sábado, 8 de agosto de 2015

Episódio 42- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



-Nãaao ! Meu amor, você não me perdeu, eu te amo, te amo muito, quero continuar a ser sua namorada, sua noiva, sua esposa, ser a mãe de seus filhos...por favor, eu te rogo, não me deixe sóoooo...
Gritou Ruri em desespero, tentando subir na grade para alcança-lo.
-O que fiz foi imperdoável, eu sou um canalha traidor, eu mereço morrer !Eu joguei fora, joguei no lixo todo este futuro lindo e este passado maravilhoso que vivemos juntos...eu...você merece alguém muito melhor do que eu...infelizmente nunca poderemos ter os filhos que sonhamos tanto, tanto...cumprir nossos planos tão lindos que fizemos juntos...por minha culpa !Eu sou culpado de tudo...eu...
-Amor, eu te suplico que me escutes ! Desista de se matar, não me deixe só...eu...eu...eu não queria falar isto na frente de todo mundo, mas eu... eu estou grávida de você !
A multidão reunida soltou um “ooooh” ao ouvir a confissão de Ruri.
Takeo acabara de chegar e abraçou Lune, muito comovida.
Soichiro, chocado com a notícia, agora se mostrava indeciso , e viu a polícia e a segurança chegarem.
-Soichiro-kun, eu o perdoo ! Eu o perdoo por que te amo, te amo para sempre !Não me abandone, nem ao nosso filho, por favor, não me deixa aqui sozinha, ou eu...eu..não terei motivos para viver também !
Agora ele se decidira, e começou a descem em direção ao piso do terraço do telhado.
Ao ver isto, Ruri voltou para a segurança do chão também.
Soichiro correu e abraçou sua amada e ambos choraram muito um no ombro do outro, trocando pedidos de perdão entre si.
Assim como a multidão, também Lune e Takeo se comoveram e se emocionaram muito.
-Tudo bem, tudo bem, a situação já foi resolvida, estamos todos descendo...
Disse Takeo aos seguranças e policiais.
Algum tempo depois, os quatro estavam reunidos na casa de Lune, com os pais dela, e contaram todo o acontecido, que, no final, tivera final feliz.
-Filha, por que você não nos contou que estava grávida do Soichiro-san?
Ruri voltou-se para a mãe, cabisbaixa e murmurou:
-Eu...eu tinha medo da reação da senhora, mamãe...me desculpe...
Momiji não tinha coração de aço, e não teve como deixar de se comover diante do sofrimento da filha.
-Eu sempre fui muito brava, muito dura com vocês, não? Ai, Ruri-san, minha filhinha, não fica assim não, você sabe que sempre poderá contar comigo e encontrar em mim sua grande amiga !Não tenho como te deixar na mão numa hora destas !Tens o meu apoio para te ajudar a criar esta criança e apoiar seu futuro casamento também...claro que o Soichiro-san vai ter de assumir  e reconhecer a sua paternidade e sua responsabilidade,então, Soichiro-san, quero que você preste agora um juramento ‘a Ruri-san e a todos nós aqui, de que reconhecerá e assumirá sua criança e será sempre fiel ‘a Ruri, e não a deixará sozinha, apoiando-a sempre e participando da criação da criança de vocês ativamente !
Soichiro, com a cara bem séria, ajoelhou-se diante de Ruri, beijou a mão dela, e olhando profundamente nos olhos dela, declarou para todos ouvirem:
-Ruri-san, minha amada, eu juro e dou minha palavra de honra, diante de todos, que reconheço e assumirei nosso filho ou filha ,serei sempre fiel a ti, te amo e a amarei por todo o sempre e por toda a minha vida, e sempre a apoiarei, nunca a deixarei na mão, nem sozinha,e participarei ativamente da criação de nosso filho ou filha por toda a vida !Aproveito agora, e peço a tua mão em noivado !
Ruri desabou, com seu coração derretido, de emoção, e chorou de alegria como um bebê, mal acreditando no que ouvia !
Logo que ele se levantou, ela lhe deu o abraço mais apertado de sua vida e o beijo veio quente em meio ‘as lágrimas insistentes que não paravam mais de cair!
Após o beijo e se recompor, ela disse:
-É claro que eu aceito, Soichiro-san, eu também o amo demais,muito obrigada, hoje você fez deste dia o dia mais feliz de minha vida !
Lune, Takeo, Momiji e Kazuo também estavam visivelmente emocionados e abraçaram o casalzinho.
Depois vieram os parabéns e cumprimentos, e então Ruri e Soichiro se recolheram  ao quarto da irmã de Lune, de onde só sairiam horas depois, para extravasar seu amor, libido e desejo incontidos e incontíveis.
No dia seguinte, Soichiro e Ruri foram para a escola juntos, desta vez com uma novidade: alianças de noivado  de ouro brilhavam em seus dedos, presente dado por Soichiro, quando saíram para o Shopping na noite anterior, depois do sexo.
Não demorou para os e principalmente as, colegas , perceberem as alianças, e receberam a notícia do noivado deles. Porém, como Ruri tinha receio de sofrer preconceito  por estar grávida tão jovem, ela não contou a ninguém de sua gravidez.
Quanto a Lune, esta, de férias acordou cedo e mal tinha se despedido da irmã, do namorado dela e de seu namorado, quando a campainha tocou.
Ela abriu a porta da frente e viu algo bem familiar: O jipão Hummer de Sakuya estacionado em frente, e a própria na frente do portão .
-Sakuya-san, sejas benvinda !Que bom te ver, saudades !
Lune abriu o portão e as duas se abraçaram.
-E aí, fez boa viagem?
-Ótima ! Que casa linda que você tem, Lune-san, adorei !
-Obrigada, entra, entra !
Sakuya tirou suas botas militares na entrada da casa e entrou.
Logo apareciam Kazuo e Momiji, que não conseguiram esconder o espanto diante daquela moça enorme, musculosíssima, com roupas militares, cabelo curto, mas, detalhe delicado, batom na boca e brincos de pérolas nas orelhas.
-Sakuya-san, estes são meus pais, Kazuo e Momiji !Papai, mamãe, esta é a minha amiga Sakuya, que veio nos visitar !
Sakuya inclinou seu tronco para a frente e para baixo, no típico cumprimento japonês, ao que os pais de Lune retribuíram com o mesmo cumprimento.
-É uma grande honra e prazer recebê-la em nossa casa ! Sejas bem vinda !
Disseram Kazuo e Momiji ao mesmo tempo.
-É para mim também uma grande honra e prazer visita-los e conhece-los, muito obrigada pela gentileza de me receberem aqui !
Respondeu Sakuya, com um sorriso tipicamente feminino em seu rosto.

(Por continuar)

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