sábado, 14 de março de 2020

Episódio 65- Admirer Voyages:Peregrine !




-Entrando em órbita padrão agora, Capitã !
-Muito bem, Thaís, mantenha.
-As emissões não combinam com as típicas de nenhuma classe de naves do Império !
-Muito estranho isto, Anne Paula...
-Capitã, encontrei os restos de uma nave no solo !
-É a Minotaurus, Geraldine?
-Não, senhora. É uma nave alienígena , sua descrição não confere com nenhuma nave do Império, nem pirata, nem Xalgueana, nem Killerista !
-Já tem imagem dela, Geraldine?
-Sim, Capitã!
-Então, na tela !
Então se descortinou a imagem:
A nave parecia um gigantesco  saca rolhas dos séculos 20 e 21,e tinha algo parecido com asas , retráteis, como nos antigos aviões de caça terrestres do século 20.
-Mas que formato inusitado !Quais as especificações da nave, Geraldine?
-Capitã, ela tem 400 metros de comprimento, por 80 metros de largura com as asas recolhidas, e envergadura de 160 m com as asas estendidas. O diãmetro máximo da fuselagem se dá em sua secção circular, logo atrás da cabeça, em 120m, e a cabeça é na forma da letra “T” horizontal e com a largura máxima de 120 metros também, e altura, nesta parte, de apenas 24 metros. O sistema de propulsão é desconhecido, mas o maquinário revela que, quando as asas se distendem, este corpo fusiforme no final da nave se distende para trás, aumentando o comprimento total da nave para 500 metros. Há sinais de armas, de origem desconhecida, e parecem avariadas. A leitura espectrográfica e molecular da nave, em seu casco de liga de vanádio-cromo- titânio, é a de que a nave tem cerca de 5000 anos de idade, e a degradação da liga metálica indica que a nave caiu lá há 2850 anos atrás !
-Então ela caiu aqui em 1974 pelo calendário terrestre, todos devem estar mortos...
-Sim, Capitã, há esqueletos de alienígenas  dentro e fora da nave, e os que estão fora, estão todos próximos dela. São cem deles, todos fossilizados.
-sto vai ser muito interessante de coletar e documentar, Geraldine, deve ter sido isto que atraiu a Minotaurus para cá. Mas não é  a nossa missão. Vamos deixar para explorar a ela mais tarde. Já esperaram 538 anos mesmo, não vão sair correndo...rsss...continuem as buscas!
-Sim, senhora, Capitã !
E elas continuaram. E o que foram descobrindo era  simplesmente chocante: aquele planetoide era um verdadeiro cemitério de naves alienígenas, com dezenas delas, das mais variadas e esdrúxulas possíveis, com todas as tripulações mortas, e nenhuma caída há menos de 300 anos !
E nada da Minotaurus ainda !
Porém, as esperanças se esvaíam: se tantas tripulações de tantas naves , de tantos povos diferentes, todas tinham sucumbido, por que a da Minotaurus poderia estar viva? Isto deixou Geraldine deprimida, mas ela tinha de continuar seu trabalho...
-Este lugar está me dando arrepios, Capitã...se tantas naves caíram aí, por que a nossa não cairia e não morreríamos?
-Oras, Cecília, você tem medo de fantasmas, é?Não vamos cair, aliás, se fosse para cairmos, já teríamos caído...
-Capitã, nossa órbita está descendente ! Alguma coisa está nos puxando para baixo !
-Como, Priscilla? Compense com mais força nos motores ! Geraldine, consegue identificar a força que está nos puxando?
-Não, senhora, não há nada nos sensores que indique nada disto !
-Impossível compensar, capitã, já caímos trinta metros !
-Mas que raios, Priscilla ! Alerta vermelho, alerta vermelho, levantar escudos defletores ! Thaís, Priscilla, acionar Velocidade Zarp 2 !
A nave estendeu os pilones das nacelles Zarp e acionou a velocidade Zarp 2.
Mas ao invés de verem um campo de hiperespaço a frente, elas viram o planeta ainda mais de perto!
-Caímos mais 2000 metros !
-Mas não é possível, Priscilla ! Era para estarmos longe daqui agora ! Acionar Zarp 10  e combinar com máxima força de empuxo nos motores de dobra !
-Caímos mais 6 km, Capitã ! Estamos agora a 150 km da atmosfera do planeta, e caindo !

(Por Continuar)

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