Na mesa- fraldário improvisada, havia uma bacia de
banho, que Takeo já tinha enchido de água, e aproveitou também para trazer o
sabonete, o shampoo, e todos os demais acessórios.
Lune pegou, de uma armário que tinham comprado
recentemente para guardar as fraldas e
outras miudezas, lenços umedecidos bem macios e limpou o traseiro de Rina. Só
depois ela colocou a menina na água quentinha, pois Takeo enchera a bacia no
chuveiro. Pegou o sabonete e começou a dar banho nela.
-A gente quando imagina os filhos enquanto está
grávida, nunca imagina o trabalho que dão...
-É que a gente só imagina o lado mais alegre e
agradável, Lune-san...
-Verdade! Mas de qualquer modo é melhor do que
ter de lidar com um barrigão pesado, dor nas costas, nas pernas, enjoos,
dificuldade para caminhar...
-Bom, você que é mulher, é que sabe a realidade
disto, querida...
-E como sei !Pega a toalha dela para mim, por
favor, vou enxuga-la. Então, mas vá observando, pois no futuro você pode ter de
fazer estas coisas para ela, então a hora de aprender é agora !
-Estou prestando atenção, meu bem .
-ótimo, então me passa o talco!
-Aqui...
-A colônia infantil!
-Na mão !
-Me passa uma fralda !
-Pronto !
Lune colocou a fralda nova na menina.
-Muito bem, vamos leva-la ao nosso quarto e
colocar uma roupinha nela antes que ela fique com frio!
-Quer que eu a carregue?
-Seria bom, já estou com os braços cansados !
-Vem para o papai, Rina-chan,lindinha do meu
coração!
-Unheeeeeé !
Rina desandou a chorar. Ela ainda estranhava o
pai, pois passava muito mais tempo com a mãe.
Lune começou a acariciar o rostinho e o cabelinho
dela, e a voz doce e tranquilizadora da mãe a acalmou:
-Não precisa ter medo, coração...é o seu papai, viu? Ele não vai te fazer mal não,
queridinha, ele também te ama, como eu, viu?
Lune tomava o cuidado de usar a mesma entonação e
o mesmo volume que usava para falar com ela durante a gestação.
Takeo tentou fazer com os braços o movimento de
embalar, sem muito sucesso.
Por fim, levaram a menina para o quarto, e desta
vez foi Takeo quem colocou, com infinitos de delicadeza, sob o olhar severo e
vigilante de Lune, as roupas em Rina, que ainda estava deitada no colchão.
Eis que pois, Sartre, um dos gatos da casa, subiu
na cama e encostou seu rosto no peito da
menina com delicadeza, e colocou-se a cheirá-la.
Lune tinha receio que os gatos ficassem com
ciúmes da atenção dada ‘a menina, então aproveitou ara acariciar o gato.
Já Rina, que já se acostumara com os gatos,
colocou as mãozinhas na cabeça de Sartre, que as lambeu com delicadeza.
-Pronto !Trocadinha ! Muito linda a nossa
fofinha, não?
-Não consigo deixar de admirar a ela !
Respondeu Lune, toda encantada, sorrindo
largamente logo depois.
Foi então que o telefone fixo tocou. Takeo
colocou Rina nas mãos de Lune e foi correndo atender. Dali a pouco, ele voltou
dizendo:
-Era a sua mãe. Ela está a caminho daqui !
-Que bom! Querido, dê uma arrumada na casa então,
por favor, para ela não ver esta bagunça!
-Opa! Lá vou eu !
E ele se dirigiu ‘a sala.
(Por Continuar)
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