sábado, 26 de fevereiro de 2022

Episódio 88-Sensibilidade de Viver:Adendos Finais


Lune estava nervosa e seus lábios tremiam.

Sua mente estava confusa, sem saber o que ensar e nem ela mesma sabia com certeza o que estava sentindo. Estava coradíssima de vergonha e oscilava fortemente entre o desejo e a culpa.

Mas estava firmemente presa nos braços de Maki, sem ter por onde fugir, escapar.

E então sobreveio o beijo. Na boca. De língua!

Ela sentia a língua quente dela descendo ao início de sua garganta, tocando-lhe a úvula, e não conseguia corresponder.

Mas pior foi sentir aquela mão adentrando profundamente dentro de seu íntimo mais íntimo, e  pior, sentir que estava encharcada de libido, e que o seu líquido sexual escorria pelas suas pernas na consistência de um mel.

Ela resistia bravamente, negando a si mesma seu próprio prazer, julgando-se e se recriminando-se mentalmente de modo furioso.

A boca de Maki despregou-se da sua, e ela colocou uma das mãos de Lune em um dos seios dela e a forçou a apertá-lo.

Fofo, macio, suave, inaceitável !

Maki beijou os seios de Lune sofregamente, e Lune ardia em chamas!

A outra mão de Lune foi colocada nas nãdegas de Maki e novamente macia, suave, fofa, inaceitável !

Então sentiu uma língua quente adentrar seu íntimo mais íntimo e beber seu líquido sexual.

E massagear seu sininho tão sensível, qual tortura: Lune tinha vontade de gritar de prazer, mas só o que conseguia fazer era chorar.Os traumas de Sakura City lhe voltavam quais fantasmas e ela estava aterrorizada, de olhos arregalados e banhados em lágrimas, os lábios carnudos e sensuais retorcidos em um frêmito de exaspero, e finalmente sua voz se libertou, trombeteante:

-Pára ! Pare ! Pare ! Pare agora !Por favor ! Por favooooooor...

Maki, espantada, parou, saiu da posição ajoelhada e se levantou.

-O que foi, Lune-san?

Lune tirou as mãos dela de cima dela, e se enrolou em uma toalha, roxa de vergonha, e caiu na cama chorando convulsivamente, a ponto de não conseguir falar.

Maki percebeu então, que Lune não iria querer mais nada, foi ao banheiro, lavou as mãos e o rosto e se trocou.

Esperou de costas para ela até Lune parar de chorar.

Ela saiu do quarto e Lune finalmente se vestiu.

As duas entraram no carro e a volta foi em completo silêncio.

No dia seguinte, Maki, desolada, pegou seu carro de polícia e voltou para sua cidade, desolada.

Deixou uma mensagem no programa de mensagens instantâneas de Lune:

“-Perdoe !”

Junto com um emoticon de carinha chorosa.

Naquele dia, Lune não queria conversa com ninguém, nem com suas filhas. Estava traumatizada !

 Porém, antes, naquela mesma noite, Lune não conseguia dormir.

Não conseguia olhar nos olhos de Takeo de tanta vergonha e remorso.

O fato de , em nenhum momento, ter correspondido ‘as carícias de Maki, não a consolava.

Tinha ímpetos de acordar seu marido e contar-lhe toda a verdade, mas diante do risco do término do casamento, e de ter de criar suas duas filhas sozinha a segurava e não deixava.

Ela se revirava de um lado a outro, chorando baixinho para Takeo não escutar.

Ela se sentia suja, nojenta ,asquerosa, e arrependimentos e condenações morais mil  atormentavam sua mente sofrida.

Ela resolveu se levantar e tomar um banho, e, ao terminar, ainda não se sentia limpa.

Muito menos conseguia dormir.

Então, levantou-se, foi para a cozinha, tomou um copo de leite com chocolate, e foi para a biblioteca, munida de seu celular.

Eram três horas da madrugada.

Sentou-se na poltrona estilo capitonée de couro marrom, e telefonou para quem mais confiava no mundo: o pai dela !

 

(Por Continuar)

 

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