sexta-feira, 12 de julho de 2019

Episódio 11- Sensibilidade de Viver:Adendos Finais



Ruri enfim reagiu, ainda muito envergonhada e triste,  e Lune a ajudou a escolher as roupas e a se pentear e se maquiar para disfarçar as lágrimas. Ainda cabisbaixa,  desceu as escadas junto com a irmã.
Quando chegaram na cozinha, no entanto, ouviram a gritaria:
-O senhor não manda em mim, tio !
-Rena-chan, você está fazendo sua prima chorar ! Por favor sente-se de uma vez para comer !
-Mas a comida está horrível, está uma droga, eu não quero esta porcaria !
-Sua tia fez com todo o esforço , amor e carinho e olha o que você faz !
-Eu não gosto de  sukiaki, tio !Eu quero hambúrguer com batata frita e catchup !
-Isto aqui não é uma lanchonete americana, menina !
-Unheeeeeee´!
Berrou Rina na sua cadeirinha.
Rena jogou o prato  de comida na cara de Takeo, bem na hora que a mãe e a tia dela entraram na cozinha.
Ruri ficou chocada, de olhos arregalados e... virou-se de frente para Lune e voltou a chorar convulsivamente. Nem ela mesma sabia o que fizera de tão ruim na vida para a filha dela sair daquele jeito.
Rina, porém, ao ver a cara do pai toda lambuzada de comida, riu-se com gosto e parou de chorar.
Mas o pior era mesmo a atitude de Rena.
Ao ver as duas chegar após  ela jogar comida na cara de Takeo, ela apontou o dedo para ele e começou a rir ‘as gargalhadas.
Takeo se sentiu humilhado e magoado!
Ele lavou o rosto na pia mesma, enxugou o rosto e as mãos com o pano de pratos, e saiu da cozinha, foi para a garagem e saiu com seu carro, em silêncio.
Ruri não sabia o que fazer com a filha. Simplesmente não tinha forças para ficar brava com ela e estava roxa de vergonha.
Lune então viu que teria de tomar uma atitude com aquela menina, daquela maneira não dava para continuar !
-Não quer minha comida? Ótimo, vai ficar de castigo e passar fome!
Disse Lune com olhar colérico. Ela pegou a menina pelo pulso e a arrastou até o lavabo da sala e trancou a porta por dentro. Depois voltou e encontrou Ruri chorosa  sentada na mesa, em uma cachoeira de lágrimas.
Lune estava emocionada também, sobretudo com o sofrimento da irmã, embora também pensasse no sofrimento de Takeo igualmente, mas ela raciocinou que precisaria ser forte.
Serviu a irmã com arroz, sukiaki e colocou uma pequena vasilha com molho taré.
-Coma a vontade, onee-san, depois que eu lavar a louça eu tiro  a Rena  de lá...
 Disse Lune  acariciando os cabelos de Ruri e enxugando suas lágrimas com carinho  .
Ruri parecia nem sentir o gosto da comida,mas,por entre lágrimas, tentou, num esforço monumental, sorrir, e pouco depois respondeu baixinho:
-A comida está uma delícia, muito obrigada...
-De nada, Onee -san, depois tem uma sobremesa que você adora: Pudim !
Ruri por fim acabou de comer e depois foi a vez da sobremesa.
-Deixa que eu lavo a louça e limpo a cozinha para você...não quero te dar trabalho...e, por favor, perdoe a ingratidão da minha filha...  
-Ela é só uma criança, onee-san..olha, voc~eé visita,não precisa ter trabalho...
-Eu faço questão, Lune-nee-san, é o mínimo que posso fazer para consertar o que a Rena-chan fez...
-Tudo bem então,onee-chan, eu tenho de amamentar a Rina agora, depois tenho de coloca-la para arrotar e depois trocar as fraldas dela e coloca-la a dormir. Fique a vontade !
Ruri se levantou da cadeira e começou a trabalhar. Lune ficou um bom tempo na cozinha com ela enquanto cuidava da filha, e depois a levou para o quarto.
Ruri aproveitou-se que não havia ninguém por perto e voltou a chorar, sentada no chão.
Foi quando  Simone, a gata, a viu,e foi para o colo dela e começou a lamber seu rosto.
Ruri então começou a acariciar Simone com carinho, e com isto foi se acalmando.Por fim, se levantou  e começou a guardar a louça já lavada.
Claro que Rena não  iria aceitar seu castigo pacificamente.
Por mais de quinze minutos ficou esmurrando a porta e gritando, exigindo que a tirassem dali.
Por fim, ao ver que era ignorada, aquietou-se.
Por fim, Lune chegou e abriu a porta.

(Por Continuar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário