Mas Kazuo estava decidido a reconquistar a própria filha e quando ela saiu do quarto, e saiu de casa e pegou o carro dela, ele resolveu colocar em prática o plano dele.
Telefonou para Takeo e explicou todo o acontecido e disse que era possível que Lune o fosse encontrar de surpresa, Explicou então seu plano a ele.
De fato, o pai estava certo: era para o apartamento de Tako que Lune rumara e não demorou, o interfone tocou, e logo Lune chegava no apto do noivo.
Ela explicou o acontecido a Takeo, que fez de conta que não sabia de nada e escutou tudo pacientemente.
Neste meio tempo, Kazuo já tinha explicado seu plano para Momiji e cada um saiu no seu próprio carro para correr atrás da execução do plano.
Ruri e o marido, Sasami, Otaru e até Hayao e Motoko foram avisados.
Takeo resolvera a parte financeira do pagamento dos custos da realização do plano por telefone ainda antes de Lune chegar.
Todos queriam que fosse uma grande e agradável surpresa, e as coisas andaram frenética na casa dos Tamasuki.
Lune, alheia a tudo, estava ainda desolada e triste, desanimada.
-Takeo-kun, eu bati nele...eu nunca, nunca briguei com ele, nunca bati nele na minha vida, eu o magoei, o machuquei, ele que foi sempre tão bom para mim...será que ele irá me perdoar?
-E o que é que um pai não perdoa, amor?Claro que vai, ele deve é estar se sentindo super culpado uma hora destas...
-A culpa foi minha..eu não devia ter me metido, minha mãe tinha razão...
-Eu acho que não cabe culpa nisto tudo não, meu bem, fica tranquila.Foi uma falta de diálogo, um mal entendido...cada um tinha suas próprias razões...
-É..não sei...não estou convencida disto...
-Não se sinta assim rejeitada, querida, seu pais te amam...
-Me amam tanto que me abandonaram...
Não pense assim...
-Não, Takeo-kun?E como você pensa que estou me sentindo até agora?
-Amor, eu sei que você tem todas as razões do mundo para se sentir como você está se sentido, mas se coloque um pouco no lugar deles...
-E eles se colocam no meu lugar, por acaso?
-Do jeito deles, acredito que ao menos tentem...
-Ah, sei, certo, eles tem toda a razão e eu não tenho nenhuma, estou sempre errada e eles é que estão sempre certos, sei, sei...
-Não precisa ser irônica, fofa...
-Você os defende demais e não defende a mim !Se você me amasse de verdade, me defenderia, me daria razão, não a eles...
-Não, imagine, anjo, não é assim...
-Claro que é assim !Afinal, para você eu sou apenas um pedaço de carne!Uma vagina aberta para você se enfiar e beijar, um traseiro  para você passar a mão e encoxar, dois peitos para você apertar e chupar, e lábios para você beijar, o resto não te interessa !

(Por Continuar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário