domingo, 1 de novembro de 2015

Episódio 104- Depois daquela fria manhã de Outono


 
-Eu sei que é sofrido e pesado para você, Kuome-san, e desgastante também, mas sabe, as pessoas não tem direito de ter preconceito das outras pessoas, elas não podem alegar este direito simplesmente não existe1Pelo contrário, o que existe é o dever moral das pessoas de não ter preconceitos !Então, acho que você deveria enfrenta-los sim e se eles te hostilizarem, coloque toda a sua raiva e mágoa para fora e responda ‘a altura, vai ser libertador para você ! Olha, se você quiser, posso ir com você e te apoiar !
-Ai, Maki-san, você é mesmo uma irmãzinha e uma amiga de verdade para mim, sabia? Está bem, você me convenceu, eu irei lá, será um escândalo !
-Então...vamos fazer amor outra vez, que eu estou molhadinha e não é vontade de ir ao banheiro...
Disse Maki, corada de vergonha, mas com um olhar de desejo e um sorriso malandro na boca sequiosa, que arrebatou a boca de Kuome em um ímpeto e a explorou em profundidade.

Naquela mesma tarde, as duas foram ao cemitério e apareceram no velório antes do enterro.
Lá só tinha gente que elas nem conheciam. Kuome nunca tinha contato com a família de Midori e nunca tinha visto a família deles pessoalmente. Mas uma moça da idade delas apareceu e barrou-lhes a entrada:
-Sinto muito, mas o evento aqui é só para familiares! Desculpem, mas por favor se retirem, não podem entrar!
-Quem é você ?
-Sou a irmã da Midori-san, Nara. Agora  , se me derem licença, tenho pessoas importantes a atender!
-Nara-san, eu sou a namorada da Midori-san e convivi anos e anos a fio com ela, como não sou importante?
-Não discutam comigo ! Eu já dei a ordem, cabe a vocês me obedecer ! Calem a boca e saiam daqui imediatamente, ou vou chamar a polícia !
Agora foi a vez de Maki intervir:
-Pode chamar, sua preconceituosa de uma figa !Nós chegamos aqui e te tratamos com educação e você vem com esta grosseria e arrogância toda para cima da gente! Sequer nos cumprimentou ! Quem você pensa que é para mandar na gente ? E quer saber? Chama a polícia , chama sim, eu tenho uma amiga policial, a Akane-chan , que vai ter o maior prazer de te prender por discriminação !
Nara engoliu em seco. Lançou um olhar para um homem que estava no velório e ele veio até ela. Ela cochichou no ouvido dele e ele se voltou para as duas e disse:
-Senhoritas, estão convidadas a se retirarem. A presença de vocês aqui é uma ofensa ‘a nossa família! Não quero que a memória de minha filha seja desonrada por vocês. Portanto desde já aviso que se não quiserem sair daqui pelo bem, serei forçado a expulsá-las ‘a força !
-E para complementar o que o papai disse, eu não cumprimento lésbicas nojentas como vocês !Vocês virem aqui na maior sem cerimônia é uma afronta e uma impertinência imperdoável! Foram vocês que foram grosseiras e mal educadas, para não falar sem noção ao virem aqui e se atreverem a querer entrar !
Disse Nara, com escárnio e desprezo.
Mas Maki não perdoou esta:
Deu um tremendo tapanão nela, que só não caiu no chão por que o pai a amparou.
-Pois nós vamos entrar sim e vamos render nossas homenagens a ela, nojento é o preconceito de vocês!
O pai de Midori, um brutamontes, pegou Maki e Kuome pelo colarinho dos vestidos e as levantou do chão, pronto a jogá-las na rua.
-1,2,3 e ... já !
Disse Kuome, e ela e Maki acertaram dois pontapés ao mesmo tempo na genitália do pai de Midori, com toda a força!
Ele as largou imediatamente e caiu ajoelhado no chão, uivando de dor.
- Paizinho ! Gritou  Nara, chamando a atenção de todos os convidados.
Formou-se uma multidão na porta do recinto e todos olharam feio para as duas.
Diante da muralha humana que as impedia de entrar, Kuome e Maki não tiveram opção: viraram as costas e foram embora.
Foram a uma lanchonete próxima, fizeram lanchinho e passearam pela região até o cerimonial acabar. Quando acabou, voltaram para o cemitério,   e ficaram de pé defronte ao  jazigo de Midori. Fizeram orações a Buda, e depositaram flores. Ambas pediram desculpas por não ter conseguido protege-la. Kuome se ajoelhou e abraçou a lápide e chorou até as lágrimas secarem, o que também comoveu Maki, que depois a abraçou.
Quando já estavam quase saindo, uma figura se interpôs na frente delas:
-Como ousam voltar, depois de terem sido expulsas, e machucado meu pai e batido em mim, para profanar o jazigo sagrado de minha irmã?
Era Nara, e ela parecia furiosa!
Kuome não se intimidou, entretanto. Pelo contrário, tomou uma atitude surpreendente: Agarrou Nara com tudo e a beijou na boca, de língua, em um beijo erótico cheio de desejo e furor!
Nara se debateu, tentou se desvencilhar, ruborizou da cabeça aos pés, mas não conseguia se soltar.
Seu desespero aumentou quando ela sentiu uma das mãos de Kuome percorrer suas costas por baixo das roupas, descer pelas suas nádegas e alcançar o interior de sua genitália.
E mesmo contra sua vontade consciente, seu corpo se excitou incontrolavelmente, parecia fora de si, verdadeiro vulcão de desejo reprimido. Para sua própria surpresa, sua resistência parou e ela se entregou ao beijo e chegou ao êxtase, manchando o chão com seus líquidos sexuais que corriam por suas pernas como cachoeira.
Por fim o beijo acabou e Kuome disse:
-Pronto, agora você é uma lésbica como nós. E seu sabor é igual ao da sua irmã, parecia que eu estava beijando a Midori !
Nara sequer respondeu: estava tão trêmula de desejo que desfaleceu nos braços de Kuome!
Quando ela deu por si, já estava nua na cama junto com Maki e Kuome igualmente nuas, já no meio de um ménage ‘a trois.
-Kuome-san...agora eu entendo porque minha irmã te amava tanto e brigou com a família inteira para ficar com você...eu te amo !Sou sua nova namorada !
Kuome olhou com carinho e meiguice para garota  com longos cabelos pintados de verde e olhos com lentes de contato também verdes, alta, de seios abundantes, pernas bem torneadas e corpão, deitada na cama e respondeu:
-Eu também te amo !Seja benvinda ao nosso relacionamento !
Maki vibrou, super feliz pela felicidade da amiga.
Dali sairia um trato entre as três, em que ficou combinado que  Kuome e Nara namorariam, mas ambas poderiam fazer amor com Maki, ou a três, quando quisessem.
Era surpreendente a transformação de Nara, do preconceito até assumir seu lesbianismo e passar a amar quem ela inicialmente odiava!

(Por continuar)

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