Ruri
enfim reagiu, ainda muito envergonhada e triste, e Lune a ajudou a escolher as roupas e a se
pentear e se maquiar para disfarçar as lágrimas. Ainda cabisbaixa, desceu as escadas junto com a irmã.
Quando
chegaram na cozinha, no entanto, ouviram a gritaria:
-O
senhor não manda em mim, tio !
-Rena-chan,
você está fazendo sua prima chorar ! Por favor sente-se de uma vez para comer !
-Mas
a comida está horrível, está uma droga, eu não quero esta porcaria !
-Sua
tia fez com todo o esforço , amor e carinho e olha o que você faz !
-Eu
não gosto de sukiaki, tio !Eu quero
hambúrguer com batata frita e catchup !
-Isto
aqui não é uma lanchonete americana, menina !
-Unheeeeeee´!
Berrou
Rina na sua cadeirinha.
Rena
jogou o prato de comida na cara de
Takeo, bem na hora que a mãe e a tia dela entraram na cozinha.
Ruri
ficou chocada, de olhos arregalados e... virou-se de frente para Lune e voltou
a chorar convulsivamente. Nem ela mesma sabia o que fizera de tão ruim na vida
para a filha dela sair daquele jeito.
Rina,
porém, ao ver a cara do pai toda lambuzada de comida, riu-se com gosto e parou
de chorar.
Mas
o pior era mesmo a atitude de Rena.
Ao
ver as duas chegar após ela jogar comida
na cara de Takeo, ela apontou o dedo para ele e começou a rir ‘as gargalhadas.
Takeo
se sentiu humilhado e magoado!
Ele
lavou o rosto na pia mesma, enxugou o rosto e as mãos com o pano de pratos, e
saiu da cozinha, foi para a garagem e saiu com seu carro, em silêncio.
Ruri
não sabia o que fazer com a filha. Simplesmente não tinha forças para ficar
brava com ela e estava roxa de vergonha.
Lune
então viu que teria de tomar uma atitude com aquela menina, daquela maneira não
dava para continuar !
-Não
quer minha comida? Ótimo, vai ficar de castigo e passar fome!
Disse
Lune com olhar colérico. Ela pegou a menina pelo pulso e a arrastou até o lavabo
da sala e trancou a porta por dentro. Depois voltou e encontrou Ruri
chorosa sentada na mesa, em uma
cachoeira de lágrimas.
Lune
estava emocionada também, sobretudo com o sofrimento da irmã, embora também
pensasse no sofrimento de Takeo igualmente, mas ela raciocinou que precisaria
ser forte.
Serviu
a irmã com arroz, sukiaki e colocou uma pequena vasilha com molho taré.
-Coma
a vontade, onee-san, depois que eu lavar a louça eu tiro a Rena
de lá...
Disse Lune acariciando os cabelos de Ruri e enxugando
suas lágrimas com carinho .
Ruri
parecia nem sentir o gosto da comida,mas,por entre lágrimas, tentou, num esforço
monumental, sorrir, e pouco depois respondeu baixinho:
-A
comida está uma delícia, muito obrigada...
-De
nada, Onee -san, depois tem uma sobremesa que você adora: Pudim !
Ruri
por fim acabou de comer e depois foi a vez da sobremesa.
-Deixa
que eu lavo a louça e limpo a cozinha para você...não quero te dar
trabalho...e, por favor, perdoe a ingratidão da minha filha...
-Ela
é só uma criança, onee-san..olha, voc~eé visita,não precisa ter trabalho...
-Eu
faço questão, Lune-nee-san, é o mínimo que posso fazer para consertar o que a
Rena-chan fez...
-Tudo
bem então,onee-chan, eu tenho de amamentar a Rina agora, depois tenho de coloca-la
para arrotar e depois trocar as fraldas dela e coloca-la a dormir. Fique a
vontade !
Ruri
se levantou da cadeira e começou a trabalhar. Lune ficou um bom tempo na
cozinha com ela enquanto cuidava da filha, e depois a levou para o quarto.
Ruri
aproveitou-se que não havia ninguém por perto e voltou a chorar, sentada no
chão.
Foi
quando Simone, a gata, a viu,e foi para
o colo dela e começou a lamber seu rosto.
Ruri
então começou a acariciar Simone com carinho, e com isto foi se acalmando.Por
fim, se levantou e começou a guardar
a louça já lavada.
Claro
que Rena não iria aceitar seu castigo pacificamente.
Por
mais de quinze minutos ficou esmurrando a porta e gritando, exigindo que a
tirassem dali.
Por
fim, ao ver que era ignorada, aquietou-se.
Por
fim, Lune chegou e abriu a porta.
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário