quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Episódio 137- Sensibilidade de Viver: interlúdio ETP


 

O que lhe fizera para que a odiasse tanto assim?
Era ininteligível, inacreditável, e abalou e traumatizou Lune, que ficara preocupada agor: e se sua futura filha também a reprovasse e a rejeitasse, a odiasse?
Ruri tirou um dos seios para fora e começou a amamentar a filha que, gulosa, mamava com sofreguidão.
-Desculpe...
-Por que, onee-san?
Disse Ruri.
-Por ter feito a Rena –chan chorar...
-Ah, ela é meio temperamental, não liga não...
Respondeu Ruri para a irmã, disfarçando.
Lune tentou fazer um carinho na cabeça da sobrinha, mas para seu espanto, uma mãozinha delicada bateu na mão dela, sinalizando para parar.
Desculpe, onee-san, ela não gosta de agrados enquanto mama..
-Eu...eu entendo, onee-san...
Finalmete a bebê acabou de mamar e Ruri a colocou para arrotar.
-Bom, eu acho que vou descendo...não quer descer comigo para conversarmos com todo mundo?
Perguntou Ruri, tentando ser o mais simpática  e educada possível.
-Só vou salvar o que estava fazendo e já estou descendo.
Doravante e para sempre, Rena e Lune nunca se dariam bem, com uma antipatia mútua que parecia não ter explicação e equem nenhuma das duas jamais conseguiriam encontrar a razão de acontecer, mas acontecera desde o primeiro dia !
Ruri saiu do quarto e desceu as escadas com delicadeza.
Lune ficou um pouco no quarto ainda, pensativa.
Ficava procurando onte tinha errado e o que teria feito de errado e não conseguia encontrar.
Mas sabia que precisava encontrar a família novamente e acabou descendo também.
Porém foi Lune chegar, para Rena parar de sorrir e voltar a chorar.
E não parava mais a ponto de preocupar a todos.
-Será que ela está sentindo dor?
Perguntou Kazuo.
-Será que ela ficou doentinha?
Foi a declaração de Soichiro.
Ruri olhou aflita para Lune, completamente sem graça, sem saber o que fazer!
Ela queria que Rena gostasse de sua tia e se desse bem com ela, e sabia que Lune se esforçava para conquistar o coração da sobrinha.
Mas coração de mãe não se engana: Momiji olhou bem para Rena, e depois olhou para Lune, depois olhou pra Rena e depois olhou feio para Lune, com olhar severo e reprovador.
Momiji não podia falar na frente de todos, mas seu olhar já dizia o que ela queria expressar:
-Sai daqui, Lune-san !
Lune engoliu em seco, e lágrimas saíram de seus olhos.Ela virou as costas para todos e saiu correndo e subiu as escadas e foi direto para seu quarto, dizendo:
-Desculpem !
Todos na sala, menos Momiji, ficaram atônitos, sem entender nada.
O clima ficara esquisito, estranho,inexplicável.
A coisa ficou tão sem graça, que Ruri resolveu ir embora, depois de dar banho na filha no seu antigo quarto ao lado da sala.
Não demorou, Kazuo e Momiji se despediram na porta , de Soichiro, Ruri e Rena.
Assim que a porta se fechou e eles viram a nova família indo embora no carro deles, Momiji disse:
-Esta menina ainda vai nos dar muito trabalho...
-Está falando da Lune-san?
-Não, estou falando da Rena-chan. Coração de mãe não se engana, de avó menos ainda ! Esta menininha vai ser a mais pura arrogância e vai ser de um pedantismo sem fim, já vi que será insuportável...tenho dó da Ruri-san, coitada...
-Não seria muito cedo para dizer isto, amor?
-Meu sexto sentido não falha!Eu criei três crianças e sei como é !
-Só espero que não culpes a Lune-san...
-Ela não tem culpa. Bom, talvez, em parte sim.
-Mas ela não fez nada, é a primeira vez que vê a sobrinha...
-Fez sim...
-O quê?
-Existiu...ou melhor, existe !
-Oras, anjo, não sejas cruel...
-Esquece, Kazuo-kun, só mulheres são capazes de entender isto! Vou conversar com a Lune-san agora !

(Por Continuar)

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