-Rena-saaaan
!
Foi
o gritinho abafado e cheio de vergonha de Ruri, dando uma leve cotovelada na
menina.
Dieter
já estava quase roxo de tanta vergonha !
-Ca...claro
eu não...eu..ahaaaam, sou muito respeitoso...bo..bom, preciso ir agora !Ruri-san,
aqui está meu cartão profissional, entre em contato comigo, por favor, para
você assinar o contrato de trabalho, por favor, ok?
-Claro,
Dieter-san , vou procura-lo bem em breve !
-Grato
! Muito obrigado a todos por tudo, prazer em conhecê-los e até logo!
Dieter
se levantou do chão e foi embora quase que correndo.
-Ah,
mas ele é uma graça !E elegosta mesmo de você, Onee-san !
Disse,
em um risinho e com olhar maroto, Lune.
-E..eu
não...não, espere aí, Lune-nee-san, eu não...não...
-Eu
vi os olhares dele para você e seus para
eles, então, chegar a isto é pura
questão de tempo !
-Ah,
vocês estão falando de beijar na boca e namorar , não é?
-Rena-chan,
você é muito novinha ainda para entender do que estamos falando...
-Ah,
tia, vá, pensa que nasci ontem?Eu sei que você estão falando dos dois irem para
o motel, e...
-Chega,
filha, chega, Buda vai ficar triste com você !
Ruri
estava roxa de vergonha !
-É,
acho que já é hora de voltarmos para casa...vamos todos arrumar as coisas,
colocar o lixo no lixo e vamos embora !
-Decisão
acertada, querido marido, vamos lá todo mundo, que esta conversa já tomou um
rumo que não deveria !
E
assim fizeram, apesar dos reclamos de Rena.
No
mesmo dia, após chegar em casa, Ruri já contactou Dieter e ficou marcado o
encontro para o dia seguinte.
O
coração de Ruri desde já palpitava: nem
ela mesma podia acreditar que se apaixonara por um novo homem no mesmo
dia! Seria paixão ‘a primeira vista?
Fosse
como fosse, ela não conseguiu dormir direito aquela noite, fazendo mil planos,
inclusive de casamento, e inclusive fazendo fantasias muito mais picantes com
ele.
Mas
sonho é sonho e realidade é realidade, então, no dia seguinte, naquele meio de
tarde, no horário marcado, ela chegava ao apartamento dele para o primeiro
encontro, que ela lutava para acreditar que fosse só profissional, mas no
fundo, torcia para que fosse romântico. Ela estava vendo naquele homem, o homem
da vida dela, mas também, um partidão que poderia garantir sua vida, seu status
social, seu futuro, para ela e sua filha !
Hora
de desanuviar todos delírios românticos e voltar a realidade agora, pois ele
acabava de abrir a porta do Apartamento !
-Ruri-san,
sejas bem vinda !Entre por favor !
Ele
tentou lhe dar o beijinho no rosto, mas ela foi direto para o cumprimento
típico japonês, inclinando o torso, obrigando-o a fazer a mesma coisa, com uma
pontinha de decepção.
Ela
então entrou no apartamento dele.
Ele
era organizado e sistemático: o contrato de trabalho já estava pronto e
impresso, em cima da mesa de jantar da sala dele.
Eles
conversaram um pouco de amenidades para quebrar o gelo, e depois conversaram
sobre os detalhes do trabalho e Ruri assinou o contrato depois de ler.
Só
então, Ruri começou suas aulas e Dieter tinha até improvisado um quadro negro
portátil na sala, e foi um aluno atento.
O
relacionamento profissional continuou amistoso e respeitoso, mas uma barreira
logo se tornou clara: Ruri só estava conseguindo vê-lo como aluno e patrão, e
Dieter ficava inseguro em avançar o sinal e tentar alguma coisa mais íntima,
com medo de perder a amizade e o respeito dela.
As
coisas não seriam tão fáceis como Ruri e Dieter pensavam!
Inclusive
por que, Ruri fazia muito tempo que não estava assim tão tímida e envergonhada!
Na
cabeça dela, dúvidas, dúvidas e mais dúvidas, mas ao menos a conta bancária
dela voltaria a se encher em breve.
(Por Continuar)
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