-Ai,
não, mais esta agora !Me ajuda, querido, vai, eu preciso fazer minhas malas !
-Tudo
bem, anjo vou pegar ele para você!Vem , chaninho, vem...aaaaaai ! Ele me
arranhou!Droga !
-É
a maneira de ele te dizer que não se chama “chaninho”!
Disse
Lune entre uma risadinha e outra, enquanto ia arrumar sua mala no quarto.
Mas
Sartre não estava muito a fim de facilitar as coisas e correu para a cozinha.
-Ei,
ei, não pode subir na pia, não, não lamba os pratos sujos, ei para, não mexa no
lixo, sai daí !
-Meeeeaaaaw
!
Sartre
dava de dez a zero em agilidade em Takeo, driblando-o com facilidade.
Iniciou-se
uma perseguição pela cozinha, com o gato correndo em volta da mesa, subindo
nela, e depois saltando, com o esbaforido Takeo correndo atrás dele.
O
gato foi então para o quarto.
Lune
já tinha terminado de colocar suas roupas na mala e já ia fechá-la, quando o
gato apareceu, e num salto, sentou-se em cima da roupa dentro da mala.
-Sartre-chan,
sai daí,você está enchendo a roupa de pelos!
Disse
Lune.
-Meeeaaaawuuurrr
!
-Eu
vou te tirar daí...
-Lune,
não, ele vai....
-Meeeeeeeew
!
Lune
levou uma arranhada daquelas no braço esquerdo.
-Aaaaaai,
neko dos infernos !
-Meeeeeaw
!
-Eu
vou fechar esta mala com você dentro, Sartre-chan, sai daí, anda, desgraçado !
-Meaw
!
-Takeo-kun,
faça alguma coisa !
-Não
dá para tentar pegar, ele arranha e morde mesmo !
Sartre
se deitou em cima da roupa e começou a dormir.
-Aproveita
agora, Lune-san!
Ela
foi com as mãos na direção dele, e ele abriu um dos olhos, e arreganhou os
dentes:
-Mrrrrrrrr!
-Mas
que droga, ele é esperto demais !
-Eu
já sei, vou atraí-lo com comida !
Disse
Takeo, e corrreu para a cozinha, onde pegou um pedaço de peixe cozido que
sobrara de uma refeição e que estava dando sopa na geladeira.
Ele
esquentou o peixe voando no microonda e o trouxe em um pratinho.
Takeo
se aproximou de Sartre, que sentiu o cheiro na hora, abriu os olhos e olhou
direto para o peixe.
-Vem,
vem, você vai ter de sair daí agora!
Takeo
saiu com o peixe em direção a cozinha. Sartre saltou da mala para o chão e
começou a seguir ele.
Finalmente
Lune conseguiu fechar a mala, depois de tirar os pelos da camisa onde o gato se
deitara.
-Fofo,
acho melhor você ir comprar comida de gato, um comedouro, um bebedouro e uns
brinquedinhos para ele...
-Vou
lá agora, meu amor, epa, mas o supermercado e a loja de pet shop já estão
fechados...
-Vai
na loja de conveniência aqui do lado, eles devem ter, querido!
-Tudo
bem, vou indo !
E
lá se foi Takeo.
Sartre
terminou de comer, mas ficou olhando para o pratinho e miando:
-Miiiiiiiu....
Lune
percebeu que ele ainda estava com fome, e abriu a geladeira para pegar o
restante do peixe para ele.
Ela
o colocou gelado no pratinho, mas ele se recusou a comer.
-Gato
fresco !Vou te contar, viu, Sartre-neko-chan...
-Miiiiiiiuuuu
!
Agora
ela já sabia: quando o miado era “miu” , era de fome.
Ela
esquentou o peixe por alguns segundos no micro-ondas e serviu para ele.
Ele
comeu depressa e logo estava miando de novo.
-Ai,
Takeo-san, vem logo, que o estômago deste gato é um saco sem fundo...
E
ela procurou tudo que fosse de carne na geladeira.
Ela
tirava da geladeira, esquentava, e servia, tirava, esquentava e servia, e Sartre continuava miando.
Até
que ela ouviu a porta da sala se abrir.
-Takeo-kun,
finalmente, ainda bem !
Seu
marido chegou forrado de sacolas plásticas, e tirou uma embalagem enorme de ração
felina, mais potes e mais potes de comida pastosa para gatos e biscoitos
felinos.
De
outra sacola, tirou um comedouro e um bebedouro de metal.Em outra, estava uma
caminha para gatos, toda chique e estilosa, com colchãozinho e tudo.
Takeo
serviu bastante ração no comedouro e colocou água fresca no bebedouro.
Satre
não se fez de rogado e começou a comer, mas igualmente iniciou um rosnarbaixo,
olhando para os lados- sinal de que queria ser deixado comendo em paz, sozinho.
O
casalzinho entendeu o sinal, e foi para a sala descansar.
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário