sábado, 28 de novembro de 2020

Episódio 56- Sensibilidade de Viver;Adendos Finais

 

Enquanto Lune dirigia em direção ao Shopping, ela conversava com a filha:

-Nunca vi comunista consumista capitalista  na minha vida...é uma contradição !

-A ambiguidade faz parte da essência de se ser um Ser Humano !Foi isto que você me ensinou, mamãe...

-Eu mereço...usando minhas próprias palavras contra mim, minha própria filha...

-Você está usando a mesma chantagem emocional , da qual reclamava que a vovó fazia com você...

-Você não acha que está esperta demais para uma menina de apenas sete anos, não, filha?

-Não sou eu quem está esperta, você é que está ficando conservadora igualzinho a vovó !

-Uff, ainda bem que chegamos ! Me ajuda a achar uma vaga, vai...

-Ali, ó, aquele Subaru Vivio está saindo agora !

Ótimo, obrigada, filha! Ei, espera eu acabar de estacionar, não abra a porta agora não !Doida !

Mal Lune estacionou, Rina já saiu correndo do carro.

-Espera aí, Rina-chan ! É perigoso andar sozinha, espera eu sair do carro, que já te dou a mão!

-Eu não sou mais tão pequena para precisar andar de mãos dadas com você !

-Ah, é perigoso, filha, não é questão de tamanho, voc~e pode ser atropelada, você é distraída !

-Ah, e você não é? Quem foi que colocou o controle remoto da televisão na bolsa ao invés do celular outro dia?

Lune se apressou em sair do carro e tentou pegar na mão da filha, mas esta retirou a mão na hora.

-Filha !

-Eu me viro !

E foi atravessando as alas, em direção a entrada principal do shopping.

Lune foi correndo atrás dela.

-Espere aí, Rina-chan !

-Você que está muito lerda, mamãe !

E atravessou a rua do shopping correndo.

Nisto, vinha vindo um carro, que viu a menina, e iniciou uma freada pânica.

-Filhaaaaa !

Lune se desesperou, taquicárdica, olhos arregalados, lágrimas ao vento, já antecedendo o pior: não ia dar tempo!

-Aaaaaaaaaaaaah !

Um grito feminino infantil ecoou pelo estacionamento.

Foi então que um pequeno vulto soltou das mãos de uma mulher adulta e se jogou na frente do carro e empurrou Rina para longe.

Duas mães desesperadas vieram correndo.

Um homem saiu do carro, que conseguiu se desviar das duas crianças, mas bateu em um dos carros estacionados.

Rina ao ver o carro de pertinho, fechou os olhos achando que ia morrer.

Quando abriu os olhos, viu o rosto de um menino da sua idade.

-Oi, tudo bem com você ?

Rina percebeu e se deu conta do acontecido, e abraçou o menino.

-Meu herói !

O menino ficou vermelho de vergonha.

-Hãn?

Ele fez cara de quem não entendeu nada.

-Você salvou minha vida, seu bobo !

Então os dois se olharam nos olhos, e então sobreveio em ambos os rostos uma expressão de espanto:

-Mas você é...lindo !

-Mas você é...linda !

Os dois disseram um ao outro ao mesmo tempo.

Foi quando as duas mães chegaram e viram as duas crianças abraçadas deitadas no asfalto.

As mães, cada uma pegou e abraçou sua criança, com olhos marejados e as abraçaram.

-Mamãe, ele me empurrou para longe do carro e salvou minha vida, ele é meu herói !

Disse Rina.

Lune nem conseguia dizer palavra...

Por fim todos se recuperaram, e as crianças de mãos dadas com suas mães:

-Meu nome é Lune Tamasuki!

-E eu sou Gisa Katagawa!

-Como você se chama?

Perguntou Rina para o menino.

-Mitsushiro Katagawa !

 

(Por Continuar)

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