Kaede recebeu seus novos equipamentos, e logo
era avisada de que o almoço já estava servido.
Ela compareceu ‘a cozinha, com seu soturno e
ameaçador corvo no ombro, e sua cuidadora a colocou na mesa.
Tetsuo chegou em silêncio, com cara de
paisagem.
Logo a babá trazia Asami e Manami para a mesa,
o que ajudou a quebrar o gelo e Tetsuo brincou com elas.
Como Maki e Hideo ainda estavam na aula, o almoço foi relativamente
silencioso e tranquilo. Ou ao menos exibia uma falsa tranquilidade.
‘as vezes Kaede olhava para Tetsuo, que notava a desconfiança no
olhar dela, mas o que lhe dava arrepios mesmo era o corvo dela, cujo olhar era
assustador.
Ele , ao terminar, saiu da mesa.
-Vou trabalhar no meu quarto.
Ele disse em tom baixo, quase murmurando.
E saiu dali o mais rápido que pode.
-Realmente, meu amiguinho, Tetsuo-kun tem culpa
no cartório mesmo, você tem razão. Meu amor é um grande covarde ! Em nada
lembra o pai dele !
Ao ouvir as palavras de Kaede, ouviu-se o
grasnado do Corvo:
-Kraaa !Kraaaaa !
-Não, não é hora de denunciá-lo, muito cedo
ainda, quando for a hora certa o faremos, paciência, meu amiguinho...bom, talvez
nem seja preciso, mas vamos ver !
-Senhora quer que eu a leve a algum lugar da casa, Kaede-dono?
-Sim, prepare meu carro, vamos dar umas voltas
!
Disse Kaede para sua cuidadora, com um sorriso.
Tetsuo já estava no seu quarto, quando escutou
o barulho de um carro saindo. Imediatamente imaginou que era Kaede, e viu ali
uma oportunidade de sair daquela casa também. Ele se lembrou de que Maki e
Hideo não tardariam a chegar, e ele teria de dar explicações. Assim, poucos
minutos depois que Kaede saiu, ele pegou seu carro e saiu também.
Ele foi a um Maid Café, uma cafeteria em que as
garçonetes se vestem de empregadas domésticas, com seus uniformes pretos, e se
sentou na mesa, observando as garçonetes. Uma delas, bastante jovem, que
parecia ter acabado de chegar ‘a idade adulta, e tinha cabelos pintados de
verde, e usava lentes de contato verdes também, lhe despertou a atenção por seu
físico inusitado: quadris estreitos para uma mulher, nádegas pequenas, quase
nada de busto, e um jeitinho de ser gracioso e delicado, com trejeitos idem,
exalando feminilidade em cada poro.
Ela o serviu e trouxe o menu. Ele pediu um
pedaço de torta de morango e um refrigerante, e olhou profundamente no decote
dela, que percebeu, e corou de vergonha.
O fato de ela ser tímida e ter muito pudor
atraiu-o como um ímã- ele já a tinha escolhido.
Seu olhar para ela praticamente a deflorava com
os olhos e fulminava o decote e a região do colo dela, o que a fez colocar a
bandeja redonda na frente da virilha, assustada. Ao mesmo tempo, o magnetismo
de Tetsuo já fazia efeito: apesar da enorme vergonha e seu esforço em ocultar,
ela estava tremendamente excitada e a imaginação dela já corria solta, embora
mentalmente ela se recriminasse.
Sempre com este olhar assediante, ele terminou
de comer e beber e pagou a conta.
Ela recolheu o prato e o copo e os colocou na
bandeja, quando subitamente, ele lhe passou uma rasteira, e ela se
desequilibrou e quase foi ao chão, mas prato e copo se espatifaram. Ela
recobrou o equilíbrio e se abaixou para pegar os cacos, quando a saia muito
curta revelou para ele a calcinha.
Tetsuo mais que depressa usou a câmara de seu
celular e fotografou as nádegas da moça, sobressaindo-se da peça íntima muito
decotada, cor de rosa.
Ela escutou o barulho da câmara e sabia muito
bem o que ele fotografara, o que a assustou mais ainda.
Ele disfarçou, pagou a conta e saiu do Maid Café.
Algumas horas depois, ela estava saindo do
trabalho, já com suas roupas “civis”. Ao passar pela porta, quem ela viu?
Tetsuo !
Ele estava com rosas na mão e disse, com um
sorriso malandro:
-Moça, eu estou apaixonado por você!
(Por continuar)
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