Finalmente os três chegaram em casa.
E quem esperava por elas era Momiji.
-Oi, mamãe, boa noite ! Chegou bem na hora do jantar !
-Você atrasou o jantar da família por minha causa, filha?
-Imagine, é o horário de nosso jantar de sempre...
-Não era este quando vim a última vez, e nós atrasamos...
Só então Momiji viu o grande amassado e afundamento na
porta do motorista:
-Kazuo-kun, o que você aprontou desta vez?Por que você
bateu nosso carro?
-Eu quem estava dirigindo, mamãe...
-Por que você deixou ela dirigir, se ela é jovem e
inexperiente na direção, Kazuo-kun?
-Oras, filha, não implique com seu marido, você nem sabe
de nada !Sirva o jantar e pare de resmungar, ora essa!
Disse Asuka, nervosa.
-Mamãe, a senhora protegendo o meu marido?Eu não acredito
!Você sempre implica com ele !Alguma coisa aí tem, o que voc~es andaram
aprontando?Não estou gostando disto !
-Durante o jantar a gente explica, mamãe, não é nada do
que a senhora está pensando...
-Todo mundo defendendo o Kazuo-kun...bom, voc~e, Lune-san,
eu já esperava que o fizesse, mas sua avó...agora é que estou desconfiada
mesmo...Kazuo-kun, você andou me traindo com alguém?
-Claro que não, amor !Nada a ver, pare com estas
desconfianças,que coisa!Vamos jantar logo de uma vez !
Enfim entraram e foram direto para a mesa do jantar, onde
Ruri já esperava por eles.
-Muito bem, podem ir contando !
Disse Momiji de pois de servir a todos.
-Podem deixar que eu falo: é o seguinte, mãe: eu e o papai
estávamos indo buscar a vovó, quando um sujeito estrangeiro no carro ao lado no
sinal vermelho, começou a me cantar, e me convidou para ir no motel com ele e
disse que eu podia levar o papai junto comigo para que fizessem dupla penetração
comigo e...
-Eeeeeeee?
Momiji caiu dura, desmaiada!
Kazuo a socorreu imediatamente, e Lune deu um copo de água
para ela, e ela acordou colérica:
-Kazuo-kun !Você me traiu com nossa própria filha?Teve
coragem de transar com ela e mais um estrangeiro desconhecido, seu pervertido?
-Não, mãe, não é lnada distop, está ficando louca/A
senhora acha que eu iria aceitar uma loucura destas?Está pensando que sou o quê,
protituta , por acaso?Claro que não, recusei a sem-vergonhice dele, xinguei a
ele e quando o sinal abriu, persegui o carro do estrangeiro e o fechei,
obrigando-o a parar, saí do carro e dei a maior surra da vida dele !Até quebrei
minhas unhas, ó aqui, ó ! Aí a polícia chegou e prendeu o homem e nos liberou, e só então fui buscar a vovó
!Por isto que atrasamos !
-Ela está falando a verdade, Momiji-san, não ouse duvidar,
ou vou bater em você !
Disse Asuka, com voz severa e trovejante, que fez Momiji
tremer nnas juntas.
-Desculpe, Lune-san. Desculpe, mamãe...e desculpe, querido,
eu não deveria ter desconfiado de vocês, mas...foi...por amor...
Lágrimas caíam do rosto dela.
Kazuo se levantou, e fez um sinal com a cabeça para todas
se retirarem. Ele então ficou sozinho com a esposa e a abraçou, e beijou-lhe a
boca com carinho.
Após terminarem:
-Querida, não fique assim, não fique chateada, eu te
compreendo, por favor me desculpe...
-Desculpo, amor, desculpo, mas não vou desculpar para
sempre. Um dia as desculpas acabarão, e com elas o amor, então , preste atenção,
não desperdice nosso relacionamento com desculpas, a cada nova, ele vai
desmoronando um pouquinho...
E ela voltou a chorar nos ombros dele, também emocionado.
Demorou para ele conseguir consolá-la e ela se recompor.
-Acabem de jantar sem mim.Perdi a fome...
Enquanto isto, Asuka e Lune onversavam:
-Minha netinha, não precisava explicar as coisas em
detalhes, especialmente o teor da cantada do cara, justo para sua mãe, na
frente de todo mundo e principalmente, na frente de seu pai. Eu sei muito bem
por que ela está se sentindo assim. Ela deve ter imaginado a cena de você no
motel com os dois fazendo amor com você ao mesmo tempo. É muito doloroso para
ela, Lune-san, por favor entenda, coloque-se no lugar dela, na situação dela. Imagine
sua futura filha contando assim, na cara dura, uma coisa destas para você, na
frente do Takeo-san...
Lune baixou a cabeça e o olhar. Lágrimas caíram de seus
olhos. Ela imaginou a cena, de depois se colocou no lugar da mãe.E o que sentiu
foi horrível, o sofrimento tomou conta de seu coração.
-Eu devo um pedido de desculpas a ela...foi minha culpa,
minha culpa...
-Espere seu pai fazer o trabalho de marido dele.Quando ela
estiver melhor e vocês estiverem a sós, você faz.
Dali a pouco, constrangida e lívida, Momiji chegava,
coberta de vergonha. Ao vê-la, Lune corou também e procurou disfarçar que tinha
chorado, igualzinho a mãe estava fazendo.
Ruri chegou e se sentou na confortável poltrona que o pai dela costumava usar para
ler o jornal e fumar cachimbo.
Após rápida troca de olhares, Momiji resolveu subir para
seu quarto. Lune fez menção de segui-la, mas Kazuo pegou suavemente no braço
dela e disse:
-Agora não, filha. Ela precisa ficar um pouco sozinha. Amanhã
você conversa com ela.
Pelo resto da noite, o clima foi um gelo só. Kazuo e Ruri
ficaram assistindo televisão calados, e Lune subiu um pouco depois direto para
o quarto dela.
Durante aquela noite, não conseguiu dormir, pensando na mãe.
E pensando em como iria contar o ocorrido para Takeo.Como e de que jeito iria,
nem ela sabia!
Acordou várias vezes durante a madrugada, tentou ficar no
computador, foi para a cozinha, tomou água, tomou leite, comeu torta de
morangos,voltou para o quarto, foi ao banheiro, e nada. Não pregava o olho de
modo algum.
O dia seguinte chegou e ela estava estatelada na cama, de
olhos arregalados, toda despenteada e descabelada, mas ansiosa a conversar com
a mãe.
(Por Continuar)
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