terça-feira, 17 de março de 2020

Episódio 28- Sensibilidade de Viver: Adendos Finais



Asuka já estava informada do que ocorrera com Takeo, e teve de ser a pessoa para tomar conta dele até Lune chegar.
Mas antes mesmo dela chegar, os pais dele chegaram e o abraçaram.
Quando Lune chegou eles estavam lá, e Rina, muito criancinha ainda, chorava de medo ao ver o pai com o olho tampado e as faixas na cabeça.
-Filho, não seria melhor você ir com a gente e passar uns dias conosco até se recuperar?
-Não, pai, não precisa. Eu...eu tenho meus deveres como pai e marido aqui...e tem o meu trabalho também...
-O meu pai já me disse que você está de férias até você se recuperar, meu bem !
Disse Lune, aflita.
-Eu nem sei se vou mais poder trabalhar, se vou enxergar o suficiente para isto...aaaai, meu olho dói tanto...
-Seu olho sofreu um trauma muito grande, foi praticamente destruído, mas seu nervo ótico continua vivo, por isto dói, foi o me o médico me disse. Segundo ele, é uma fase que vai durar alguns meses.Ele receitou alguns colírios e remédios que eu comprei para você. Dentro de duas semanas você vai retirar  este curativo.
-Muito obrigado, pai...eu...eu nem sei se vou mais poder continuar a dirigir...
-Calma, filho, isto a gente vê depois. O importante é você se recuperar do pós operatório primeiro...
-Obrigado, mãe...
-Força, filho, esta fase vai passar, calma, ok?
-Obrigado, pai...
Então os pais se despediram dele e foram embora.
Imediatamente Takeo pediu para que Asduka  fosse para o quarto com Rina, e ela foi.
Assim que ficou sozinho com Lune, Takeo levantou-se e abraçou Lune e chorou copiosamente no ombro dela, o que fez Lune chorar na mesma intensidade que ele também.
Nenhum dos dois conseguia dizer palavra, o clima era pesado demais!
O tempo então passou. Duas semanas depois, Takeo tirava o curativo, e depois de três meses da operação seu olho afetado parou de doer. Agora ele procurava aprender e se adaptar a enxergar com um olho só, um aprendizado que seria longo e difícil.
Rina agora estava com nove meses de idade, e já tinha crescido bastante, e engatinhava pela casa toda.Muito esperta, inteligente, risonha,era a alegria da casa.
Takeo, porém estava deprimido. Já estava há três meses sem dirigir e sem trabalhar, e suas férias forçadas estavam terminando, e nem ele mesmo sabia se teria coragem de retornar ao trabalho.
Lune ia trabalhar todos os dias, e saía sempre preocupada,pois via a tristeza no olhar do marido, se sentindo inútil, deprimido.
Naquela noite, na hora de dormir, apesar de extremamente cansada, Lune se desnudou na frente dele e tentou fazer amor com ele, procurando seduzi-lo, sendo insinuante e provocante, sensual, mas ele ficou pela primeira vez na vida do casal, apático, sem conseguir se excitar.
Apenas a abraçou, colocou sua cabeça entre os seios dela e chorou como um bebê.
Triste e sem saber o que poderia fazer por ele, Lune abraçou a cabeça dele e chorou com ele.
No dia seguinte, um domingo, ela não trabalhava, e ela recebeu um telefonema da mãe dela, querendo saber como estavam as coisas.
Lune explicou  como Takeo estava e o quanto aquilo a preocupava.
-É, o Takeo-san precisa reagir, não tem condições deste jeito. Filha, como esposa, cabe a você ajuda-lo a reagir. Vá na internet, se informe como é o exame de vista para a renovação da carta de motorista para quem tem visão monocular, e leve ele no escritório que era de seu pai aí em casa e o force a desenhar, mostre a ele que ele continua capaz de trabalhar. Incentive-o a renovar a carta de motorista e dirigir. Leve-o para passear nas ruas a pé e o faça treinar enxergar com um olho só, ele não pode continuar assim  todos os dias, seu pai já está reclamando que ele está fazendo muita falta no trabalho e que se continuar assim, terá de despedi-lo !
-Ok, então, mãe, farei todo o esforço possível por ele !

(Por Continuar)

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