Asuka já estava informada do que ocorrera com
Takeo, e teve de ser a pessoa para tomar conta dele até Lune chegar.
Mas antes mesmo dela chegar, os pais dele
chegaram e o abraçaram.
Quando Lune chegou eles estavam lá, e Rina,
muito criancinha ainda, chorava de medo ao ver o pai com o olho tampado e as
faixas na cabeça.
-Filho, não seria melhor você ir com a gente e
passar uns dias conosco até se recuperar?
-Não, pai, não precisa. Eu...eu tenho meus
deveres como pai e marido aqui...e tem o meu trabalho também...
-O meu pai já me disse que você está de férias
até você se recuperar, meu bem !
Disse Lune, aflita.
-Eu nem sei se vou mais poder trabalhar, se vou
enxergar o suficiente para isto...aaaai, meu olho dói tanto...
-Seu olho sofreu um trauma muito grande, foi
praticamente destruído, mas seu nervo ótico continua vivo, por isto dói, foi o
me o médico me disse. Segundo ele, é uma fase que vai durar alguns meses.Ele
receitou alguns colírios e remédios que eu comprei para você. Dentro de duas
semanas você vai retirar este curativo.
-Muito obrigado, pai...eu...eu nem sei se vou
mais poder continuar a dirigir...
-Calma, filho, isto a gente vê depois. O
importante é você se recuperar do pós operatório primeiro...
-Obrigado, mãe...
-Força, filho, esta fase vai passar, calma, ok?
-Obrigado, pai...
Então os pais se despediram dele e foram
embora.
Imediatamente Takeo pediu para que Asduka fosse para o quarto com Rina, e ela foi.
Assim que ficou sozinho com Lune, Takeo
levantou-se e abraçou Lune e chorou copiosamente no ombro dela, o que fez Lune
chorar na mesma intensidade que ele também.
Nenhum dos dois conseguia dizer palavra, o
clima era pesado demais!
O tempo então passou. Duas semanas depois,
Takeo tirava o curativo, e depois de três meses da operação seu olho afetado
parou de doer. Agora ele procurava aprender e se adaptar a enxergar com um olho
só, um aprendizado que seria longo e difícil.
Rina agora estava com nove meses de idade, e já
tinha crescido bastante, e engatinhava pela casa toda.Muito esperta,
inteligente, risonha,era a alegria da casa.
Takeo, porém estava deprimido. Já estava há
três meses sem dirigir e sem trabalhar, e suas férias forçadas estavam
terminando, e nem ele mesmo sabia se teria coragem de retornar ao trabalho.
Lune ia trabalhar todos os dias, e saía sempre
preocupada,pois via a tristeza no olhar do marido, se sentindo inútil,
deprimido.
Naquela noite, na hora de dormir, apesar de
extremamente cansada, Lune se desnudou na frente dele e tentou fazer amor com
ele, procurando seduzi-lo, sendo insinuante e provocante, sensual, mas ele
ficou pela primeira vez na vida do casal, apático, sem conseguir se excitar.
Apenas a abraçou, colocou sua cabeça entre os
seios dela e chorou como um bebê.
Triste e sem saber o que poderia fazer por ele,
Lune abraçou a cabeça dele e chorou com ele.
No dia seguinte, um domingo, ela não
trabalhava, e ela recebeu um telefonema da mãe dela, querendo saber como
estavam as coisas.
Lune explicou
como Takeo estava e o quanto aquilo a preocupava.
-É, o Takeo-san precisa reagir, não tem
condições deste jeito. Filha, como esposa, cabe a você ajuda-lo a reagir. Vá na
internet, se informe como é o exame de vista para a renovação da carta de motorista
para quem tem visão monocular, e leve ele no escritório que era de seu pai aí
em casa e o force a desenhar, mostre a ele que ele continua capaz de trabalhar.
Incentive-o a renovar a carta de motorista e dirigir. Leve-o para passear nas
ruas a pé e o faça treinar enxergar com um olho só, ele não pode continuar
assim todos os dias, seu pai já está
reclamando que ele está fazendo muita falta no trabalho e que se continuar
assim, terá de despedi-lo !
-Ok, então, mãe, farei todo o esforço possível
por ele !
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário