sábado, 8 de outubro de 2016

Episódio 65-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



-Sim, Lune, já que assim me orientas, o farei!
-Temos de ir agora, estamos cansadas.Fica bem, minha amiga...
-Não se preocupem comigo, amigas, podem ir descansadas, já cumpriram suas obrigações !
Sakuya se despediu de suas duas amigas, que foram para a frente da delegacia.
-Pelo seu conhecimento das leis, Senhor Oficial, quanto tempo o senhor acha que ela poderá cumprir de prisão?
-Isto quem decidirá é o Juiz, senhorita Lune. Mas se interpretarmos a Lei literalmente, no caso, será de três a nove meses de prisão.Por ser agressão, não é muito. Se fosse por tentativa de homicídio, ela poderia ficar vários anos !Ela teve muita sorte de mudarem a queixa !Bom, agora gostaria de resolver uma outra questão: este jipe dele é grande demais para o pátio da delegacia.Gostaria que o levassem daqui, por favor !Eu avisarei a ela.
-Sim senhor ! Disse Lune, preocupada. Ela nunca dirigira um jipe monstruoso destes na vida dela, estava acostumada com seu carrinho minúsculo.
Já no pátio da delegacia, Lune e Mercedes entraram no jipão e Lune se ajeitou para colocar o banco numa posição em que ela conseguisse dirigi-lo.
-Mercedes-san, voc~e sabe dirigir?
-Sim, sei, Lune-san.
-Então iremos primeiro na lanchonete e lá você pegará meu carro e vamos levar os dois para a hospedaria.Eu normalmente tenho um ciúmes enorme de meu carro, mas desta vez não tem jeito.
E assim fizeram.
Mercedes foi seguindo o jipão até a hospedaria, onde estacionaram os dois carros.
Como o veículo militar era grande demais para a garagem, ele ficou do lado de fora, no quintal.
Entraram na hospedaria e foram direto ao quarto. Nem quiseram jantar, já que tinham comido muito e ainda estavam de estômago forrado.






No dia seguinte, o boato de que Sakuya tinha sido presa se espalhou, tanto pela Hospedaria como pela universidade.
Lune e Mercedes já tinham tomado seu café da manhã, e foram para  aula.
Quando o dia letivo terminou, resolveram por fim, achando que a poeira já tinha baixado, tomar coragem e ir visitar  Katsumi no hospital.
Esperaram Natsumi sair de lá, em todo caso, para evitar constrangimentos e entraram.
Katsumi já tinha saído do coma e estava em recuração, plenamente consciente.
-Quem é viva sempre aparece !
-Não seja irônica, Katsumi-san...viemos te visitar e ver como você está!
-Não ser irônica, Lune-san? E tem coisa mais irônica do que a co-autora do meu estado vir me visitar?
Lune engoliu em seco diante da acusação, muito pesada. Katsumi a tentava fazer se sentir culpada.
-Não tenho culpa nem pela lealdade da Sakuya-san a mim, nem pelos atos dela. Aliás, não sei se sabes, ela está presa!
-Pois é, você, como cúmplice, deveria estar também, não é mesmo? Incrível como a polícia pode ser obtusa e não perceber suas ligações !
-Que ligações, do que você está falando, Katsumi-san?
-Com a criminosa Sakuya e a criminosa Kotomi, oras...o mais intrigante é que você sempre negou meus convites para fazer amor comigo, mas já fez com a Sakuya e a Kotomi...
Lune ficou roxa de vergonha e raiva, dando pulinhos e tremendo de nervosa:
-Eu nunca fiz amor com a Sakuya-san ! E a Kotomi me estuprou !
Agora até Mercedes corou de vergonha e não conseguiu resistir a exclamar:
-Amiga, agora você falou demais !
Lune corou dos pés ‘a cabeça !
-Ah, sim, pelo visto você deve estar adorando fazer amor com sua nova namorada aí..
Agora foi a vez de Mercedes corar mais ainda e gritar:
-Eu nunca fiz amor com a Lune-san ! E ela sempre me respeitou, como eu respeitei a ela !
Ouvindo a gritaria, a enfermeira logo apareceu dando bronca:
-Silêncio ! Ou vou ter de chamar a segurança !
Quando a profissional foi embora, o clima ficou tenso.
-É assim que voc~e trata quem estava preocupada com você, quem veio ver como você está...constrangendo suas visitas, nesta falta toda de educação...
-Falta de educação foi vocês me visitarem ! Eu não pedi para voc~es virem...
Lune, diante da resposta grosseira de Katsumi, virou-se para Mercedes:
-Vamos embora. Ela não merece nossa visita. Foi bobagem, perda de tempo.Vire-se, Katsumi-san, eu já estou cheia !
E as duas foram embora, sem dar chances de  Katsumi responder.
Mas o tempo passou, Katsumi recebeu alta, e o dia do julgamento de Sakuya chegou, e esta recebeu uma pena de seis meses de prisão numa penitenciária.
Toda a semana Lune e Mercedes iam visitar a amiga,e lhe davam apoio, força, moral.
Enfim, a época das férias chegou. E Lune tomou o trem para Osaka, e foi recebida com festa em casa. Estava doida para saber das novidades !

(Por continuar)

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