sábado, 26 de março de 2016

Episódio 110-Depois daquela fria manhã de Outono



-Vamos logo com isto, Hideo-san !
-Tudo bem, amor, vamos indo então...
Eles saíram de mãos dadas, e Maki segurava a mão dele com muita força. Mas não eram mãos dadas de um casal: ela segurava a mão dele como uma mãe segura a mão de seu filho.
Hideo via as prostitutas e  os travestis se exibindo para ele, rebolando, mas ele nem se atrevia a olhar, por que Maki estava de olho nele.
Finalmente chegaram no esconderijo de Natsume.
-Maki-san ! Boa tarde ! Veio me fazer uma visita, onee-chan? Oi, Hideo-san, venham, entrem, entrem !
-Oi, onee-san, estou procurando o papai, você o viu por aí?
-Não, não o vi, ele anda um bocado misterioso, não? Ele andou sumindo de novo?
-Isto. Não sabemos onde ele tem ido e dispendido tanto tempo...
-Já falaram com a Akane-san?
-Sim, ela também não sabe dele, onee-san.
-Muito estranho isto, viu, Maki-nee-san...
Enquanto isto, Tetsuo entrava de novo em sua Mercedes, e saía pela cidade novamente. Parou em um hotel, e fez reserva nele para quatro dias, pagando adiantado. Depois, saiu do Hotel, e voltou a dirigir pelas ruas novamente.
Neste ínterim, na Penitenciária Feminina de  Kyoto, os alarmes e sirenes tocavam: Eram Sena e Myumi, que escaparam, e, já do lado de fora, ao saírem do túnel, roubaram um BMW 328i que estava estacionado na rua.
Saíram em disparada.
-Sena-san, melhor não correr, ou chamaremos a atenção da polícia !
-É mesmo, eu que estava ansiosa para sair de perto daquela prisão horrorosa !
-Para onde iremos?
-Temos de sair da cidade, aqui seremos localizadas facilmente, Myumi-san.
-Mas na estrada tem polícia também !
-E quem disse que vamos pegar rodovia?
Súbitamente, a periferia da cidade terminou, e elas adentraram uma verdadeira trilha de terra, que nem dava para se chamar de estrada.
A suspensão e os bancos duros do carro o faziam sacolejar e os impactos das rodas nos buracos mais pareciam coices nas costas.
-Ai, não sei não se vou aguentar até chegarmos...
-Não reclama, Myumi-san !Olha ali, tem um casebre abandonado ali !
De fato, após atravessarem uma boa distância de floresta, encontraram uma casinha velha, que parecia abandonada.

Mas não estava. Havia ali, um senhor de idade, de uns oitenta e tantos anos, que as saudou:
-Olá, moças bonitas, precisam de alguma informação?Estão perdidas?
Myumi fez menção de sacar sua arma, uma pistola Beretta 9 mm.
-Calma, não precisa, deixa ele comigo.
Depois de sua resposta, Sena desnudou-se completamente na frente do ancião.
-Não, eu estou sem ver homem há muito tempo, e quero fazer amor com o senhor !
Sena agarrou o velho, tirou as roupas dele, deitou-o no chão, e sentou-se na virilha dele.
Os olhos dele eram de deslumbre e espanto e logo começaram
.Cinco minutos depois, o idoso arfava, arfava, ficara vermelho e começou a se sentir mal. Sena continuou forçando-o aos movimentos de coito e repentinamente, o corpo dele, após um grito abafado, amoleceu. Ele tivera um ataque cardíaco, e falecera.
-Pronto, já o matei ! Me ajude a me livrar do corpo dele, Myumi-san !
Bem longe dali, no entanto, Akane recebeu em sua viatura, a informação de que Sena e Myumi tinham fugido da prisão.
Ela mais que depressa ligou no celular de Maki:
-Alô?Oi, Akane-san, boa tarde !
-Maki-chan, eu tenho más notícias para você !
-Você encontrou o papai? Mataram ele?
-Não, Maki-chan, fique tranquila, não é isto ! Mas ele sua família correm perigo !
-Como assim, Akane-san?
-A Sena e a Myumi fugiram da prisão !
Ao ouvir isto, Maki ficou pálida com cera, e desmaiou !
-Maki-san !
Gritou Hideo, que a amparou nos braços. Natsume atendeu ao telefone:
-Aqui é a Natsume-san. A Maki-nee-san, desmaiou, o que aconteceu de tão ruim?
Akane explicou.
Enquanto isto, uma senhora de aproximadamente setenta anos de idade, bastante obesa, apertava a campainha da Mansão Amagami.
A babá atendeu a porta.
-Olá, sou Tani Okui, tia de Maki Okui. Vim visita-la.
-Pois não , senhora, Maki-dono não está, nem o marido dela, nem o pai adotivo dela, nem mesmo a mãe adotiva, só as filhas dela estão aqui.
-Tudo bem, eu espero eles chegarem, posso entrar por favor?
-Pois não, senhora, entre, por favor !

(Por continuar)

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