Todos os setenta comparsas do Barão foram sendo mortos, e só June matou sozinha pelo menos quarenta deles.
Vendo que iria ser vencido novamente, o Barão tratou de abrir uma nova passagem secreta e sumiu , bem na hora que a Capitã ia alcança-lo..
-Desgraçado, eu te pego, maldito escorregadio, nem que seja a última coisa que eu faça em vida ! Vou ter minha vingançaaaaaa!
Gritou June, colérica.
Mas ao ver April nua, chorosa, ensanguentada, toda arrombada e coberta de líquidos sexuais caninos, absolutamente fétida, o semblante de June mudou completamente:
Seus olhos marejaram de lágrimas, uma terrível e angustiante expressão da mais profunda dor na alma e no coração lhe tomaram as faces de assato, em um rictus de contorção de cada fibra de seu ser , de sua essência, de seu rosto, e ela caiu ajoelhada no chão, com o peso do mais volumoso fardo do sentimento de culpa lhe caindo nos ombros, e colocou as mãos no rosto, de vergonha, e então bradou com a cabeça levantada aos céus:
-Nãaaaaaaaaaaoooooooo !
Ela se sentia culpada por não ter chegado a tempo, e por ter “deixado” aquela monstruosidade acontecer com a filha!
Ela então se levantou, e correu a abraçar April, que, cabisbaixa, e ainda chorando convulsamente como a mãe disse:
-Não...Capitã...eu...eu estou suja, eu estou imunda, eu...não sou digna de seu abraço, eu agora...agora sou impura...
June estacou imediatamente. A vontade de abraçar a filha era imensa, mas como poderia ela não acatar a vontade da própria filha, vítima de tão brutal abuso sexual?
-Hellen e Carmen, na caverna aqui perto tem um rio subtrerrãneo. Deem um banho na April. Raquel, vá no navio e traga roupas novas para a minha filha, por favor...
Sim, Capitã!
Disseram as três, e conduziram April para o riozinho subterrâneo.
-Agora me deixem um pouco em paz. Preciso ficar só. Você também, Tigre !
Ninguém ousou desobedecer, nem mesmo a fera.
Uma vez sozinha, June chorou aos cântaros, buscando forças para continuar.
Ao mesmo tempo, o ódio ao Barão e seus homens só aumentava!
Porém, quando deu por si, alguém batia na porta.
Desconfiada, June sacou sua espada e abriu a porta.
-Calma, Cpitã, sou eu !
Disse Long Legs Laura.
June baixou sua espada.
Atrás de Laura, apareceram Hellen, Carmen e Raquel, trazendo April com elas, já limpa e vestida com os trajes de pirata, e devidamente armada também.
Ela estava cabisbaixa, envergonhada e chorosa.
-Deixem-nos a sós um pouco, marujas !
-Sim, Capitã!
Hellen, Carmen e Rauel saíram e fecharam a porta.
-Filhaaaa !
E June agarrou a menina e lhe deu um abraço apertado.
E ambas choraram uma no ombro da outra.
No fim:
-Me perdoa, filha, perdoa esta sua mãezinha insensata e incompetente eu não a pôde proteger...
-Capitã...
-Pode me chamar mais intimamente, filha, estamos a sós...
-Mamãe...não foi culpa sua, nada há para ser perdoado, eu que fui uma fraca...
-Filha, você é muito generosa, imagine, você só foi ua vítima, não tem culpa de nada, você não foi fraca, mas agora sabe bem por que não mantenho homens em minha tripulação...
-Sinto tanta vergonha, tanta vergonha...não há banho no mundo que me faça sentir limpa...
-Eu entendo, filha, eu entendo...sua avó também passou pela mesma coisa, sabia?E eu vi tudo acontecendo e ela morrer na minha frente...foi horrível, horrível...
-Tenho vontade de morrer, sumir...
Filha, nem fale estas coisas, por favor! Você é jovem e mamãe te ama, te ama muito...olha , a melhor maneira de você se sentir melhor, é matando a quem te fez isto. O Tigre já matou o cachorro, mas os outros bandidos ainda estão vivos. Nós amos encontra-los e você irá mata-los pessoalmente, com sua espada!Certo?
(Por Continuar)
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