E lá estavam as garotas, na naveta auxiliar, já
informadas do que acontecia, e muito inseguras.
Foi então que os sensores captaram os monstros
chegando !
Agora a insegurança virou terror !
Imediatamente, ligaram o alerta vermelho e
subiram os escudos defletores, e emitiram um sinal de socorro para a Peregrine.
Ouviu-se lá fora um estranho ruído, que parecia
uma mistura de sibilar de língua de cobra com chocalho de cascavel.
Elas imediatamente acionaram as armas da
naveta, deixando-as de prontidão.
Os quatro canhões laser poderiam atirar por um
longo tempo, mas os mini torpedos iônicos eram apenas quarenta, e não deveriam
ser desperdiçados, como a arma mais potente que a naveta dispunha.
Então lasers e torpedos estavam prontos para
uso.
O primeiro monstro apareceu, gigantesco, e
levantou meio corpo no ar, tornando-se maior ainda-apavorante !
Apavoradas, começaram a atirar.
Mas os raios, muito mais fracos que os da nave
principal, não faziam nem cócegas monstros.
Outro apareceu junto ‘a parte de trás da
naveta.
Elas não tinham outra opção:
Atiraram dois torpedos em um dos monstros e a
explosão arrancou dúzias de pernas dele,
mas não conseguiram penetrar-lhe a couraça.
O monstro urrou de dor e investiu contra a
naveta, e elas tiveram que fechar as proteções metálicas dos vidros,
orientando-se agora só pelos sensores.
O impacto foi forte, violento e as jogou para
trás, caindo de suas poltronas.
-Sensores baixcaram em 12 % !
Disse a voz sintética do computador na naveta.
-Elas continuaram atirando mais torpedos, e
pernas do monstro voaram pelos ares, mas como eram mil, ainda restavam muitas
de cada um.
Pela primeira vez, trincas apareceram na
couraça, derramando um líquido seboso e acinzentado.
Mas oito torpedos já tinham sido gastos e não tinham muitos sobrando.
Sem alternativa, continuaram disparando
torpedos nos dois monstros.
Mas estes estavam longe de serem destruídos
e suas pinças enormes das peças bucais
se cravaram no teto da naveta e começaram a apertar.
O outro fez a mesma coisa atrás.
A naveta agora estava sendo submetida uma
torção e uma pressão imensas, e os escudos defletores já não mais os repeliam.
Não havia jeito: agora só restavam dez
torpedos, e não seriam suficiente para repelir, muito menos matar os monstros,
e trincas começavam a aparecer no lado externo do casco da naveta.
O pãnico agora era total das meninas!
Desesperadas, tentaram ligar os motores
antigravitacionais e os de empuxo.
Mas os monstros forçavam a nave, que tentava
flutuar para baixo e os motores de empuxo falhavam.
Começavam a superaquecer.
Um terceiro monstro começou a dar cabeçadas na
naveta, desequilibrando-a e a nave capotou, ficando de cabeça para baixo no
chão.
Agora os monstros avançavam sobre o piso da
naveta.
As meninas sabiam que, se o casco se rompesse,
a atmosfera venenosa do planetoide as mataria, então, depois de terem caído ao
chão com o capotamento, trataram de vestir suas roupas astronáuticas e
colocá-las na que estava ferida.
Uma delas acionou os motores de manobras do
teto e conseguiu a muito custo colocar a naveta de volta a posição normal, e
ligou a força auxiliar nos motores de empuxo.
Finalmente, apesar de 3 monstros tentando força-la
a voltar ao chão, ela levantou voo, e a quinhentos metros de altura, manobrou
violentamente , derrubando os monstros, que caíram no chão.
Enfim, livres, mas não poderiam voar pelo planetoide
para sempre...
(Por Continuar)
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