sexta-feira, 5 de junho de 2020

Episódio 77-Admirer Voyages:Peregrine


E lá estavam as garotas, na naveta auxiliar, já informadas do que acontecia, e muito inseguras.
Foi então que os sensores captaram os monstros chegando !
Agora a insegurança virou  terror !
Imediatamente, ligaram o alerta vermelho e subiram os escudos defletores, e emitiram um sinal de socorro para a Peregrine.
Ouviu-se lá fora um estranho ruído, que parecia uma mistura de sibilar de língua de cobra com chocalho de cascavel.
Elas imediatamente acionaram as armas da naveta, deixando-as de prontidão.
Os quatro canhões laser poderiam atirar por um longo tempo, mas os mini torpedos iônicos eram apenas quarenta, e não deveriam ser desperdiçados, como a arma mais potente que a naveta dispunha.
Então lasers e torpedos estavam prontos para uso.
O primeiro monstro apareceu, gigantesco, e levantou meio corpo no ar, tornando-se maior ainda-apavorante !
Apavoradas, começaram a atirar.
Mas os raios, muito mais fracos que os da nave principal, não faziam nem cócegas monstros.
Outro apareceu junto ‘a parte de trás da naveta.
Elas não tinham outra opção:
Atiraram dois torpedos em um dos monstros e a explosão arrancou  dúzias de pernas dele, mas não conseguiram penetrar-lhe a couraça.
O monstro urrou de dor e investiu contra a naveta, e elas tiveram que fechar as proteções metálicas dos vidros, orientando-se agora só pelos sensores.
O impacto foi forte, violento e as jogou para trás, caindo de suas poltronas.
-Sensores baixcaram em 12 % !
Disse a voz sintética do computador na naveta.
-Elas continuaram atirando mais torpedos, e pernas do monstro voaram pelos ares, mas como eram mil, ainda restavam muitas de cada um.
Pela primeira vez, trincas apareceram na couraça, derramando um líquido seboso e acinzentado.
Mas oito torpedos já tinham sido gastos e  não tinham muitos sobrando.
Sem alternativa, continuaram disparando torpedos nos dois monstros.
Mas estes estavam longe de serem destruídos e  suas pinças enormes das peças bucais se cravaram no teto da naveta e começaram a apertar.
O outro fez a mesma coisa atrás.
A naveta agora estava sendo submetida uma torção e uma pressão imensas, e os escudos defletores já não mais os repeliam.
Não havia jeito: agora só restavam dez torpedos, e não seriam suficiente para repelir, muito menos matar os monstros, e trincas começavam a aparecer no lado externo do casco da naveta.
O pãnico agora era total das meninas!
Desesperadas, tentaram ligar os motores antigravitacionais e os de empuxo.
Mas os monstros forçavam a nave, que tentava flutuar para baixo e os motores de empuxo falhavam.
Começavam a superaquecer.
Um terceiro monstro começou a dar cabeçadas na naveta, desequilibrando-a e a nave capotou, ficando de cabeça para baixo no chão.
Agora os monstros avançavam sobre o piso da naveta.
As meninas sabiam que, se o casco se rompesse, a atmosfera venenosa do planetoide as mataria, então, depois de terem caído ao chão com o capotamento, trataram de vestir suas roupas astronáuticas e colocá-las na que estava ferida.
Uma delas acionou os motores de manobras do teto e conseguiu a muito custo colocar a naveta de volta a posição normal, e ligou a força auxiliar nos motores de empuxo.
Finalmente, apesar de 3 monstros tentando força-la a voltar ao chão, ela levantou voo, e a quinhentos metros de altura, manobrou violentamente , derrubando os monstros, que caíram no chão.
Enfim, livres, mas não poderiam voar pelo planetoide para sempre...

(Por Continuar)

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